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Dimensionamento da rede de abastecimento

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FACULDADE DOM LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA
 
 
 
DIMENSIONAMENTO DA REDE DE ABASTECIMENTO
 
Trabalho apresentado à disciplina Saneamento I do Curso de Engenharia Civil da Faculdade Dom Luiz, como pré-requisito para obtenção da nota integral do II bimestre.
Orientadora: Érica Silva dos Santos
RIBEIRA DO POMBAL – BA
2017
CAMILA DE CARVALHO CUNHA
ELIZÂNGELA SOUZA COSTA
JULINDA REIS PIMENTEL
MÁRIO CÁSSIO CERQUEIRA MOURA
DIMENSIONAMENTO DA REDE DE ABASTECIMENTO
 
Trabalho apresentado à disciplina Saneamento I do Curso de Engenharia Civil da Faculdade Dom Luiz, como pré-requisito para obtenção da nota integral do II bimestre.
Orientadora: Érica Silva dos Santos
RIBEIRA DO POMBAL – BA
2017
Apresentação
Este trabalho apresenta o dimensionamento de uma rede de abastecimento, sendo constituído de alguns processos que vão desde a captação de água subterrânea, as etapas de tratamento, reservação da água e distribuição, que devem ser dimensionados corretamente para que possa atender às demandas no período estipulado de projeto.
INTRODUÇÃO 
A água assume um papel muito importante no desenvolvimento de praticamente todas as atividades realizadas pelo homem sobre a terra, sejam elas urbanas, industriais ou agropecuárias, sendo o uso doméstico um dos mais importantes, já que atende às necessidades humanas essenciais, para isso, é necessário que a água seja tratada em uma ETA e seja transportada através de adutoras para as residências consumidoras.
O tratamento da água pode ser entendido como um conjunto de técnicas capaz de remover da água bruta agentes que possam ser nocivos à saúde, sejam organismos patogênicos, metais pesados, substâncias químicas, orgânicas ou inorgânicas. Além disso, o tratamento deve produzir água com propriedades adequadas e garantir sua estabilidade química. No Brasil, o padrão de potabilidade da água para consumo humano é regulamentado pela Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde (Brasil, 2004).
A estação de tratamento de água (ETA) é a unidade responsável visando tornar a água potável. Sendo assim, o projeto de uma estação de tratamento de água deve ter como embasamento as exigências impostas pela portaria citada, na qualidade da água bruta, nas características da população a ser abastecida e nos aspectos técnico-econômicos.
Se tratando do sistema de abastecimento de água, a concepção das unidades, a escolha da tecnologia a ser empregada e a execução de projetos e dimensionamentos constituem uma etapa de extrema importância para atingir o principal objetivo de um sistema de abastecimento: fornecer aos consumidores água que atende ao padrão de potabilidade. Falhas nessa fase conduzem a problemas que serão recorrentes durante toda a vida útil do sistema de abastecimento, como por exemplo, maiores gastos na compra de insumos ou com atividades de manutenção. Nesse contexto, o projetista de uma rede de abastecimento deve sempre buscar soluções que sejam viáveis tanto do ponto de vista técnico, como econômico, preservando a simplicidade de operação e a coerência com as peculiaridades sociais e culturais da população a ser abastecida.
O presente trabalho consiste do dimensionamento da rede de abastecimento da Rua Bela Vista, na cidade de Ribeira do Pombal, de acordo as normas vigentes no Brasil, para que possa garantir o atendimento à população da rua durante uma projeção de 20 anos. 
OBJETIVOS
Gerais
Este trabalho tem como objetivo dimensionar a rede de abastecimento da Rua Bela Vista, na cidade de Ribeira do Pombal, conhecendo os diversos fatores que são levados em conta nos projetos de abastecimento.
		
Específicos
Apresentar o projeto e dimensionamento da rede de abastecimento.
Entender sobre as grandezas de interesse relativas a qualidade da água. 
Montar o memorial descritivo do projeto. 
Elaborar a planilha de orçamento.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O Sistema de Tratamento de Água
A água é o recurso natural mais importante para vida, já que dependemos dela para o bom funcionamento e manutenção do corpo humano, irrigação na agricultura e funcionamento das indústrias, desempenhando um papel muito importante para a vida humana, seus diferentes usos são separados em grandes grupos. O abastecimento público destaca-se no meio destes, visto que sua utilização serve para diversos fins como afirma Philippi Jr et al (2014), “água para beber, higiene pessoal, limpeza de utensílios, lavagem de roupas, pisos e banheiros, cozimento de alimentos, irrigação de jardins, combate a incêndio etc”.
Em um sistema de abastecimento deve-se fornecer água em quantidade suficiente para atender a demanda, com qualidade adequada para evitar a transmissão de doenças e confiabilidade da continuação do abastecimento, levando em conta o crescimento da população que segue em um ritmo acelerado. Existem várias formas de demanda e consumo da água, como o uso agrícola, comercial, industrial, público e doméstico, sendo o último considerado seu uso mais nobre. De acordo Netto e Fernández (2015), a cobrança pelo fornecimento da água se mostra um método bastante eficiente e deveria ser bem mais utilizado, pois nas localidades onde isso ocorre o consumo é menor do que naqueles locais onde não há medição, ocasionando desperdício. 
Para a caracterização da água, são determinados diversos parâmetros, os quais representam suas características físicas, químicas e biológicas. Esses parâmetros são indicadores da qualidade da água e constituem impurezas quando alcançam valores superiores ao estabelecido para determinado uso. Os indicadores de parâmetros são separados sob os aspectos físicos, químicos e biológicos.
Os elementos que devem ser considerados para a água estar propícia para consumo de acordo aos parâmetros físicos são temperatura, sabor e odor, cor, turbidez, sólidos e condutividade elétrica.
Os parâmetros químicos devem ser analisados são pH (potencial hidrogeniônico), alcalinidade, dureza, cloretos, ferro e manganês, nitrogênio, fósforo, fluoretos, oxigênio dissolvido, matéria orgânica, DBO e DQO e componentes inorgânicos. 
O Ministério da Saúde através da Portaria nº 518/2004 atribuiu a autoridade de saúde pública, a vigilância da qualidade de água para o consumo humano, devendo avaliar os riscos que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento da água representam para a saúde humana, verificando se existe a presença de coliformes totais, coliformes termotolerantes, Escherichia coli, bactérias heterotróficas, cianobactérias e cianotoxinas, através do seguinte padrão microbiológico de potabilidade da água para o consumo humano:
	Parâmetro
	(VMP)(1)
	Água para consumo humano(2)
	
	Escherichia coli ou coliformes termotolerantes(3)
	Ausência em 100ml
	Água na saída do tratamento
	
	Coliformes totais
	Ausência em 100ml
	Água tratada no sistema de distribuição (reservatórios e rede)
	
	Escherichia coli ou coliformes termotolerantes(3)
	Ausência em 100ml
	Coliformes totais
	Sistemas que analisam 40 ou mais amostras por mês: Ausência em 100ml em 95% das amostras examinadas no mês. Sistemas que analisam menos de 40 amostras por mês: Apenas uma amostra poderá apresentar mensalmente resultado positivo em 100ml.
