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Caderno Administrativo

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Prof. Cláudio Braga – prof.cmbraga@usjt.br
Direito Administrativo
- Histórico
Um ramo do direito desenvolvido recentemente. Desenvolvido a partir do séc. XIX.
Influência romana.
O direito civil romano estrutura o poder público de Roma, apesar de ser um ramo privado.
O direito administrativo é “irmão” contemporâneo do direito constitucional e tributário.
Rompimento do absolutismo e nascimento do constitucionalismo.
O próprio governante deve seguir as regras fundamentais previamente estabelecidas (Constituição). A ideia de constitucionalismo vem dessa época.
- Conceito
Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta, imediatamente os fins desejados pelo Estado.
Finalidade pública.
Maria Silvia de Zaneto: é o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a administração pública, a atividade jurídica não contenciosa que exercem e os bens que se utiliza para a consecução de seus fins de natureza pública. 
Sistemas
Ambos são baseados na divisão dos poderes.
- Contencioso administrativo (França)
Modelo francês.
Sistema de jurisdição dual, duas jurisdições. 
Causas entre os particulares vão para a jurisdição normal.
Causas que envolva o poder público vão para o contencioso administrativo. As decisões do contencioso administrativo ajudaram a delimitar o campo do direito administrativo.
- Jurisdição una (Brasil)
Modelo brasileiro.
Tem apenas uma jurisdição. Tudo é julgado na mesma jurisdição. Poder Executivo, Legislativo e Judiciário tem os pesos e contra freios para se equilibrarem, no qual um não invade o espaço do outro.
Fontes
- Lei
Legislação (constituição, leis ordinárias, dispositivos jurídicos)
Lei cria obrigação, decreto não.
- Doutrina
Fonte acessória. Estudos que ajudam a compreender o direito.
- Jurisprudência 
Reiteração de julgados.
É cada vez mais importante a jurisprudência dos julgados dos tribunais de contas.
- Costume
Princípios
Art. 37, caput, CF - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: I a XXII.
Constituição portuguesa influenciou muito a constituição brasileira de 1988. Por sua vez, os portugueses foram influenciados pela Alemanha.
Robert Alexy: diferença de princípio e regra é a estrutura normativa. Enquanto regra é uma norma de valor como tudo ou nada, aplica-se completamente ou não se aplica. Princípios devem ser aplicados da maior maneira possível.
Quando uma regra é divergente a outra há mecanismos para saber qual utilizar. Lei específica prevalece sobre lei geral.
Colisão de princípios para Alexy resolve-se analisando o caso concreto considerando a proporcionalidade.
Proporcionalidade: adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito (o ganho de um em detrimento de outro compensa).
Quando há colisão de princípios deve-se aplicar da maior maneira possível no caso concreto. Podendo deixar um ou outro ou ambos parcialmente de lado, mas considerar o máximo possível dos princípios para o determinado caso.
Lei 9.784/99, art. 2º.
 “LIMPE”
- Legalidade: o Estado não pode fazer nada que não está na lei.
Art. 5º, II, CF – Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Essa é a legalidade ampla que vigora para os particulares. Porém, no direito administrativo vale a legalidade estrita. Na administração pública só pode ser feito o que está na lei.
O mesmo dispositivo normativo citado acima é compreendido de modo a deixar claro que para a administração pública é a legalidade estrita. Por ser o revesso da legalidade ampla dos particulares.
- Impessoalidade
Refere-se ao tratamento dado para as partes, dever ser isonômico, impessoal, não beneficiando uma das partes. 
Outro desdobramento desse princípio é a vedação de promoção pessoal. Ex.: político dizendo que construíram estradas, onde na realidade foi o Estado.
Art. 37, § 1º, CF - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Art. 2º, III, Lei 9.784/99 - Objetividade no interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades.
- Moralidade
Art. 2º, IV, Lei 9.784/99 - Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.
Lei de improbidade administrativa: improbidade por enriquecimento ilícito, dano ao erário, violações aos princípios do direito administrativo.
- Publicidade
Relacionada à transparência. 
Art. 2º, V, Lei 9.784/99 - Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição.
Serve também para controle social.
Lei 12.527/2011 – regulamenta o acesso a informação.
- Eficácia
Emenda constitucional nº 19/98 reforma administrativa para trazer uma administração mais eficiente. Fazer mais com menos, focar no resultado.
Por tudo isso a administração pública nunca será tão eficiente quanto à administração privada. Ex.: caso acabe as aspirinas no hospital privado é só correr na farmácia da esquina e comprar, enquanto o hospital público deve haver licitação.
Supraprincípios:
Os supraprincípios são os princípios dos princípios.
- Supremacia do interesse público
Interesse público é superior ao interesse particular. Ex.: uma pessoa tem uma casa num local onde terá metrô, a casa é desapropriada devido a interesse público.
- Indisponibilidade do interesse público
O interesse público é indisponível.
Finalidade pública, interesse público.
Lei 9.874/1999, art. 2º.
Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado – 1995. Mostra as falhas e propõe reformas. Obtendo a EC 19/98.
Administração Pública - patrimonialista
 - burocrática
 - gerencial
Administração pública patrimonialista: dificuldade de separação entre o público e o privado. O bem público é do rei, do titular do poder (visão do absolutismo).
Administração burocrática: não manda quem quer, o procedimento tem que ser de determinados modo (licitação), finalidade pública e não privada. Preceitos que temos até hoje. Visando impedir corrupção, nepotismo. 
É melhor que a patrimonialista, mas tem efeito colateral. O Estado passa a não olhar para o si mesmo, mas apenas para as leis. O bom funcionário é quem olha a lei, cumpre a lei. Não importa se demora, mas se obedecem todas as leis. Efeitos colaterais: demora, atraso, acomodação dos servidores.
Administração gerencial: busca a eficiência. Passa a buscar alguns mecanismos gerenciais para poder resolver ou minimizar os efeitos colaterais. 
Possibilidade da perda do cargo do servidor público por ineficiência (com a avaliação de desempenho), possibilidade de contrato de prestação, estabelecer metas.
Até hoje estamos baseados na administração burocrática, o fundamento do direito administrativo brasileiro é o burocrático, com resquícios de patrimonialista. Porém, cada vez mais está se desenvolvendo mecanismos gerenciais.
Governo/Administração
Governo: está para o direito constitucional. Tomam às decisões fundamentais, no centro o Estado traça as decisões políticas fundamentais.
A oposição também ajuda a governar quando critica e segura a politica do partido que está no comando.
Presidência da República, Senadores, Deputados, Ministrados de Estado. Cúpula do Executivo e do Legislativo.
Administração pública: está para o direito administrativo. Colocar em prática as politicas públicas do Governo. Decisões tomadas pelo Governo são implementadas pela administração pública.
Estrutura formal e material para implementação das politicas públicas do Governo.
Entidade/órgão 
Entidade tem personalidade jurídica que pode ser de direitopúblico ou de direito privado. 
As entidades no direito administrativo são: União, Estados, Distrito Federal e Municípios (entidades politicas). Estas podem criar outras entidades: fundações, empresas públicas, consórcios públicos, autarquias entre outras.
União: Executivo, Legislativo, Tribunal de Contas, Judiciário, Ministério Público.
Órgão é despersonalizado com um feixe de competências específicas.
Ex.: a União é uma entidade, a Presidência da República é um órgão porque é despersonalizado.
Na União o órgão máximo é a presidência da república. “Compete à União” refere-se à competência da presidência da república, mas os órgãos subalternos podem responder por algumas competências. 
Hierarquia funcional: há órgãos superiores e órgãos subalternos. A estrutura respeita uma hierarquia.
Atos praticados pelos órgãos são imputados à entidade porque não tem personalidade.
Cada órgão tem sua função, competência. Ex.: paralelo com corpo humano, cada órgão tem uma função e não pode passar para outro porque aquele está ocupado. 
Desconcentração/descentralização (* importante para prova intermediária)
São técnicas para racionalizar a prestação da atividade administrativa. Tirar do centro do poder as atividades.
Desconcentração: distribuição de competências entre vários órgãos de uma mesma pessoa jurídica. Portanto, sem quebra de hierarquia. Ex.: quando o presidente da república transfere competência para o MEC porque é transferência dentro da mesma entidade (União).
