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5. Interpretação da Lei Penal.

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Interpretação da Lei Penal 
 
I. Quanto ao Sujeito que Elabora 
• Autêntica - É a que procede da mesma origem que a lei e tem fonte obrigatória. Por 
exemplo, a parte explica o que é casa, no Código Penal, quando configura o crime de invasão 
de domicilio (art 150) ou o conceito de funcionário público para efeito penal, estabelecido no 
art 327. 
 
• Doutrinaria - Entendimento dado aos dispositivos legais pelos escritores ou comentadores do 
Direito, que não tem, evidentemente, força obrigatória. 
 
• Judicial (ou jurisprudencial) - obrigatória nos casos de sub judice e súmula vinculante. 
Conjunto de manifestações judiciais sobre determinado assunto legal, discutidas 
constantemente. É a orientação que os juízos e tribunais vêm dando à norma. 
 
II. Quanto aos Meios Empregados: 
• Gramatical (ou literal) – procura-se fixar o sentido das palavras ou expressões empregadas 
pelo legislador. Examina-se a “letra da lei”. Se for insuficiente, busca-se o conteúdo, a vontade 
da lei, o por meio de confronto lógico -> 
 
• Lógico – busca do conteúdo da lei, confronto lógico entre seus dispositivos. 
 
• Teleológico – apuração do valor e finalidade do dispositivo. 
 
III. Quanto ao Resultado: 
 
• Declarativa: A norma é suficientemente clara, sem a necessidade de interpretação. Exemplo: 
quando a lei afirma “várias pessoas”, é claro que significa mais de duas pessoas, pois se fossem 
duas, a lei expressaria duas pessoas. 
 
• Restritiva (ex.: art. 335 e art. 358): Reduz-se o alcance da lei para que se possa encontrar sua 
vontade exata. Exemplo: uso de funcionário público (Art 332) exclui o uso de “juiz, jurado, 
órgão do MP, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete....” do art 357. 
 
• Extensiva: Tem que estender a Lei para proteger o bem jurídico. 
 
IV) Interpretação Analógica (obs.: não tem nada a ver com “analogia” – Interpretação 
analógica busca a vontade da norma por meio da semelhança com fórmulas usadas pelo 
legislador; analogia é no caso de lacuna, é forma de autointegração da lei com a aplicação a 
um fato não regulado por esta de uma norma que disciplina ocorrência semelhante. Visa 
alcançar a norma para “complementar” a interpretação. 
 
V) Interpretação Progressiva: as mudanças da Lei são feitas de acordo com os pontos de vista e 
meios da sociedade.

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