Notas: (1) valor máximo permitido.
(2) água para consumo humano em toda e qualquer situação, incluindo fontes individuais como poços, minas, nascentes, dentre outras. 
(3) a detecção de Escherichia coli deve ser preferencialmente adotada. 
Quadro 1 - Padrão microbiológico de potabilidade da água para o consumo humano. 
Fonte: Ministério da Saúde
Mesmo sendo abundante na Terra, nem toda água existente pode servir para uso humano, de acordo a Resolução do CONAMA nº 274/2000, os corpos de água podem ser classificados em águas doces, salinas e salobras, havendo apenas 2% de água doce, que servede abastecimento para o consumo humano, preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas e irrigação. Os mananciais que estão disponíveis para serem utilizados a fins de abastecimento público segundo Netto e Fernández (2015), são os superficiais que constitui os rios, lagos ou represas, e como estão na superfície terrestre podem estar contaminados, e os subterrâneos, cuja água provém de interstícios do subsolo, sendo que pode surgir naturalmente como galerias, fontes, poços surgentes, e ainda através da mecânica artificial de poços rasos ou profundos. 
Captação
Para a captação de águas subterrâneas devem haver alguns estudos para avaliar as reservas existentes que podem ser de um lençol profundo ou artesiano, de acordo Netto e Fernández (2015) as águas subterrâneas “geralmente se encontram em camadas do terreno impermeável, quase sempre argilosas, que contêm entre elas camadas aquíferas, denominadas lençol artesiano”, e ainda lençol freático ou subsuperficial que “é feito normalmente em fundos de vale ou nas suas proximidades”. Para que essas águas sejam captadas é necessário canalizações ou perfuração de poços, sendo o último mais utilizado.
Os sistemas de abastecimento devem oferecer a população água potável de qualidade adequada, e como as águas dos mananciais não possuem os requisitos de potabilidade necessários, é necessário seu tratamento em uma ETA. Existem algumas águas subterrâneas que estão em boa qualidade e não necessitam de tratamento, porém as águas superficiais não atendem os padrões exigidos, e por estarem expostas aos agentes do meio ambiente, requer uma série de processos para remover suas impurezas.
Etapas do Processo de Tratamento
De acordo Netto e Fernández (2015), uma ETA é constituída por diversas unidades, porém nem sempre se faz necessário todas, visto que cada local pode possuir águas com diferentes características. Entre os processos de tratamento estão as seguintes etapas:
Micropeneiramento
De acordo Netto e Fernández (2015) serve “para retenção dos sólidos finos não coloidais em suspensão, por exemplo, algas”, e consiste na utilização de grades, peneiras e caixas de retenção logo no início do processo de tratamento.
Aeração 
Necessário para remover os gases dissolvidos nas águas como Gás Sulfídrico e Gás Carbônico, e ainda remover as sustâncias voláteis. Segundo Netto e Fernández (2015), esse processo é aplicado em águas que no seu estado natural não estão em contato com o ar, por exemplo as águas subterrâneas e outras encontradas em distâncias bem profundas de lagos e represas.
Coagulação e floculação
A coagulação é um processo na qual existe a formação de coágulos através da reação de um coagulante, que ocorre, conforme Netto e Fernández (2015) relata, a aglomeração de impurezas que se encontram em “suspensões, ditas finas” e em “partículas maiores, ditas flocos”, para serem removidas posteriormente nas etapas de decantação e sedimentação. Com isso, “as partículas agregam-se, constituindo formações gelatinosas inconsistentes, denominadas flocos”. Esse processo de tratamento químico, de preparação da água para as etapas de decantação e filtração ocorre em duas etapas, a mistura rápida que como descreve Souza (2007), consiste na distribuição de um coagulante ou reagente químico, a fim de garantir uniformidade do tratamento em toda água antes das reações químicas se completarem, e a formação de flocos, que acontece o agrupamento das partículas desestabilizadas que são os coágulos, formando maiores aglomerados.
A floculação ocorre após o processo de formação de flocos, fazendo com que as partículas de água em suspensão passem perto dos íons formados no processo anterior, sendo atraídas pelas cargas opostas e que serão o núcleo dos flocos. Essa etapa acontece dentro de uma câmara denominada floculador, tendo agitação lenta e decrescente. De acordo Netto e Fernández (2015), os reagentes utilizados como coagulantes são “compostos de elementos que hidrolizados, produzem hidróxidos, como os sulfatos de alumínio e ferro, gerando íons positivos e negativos que vão formar os núcleos dos flocos”, o mais utilizado é o sulfato de alumínio já que pode ser encontrado facilmente, possui baixo custo, e os resíduos gerados a partir de sua utilização são facilmente descartados sem causar impacto ambiental.
Decantação/Sedimentação
É nesse processo que acontece a separação das partículas sólidas suspensas na água, que vão se agrupar no fundo dos tanques, que como são mais pesadas que a água, tendem a precipitar. Segundo Netto e Fernández (2015), após ocorrido o processo de decantação e sedimentação as partículas formadas são removidas por dispositivos localizados na extremidade oposta à entrada.
Filtração
Ocorre a remoção das partículas que não foram retiradas nos processos anteriores, retendo assim as impurezas, de acordo Netto e Fernández (2015), as etapas anteriores funcionam como um auxílio a filtração, já que esse é considerado o principal processo, purificando a água, que passa por camadas porosas como areia, carvão ativado e pedregulho, e retém as impurezas encontradas. Existem dois tipos de filtros, o princípio do funcionamento dos filtros lentos, é criar uma barreira bioquímica que age na formação de um gel percolável entre os grãos de areia e que possuem boas propriedades na purificação da água, além de não ser necessário retirar todo leito filtrante para lavar, já os filtros rápidos podem ser constituídos por filtração simples (areia), dupla (areia e antracito) ou tripla (pedregulho, areia e carvão ativado), e possui como condição a lavagem através do fluxo normal de funcionamento.
Desinfecção
Nesse processo deve se eliminar os micróbios patogênicos encontrados na água para fins de abastecimento, e é obrigatório para todos os sistemas, como afirma Netto e Fernández (2015). O principal composto utilizado para desinfecção é o cloro, pois é bastante eficaz e não é nocivo ao homem na dosagem requerida, além de não afetar outras qualidades da água depois de aplicado. A partir desse processo a água não pode ter mais nenhum contato com o meio externo. 
Fluoretação
Sabe-se que a fluoretação da água para o consumo humano é uma medida preventiva de comprovada eficácia, não considerada como parte do tratamento, mas aditivo importante e recomendado, conforme relata o Fundo Nacional de Saúde (2014), já que reduz o risco de cárie dental. Além disso, o nível de flúor permitido deve seguir ao estabelecido no Art. 37 da Portaria nº 2.914/2011:
Art. 37. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de substâncias químicas que representam risco à saúde e cianotoxinas, expressos nos Anexos VII e VIII e demais disposições desta Portaria.
§ 1° No caso de adição de flúor (fluoretação), os valores recomendados para concentração de íon fluoreto devem observar a Portaria nº 635/GM/MS, de 30 de janeiro de 1976, não podendo ultrapassar o VMP expresso na Tabela do Anexo VII a esta Portaria.