Pode criar competências diferentes com base nas diferenças de grau (valor, até tal valor é um órgão e acima desse valor é outro), pode ser critério territorial (mesma competência material, mas território diferente).
Descentralização: transferência de determinadas competências a outra entidade jurídica, faz isso por lei. Cria uma nova pessoa jurídica, externa a entidade.
Ex.: união tem o órgão Ministério Minas e Energia que tem competência para extrair petróleo, mas ao invés de fazer prefere criar uma empresa Petrobras para essa função. Não tem vínculo hierarquia com a União, mas tem relação jurídica, segue as especificações estabelecidas pelo Ministério Minas e Energia. Petrobras tem personalidade jurídica e não é subalterna da União.
Existem diversas entidades criadas pela União (ex.: Petrobrás, BB, CEF, INSS, Anatel, Unifesp), Estados e Municípios (ex.: SPTrans, CET, Prodam).
Administração direta/administração indireta
Administração direta: conjunto dos órgãos das pessoas politicas que tem como função típica a atividade administrativa do Estado.
Administração indireta: pessoas jurídicas distintas do Estado cuja atividade típica é atividade administrativa pública, seja serviço público ou atividade econômica.
Entidades da administração indireta: autarquias, fundações, sociedade de economia mista, as empresas públicas (previstas no decreto lei 200) e consórcios públicos.
Obs.: ações em que tem sociedade de economia mista são julgadas pela justiça estadual. Ex.: Banco do Brasil. Itaú por ser privado é julgado na justiça estadual (comum). A Caixa Econômica Federal é competência da justiça federal.
Em São Paulo as escolas públicas estaduais são órgãos despersonalizados porque são da Secretaria de Educação.
As Universidades são entidades de administração indireta, tem personalidade própria.
A Universidade São Judas não tem personalidade jurídica, mas quem tem é a Mantenedora. O mantenedor tem personalidade jurídica e pode ter mais de um mantido.
Entidades da administração indireta - características gerais:
Essas características valem para toda a administração indireta (autarquia, fundações, sociedade de economia mista, as empresas públicas e consórcios públicos).
- Personalidade jurídica
Tem personalidade jurídica própria.
- Criação: lei
A administração indireta é criada por lei.
Só a autarquia é que é criada diretamente por lei.
As fundações, sociedade de economia mista têm a sua criação autorizada por lei.
- Finalidade: interesse público
A finalidade é o interesse público. Tem um pouco a lógica privada de lucro. Ex.: Petrobrás com suas ações.
- Finalidade específica
Cada uma é criada para uma finalidade específica.
- Controle finalístico
Não há hierarquia entre a entidade de administração direta e indireta, mas há controle finalístico. Ex.: o Presidente da República não pode mudar uma decisão do Presidente do INSS, mas pode colocar metas e cobrar resultado.
- Fiscalização pelo TC respectivo
É fiscalizado pelo Tribunal de Contas respectivo 
Autarquias:
- Personalidade jurídica de direito público. Só existe no direito público. Autarquia é uma figura do direito público.
- Atividade típica da administração direta
Serve para desempenhar atividades típicas da administração pública. Serviço público, poder de polícia e atividade de fomento. 
Não pode ter atividade econômica, não podem atuar na área econômica.
- Patrimônio próprio: os bens são públicos.
- Responsabilidade objetiva
Art. 37, § 6º, CF - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
- Concurso público e licitação
Necessário contratar por concurso e fazer contrato por meio de licitação.
- Prerrogativas processuais 
Tem as mesmas prerrogativas processuais dadas a Fazenda Pública.
Reexame necessário: vai para segunda instância automaticamente. Caso perca um processo e não entra com recurso ocorrerá o reexame necessário.
OAB não é autarquia. 
Fundações:
Fundações instituídas pelo Estado, fundações de direito público, administração pública. Diferentemente das fundações de direito civil.
Decreto Lei nº 200/1967 - Art. 4º e 5º.
Art. 4°- A Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) Autarquias; b) Empresas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. 
§ 1° As entidades compreendidas na Administração Indireta consideram-se vinculadas ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.
§ 2º Equiparam-se às Empresas Públicas, para os efeitos desta lei, as Fundações instituídas em virtude de lei federal e de cujos recursos participe a União, quaisquer que sejam suas finalidades.
Art. 5º - Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União ou de suas entidades da Administração Indireta, criada por lei para desempenhar atividades de natureza empresarial que o Governo seja levado a exercer, por motivos de conveniência ou contingência administrativa, podendo tal entidade revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para o exercício de atividade de natureza mercantil, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, à União ou à entidade da Administração Indireta. 
§ 1º No caso do inciso III, quando a atividade for submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas à União, em caráter permanente. 
§ 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração Indireta existentes nas categorias constantes deste artigo
- Personalidade jurídica de direito público
Dúvida doutrinária sobre a natureza da personalidade jurídica da fundação. Problema atualda administração pública. Alguns consideram de direito público e outros de direitos privado.
Partindo do ponto dela ter personalidade jurídica de direito público terá todas as caraterísticas da autarquia.
Se achar que tem natureza de direito privado: Terá atividade típica da administração pública. O patrimônio será próprio, mas tem muita discussão se será público ou privado. A responsabilidade será objetiva. Tem grande questão se terá concurso público e licitação. Se for direito privado não terá prerrogativas processuais.
Pela Constituição, radio e TV tem que coexistir com público, privado e estatal. Estatal é a TV do Estado que serve para mostrar o próprio Estado (ex.: TV Câmara, NBR, TV Senado). Pública é mantida com recursos públicos e gerida pela sociedade, ter uma programação estatal e sem preocupação com Ibope (ex.: TV cultura, TV Brasil). Privado (ex.; globo).
Sociedade de Economia Mista (SEM) / Empresas Públicas (EP)
Elas têm regimes parecidos, apresentam três diferenças:
- Forma de organização SEM será sempre S/A
 EP pode ser qualquer forma societária admitida pelo direito.
- Composição do capital SEM é misto (público e privado)
 EP é totalmente público *
* O sócio controlador é a administração pública. A maioria das ações com direito a voto devem ser da União ou da administração indireta.
- Juízo (essa diferença só vale no plano da União, criadas pela União)
 SEM justiça estadual
 EP justiça federal
Na justiça federal são julgadas ações da União, Autarquias e EP. Principais casos União, INSS e CEF.
Regime jurídico SEM/EP
- Personalidade jurídica de direito privado
Usa o regime do direito privado parcialmente derrogado pelo direito público.
- Prestam serviço público ou exploram atividade econômica.
Atividade econômica não é típica, mas é excepcional. Utilizada quando for de imperativo da Segurança Nacional ou 
Serve para explorar a atividade econômica.
- Patrimônio próprio
A priori os bens seriam privados, mas quando estão diante de atividade pública são bens públicos. Ex.: balança dos Correios.
- Responsabilidade objetiva?
Direito privado + serviço público = Sim.
Direito privado + exploração de atividade econômica = Não.
Ex.: Banco do Brasil é direito privado que explora atividade econômica.
- Concurso público e licitação
Deve ter contratação por concurso público.
Licitação Presta serviço público = Sim.
 Explora atividade econômica Atividade meio = Sim
 Atividade fim = Não
Art. 173, CF determina que tenha uma lei estabelecendo isso. Porém, essa lei não existe. Logo, a regra foi criada pela doutrina.
Atividade fim não precisa.
Atividade meio precisa.
Ex.: Petrobrás não precisa de licitação para compra de petróleo.
Ex.: Banco do Brasil não precisa para emprestar dinheiro, mas precisa para comprar cadeira. 
- Não tem prerrogativas processuais
- São empresas, mas não estão sujeitas a falência.
Atual lei de falência trouxe expressamente essa determinação.
- Responsabilidade subsidiária
A responsabilidade é subsidiária da entidade que a criou. Ex.: Petrobrás e União.
Autarquias em regime especial
Refere-se a privilégios, maior grau de autonomia.
Autarquia significa governa a si próprio, a autonomia está implícita no termo. Essa autarquia desse tipo tem mais autonomia ainda, maiores privilégios. Dirigentes com mandado fixo, o governo não pode demitir esses dirigentes.