(BRASIL, 2011).
Sendo assim, o Ministério da Saúde não obriga o uso de flúor que era anteriormente obrigatório, apenas menciona o limite que é de 1,5 mg/L, expresso na tabela do anexo citado.
Reservação
Os reservatórios são necessários para que se mantenha a regularidade do abastecimento, pois as vezes se faz necessário paralisar a produção para manutenção do sistema, ou até mesmo para que possa atender a demanda extraordinária que ocorre durante os períodos de calor intenso, ou durante parte do dia quando se utiliza bastante água nos horários de pico. De acordo Netto e Fernández (2015), os reservatórios devem ter capacidade de no mínimo 1/8 do volume de água consumido em 24 horas pela cidade em que o mesmo está instalado. Sua posição pode variar, podendo ser enterrado, semienterrado, apoiado ou elevado.
A Rede de Abastecimento
A rede de distribuição é a unidade do sistema de abastecimento de água constituída por tubulações e órgãos acessórios instalados em logradouros públicos, e que tem por finalidade fornecer, em regime contínuo (24 horas por dia),água potável em quantidade, qualidade e pressão adequadas a múltiplos consumidores (residenciais, comerciais, industriais e de serviços) localizados em uma cidade, vila ou outro tipo de aglomeração urbana. A denominação rede de distribuição provém da forma como as suas tubulações são instaladas, formando rede de condutos interligados entre si e possibilitando diversas derivações para a distribuição da água potável aos imóveis abastecidos.
A importância da rede de distribuição deve-se a duas características de grande relevância a ela associadas, garantir, como derradeira unidade do sistema de abastecimento de água, que a água produzida e veiculada pelas unidades anteriores chegue até os seus consumidores finais sem a deterioração de sua qualidade e com a quantidade, pressão e continuidade estabelecidas pela boa técnica e pelas normas oficiais aplicáveis e a característica de constituir-se, geralmente, na mais extensa unidade do sistema, responsável, em geral, por mais de 50% do seu custo de implantação. 
Uma rede de distribuição mal projetada ou mal operada é permanente fonte de problemas, sobretudo no que tange a perdas de água, ao comprometimento da qualidade da água e a reclamações dos usuários. 
Elementos necessários para a elaboração do projeto
Os elementos necessários para a elaboração do projeto estão muito bem definidos na NBR 12.218 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (1994), que versa sobre projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público. Essa norma é uma importante fonte de consulta para aqueles que se dedicam a tal tipo de projeto. Dela destacam-se os seguintes elementos, como requisitos necessários para a elaboração de um bom projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público:
Estudo de concepção do sistema de abastecimento de água, para cuja elaboração a norma NBR 12.211 da ABNT (1992) apresenta importantes orientações;
Definição das etapas de implantação;
Projetos de outras partes do sistema de abastecimento de água já elaborados em consonância com o estudo de concepção supracitado;
Levantamento planialtimétrico e semicadastral da área do projeto, incluindo o cadastro da rede existente e detalhes do arruamento, dos tipos de pavimento, de obras especiais e de interferências;
Plano de urbanização e legislação relativa ao uso e ocupação do solo, quando houver.
O grau de detalhamento desses estudos e levantamentos prévios depende do porte da cidade envolvida. Para pequenas comunidades, pode ser bastante simplificado, principalmente no que se refere a levantamentos planialtimétricos, cadastro da rede existente e detalhes de arruamentos, dos tipos de pavimento, de obras especiais e de interferências, desde que não haja a omissão de dados e informações cuja ausência possa comprometer a qualidade do projeto, inclusive no que se refere às especificações e ao orçamento das obras a executar.
Vazões de distribuição
Para o estabelecimento das vazões de distribuição devem ser consideradas: 
As vazões para atender às áreas específicas de consumo de água em que a localidade ou a área de projeto estiver subdividida;
As vazões demandadas por consumidores singulares (grandes consumidores); 
As vazões das áreas de expansão.
No Brasil, a NBR 12.218 da ABNT (1994) dispensa, para efeito do dimensionamento básico da rede, a consideração de demandas especiais para combate a incêndios, estabelecendo a necessidade de justificativa para os casos em que tais demandas sejam acrescidas às vazões de dimensionamento da rede. O fato de se dispensar a inclusão das vazões de combate a incêndios no cálculo básico da rede não significa que esta não deva ser dotada de condições mínimas para atender a essa finalidade. Para tanto, a NBR 12.218 prevê condições para a instalação e funcionamento de hidrantes, estabelecendo que a rede seja verificada hidraulicamente com o funcionamento de um hidrante por vez, conforme desenvolvido no item 14. 12. 1. 
No dimensionamento das redes de distribuição, utiliza-se a vazão da hora de maior consumo, no dia também de maior consumo, calculada pela seguinte expressão:
Onde: 
Qd: vazão de distribuição (L/s); 
k1: coeficiente do dia de maior consumo; 
k2: coeficiente da hora de maior consumo; 
P: população de projeto da área considerada (hab); 
q: consumo médio per capita de água, incluindo as perdas de água no sistema público de abastecimento (L/hab.dia).
Em países como o Brasil, em que os prédios possuem reservatórios próprios de armazenamento de água, essa vazão, por força da regularização proporcionada por tais reservatórios prediais, flui de forma mais uniforme, sem os picos acentuados que oneram sobremaneira o dimensionamento das redes de distribuição em que não são usuais os reservatórios prediais (que é o caso dos Estados Unidos e de países da Europa). Esse fato reflete-se no valor do coeficiente k2, que é menor nos países como o Brasil, em que os reservatórios prediais são utilizados em larga escala.
As vazões relativas a consumidores singulares ou grandes consumidores são consideradas individualmente para efeito do cálculo das vazões empregadas no dimensionamento da rede, devendo ser sempre associadas aos pontos da área de projeto em que tais vazões são disponibilizadas. Não incidem, portanto, na determinação das vazões específicas de áreas relativas a diversos usuários com consumos semelhantes.
A vazão de distribuição, excluídas as vazões pontuais de consumidores singulares (grandes consumidores), pode ser associada à área ou à extensão de tubulações da área a que ela se refere. Nesse caso, é denominada vazão específica de distribuição, ou simplesmente vazão específica, sendo calculada em L/s.ha ou em L/s.m, para aplicação de forma homogênea sobre área ou sobre o comprimento das tubulações que abrangem diversos usuários com consumos semelhantes. Por isso, no cálculo não entram as vazões pontuais relativas a consumidores singulares (grandes consumidores). As fórmulas de cálculo são as seguintes:
Onde: 
qa: vazão específica de distribuição por área (L/s.ha);
qm: vazão específica de distribuição por metro de tubulação ou em marcha (L/s.m); 
A: superfície da área a que a vazão de distribuição se aplica (ha);
L: comprimento das tubulações de distribuição na área a que a vazão de distribuição se aplica (m); 
Qd, k1, k2, q e P: os mesmos significados que os descritos anteriormente.