- Agências reguladoras
- Universidades públicas
Tem uma lei geral de escolha de dirigente para a autarquia das universidades. Há eleição dentro do corpo docente, corpo técnico e estudantes, criando uma lista que irá para o governo decidir.
Art. 207, CF - As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Agências reguladoras
PDRAE (1995)
Serviços públicos oferecidos pelo Estado deveriam ser transferidos para o privado. Continua como serviço público, o particular passa a oferecer, mas o Estado passa a fiscalizar. Assim, criando as agências reguladoras para fazer essa fiscalização.
Ex.: Telefonia era prestada pelo Estado. Com o passar do tempo privatizaram a telefonia, mas continua sendo responsabilidade do Estado, passa a criar a Anatel para poder regulamentar e fiscalizar.
Anatel e ANP são as únicas que tem previsão constitucional.
Art. 21, CF - Compete à União: XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
Agências reguladoras são autarquias em regime especial, autarquia é uma entidade e não é órgão. Porém, cabe 
ANP – Agência Nacional do Petróleo. Previsto no art. 177, § 2º, I, CF.
As outras autarquias foram criadas a partir dessas.
Agências reguladoras são autarquias em regime especial com competência de regulação, fomento ou poder de polícia.
Poder de polícia é o poder que o poder público tem de limitar, condicionar direitos e liberdades individuais em nome do interesse público.
Anvisa exerce poder de polícia com relação a medicamentos.
ANS é a autarquia que tem o poder de polícia com relação aos convênios médicos.
O fomento é uma forma do direito administrativo de exercer o estímulo, de certa forma é o outro lado da moeda do poder de polícia.
Poder de polícia inibe comportamentos humanos que a princípio não seriam ruins, mas num interesse público transforma-se em prejudicial.
O fomento é estimular o particular a fazer algo em nome do interesse público.
Ex.: filme terminal, carrinhos em aeroporto que retorna dinheiro se devolver no lugar.
Política tributária é muito utilizada no sentido de fomento.
ANCINE – Agência Nacional de Cinema e do áudio visual. Filmes nacionais ganham fomento, dinheiro público. Porém, não são muito vistos.
Regulação envolve poder de polícia, fomento. É algo mais complexo.
Controla o que o particular faz, mas ao mesmo tempo fomenta.
ANATEL (telefonia), ANEEL (eletricidade), ANTT (transporte terrestres), ANTAQ (transporte aquáticos), ANAC (aviação civil) – autarquias que prestam serviços públicos.
ANP (Agência Nacional de Petróleo), ANA (Agência Nacional de Água) – autarquias de bens.
O termo “agência” não tem relação, referência jurídica, não quer dizer nada. Nem toda agência reguladora chama agência. Ex.: CADE, Comissão reguladora de valores. Tem órgãos que se chamam agências, mas não são agências reguladoras. Ex.: ABIN (Agência brasileira de inteligência) - é um órgão ligado a estrutura do gabinete de segurança da Presidência. A Agência Especial Brasileira (AEB) é uma autarquia comum, não é agência reguladora.
Características
- Maior grau de autonomia
- Capacidade técnica: ter funcionários mais técnicos.
- Poder normativo (*). A lei pode conferir poder normativo para as agências reguladoras.
O ritmo legislativo não dá conta da evolução técnica. Por isso há leis que permitem as agências reguladoras estabelecerem regras. Elas legislam, mas com limites. 
Qual o limite do poder normativo das agências reguladoras? Tem que ter uma blindagem para que decisões técnicas não sejam afetadas por problemas políticos.
Problemas: captura do agente regulador (ao invés de sofrer por influência da política, começa a ter problemas com o agente regulador). Corre o risco de se tornar dependente do setor regulado. Órgão regulador passa a ser mais benevolente. Esse problema existe em todos os países e setores, no desenho institucional tem que tentar minimizar esse efeito.
- Mandado fixo: cada órgão tem sua lei de criação regulando como será (tempo de mandado, forma de escolha).
Consórcios Públicos
Art. 241, CF - A União, os Estados, o DistritoFederal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. 
Lei 11.107/2005 – Lei de contratação de consórcios públicos.
Consórcio é uma associação.
Há Municípios muito pequenos que não tem condições de oferecer certos serviços públicos. Com isso, associam-se a outros para juntos conseguirem.
Antigamente: consórcio era só entre entes de mesma natureza e tinha natureza contratual, não tinha personalidade jurídica.
Após 2005: consórcios públicos são associações formadas por pessoas jurídicas politicas (União, Estados, DF e Municípios) com personalidade jurídica de direito público ou privado criadas mediante autorização legislativa para gestão associada de serviços públicos.
Tem personalidade jurídica (diferente de antes da lei).
A consequência é que o consórcio público é uma entidade transfederativa.
Será entidade da administração indireta de cada um dos entes.
Cria-se primeiro um protocolo de intenções, como se fosse um projeto. Esse protocolo servirá de base para cada poder legislativo de cada ente se organizar legislativamente.
APO (Autoridade Público Olímpico) - União, Estado do RJ e Município do RJ. Entidade com prazo determinado (aprox.. 2018).
Concessão de serviço público é quando o Estado passa a prestação de um serviço público para um particular por meio de um contrato de concessão. Ex.: Ecovias. O particular é chamado de concessionário. Essa concessão pode ser feita para uma empresa (um particular) que será o concessionário. Porém, também pode ser feita para mais de uma empresa (mais de um particular) quando o investimento for muito grande que será um consórcio de empresas privadas para fazer um contrato de concessão com o Estado.
O consórcio pode se personalizar em tipos especiais de concessão que exigem (lei das PPP) a constituição de sociedade de prestação especial que terá personalidade jurídica.
Paraestatais
	Administração Pública
	Paraestatais
	Setor Privado
	Administração direta 
	Administração indireta
	
	 
	Estado
	Autarquia
	Sistema “S”
	Empresas
	
	Fundações
	Serviços sociais autônomos
	
	
	Sociedade de economia mista
	
	
	
	Consórcio público
	
	
Paraestatais integram a administração pública direta ou indireta? Não. 
Não tem definição própria. O importante é saber que não é público nem privado.
Sistema “S”. Ex.: Sesi, Senac, Sebrae, Sesc. Instituições privadas estimuladas pelo Estado. Funciona com recursos públicos.
Serviços sociais autônomos: pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, não constituem a administração pública. 
Desenvolvem atividade privada de interesse público.
Possibilidade de cobrar contribuições para fiscais. Capacidade tributal em nome do Estado. Esse dinheiro que entra é público, mas não se submetem ao sistema público. Não tem contratação por concurso, mas contratam por licitação simplificada. 
Não necessitam fazer licitação com base na lei das licitações, mas uma forma mais simplificada.
Imunidade tributária: não pagam imposto sobre o seu patrimônio, renda e serviços.
Terceiro Setor
Atuam ao lado do Estado. Como não há conceito jurídico (definição) para paraestatais e terceiro setor, normalmente, elas são vistas muito próximas. Também há o costume de chamar o terceiro setor de ongs.
OS (organização social)– Lei 9637/98.
OSCIP (organização da sociedade civil de interesse público)– Lei 9709/99.
O Estado tem determinadas atividades que em tese podem ser prestada pelo particular, mas o público tem interesse ou também deve prestar. O Estado fomenta a organização (passando recursos, cedendo bens, servidores) para que essa empresa execute o serviço. Pode envolver transferência de dinheiro. Nesse vínculo jurídico (contrato de gestão ou termo de parceria) deve estabelecer as metas. Essa organização não pode ter fins lucrativos.
Não tem que fazer concurso nem licitação, mas deve ter o resultado relacionado a metas estabelecidas.
Ninguém monta uma OS ou uma OSCIP, o que montam é uma associação sem fins lucrativos. Essas associações podem pleitear no governo federal sua qualificação como OS ou OSCIP. Não é uma figura jurídica, não se constitui a OS ou a OSCIP, mas é como uma titulação, um diploma que pode ser retirado.
	OS
	OSCIP
	Lei 9637/98
	Lei 9709/99
	Atividade do Estado
	Atividade privada de interesse público
	Contrato de gestão
	Termo de parceria
	Ministério respectivo (pedir a qualificação)
	Ministério da Justiça
	Ato discricionário
	Ato vinculado
	Sem licitação (pode contratar sem licitação)
	Não existe previsão legal
	Licitação: repasse de recursos públicos
*importante para a prova intermediária.
Caso a associação esteja totalmente dentro da regulamentação preenchendo todos os requisitos o Ministério respectivo tem ato discricionário para decidir se ela receberá a qualificação de OS. O Ministério respectivo tem o direito de recursar e a associação não poderá fazer nada.
Diferentemente da OSCIP que é ato vinculado, caso preencha todos os requisitos terá a obrigação de dar a qualificação. Caso o Ministério da Justiça negue poderá exigir.
Há decreto dizendo que deve fazer licitação quando há repasse de recursos públicos. Esse decreto vale para ambos (OS e OSCIP).
Atos Administrativos
(*) cai na prova.
Ato jurídico é o ato humano volitivo que gera efeitos jurídicos. 
Quando surge o direito administrativo busca-se no direito civil a base para seu desenvolvimento.
Ato jurídico no direito civil – manifestação da vontade, agente capaz, objeto lícito, forma não defesa em lei (regra) ou prescrita em lei.
Ato administrativo é toda a manifestação unilateral de vontade de quem dá a administração que agindo nessa qualidade tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si mesmo.
Requisitos do ato administrativo: 
- agente capaz e competente (competência que alguns agentes públicos têm para produzir ato administrativo);
- objeto lícito;
- forma prescrita em lei (regra) ou não defesa em lei;
- o motivo e a finalidade do ato administrativo integram os elementos porque aqui se lida com interesse público.
Também há o fato administrativo, ou seja, há acontecimentos independentes da vontade humana. Ex.: acontecimentos da natureza que geram efeitos para a administração pública.
Fato da administração é o evento que não gera efeitos jurídicos e não são relevantes. Ex.: servidor que abre a janela. 
Ato administrativo é a declaração do Estado ou de quem o represente que produz efeitos jurídicos imediatos com observância da lei sob regime jurídico de Direito Público e sujeito a controle pelo Poder Judiciário (di Pietro).
Lei 4717/1965 – Lei de Ação Popular.
Art. 5º, LXXIII, CF - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Cidadão é quem tem direitos políticos (titulo de eleitor).
Art. 2º, Lei 4717/1965 – São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade.
Parágrafo único – Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; c) a ilegalidadedo objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explicita ou implicitamente, na regra de competência.
São iguais pilares na falta de qualquer um deles, o ato administrativo não será considerado válido. 
Competência é muito importante para o direito público. A competência pode ser delegada.
Delegação é quando um agente público delega alguma competência para um subalterno. Ex.: o Presidente da República delega uma competência para um subalterno.
A avocação de competência é quando um agente público de hierarquia superior puxa a competência determinada por lei de um subalterno. Ex.: Ministro que tem uma competência determinada por lei que o Presidente puxa para si. 
Forma 
Ato administrativo é o ponto final de um processo administrativo.
Formalidades integram a forma, necessidade de cumprir determinadas formas no processo.
Motivação está no elemento forma e não no elemento motivo.
Motivação é a exteriorização do motivo. Caso não haja a exteriorização do motivo será vicio de forma.
Vício de objeto – quando o objeto for ilegal. 
Objeto é o efeito jurídico imediato. Normalmente é o próprio ato (observar o verbo do ato administrativo).
Motivo - pressuposto de fato e de direito para a produção do ato
A finalidade sempre tem que ser pública.
Exemplo: Expedição de CNH
Competência: Delegado do Detran (autoridade competente do Detran e não o Detran).
Objeto: expedição de uma licença para dirigir.
Forma: carteira de motorista. Forma prescrita em lei.
Motivo: pressuposto de fato e de direito. Pressuposto de direito, a lei estabelece o que é necessário para dirigir. Cumpriu todos os requisitos para a expedição.
Finalidade: se o objeto é o efeito jurídico imediato, a finalidade é o efeito jurídico mediato. Expedição da carteira de motorista não é a finalidade administrativa. A finalidade envolvida é zelar pela segurança das pessoas e dos bens no trânsito, ter um trânsito mais seguro, ordenar o trânsito.
Finalidade é o interesse público envolvido. 
Exemplo: prefeito da cidade declara um imóvel como utilidade pública para construir uma creche.
Competência: prefeito municipal.
Objeto: declaração de utilidade pública do imóvel em questão.
Forma: decreto de desapropriação
Motivo: o fato que envolve a necessidade de deve ser aquele local e aquele imóvel. Necessidade de ter uma creche naquele bairro e o referido imóvel ter condições (tamanho do terreno, metragem) para tal.
Obrigação legal do município de oferecer educação infantil.
Finalidade: o interesse público é a educação infantil, a construção da creche não é a finalidade, mas o meio para alcançar a finalidade de proporcionar a educação infantil.
Elementos: competência, objeto, forma, motivo e finalidade.
Exemplo: multa de transito por excesso de velocidade.
Competência: autoridade competente do Detran.
Objeto: expedição de multa.
Forma: multa tem que ser escrita, forma prescrita na lei.
Motivo: pressuposto de fato (determinado carro passou em determinado dia acima da velocidade) e pressuposto de direito (não pode exceder a velocidade determinada pela lei)
Finalidade: segurança no trânsito, fluidez.
Exemplo: placa de limite de velocidade é um ato administrativo.
Competência: autoridade competente para definir limite de velocidade.
Objeto: limitar a velocidade.
Forma: placa de rua – chapa de metal, redonda, número com círculo vermelho.
Nem todo o ato administrativo requer motivação. Eles têm motivo, mas não precisam ser exteriorizado.
Motivo: pressuposto de direito é ___. Pressuposto de fato é que por questões técnicas da rua, espaço, localidade deve ser tal velocidade.
Finalidade: organização do trânsito, segurança, proteção a vida, fluidez do trânsito.
Troca de bem por equivalente em dinheiro: compra e venda (regime jurídico de direito privado – autonomia da vontade) e desapropriação (regime jurídico de direito público).
Desapropriação pode ser considerada uma “compra forçada” (cuidado com essa afirmação). Uma parte impõe sua vontade sob a da outra porque o interesse público tem supremacia com relação ao interesse privado.
Licitação é um procedimento composto por vários atos administrativos. O edital da licitação é um ato administrativo.
Ex.: edital de concurso para 100 vagas para promotores.
Competência: ordenador de despesa, autoridade competente para abrir concurso.
Objeto: divulgação da abertura e estabelecer as regras.
Forma: edital.
Motivo: direito - a lei obriga a fazer para preencher vagas. Fato - é a necessidade das vagas.
Doutrina tradicional - Aprovado em concurso tem expectativa de direito e não o próprio direito. 
Doutrina nova - Ato administrativo tem sua validade relacionada à veracidade dos motivos apresentados. O motivo vincula a administração pública, salvo acontecimento novo que modifique o panorama que justifique a não contratação do efetivo anunciado no edital. Teoria dos motivos determinantes. 
Cadastro de reserva se precisar nomear já tem pessoas para isso.
Finalidade: incrementar a atuação da promotoria, o serviço de defesa do Estado.
Exemplo: servidor público que roubou o grampeador.
Penal – pena.
Civil – indenização.
Administrativo – demissão por meio de ato administrativo PAD (processo administrativo de demissão).
Objeto: demissão.
Forma: portaria.
Motivo: fato é ter feito o peculato e direito é não poder fazer isso.
Caso o servidor seja absolvido no penal por falta de prova nada repercute no administrativo. Porém, se for absolvido por comprovação que não foi ele terá repercussão no administrativo por vício no motivo de fato. Quando isso acontecer, a demissão será cancelada, retornando ao cargo e recebendo todos os valores referentes ao tempo que estava afastado.
 
Atributos:
Presunção de legitimidade e veracidade. Decorre do princípio da legalidade. Presumem-se verdadeiros os atos públicos. Essa presunção é relativa (suris tatum).
O ato administrativo é presumido como verdadeiro e legitimo. Por ser uma presunção relativa cabe a acusação em contrário, mas o ônus de provar é de quem acusou. 
Imperatividade: o ato administrativo impõe-se a terceiros independente de sua concordância.