Análise das instalações de distribuição de água existentes
Quando na área de projeto existirem instalações de rede de distribuição anterior, deve-se proceder à análise criteriosa de como tais instalações podem ser integradas no novo projeto em elaboração. Essa é uma atividade extremamente importante, pelos seus reflexos na redução de custo da implantação do novo sistema. Contudo, é indispensável lembrar que as partes aproveitáveis da rede existente devem atender à referida norma ou a ela adaptar-se, mediante alterações ou complementações. Implícito nessa recomendação está a verificação também das condições de garantia da qualidade da água, o que é particularmente crítico para tubulações muito antigas em que se tenham formado incrustações que favoreçam a deterioração da qualidade da água. Para tubulações em que esse problema seja particularmente grave, poderá se tornar necessária a reabilitação de sua superfície interna, para o que existem técnicas viáveis em se tratando de tubulações de maiores diâmetros. Já as tubulações de diâmetros reduzidos, em que essa operação de limpeza e de recomposição internas não seja possível, poderá se impor a sua substituição.
Estabelecimento das zonas de pressão e localização dos reservatórios de distribuição
Para funcionar adequadamente, a rede de distribuição deve estar sujeita a uma pressão mínima e a uma pressão máxima. A pressão mínima tem por finalidade vencer os desníveis topográficos e as perdas de carga no ramal predial e nas tubulações internas dos prédios abastecidos, de modo a garantir que a água chegue até o reservatório predial padrão, ou seja,aquele instalado no piso ou no teto de prédio de no máximo dois pavimentos. Interessa neste caso a denominada pressão dinâmica mínima, assim entendida a pressão referida ao nível do eixo da via pública, em determinado ponto da rede, sob condição utilização no dia e hora de maior consumo e com a ocorrência do nível mínimo de água no respectivo reservatório de distribuição.
Já a não superação da pressão máxima destina-se a garantir a integridade dos tubos, conexões e válvulas utilizadas nas instalações prediais (que possuem uma pressão limite a que podem estar sujeitas) e também a reduzir as perdas de água nas tubulações da rede de distribuição e nos ramais prediais (as perdas de água em tubulações defeituosas ou em furos devido à corrosão variam com a raiz quadrada da pressão reinante nas tubulações). Neste caso, a pressão de interesse é a denominada pressão estática máxima, definida como a pressão referida ao nível do eixo da via pública, em determinado ponto da rede, sob condição de consumo nulo e com a ocorrência do nível máximo de água no respectivo reservatório de distribuição.
No Brasil, a NBR 12.218 da ABNT (1994) estabelece em 100 kPa (aproximadamente 10 mca) a pressão dinâmica mínima em redes públicas de distribuição de água.
Assim sendo, após a delimitação da área de projeto, a primeira providência a se adotar para a elaboração do projeto de uma rede de distribuição de água é o estabelecimento das suas zonas de pressão, assim entendidas as áreas decorrentes da subdivisão feita na área de projeto para que as respectivas pressões estática e dinâmica obedeçam aos limites indicados acima.
Para tanto, há que se dispor da planta topográfica da área de projeto, dotada preferivelmente de curvas de nível de metro em metro, sobretudo quando se tratar de área de maior dimensão, em que simples pontos cotados não permitam a fácil visualização de todo o conjunto.
Volume e níveis de água dos reservatórios de distribuição
Quando o reservatório for apoiado e não estiver conjugado a reservatório elevado, seu volume é função da quantidade de água demandada em área de influência, sendo o seu cálculo feito conforme determinados critérios.
No caso de pequenas comunidades ou de áreas com populações reduzidas (menos que 5000 habitantes) em que, por força de condições topográficas haja uma única zona de pressão a ser comandada por reservatório elevado, costuma-se aceitar, por razões econômicas, a utilização de um único reservatório, elevado, sendo o dimensionamento do seu volume feito à base de um quinto (1/5) do volume de consumo de água no dia de maior consumo na área em consideração. Ou seja, nessa condição especial, o reservatório elevado é dimensionado para cumprir apenas a função de volante (para compensar a variação de consumo ao longo do dia), dispensando-se as demais parcelas que normalmente compõe o volume de reservação.
No que se refere aos níveis de água no interior dos reservatórios de distribuição, são dois níveis relevantes para o dimensionamento a rede de distribuição:
Nível de água máximo, o qual é usado para a verificação da pressão estática nos pontos de interesse da rede de distribuição, sendo a pressão estática máxima calculada em relação ao ponto mais baixo da área em que se faça a distribuição de água;
nível de água mínimo, utilizado para o cálculo das pressões dinâmicas mínimas nos pontos de interesse da rede de distribuição.
Diâmetro das tubulações
Os diâmetros das tubulações utilizados numa rede de distribuição de água devem ser compatíveis, antes de tudo, com os diâmetros comerciais disponíveis no mercado. Com essa finalidade, é necessário consultar, primeiramente, os catálogos atualizados dos fabricantes de tubos, conexões, válvulas e peças especiais utilizados em redes públicas de distribuição de água.
O diâmetro mínimo geralmente adotado em redes de distribuição é de 50 mm, de acordo a NBR 12.218 da ABNT (1994). Contudo, em situaçoes especiais e mediante competente justificativa, podem-se usar tubulações com diâmetros inferiores a 50 mm, em PVC ou materiais similares para instalações prediais (por não serem sujeitas a problemas de tuberculização). São duas as situações principais em que isso tem ocorrido: (i) em áreas de densidade populacional e consumo de água baixos, como as prevalecentes em determinadas comunidades rurais e em áreas periféricas de cidades; e (ii) em linhas de distribuição localizadas e de pequena extensão, como aquele formando alças instaladas em calçadas ou ainda em vielas no interior de quarteirões (redes condominiais). 
Como acontece em todo dimensionamento de tubulação, o diâmetro a adotar é função da velocidade da água, cujo valor deve situar-se entre limites, mínimo e máximo, estabelecidos com base em considerações de natureza técnica e econômica. A velocidade mínima é estabelecida para minimizar a corrosão interna e evitar a deposição de materiais em suspensão porventura existentes na água, inclusive os decorrentes de processos corrosivos instalados no interior das tubulações. Seu valor usual é de 0,60 m/s, como consta inclusive na NBR 12.218 (ABNT, 1994).
Já a velocidade máxima é estabelecida para evitar os efeitos dinâmicos nocivos associados ao escoamento da água (sobrepressões prejudiciais devidas ao golpe de aríete), ao desgaste das tubulações e respectivos acessórios por problemas de erosão, ao controle de corrosão e aos ruídos desagradáveis, assim como para permitir a limitação da perda de carga nas tubulações, fator último este que é muito importante em redes de distribuição de água. O valor da velocidade máxima da água em tubulações de rede de distribuição varia conforme o autor e o seu país de origem.
No Brasil, a NBR 12.218 (ABNT, 1994) estabelece em 3,5 m/s o valor da velocidade máxima em redes de distribuição. Porém, tendo em vista limitar sobretudo a perda de carga nas tubulações que varia aproximadamente com o quadrado da velocidade muitos autores preferem estabelecer valores variáveis para a velocidade máxima, conforme seja o diâmetro da tubulação. Têm-se, assim, valores variando de 0,70 m/s para a tubulação de 50 mm de diâmetro até 2,20 m/s para tubulações com diâmetro de 1 000 mm.
Traçado dos condutos
Definidas as zonas de pressão, o passo seguinte é o lançamento dos condutos ou tubulações da rede de distribuição na malha viária de cada zona de pressão. A rede de distribuição é constituída por dois tipos de condutos:
condutos ou tubulações secundárias: tubulações de menor diâmetro, em contato direto com os prédios a abastecer, cuja alimentação é diretamente dependente dessas tubulações; 
condutos ou tubulações principais: tubulações de maior diâmetro, responsáveis pela alimentação dos condutos secundários. São também denominadas tubulações tronco ou condutos mestres, e a eles corresponde o abastecimento de extensas áreas da cidade.
Basicamente, existem dois tipos de traçados para as redes de distribuição: Rede ramificada ou em ''espinha de peixe'', típica de áreas que apresentam desenvolvimento linear pronunciado e em que as ruas não se conectam entre si por impedimentos topográficos ou de traçado urbano. Nesse tipo de rede, os condutos principais são dispostos segundo a direção predominante da área e os condutos secundários deles derivam; Rede malhada, típica de áreas com ruas formando malhas viárias, permitindo que as tubulações se liguem entre si pelas suas duas extremidades. Esse tipo de traçado apresenta vantagens não só para o escoamento hidráulico, mas também para a qualidade da água, ao permitir o permanente fluxo da água nos dois sentidos das tubulações, evitando as denominadas pontas mortas.
A NBR 12.218 da ABNT (1994), em seu item 5.6, dá as seguintes orientações para o traçado dos condutos principais e secundários, buscando, claro, melhores condições de escoamento hidráulico e da garantia da qualidade da água (itens 5.6.1 e 5.6.2), melhores condições operacionais (item 5.6.3), redução de custos de implantação e de operação e também a minimização de transtornos à população (item 5.6.4): 
5.6.1Os condutos principais devem ser localizados em vias públicas, formando, preferencialmente, circuitos fechados.
5.6.2 Os condutos secundários devem formar rede malhada, podendo ou não ser interligados nos pontos de cruzamento.
5.6.3 Ao longo de condutos principais, com diâmetro superior a 300 mm, devem ser previstos condutos secundários de distribuição
5.6.4 A rede deve ser dupla nos seguintes casos: a) em ruas principais de tráfego intenso; b) quando estudo demonstrar que a rede dupla mais econômica.
Ainda com a finalidade de reduzir custos de implantação e operação, os condutos principais devem se localizar preferencialmente em: 
Ruas sem pavimentação ou com pavimentação menos onerosa; 
Ruas de menor intensidade de trânsito; 
Proximidade de grandes consumidores; 
Proximidade das áreas e de edifícios que devem ser protegidos contra incêndios. 
No posicionamento das tubulações principais devem ser levadas em conta também as distâncias máximas que cada uma delas pode ter até os limites de sua área de influência, de modo que fique garantido o abastecimento destas últimas com a utilização de tubulações secundárias dotadas do diâmetro mínimo adequado, o qual, por sua vez, é função da densidade populacional e da vazão específica da sua área de atuação.
Devido à topografia dos terrenos a tubulação pode estar totalmente abaixo, coincidente ou acima, em alguns pontos, da linha piezométrica.
DESENVOLVIMENTO
Dimensionamento
População
Tendo em vista que o número de residências abrangidas pelo projeto é de exatamente 18 (dezoito) casas, com o número médio de consumidores igual a 5 (cinco) habitantes por residência, tem-se a população atual igual a: População atual P1 = (número de residências x número de habitantes por economia). P1 = 18 x 5. P1 = 90 pessoas.
Para determinar a população de projeto (população futura), foram utilizados dados do IBGE para auxiliar nos cálculos:
	Evolução Populacional
	Ano
	Ribeira do Pombal
	Bahia
	Brasil
	1991
	42.509
	11.867.991
	146.825.475
	1996
	42.097
	12.472.894
	156.032.944
	2000
	46.270
	13.070.250
	169.799.170
	2007
	47.400
	14.080.654
	183.987.291
	2010
	47.518
	14.016.906
	190.755.799
Tabela 1: Evolução Populacional. Fonte: IBGE
Para o cálculo da taxa de crescimento ka = ((população final – população inicial) / (ano final – ano inicial)). ka = (47518-47400) / (2010-2007). ka = 40 hab/ano.
Para determinar a população em 2017, P = P0 + ka(t-t0). P=47518+40(2017-2010). P = 47794 habitantes.
A população no ano de 2017 de acordo ao método aritmético deve ser de 47794 habitantes, na cidade de Ribeira do Pombal, para calcular a população em 2037, P = P0 + ka(t-t0). P=47518+40 (2037-2010). P = 48598 habitantes.
Calculando a taxa percentual de crescimento entre 2017 e 2037, obtém-se através dos cálculos que a população a ser abastecida em 2037 na rua a qual se refere o projeto deve ser de P = P0+P0*0,17. P = 90+90*0,17. P = 104 habitantes.
Concepção do Sistema
O Sistema de Abastecimento de Água desta localidade consiste na captação de água, adução, tratamento, reservação e distribuição. A captação de água se dará através de exploração diária de manancial subterrâneo, sendo perfurado 01 (um) poço com profundidade de 300 metros.
A produção do poço será ligada diretamente à estação de tratamento através da adutora de água bruta. A partir da estação de tratamento de água, a água é armazenada em reservatório para ser distribuída para as residências, por gravidade. Devido à topografia dos terrenos a tubulação está localizada abaixo da linha piezométrica, nesse caso a tubulação funciona como conduto livre (P = Patm), e a vazão do escoamento coincide com a calculada, em qualquer ponto do conduto a pressão será positiva e a vazão de escoamento será igual a de projeto.
Nos pontos altos dos condutos devem ser realizadas a instalação de ventosas para retirar o ar acumulado proveniente de gases dissolvidos na água e do processo de enchimento da linha e nos pontos baixos deve-se instalar válvulas de descarga para promover a limpeza da tubulação.
Quanto ao sistema de tratamento, o mesmo deverá atender a Portaria n° 518/04 do Ministério da Saúde, de modo a proporcionar distribuição de água com padrão de potabilidade adequado ao consumo humano. O sistema de tratamento proposto deverá ser composto das etapas de coagulação, floculação, decantação, filtração e deve possuir na saída uma bomba dosadora automática de cloro para desinfecção. 
Parâmetros técnicos
Tipo de rede: ramificada
Número de economias atendidas: 
Domicílios: 18
Consumo per capita:
Domicílio: C=150 l/ hab.dia
Taxa de ocupação familiar: 5 hab/econ
Coeficiente do dia de maior consumo: 1,2
Coeficiente da hora de maior consumo: 1,5
Coeficiente de rugosidade: C=140 (PVC)
Vazão de projeto
Vazão Total
Onde: N = 104 		– população (economias)
	C = 150 l/hab.dia 	– consumo per capita (economias)
	K1 = 1,2		– coef. do dia de maior consumo
	K2 = 1,5		– coef. da hora de maior consumo
Vazão Unitária
Onde, L é o comprimento da rede em metros.