Autoexecutoriedade: nem todos os atos administrativos são autoexecutoriedade. Alguns atos tem esse atributo em decorrência de lei ou ____. Pode executar seus próprios atos sem prévia autorização.
Alguns autores dividem em: exigibilidade quando se exige meios indiretos e executoriedade quando se exige meios diretos.
Impor a multa é meio direto, mas não pode executar a multa de meio direito (não pode licenciar sem pagar a multa, mas não pode executar o valor da multa diretamente).
Classificação dos atos administrativos
 Quanto ao regramento Vinculado
 Discricionário
- Vinculado: vinculação.
Ato vinculado diante de determinada situação o administrador tem apenas um comportamento possível. A lei estabelece um único ato possível.
Todos os elementos do ato administrativo são vinculados, não cabe uma margem de escolha para o agente administrativo.
Ex.: servidor público aposenta compulsoriamente aos 70 anos.
- Discricionário: discricionariedade administrativa.
Diante de uma situação concreta o administrador tem uma margem de escolha dentro da lei. Tem mais de um comportamento possível, mas deve atuar dentro do limite estabelecido em lei.
Em algumas situações o ato deve ser feito, mas cabe alguma escolha dentro dele. Pode ser valor de multa. Ex.: diante de uma multa ambiental, a autoridade deve aplicar a multa, mas decide o valor dentre o parâmetro previsto. A multa não é discricionária, mas o valor da multa é.
Nos atos discricionários, geralmente,a discricionariedade reside nos elementos objeto e motivo. A proporcionalidade será do objeto com relação ao motivo (no aspecto de fato). Para a escolha do objeto sopesa-se o motivo.
O Judiciário pode anular ato ilegal? Sim. Pode anular ato vinculado? Sim, desde que ilegal. Pode anular ato discricionário? Sim, desde que ilegal. Porém, o Judiciário não pode, em regra, entrar na discricionariedade. 
O que é o mérito do ato administrativo? É a parte (aspecto) do ato administrativo sujeito a discricionariedade administrativa. (* importante pra prova).
O ato administrativo vinculado NÃO tem mérito. O mérito do ato discricionário reside no objeto e no motivo.
A discricionariedade é um juízo de oportunidade e conveniência de aplicar a pena tal diante de um ato tal.
Extinção do ato administrativo
Cumprimento dos efeitos.
Ex.: conceder a licença para dirigir por determinado prazo, após essa data há o cumprimento dos efeitos.
Ex.: destruição de CD pirata.
Desaparecimento do sujeito ou do objeto.
Ex.: autorização de licença para dirigir, o sujeito morre.
Ex.: servidor público que vem a falecer, extinto porque o sujeito desapareceu.
Renúncia
Quando o sujeito abre mão do seu direito.
Ex.: pessoa que renuncia ao direito de dirigir, pode enviar essa solicitação para o Detran.
Ex.: advogado renuncia a OAB. Juiz é obrigado.
Retirada
- Revogação: se dá em razão de motivos de oportunidade e conveniência. O ato é legal, mas a autoridade entende que por oportunidade e conveniência o ato deve ser retirado.
Ato vinculado pode ser revogado? Não, porque no ato vinculado não há margem para entendimento de oportunidade e conveniência, aspectos que pertencem aos atos discricionários.
Quem pode revogar um ato administrativo? É a mesma autoridade que tenha competência para praticar o ato administrativo, mas não necessariamente a mesma pessoa. Pode também ser a autoridade superior.
Efeitos a partir do seu momento, ex nunc.
- Anulação (invalidação): se dá em razão de ilegalidade. O ato anulado é o ato ilegal, desconformidade com o direito.
Ex.: carteira de motorista foi expedida para menor de 18 anos, anulação por invalidez.
Ex.: expedir liberação para construir para quem não tem condições para tal.
O Poder Judiciário (apenas por provocação) e a Administração Pública (pode ser por provocação ou de ofício) podem anular ato administrativo.
O efeito da anulação é ex tunc.
A administração pública pode declarar a anulação de seus próprios atos – Súmula STF 473 e Súmula 346.
Lei 9784/99 – muito importante no direito público. Lei de processo administrativo no âmbito federal. Art. 153 traz o dever de a administração pública revogar seus atos quando tiver vício.
Poder dever da administração pública de anular seus atos.
	Anulação
	Revogação
	Ilegalidade
	Oportunidade e conveniência 
	Pode ser feito pelo Poder Judiciário ou a Administração Pública
	Somente é feito pela Administração Pública
	Pode ser ato discricionário e ato vinculado
	Só para ato discricionário
NÃO cabe para ato vinculado
	Efeitos ex tunc
	Efeitos ex nunc
	Administração Pública pode anular
	Administração Pública deve revogar
- Cassação: é a retirada do ato administrativo por descumprimento de deveres por parte do beneficiário. Ex.: carteira de motorista pode ser cassada por quantidade de multas.
- Caducidade: quando o ato administrativo torna-se contrário a uma nova legislação. Seria uma “ilegalidade superveniente”. 
Ex.: carteira de motorista expedida para maior de 18 anos; porém, se houvesse uma lei nova dizendo que a pessoa pode dirigir só após os 21 anos, há a caducidade do direito de dirigir se não houver previsão específica para essas pessoas permitindo.
- Contraposição: quando um ato ou um fato posterior contrário ao ato administrativo retira a sua vigência. 
Ex.: ato de aposentadoria ou exoneração é um ato contrário ao ato de nomeação do servidor no cargo.
Convalidação
Esfera Civil - Ato jurídico que contraria a lei é considerado nulo? Depende da gradação, podendo ser nulo ou anulável. O anulável é uma ilegalidade mais branda e pode ser sanado. Ex.: contrato celebrado com criança de 5 anos é nulo e contrato com adolescente de 17 anos é anulável (só falta o representante).
Esfera administração pública – Sempre foi considerado que só por contrariar a lei, contrariaria a administração pública e não deveria ser válido.
Porém, com o passar do tempo começou a pensar que se não produzir efeitos negativos começou a ser acolhida. Acabou a dúvida se existe convalidação.
Art. 55, Lei 9784/99 – Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria administração.
Por se tratar de uma ilegalidade sanável, quem pode convalidar é a administração pública.
(* prova) Anulação e convalidação são dois mecanismos para restauração da jurisdicidade? Verdadeiro. O ato que pode ser anulado? O ilegal. O ato que pode ser convalidado? O ato ilegal. Problema da jurisdicidade? Ser ilegal, ter falha. Logo, esses dois mecanismos servem para restaurar a jurisdicidade.
A anulação pode ser feito pelo Judiciário e a convalidação apenas pela administração pública. Isso porque o juiz não pode interferir na administração pública.
Espécies de atos administrativos
- Normativos: ato administrativo que cria normas.
Decreto pode criar obrigação? Não. Decreto apenas regulamento como deve ser feito, explica como a lei deve ser cumprida. Quem cria obrigação é lei. Ex.: lei cria tributo e decreto diz como deve pagar.
- Ordinatórios: atos que orientam internamente a administração pública. Ex.: circulares, portarias. Estabelece a própria rotina da administração pública. Ex.: horário de almoço dos servidores.
- Negociais: declaração de vontade do poder público coincidente com a pretensão do particular. Ex.: alvará.
Alvará Licença (ato vinculado)
 Autorização (ato discricionário)
Licença para construir, licença para dirigir. Desde que preencha os requisitos a pessoa tem o direito para tal, mas deve pedir a licença para o poder público que se analisar que está dentro das condições expedirá a licença. 
Diferença entre licença e autorização: licença é ato vinculado e autorização é ato discricionário.
Licença: dirigir, construir.
Autorização: porte de arma para pessoas de bem (particular).
Obs.: se o porte de arma for para um policial será um ato vinculado.
- Enunciativos: atesta uma situação existente ou declara uma opinião. Sem declaração de vontade. 
Alguns autores não consideram como ato administrativo porque não ter declaração de vontade.
Atestados, certidões e pareceres.
Certidão é um documento público que determinado ato está registrado na administração pública.
Atestado é um documento que comprova alguma situação. Ex.: atestado médico, atestado de comparecimento em júri.
Parecer é uma opinião sobre determinado assunto, não é vinculante.
Pode ter um parecer (ato enunciativo) pode virar parecer normativo.
- Punitivos: é o ato administrativo que aplica punição àqueles submetidos à administração pública. Ex.: multa.
Exercício:
Vilma
Competência: colocar de quem é a competência e não especificamente quem fez o ato, não basta colocar que foi a Vilma, mas colocar que foi do reitor da universidade (não colocar que foi ela como vice na representação do reitor).
Objeto: aplicação de penalidade administrativa.
Forma: portaria ____.
Motivo: 
-pressuposto de direito: é a lei, citada no exercício.
- pressuposto de fato: inexecução do contrato.
Finalidade: evitar gastos, inibir práticas lesivas para a administração pública. Não é a aplicação de multa porque o simples fato de aplicar multa não é interesse público, tem um motivo por trás.
Recanto
Competência:
Objeto: autorização do funcionamento do recanto.
Forma: portaria ___.
Motivo:
- pressuposto de direito: regimento da Anac e a portaria ____.
- pressuposto defato: o beneficiário solicitou e de fato, após a análise, preencheu os requisitos para o desenvolvimento da atividade.
Finalidade: interesse público em regular a atividade aéreo agrícola de segurança, saúde, desenvolvimento econômico.
Luís Fernando
Competência: secretario de educação à distância.
Objeto: renovação do reconhecimento do curso____.
Forma: 
Motivo:
- pressuposto de direito: decreto ______.
- pressuposto de fato: o curso _____ preenche os padrões mínimos para renovação de reconhecimento.
Finalidade: interesse público na manutenção da qualidade da educação.
Ana Paula
Competência: secretária do áudio visual.
Objeto: aprovação da complementação de projeto e autorização da captação de recursos.
Forma: portaria.
Motivo:
- pressuposto de direito: lei, medida provisória. 
- pressuposto de fato: o projeto ___ ter preenchido todos os requisitos para capacitação de recursos.
Finalidade: interesse público de fomentar a produção de áudio visual. Proporcionar acesso à cultura.
Prova semestral: primeira (ato administrativo como exemplo acima), segunda (?/caso prático), três e quatro (questões conceituais, diferença entre conceitos – previamente passada – escolher uma entre as duas).
Processo administrativo
Procedimentalização da administração.
Art. 5º, LV, CF - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
O ato é fruto, ponto final de um processo.
O ato isoladamente quase não existe.
Ex.: ato de demissão acontece após o processo.
Haverá um vício de forma se alguma formalidade, no processo, não for apreciada.
Leis que regulam o procedimento administrativo:
Plano federal – Lei 9.784/1999.
Plano estadual – Lei 10.177/1998 (SP).
Havendo divergência entre as duas leis, dependendo da matéria. Se for interesse do local é a estadual (ou até municipal) e se for matéria exclusiva da União será a federal.
Lei 8.112/1990 – só são aplicados em situações que não há previsão legal específica. 
Noções de servidor público federal
A doutrina prefere trabalhar com o termo agente público.
x Lei 8.112/90.
Art. 327, CP - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
Art. 2º, Lei 8.112/90 - Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Logo, para questões penais o art. 327 traz quais pessoas são considerados funcionários públicos enquanto para outras questões da administração leva-se em conta a lei 8.112/90.
Agentes públicos
Conceito mais amplo de todos.
Qualquer pessoa física que de qualquer maneira exerce alguma atividade pública.
O Estado atua por meio de pessoa física.
Agentes políticos
Servidores públicos
Militares
Particulares em colaboração com o poder público
Mesmo o não servidor pode usufruir do sistema de diárias e passagens desde que estejam prestando serviço público no referido momento.
Agente político
São os políticos.
Dúvida doutrinária.
Os parlamentares, chefe do executivo (presidente, governador, prefeito), 
Todos que tem mandato eletivo.
Ministros e secretário (indicados pelo presidente da República).
Sistema brasileiro acabou criando presidencialismo de coalisão. Partidos tem que fazer coalisão, governar junto com outros partidos, na proporção eleita (proporcionalmente entre participação de partidos com os deputados eleitos).
O Brasil tem regime presidencialismo, mas a montagem tem muita semelhança com a constituição de um governo parlamentarista.
Minoria da doutrina diz que magistrados e membros do MP também seriam.
Servidores públicos (* prova)
Antes de 88 havia denominação funcionários público, mas a CF retirou essa denominação. 
O que importa é o regime.
 - Estatutários
Regidos pelos estatutos.
Estatuto é uma lei que traz o regime jurídico desses funcionários.
Estatuto da entidade a qual eles se vinculam. Lei de cada ente da federação.
O regime jurídico do servidor público é todo regido por este estatuto.
O servidor estatutário tem contrato de trabalho? Não. O servidor estatutário assina um termo de posse. Todos os regimes, atribuições, valor da remuneração, tudo está na lei. Logo, só precisa de um documento dizendo que tomou posse a partir de certa data.
Também não tem carteira de trabalho. Tem um vínculo estatutário, tem uma funcional.
Não tem fundo de garantia. Há apenas uma hipótese de exoneração sem culpa do servidor é por excesso de gasto com pessoal; nessa situação, há uma indenização com um valor de salário por ano trabalhado que seria quase a mesma quantia que o fundo de garantia.
Só o estatutário com cargo efetivo tem estabilidade.
Estatutário é ocupante de um cargo público.
Pode ser cargo efetivo (concurso) ou de livre provimento (em comissão).
- Celetistas (empregados)
Regido pela CLT do direito público.
CLT “temperada” pelo direito público. 
Normalmente, autarquias, sociedade de empresa mista são celetistas.
Assina contrato de trabalho, tem carteira assinada, tem fundo de garantia.
Não tem estabilidade.
Lei 9962/2000 vale para os celetistas federais. Podem ser demitidos pelas razões que a CLT prevê, mas estabelece que seja necessário ser por meio de processo administrativo que garante ampla defesa.
Celetista é ocupante de um emprego público.
- Temporários
CF, art. 37, IX; Lei 8745/1993.
Atividades temporárias.
Para contratar um temporário não é concurso, mas um processo seletivo simplificado.
O temporário exerce função.
Ex.: IBGE tem funcionário com cargo (estatutário) porque trabalha o ano todo. PNAD é um importante informante para a administração pública que sempre tem. Para o censo é necessário contratar temporários porque de tempo em tempo é necessário ter mais funcionários para conseguir visitar a casa de todos.
CARGO
É a mais simples unidade de deveres ocupada por um servidor estatutário.
Pode ser cargo efetivo ou em comissão. Tem cargo que é vitalício.
Efetivo é decorrente de concurso público. 
Só quem tem cargo efetivo que pode ter estabilidade.
EMPREGO
O mais simples feixe de atribuição do servidor celetista.
Pode ser por concurso ou sem concurso.
FUNÇÃO
É um conceito residual, é um conjunto de atribuições que não correspondem nem a cargo nem a emprego.
Ex.: temporário.
Direção, chefia e assessoramento (função comissionada). Nunca pode ser ocupada sozinha, não pode trazer ninguém de fora, essa função não existe sozinha. Pode nomear, mas tem que trazer alguém de dentro. Diferente do cargo comissionado que pode ser nomeado para pessoa que não faz parte daquele órgão.
Ex.: cargo do professor somado ao cargo DAS4 acumulando as duas funções dentro das suas 40 horas de trabalho e o salário do seu cargo somado a 60% do salário de DAS4. Nessa situação daria para trazer alguém de fora.
Ex.: um motorista que acumula um cargo de chefia recebe uma gratificação por essa atribuição. Nessa situação não pode ser alguém de fora.
Militares
Tecnicamente eles são servidores públicos estatutários.
Como os militares tem regime jurídico diferenciado preferiam separar na classificação.
- Forças Armadas (Marinha, Exercito e Aeronáutica)
- Polícia Militar (Brigada Militar – RS)
- Bombeiros
Particulares em colaboração com o poder público
- Delegação
Notários e registradores. 
Titular de Cartório é delegado por concurso, mas não se refere a um cargo. Delegação pública. Assumem como titular do cartório, mas quem irá arcar com o pagamento é a própria atividade.
O Estado delega a autorização para tradutor juramentado em determinada língua. Explora essa tradução, não é cargo público.
- Requisição
Mesário de eleição, membro do Tribunal do júri.