Parâmetros técnicos
Para o dimensionamento hidráulico do sistema de abastecimento de água, adotou-se a fórmula de “Hazen Williams”.
Velocidade máxima
V=0,6+1,5D (m/s)
Perdas de Carga
Atrito (Hazen-Williams): J = 10,643 x Q1,85 x C-1,85 x D-4,87
Volume do Reservatório
Reservação diária
Qmáx diária = K1 x C x N
Qmáx diária = (1,2 x 0,150 x 104)
Qmáx diária = 18,72m²
Volume do reservatório
Vreserv = 1/3 x Qmáxdiária
Vreserv = 1/3 x 18,72
Vreserv = 6,24m³. Adotar: Vresrv = 10,00 m³
Grupo Moto-Bomba 
Dimensionamento da adutora
(Tempo de funcionamento da bomba = 6h/dia)
Diâmetro aproximado da tubulação de adução 
Diâmetro adotado = 50 mm (mínimo adotado por norma)
Perda de carga unitária (Hazen Willians)
10,643 x Q1,85 x C 1,85 x D4,87
Onde:
Q = vazão (m³/s);
D = diâmetro (m);
J = perda de carga unitária (m/m);
C = coeficiente de rugosidade (PVC = 140)
= 10,643 x 0,0008671,85 x 140-1,85 x 0,05-4,87
J = 0,005347
Extensão da rede de adução
Lf = 150 m
Perda de carga total
hf = J x Lf
hf = 0,005347 x 150
hf = 0,80 m
 Descrição do projeto
Ações preliminares
Limpeza do terreno
A limpeza do terreno deve ser feita onde será instalado o poço, a estação de tratamento de água e no reservatório, assim como em toda área que se torne necessário sua realização para o desenvolvimento do projeto.
Locação da obra
A obra deve ser locada no local determinado pela planta de localização, que deve ser feita através de forma a aproveitar a topografia do local para a adução por gravidade, os ângulos e níveis devem ser verificados através de equipamentos.
Movimento de terra
Devem ser feitas escavações para execução das fundações nos locais onde serão instalados a estrutura da ETA e no entorno do reservatório.
O aterro compactado deve ser executado nos solos do interior do anel de concreto que servirá de fundação, e o reaterro deve ser feito na parte externa da execução do concreto, e na parte externa lateral do poço.
O concreto estrutural deve ser feito em toda a estrutura da estação, fundações e na base do reservatório.
Escavação de vala e reaterro da vala
As escavações poderão ser manuais ou mecanizadas, dependendo do local e da natureza do solo, topografia, dimensões e volume de material a remover ou a aterrar; deverão ser executados com total segurança.
As escavações serão executadas considerando um recobrimento mínimo de 80 cm (oitenta centímetros) sobre a geratriz superior externa da tubulação. Na medida em que a escavação for avançando, deverão ser verificadas as cotas de fundo das valas, de 6 (seis) em 6 (seis) metros, de forma a atender o recobrimento recomendado.
A largura das valas deverá ser a menor possível, de maneira a causar o mínimo de transtorno aos moradores e ao trânsito local. A largura é definida pelo diâmetro da tubulação, acrescida de uma folga que permita o assentamento da tubulação e posteriorcompactação do reaterro lateral. Para fins de gabarito deverá ser considerada a largura de 60 cm. A largura da vala deverá oferecer condições de acesso de operários para montagem da tubulação.
O reaterro da vala será executado com o próprio material escavado, com areia ou saibro, cabendo à Fiscalização a definição do tipo, em função das condições locais encontradas.
Adução 
A rede de adução de água será em PVC, Ø 50 (linha PBA – junta elástica) até a estação de tratamento de água, onde será tratada e transportada para o reservatório da ETA, para ser conduzida ao reservatório de distribuição e por fim, ser distribuída a todas as residências, por gravidade.
Estação de tratamento de água
	Toda água que for distribuída, deve passar pelo processo de tratamento, de forma a garantir o atendimento ao padrão microbiológico da norma de qualidade de água para o consumo humano. Devido a essas exigências, deve ser instalado um sistema de tratamento de água bruta (proveniente de poço) que atenda a Portaria nº 518 do Ministério da Saúde, que estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
Este sistema de tratamento deverá ser instalado junto ao poço de captação de água.
O Sistema de Tratamento de Água a ser adotado, deve ser constituído de coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfecção.
A coagulação consiste na distribuição rápida e homogênea de um coagulante ou outro reagente químico na água a ser tratada, utilizando-se energia hidráulica, mecânica ou outro meio. Trata-se de uma operação puramente física que tem a finalidade de garantir a uniformidade do tratamento em toda massa de água antes que as reações químicas se completem. Os agentes químicos que podem ser empregados são: sulfato de alumínio, sulfato ferroso, sulfato férrico, cloreto férrico e outros. 
A floculação ocorre logo após a coagulação, sendo que para que ocorra a floculação, a água deve ser agitada de modo muito mais suave do que na mistura por reagentes, como o emprego da energia hidráulica ou mecânica. Por possuir menos custo, os floculadores hidráulicos são os mais utilizados, são formados por vários tanques com inúmeros obstáculos denominados chicana.
A decantação é um processo dinâmico de separação das partículas sólidas suspensas nas águas, essas partículas possui a tendência de cair, depositando no fundo dos tanques, em função de seu peso.
A filtração objetiva remover partículas em suspensão, corrigindo a turbidez. Também deverá haver a remoção de concentrações de ferro e manganês, metais comuns em águas subterrâneas. A presença destes metais na água atribui gosto metálico, manchas em roupas e louças, além de possibilitar o desenvolvimento de bactérias no interior de tubulações, causando a redução de sua seção útil. 
A desinfecção, através da cloração, visa eliminar microrganismos patogênicos presentes na água, devendo ser utilizado os compostos do cloro (hipoclorito de sódio, hipoclorito de cálcio), como agente desinfetante.
Protótipo de demonstração
Para demonstração de como será a implantação da rede de abastecimento da Rua Bela Vista na cidade de Ribeira do Pombal-BA, que atenda a demanda com projeção para 20 anos, foi construído um sistema em forma de protótipo, para tal, foram utilizados os seguintes materiais: vasilhas plásticas, conexões, madeira, motor, mangueiras, brita 3/4, carvão ativado, areia, bateria, cola, silicone, pregos e arame. No manuseio da construção foram utilizadas as seguintes ferramentas: martelo, alicate, furadeira, tesoura, serra e maquita. O protótipo foi construído no período de 15 dias.
CONCLUSÃO
Com as informações contidas neste trabalho, pode-se tirar conclusões acerca do processo de dimensionamento de uma rede de abastecimento de água, que deve ter como um dos pontos principais o estudo da população para garantir que demanda de água para suprir o consumo seja garantida através de seu correto dimensionamento.
Através dos cálculos, pode-se verificar a vazão do projeto a partir dos dados da população, consumo per capita, coeficiente do dia de maior consumo e coeficiente da hora de maior consumo, sendo útil para o dimensionamento das tubulações, sendo que o diâmetro do tubo a ser utilizado na rede de abastecimento necessário para suprir a necessidade é de 50 mm, sendo do tipo PVC PBA, que pode suportar uma pressão de até 0,75 MPa, suportando adequadamente a pressão que reina na adutora da rede de abastecimento que terá seu conduto do tipo por gravidade, aproveitando assim a topografia com declive existente na rua. 