- Gestão (gestores):agente de fato necessário
Situação de emergência. 
Ex.: civil que dá voz de prisão.
Ex.: telhado do vizinho que cai numa chuva e volta após 15 dias, arruma o telhado e cobra dele depois.
Ex.: catástrofes que precisam de profissionais voluntários (médicos). Nesse momento é gestor.
- Agente de fato putativo
Ex.: procurador que não era graduado em direito (apresentou diploma falso), anula o provimento, mas mantem todos os seus atos como sendo de agente de fato putativo por causa da segurança jurídica. 
Não anula automaticamente, mas pode anular se verificar falhas.
Acesso e ingresso
Art. 37, CF - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
Art. 37, I, CF - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Os brasileiros são acessíveis a cargos públicos desde que preencham os requisitos. Enquanto os estrangeiros só os que a lei permitir.
88 – xenofobia: proibia estrangeiro a ser funcionário público. 
89 – queda do muro de Berlin. 
98 – emenda que permite estrangeiro quando tiver lei especificando. Isso porque é amis fácil criar e mudar lei do que emenda e pode haver uma situação momentânea que exija funcionários estrangeiros.
Obs.: há um teto remuneratório para o serviço. No Município nenhum funcionário público pode ganhar mais que o prefeito.
Art. 37, II, CF - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Concurso Provas Natureza e complexidade
 Provas e títulos
Títulos são qualidades que a pessoa possui, coisas que fez.
Art. 37, III, CF - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
Doutrina clássica: o aprovado não tem o direito à vaga, só tinha o direito de não ter sua colocação usurpada, não poderia deixar de chama-lo em detrimento a alguém que está numa colocação abaixo a sua.
Jurisprudência: STF ratificou o entendimento que os aprovados dentro do número de vagas previstas no edital têm direito liquido e certo de serem nomeados. Os aprovados além das vagas previstas podem ser chamados caso haja necessidade, mas não é obrigatório.
Estabilidade
Art. 41, CF - São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Cargo de provimento efetivo leia-se cargo de provimento por concurso público.
Estabilidade: cargo efetivo, três anos, avaliação de desempenho.
Perda do cargo
Art. 41, § 1º, CF - O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
Sentença judicial transitada em julgado.
Processo administrativo.
Avaliação periódica de desempenho.
Essa avaliação não foi regulamentada, tem-se a previsão constitucional, mas não tem a lei. Por isso, na prática não tem. 
Despesa com pessoal.
Tem uma hipótese do art. 169, CF. Única hipótese que não é culpa do servidor, não deu causa a perda do cargo e, por isso, é exoneração e não demissão.
Art. 169, CF - A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 3º - Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; II - exoneração dos servidores não estáveis.
É exoneração e não demissão porque não é punição, mas é questão de redução de gastos.
§ 4º - Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
§ 5º - O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. 
§ 6º - O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
Sistemas remuneratórios
Subsídios
Art. 39, § 4º, CF - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
Art. 39, § 8º, CF - A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.
Subsídio é parcela única, sem adicionais nem gratificações.
Indenizações podem ser pagas.
Vencimentos
Servidores em geral tem remuneração por vencimento.
Vencimento (remuneração) + vantagens pecuniárias.
A lei determina um valor fixo e mais uma variável que pode ser gratificação (subjetivo) ou adicional (objetivo).
A gratificação depende de avaliação por ser relacionado a comportamento subjetivo. Enquanto o adicional está relacionado a situações objetivas (ex.: tempo de emprego).
Vitaliciedade
Vitaliciedade é uma estabilidade com mais garantia, mais fixa, rígida. A restrição para perda de cargo é maior. Só há uma hipótese que permite perda de cargo diferente da estabilidade que são quatro hipóteses.
Só perde por sentença judicial transitada em julgado.
Juiz e membro do MP com dois anos de carreira. Alguns cargos, tribunais, conseguem a vitaliciedade assim que ingressam no cargo.
2º semestre
Contratações públicas
Contratos administrativos apresentam algumas diferenças com o contrato privado.
Aspecto fundamental de diferença de contrato privado e contrato público:
O tipo de liberdade contratual, no direito público não pode contratar livremente quem se quer (não há autonomia de vontade). O direito público o Estado contrata por meio de licitação.
Licitação
Lei de 8.666/93.
Procedimento pré-contratual que define e indica quem será contratado pelo poder público.
Finalidades: garantir isonomia, impessoalidade (todas as empresas que querem ser contratadas pelo poder público tem as mesmas condições), garantia da melhor proposta e desenvolvimento sustentável.
Há paralelo entre licitação e concurso público: ambas iniciam com edital, ambos tem o caráter de impessoalidade. Quanto mais pessoas prestarem o concurso, melhor a seleção do profissional, do mesmo modo, quanto mais empresas participarem da licitação garantia melhor condição para o poder público (competividade).
O Estado por meio de licitação busca o desenvolvimento sustentável quando coloca no edital a prioridade de preservar o meio ambiente. Ainda não está bem delimitado.
O poder público visa estimular por meio de edital público a preservação do meio ambiente.
Habilitação
Art. 27 e seguintes da lei de 8.666/93.
Requisitos de habilitação para licitação.
Não pode contratar com o poder público quem deve para ele. É necessário ter a certidãonegativa.
Certidão positiva com efeito negativo: a empresa deve, mas fez acordo e está em dia com o pagamento.
A exigência do edital da licitação deve haver proporcionalidade com a contratação.
Legislação da licitação:
Art. 37, CF - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Quem legisla sobre licitação?
Art. 22, CF - Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III.
A União legisla privativamente sobre normas gerais. As normas específicas são legisladas por seus entes (União, Estados e Municípios), desde que não contrariem as normas gerais.
Leis fundamentais: lei nº 8.666/93 (principal), lei nº 10.520/2002, lei nº 8.987/95, lei nº 11.079/94, lei nº 12.462/2011 (RDC - regime diferenciado de contratação).
Definição:
Licitação é um procedimento administrativo disciplinado por lei e por um ato administrativo prévio que determina critérios objetivos de seleção de proposta de contratação mais vantajosa com observância do principio da isonomia e conduzido por um órgão dotado de competência específico.
Ato administrativo (instrumento convocatório sendo edital ou carta convite) em conformidade com a lei.
Normalmente é por edital, mas existem alguns tipos de licitações em que é feito por meio de carta convite.
Julgamento objetivo: tipos de licitação.
Tipos de licitação ≠ de modalidade de licitação. 
Tipos de licitação precisa de critério de julgamento.
Quatro tipos de licitação: menor preço, maior lance ou oferta (quanto à administração vende algo, leilão), melhor técnica e melhor combinação de técnica e preço.
Art. 45, lei 8.666/93 traz esses quatros tipos de licitação.
Lei 8.666/93:
Art. 1º, parágrafo único - Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2º traz para quais contratos devem ser por licitação.
Hipóteses que a lei permite contratação sem licitação: emergência, até determinado valor. Dispensa e inexigibilidade de licitação.
Dispensa é quando a lei faculta ou determina hipóteses em que pode não haver licitação. 
Inexigibilidade é quando não é possível haver licitação. Ex.: patrocínio da Caixa no Corinthians.
	Dispensa
	Inexigibilidade
	Art. 17 e 24, lei 8.666/93
	Art. 25, lei 8.666/93
	Rol taxativo
	Rol exemplificativo
	Razão:
- valor
- situações excepcionais
- objeto
-pessoa
	- fornecedor exclusivo
- notória especialização
- setor artístico
Dispensa
O art. 17 (alienação de bens de adm. pública) a licitação é dispensada. Enquanto a do art. 24 é dispensável (pode ou não).
Art. 24, lei 8.666/93 – É dispensável a licitação: I a XXXIII.
A licitação seria em tese possível. Só que tem a discricionariedade para fazer ou não.
Situações especiais: calamidade pública.
Valor: hipóteses que o valor é maior inferior (Ex.: art. 24, I, lei 8.666/93).
Objeto: alguns objetos permitem que seja sem licitação.
Pessoa: um dos incisos prevê a dispensa de licitação que envolva algumas pessoas especificas.
Inexigibilidade
A inexigibilidade não é possível fazer a licitação porque existe inviabilidade de competição.
Art. 25, lei 8.666/93– É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: I a III.