Foi verificado ainda que existem dois tipos de captação da água, podendo ser superficial, que geralmente é suja, pois contém impurezas provenientes de causas naturais ou subterrânea, que em sua maioria das vezes está isenta de contaminação por bactérias e vírus, porém pode estar com excesso de metais. Essas águas saem dos poços com o metal ainda na forma solúvel, apresentando cor e turbidez ainda dentro dos padrões, após algum tempo de repouso reagem com o oxigênio dissolvido, precipitam e colorem a água de amarelo, por isso é importante que passe pelo processo de tratamento na estação.
Sendo Ribeira do Pombal- BA, um município que possui sua fonte subterrânea no lençol freático São Sebastião e a Bacia Itapicuru, tem-se em vista desenvolver um novo sistema universalizado de abastecimento de água que atenda a demanda de população com projeção para 20 anos, trazendo melhoria na infraestrutura de abastecimento de água da cidade com redução dos índices de perda e excelente tratamento da água. O sistema proposto mostrou ser seguro para o consumo potável, pois sua qualidade atende as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde através da Portaria nº 518/2004 e a rede de distribuição foi dimensionada de forma a garantir o abastecimento durante um período de 20 anos, 24 horas por dia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria MS nº 518/2004. Brasília, 2005. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/portaria_518_2004.pdf>. Acesso em 13 abr. 2016.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE- CONAMA. Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em 17 mai. 2016.
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HELLER. Léo (Org.); Pádua. Valter Lúcio de (Org.). Abastecimento de água para consumo humano. Belo Horizonte: UFMG, 2008.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 16. Nov. 2017.
NETTO, José Martiniano de Azevedo; FERNÁNDEZ, Miguel Fernández y. Manual de Hidráulica. 9. ed. São Paulo: Blucher, 2015.
PHILIPPI JR, Arlindo (Coord.). Curso de Gestão Ambiental. 2. ed. Barueri: Manole, 2014.
SOUZA, Walterler Alves de. Tratamento de água. Natal: CETEF, 2007.
ANEXOS
Memorial Descritivo
1 – Objetivo
O presente memorial tem o objetivo de submeter à análise técnica, dimensões e materiais recomendados para tubulação de distribuição de água potável, no projeto de abastecimento de água da rua.
2 – Dados do município
O município de Ribeira do Pombal está localizado naregião nordeste do estado do Bahia, distante aproximadamente 290 km da capital do Estado, Salvador/BA (Figura 01). As coordenadas do município são: Latitude: 10° 49' 53'' Sul 38° 31' 49'' Oeste. Possui área territorial de 753,900 km², está a uma altitude de 228 metros do nível do mar. Os municípios limítrofes a Ribeira do Pombal são Tucano, Cícero Dantas, Ribeira do Amparo, Heliópolis, Quijingue e Banzaê.
Figura 01 – Localização do município de Ribeira do Pombal na Bahia.
	Fonte: Wikipédia.
2.1 – População
Segundo estimativa 2016 (IBGE) o município de Ribeira do Pombal possui uma população de 54.773 habitantes.
2.2 – Clima
O município apresenta um clima do tipo megatérmico semiárido e seco a sub úmido, com temperatura média anual de 24.4ºC, precipitação pluviométrica média no ano de 626 mm e período chuvoso de abril a junho.
2.3 – Acesso
O acesso ao município de Ribeira do Pombal se dá por estradas pavimentadas, vias de acesso pela BR 110 e BR 410 e BA- 394.
2.4 – Situação Econômica-Financeira
A atividade econômica básica e predominante do município é a agricultura e a apicultura, também em menor escala a pecuária de leite.
2.5 – Assistência Médico-Hospitalar
O município possui Hospital Geral Santa Teresa. UBS espalhadas em seu território. Clínicas e hospital dia particular.
2.6 – Situação Educacional
O município possui escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos, com escolas públicas e privados, possui também Educação Superior presencial na Faculdade particular Dom Luiz de Orleans e Bragança, também possui polos de faculdades à distância. A cidade também oferece cursos técnicos profissionalizantes, e cursos de inglês e francês particulares. Há cursos técnicos oferecidos pelo governo estadual.
2.7 – Condições Sanitárias
As condições de saneamento básico no geral possuem alguns défices. Os sistemas de abastecimento de água existentes no município, tanto no interior quanto na cidade são feitos através de poços subterrâneos. Na zona urbana, onde será implantado este projeto, as famílias necessitam de uma melhor qualidade na água encanada para as suas atividades diárias.
2.8 – Energia Elétrica
O município possui energia elétrica na área urbana e rural.
3 – Descrição do projeto
O presente projeto visa à implantação de uma rede de abastecimento de água na área urbana do município de Ribeira do Pombal, que terá captação de forma subterrânea através de um poço perfurado de 300 metros de profundidade.
4 – Elementos para elaboração do projeto
4.1 Estimativa de população	
Calculando a taxa percentual de crescimento entre 2017 e 2037, obtém-se através dos cálculos que a população a ser abastecida em 2037 na rua a qual se refere o projeto deve ser de P = P0+P0*0,17. P = 90+90*0,17. P = 104 habitantes.
4.1 Estimativa de consumo	
Será considerada uma taxa de consumo “per capita” de 150 l/hab.dia.
4.2 – Vazão média de consumo humano
A vazão média de consumo humano é calculada como: Q = P x q, sendo P = População e q = Cota de consumo “per capita”. Qm = 104 x 150. Qm = 15.600 litros/dia.
4.3 – Vazão máxima diária de consumo humano
A vazão máxima diária, correspondente aos dias de maior consumo, é calculada como: Q = Qméd x K1, sendo Qméd = Vazão média e K1 = Coeficiente com valores entre 1,2 e 1,25. Assim, adotando K1 = 1,2, teremos Qmáx= 15.600 x 1,20. Qmáx= 18.720 litros/dia.
4.4 – Vazão máxima horária de consumo humano
A vazão máxima do projeto, correspondente ao dia e	ao horário de maior consumo, é calculada como: Q = Qmáx x K2 , sendo Qmáx = Vazão máxima diária e K2 = Coeficiente com valores entre 1,4 e 1,6. Assim, adotando K2 = 1,5, teremos Qmáx = 18.720 x 1,50/24. Qmáx = 1012,50 litros/hora, ou 0,32 litros/segundo por economia.
5 – Concepção do sistema 
O Sistema de Abastecimento de Água consistirá em uma ETA com suas fases, captação, coagulação, floculação, decantação, filtração, cloração, reservação e distribuição.
Toda água fornecida deve passar por processo de tratamento, concebido e operado de forma a garantir o atendimento ao padrão brasileiro de qualidade de água da resolução CONAMA.
Devido a essas exigências, deverá ser instalado um sistema de tratamento de água bruta (proveniente de poço) que atenda a Portaria nº 518 do Ministério da Saúde, que estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
5.1 – Captação
A captação de água deve ser realizada através de um Poço com profundidade de 300 metros, conforme a norma técnica NBR 12212 da ABNT prescreve.
Deve ser instalado um conjunto moto-bomba submersível para uma vazão de até 3,0 m³/h, que permite suprir o consumo de um dia normal em pouco mais de 6 horas.
5.2 – Adução
A rede de adução de água será em PVC, classe 15 - 50 mm.
5.3 – Sistema de tratamento de água
O sistema é composto por um tanque de coagulação com bomba dosadora automática de sulfato de alumínio e cal, um tanque de floculação, composto por um agitador para as partículas se unirem, um tanque de decantação para as partículas sedimentarem, um tanque de filtração composto por carvão ativado, areia e pedregulho, uma bomba dosadora de cloro instalada na tubulação de saída de água tratada e um reservatório.
5.4 – Rede de distribuição
A rede de distribuição de água será executada com tubos de PVC classe 15, tipo soldável, na bitola de 50mm (linha PBA - junta elástica integrada), obedecendo a necessidade de vazão para melhor atender aos consumidores, e deverá ser seguido o projeto técnico. As ligações às moradias serão feitas com tudo de PVC soldável de 25 mm, possuindo na entrada de cada domicílio um hidrômetro de 3/4” monojato, com vazão de até 3,0 m³ por hora.
Para o dimensionamento do sistema de distribuição de água, foi utilizado o método de "Hazen- Williams".
6 – Serviços preliminares
6. 1 – Limpeza do terreno
A Prefeitura fará a limpeza do terreno onde será instalado o reservatório, o acesso, bem como toda a área que julgar necessário para o perfeito desenvolvimento da obra.
6.2 – Locação da obra
As obras deverão ser locadas em conformidade com a planta de localização, devendo ser observados os níveis e cotas.
Os ângulos e níveis deverão e serão obtidos por meio de equipamentos topográficos óticos.
6.3 – Movimento de terra
Devem ser feitas escavações para execução das fundações nos locais onde serão instalados a estrutura da ETA e no entorno do reservatório.
O aterro compactado deve ser executado nos solos do interior do anel de concreto que servirá de fundação, e o reaterro deve ser feito na parte externa da execução do concreto, e na parte externa lateral do poço.
O concreto estrutural deve ser feito em toda a estrutura da estação, fundações e na base do reservatório.
6.4 – Escavação de vala e reaterro da vala
As escavações poderão ser manuais ou mecanizadas, dependendo do local e da natureza do solo, topografia, dimensões e volume de material a remover ou a aterrar; deverão ser executados com total segurança.
As escavações serão executadas considerando um recobrimento mínimo de 80 cm (oitenta centímetros) sobre a geratriz superior externa da tubulação. Na medida em que a escavação for avançando, deverão ser verificadas as cotas de fundo das valas, de 6 (seis) em 6 (seis) metros, de forma a atender o recobrimento recomendado.
A largura das valas deverá ser o menor possível, de maneira a causar o mínimo de transtorno aos moradores e ao trânsito local. A largura é definida pelo diâmetro da tubulação, acrescida de uma folga que permita o assentamento da tubulação e posterior compactação do reaterro lateral. Para fins de gabarito deverá ser considerada a largura de 60 cm. A largura da vala deverá oferecer condições de acesso de operários para montagem da tubulação.
O reaterro da vala será executado com o próprio material escavado, com areia ou saibro, cabendo à Fiscalização a definição do tipo, em função das condições locais encontradas.7 – Canalizações e peças especiais de entrada, saída, extravasor e expurgo do reservatório
Os reservatórios terão canalizações de entrada, saída, extravasor e peças especiais detalhadas e relacionadas no projeto, devendo a CONTRATADA fornecer e montar todos os tubos, peças e acessórios e executar conforme orçamento.
8 – Garantia e assistência técnica
A CONTRATANTE exigirá garantia de 5 anos (a partir do início da operação do reservatório) e a assistência técnica que se fizer necessária, sem qualquer ônus para CONTRATANTE. Os proponentes deverão apresentar, juntamente com as propostas, declaração de aceitação destas condições.
9 – Inspeção e aceitação
A CONTRATANTE exigirá garantia de 5 anos (a partir do início da operação do reservatório) e a assistência técnica que se fizer necessária, sem qualquer ônus para CONTRATANTE. Os proponentes deverão apresentar, juntamente com as propostas, declaração de aceitação destas condições.
10 – Estanqueidade
A fim de se comprovar a impermeabilização do reservatório, o mesmo deverá permanecer completamente cheio por um período mínimo de 8 dias, durante o qual será observado a existência ou não de vazamentos. Em caso afirmativo, a CONTRATADA executará os devidos reparos.
11 – Operação e instalação do sistema de tratamento
O Sistema de Tratamento deverá ser de operação automática, requerendo somente intervenção para a reposição e controle da dosagem dos produtos químicos;
Ponto de aplicação do produto químico na tubulação: na rede de adução de água bruta.
Deverá ser fornecido pela Empresa, quadro de comando elétrico para automação;
Os equipamentos do sistema de tratamento da água deverão serão instalados em local abrigado, conforme projeto;
O abrigo para tratamento deverá ser cercado, conforme projeto e especificações;
O município fornecerá rede de extensão de energia elétrica junto ao painel de acionamento dos equipamentos;
A proposta fornecida pela empresa responsável pela implantação do sistema de tratamento deverá constar os seguintes dados:
•	Projeto do Sistema de Tratamento, devidamente detalhado;
•	Especificação detalhada das condições de operação do sistema;
•	Treinamento para operação;
•	Fornecimento de produtos químicos para 01 (um) mês de operação;
•	Assistência técnica para operação, gratuita durante o primeiro mês após a entrega do sistema;
•	Fornecimentos de 2 Kits para análise de cloro na água, por sistema;
•	Emissão de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do projeto e execução do sistema;
 •	Prazo de garantia de1 (um) ano do sistema, a partir da data de instalação.
12 – Abrigo para o tratamento
O abrigo para tratamento deverá ser executado junto a ETA, ao qual servirá como abrigo aos equipamentos do sistema de tratamento da água. Deverá ter dimensões de acordo com projeto.
13 – Especificações técnicas
A especificação descrita tem por objetivo estabelecer as principais características dos materiais a serem empregados e as normas técnicas que deverão ser obedecidas na execução das obras de:
Rede de etapas de tratamento da água;
Rede de adução;
Rede de distribuição;
Ramais de ligação domiciliar.
Em caso de haver divergências entre planilha orçamentária e projeto técnico, prevalecem as especificações do projeto técnico (memorial descritivo, plantas, detalhamento, etc.).
13 - Especificações dos materiais
Tubulações: foram adotados tubos de PVC, na adutora o diâmetro é de 50 mm e as ligações das residências de 25 mm.
Conexões: As conexões também serão utilizadas em PVC nos diâmetros necessários.
Registros: Devem ser utilizados registros de latão, para suportar a forte pressão da água nos pontos onde serão instalados.
14 - Serviços
Os serviços deverão ser executados por profissionais habilitados de forma a utilizarem o material conforme prescrições do fabricante.
Planilha Orçamentária
Plantas e cortes

Outros materiais