Fornecedor exclusivo: quando há monopólio, não tem como fazer licitação. Ex.: museu comprar a Mona Lisa. Ex.: há um tempo só a Nextel fazia conexão direta (rádio) e não precisava de licitação para contratar, como agora já tem outra empresa não pode mais.
Notória especialização: Art. 25, II, lei 8.666/93 - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação.
Muito difícil caracterizar a notória especialização.
Setor artístico
Art. 25, III, lei 8.666/93 - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
A ideia é que se fizer licitação muitas pessoas que não trariam público participariam para poder tocar, mas o evento seria um fracasso.
Claramente explicado o motivo de contratar o determinado artístico.
Alguns shows o próprio patrocinador paga o cachê do artista. Faz-se licitação para contratar o patrocinador e as empresas que contarão a estrutura para o show, mas o cachê é pago pelo patrocinador (isso facilita essa questão). 
Obs.: a empresa tem que seguir as regras de habilitação de licitação mesmo que sejam contratadas sem licitação sendo por dispensa ou inexigibilidade.
Princípios art. 3º, lei 8.666/93
Art. 3º, lei 8.666/93 - A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Vinculação ao instrumento convocatório da licitação
Vincula aquela licitação, tanto os licitantes quanto à própria administração.
Só em casos específicos é que a licitação pode ser modificada e devido a fatos novos.
Julgamento objetivo: o edital deve trazer os tipos de licitação (menor preço, técnica e preço, melhor técnica, maior lance ou oferta).
Modalidades 
- Art. 22, lei 8.666/93
Concorrência (valor alto). Maior divulgação. Mais aberta quanto a quem pode participar.
45 dias de divulgação (abertura de edital até a data da sessão de licitação) se o tipo de licitação for a melhor técnica ou técnica e preço.
30 dias no caso de menor preço.
Art. 22, § 1º, lei 8.666/93.
Tomada de preços (valor médio). Divulgação média.
30 dias de divulgação.
Art. 22, § 2º, lei 8.666/93.
Convite (valor reduzido). Divulgação restrita.
Art. 22, § 3º, lei 8.666/93.
Cadastrado ou não cadastrado do ramo de atividade, mas tem que ser convidado. Demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de 24 horas.
Divulgação mínima de 5 dias. 
Essas três são utilizadas em quase todas as licitações, o que difere são os valores.
Não pode utilizar o procedimento mais simples para valores mais altos, o contrário pode procedimento mais complexo para valor inferior. Art. 23, § 4º, lei 8.666/93.
Prazos previstos no art. 21, § 2º, lei 8.666/93.
Concurso
Trabalho técnico, científico ou artístico.
Art. 22, § 4º, lei 8.666/93 – Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensaoficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
Leilão 
Administração vender algo. Maior lance ou oferta. 
Art. 22, § 5º, lei 8.666/93 – Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
Pregão
Mais de 90% das licitações é dessa modalidade.
Previsto na lei 10.520/2002 – Lei do Pregão.
Art. 1º, lei 10.520/2002 – Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade pregão, que será regida por esta Lei.
Parágrafo único - Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Para aquisição de bens e serviços comuns. Não importa o valor.
Na União, deve ser utilizado pregão eletrônico.
Ex.: papel branco A4. 
Procedimento
- Fase externa (Concorrência)
Edital
Estabelecem as regras da licitação e vinculam todos que querem participar e a administração.
 Qualquer cidadão pode impugnar o edital em até 5 dias.
Habilitação
Art. 27 a 29, lei 8.666.
No dia da licitação entregam os envelopes.
Menor preço: chega com dois envelopes lacrados e (um traz documentos relativos à habilitação e o outro traz os documentos da proposta). Só abre o envelope com a habilitação para verificar se cumpriram todos os requisitos solicitados.
1º envelope: habilitação. Não tem melhor, o participante é habilitado ou inabilitado.
O inabilitado pode recorrer se quiser. Porém, cabe ressalva que todos têm competência recursal (tanto habilitado e inabilitado). Art. 109, lei 8.666.
Podem ocorrer três situações: passar o prazo de recurso sem ninguém recorrer, na própria ocasião todos renunciarem o direito de recurso ou interpor e julgar recurso.
Após esse prazo de recursos será declarados os realmente habilitados.
Pode ocorrer a situação que no momento de declaração dos habilitados, todos declarem não ter interesse em recurso. Sendo assim, passa para a próxima etapa. 
2º envelope: proposta.
Habilitados passam para a fase de classificação.
Classificação
Abrem-se os envelopes dos habilitados.
Aqui serão analisadas as propostas comerciais.
As propostas que atenderem todos os requisitos do edital serão classificadas.
As propostas serão classificadas em colocação.
Também tem prazo para recurso igual à habilitação.
Homologação 
Submete a autoridade superior para homologação da primeira colocada.
Homologação é a aprovação do procedimento pela autoridade superior.
Adjudicação
Depois de homologada será adjudicada.
Adjudicação é um ato que atribui ao vencedor o objeto da licitação.
Duração média da licitação: tempo entre publicação de edital e divulgação do resultado.
- Concorrência: 120 dias.
- Tomada de preços: 90 dias.
- Convite: 22 dias.
- Pregão: 17 dias.
Procedimento do pregão
A lei do pregão trata das especificações do pregão, o que não consta nela deverá seguir as previsões da lei de licitação (nº 8.666/97). 
Art. 3º e 4º, lei 10.520
Edital
Duração mínima de 8 dias úteis.
Classificação
Inversão de fases: primeira a classificação e depois a habilitação.
Primeiro se abre a proposta e depois a habilitação.
Possibilidade de formulação de lances.
Quem pode formular lance?
Art. 4º, VIII, lei 10.520 - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor.
Art. 4º, IX, lei 10.520 – não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, poderão os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos.
Habilitação 
Abre o envelope de habilitação apenas da primeira colocada. Caso não seja habilitada abre-se o envelope da segunda e, assim, por diante até ter um habilitado.
Homologação
Adjudicação
Essas duas fases é igual.
As empresas gostam do pregão porque é decidido logo. 
Quando demora muito tem que embutir no preço a insegurança econômica (a modificação que pode ocorrer no decorrer do tempo da licitação).
Contrato Administrativo
Contrato: categoria jurídica
Direito Civil estuda os contratos.
Categoria jurídica que se espalha para outros ramos do direito, adaptada ao determinado ramo. Civil (autonomia da vontade e igualdade entre as partes).
Trabalho: diferencia-se da área Civil por não ter igualdade entre as partes.
Empresarial: assemelham-se ao Civil, mas tem usos e costumes específicos desse ramo de atividade.
Consumidor: tem algumas especificações.
A teoria do contrato é subsidiária a todas as áreas que utilizam contrato.
Administrativo:
A teoria geral dos contratos responde subsidiariamente aos contratos administrativos. Previsto no art. 54, lei 8.666/93.
Compete a União legislar privativamente as normas gerias sobre licitações e a cada ente sobre as normas específicas. Ex.: União para administração federal. Podem ser Estados, Municípios e Distrito Federal. Essa previsão de licitação também vale para os contratos.
Contrato administrativo (sentido amplo):
Divide em três espécies:
- Acordos de vontade da administração pública
Todo o que não for contrato administrativo em sentido estrito ou contratos de direito privado será acordos de vontade da administração pública. Critério residual. Exemplos:
Consórcios
Convênios
Contratos fiscais
TAC’s (termo de ajustamento de conduta). Administração pública celebra com o particular um termo de ajustamento de conduta. Uma vez não cumprido tem valor de título executivo. 
Termo de saneamento das deficiências (TSD). O MEC não pode fechar um curso que esteja ruim sem fazer esse saneamento. Depois de decorrido o prazo desse termo será feita nova avaliação, se não tiver resolvido as deficiências poderá fechar. Não tem valor de título executivo.
- Contratos administrativos (sentido estrito):
É aquele submetido à administração pública. Existe verticalidade, a administração pública está num nível mais elevado que o particular.
Supremacia do interesse público com relação ao interesse privado.
Ajuste que a administração, nessa qualidade, celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas para consecução de fins públicos segundo regime jurídico de direito público.
De delegação: por meio do qual o contrato público delega alguma atividade que seria sua. Concessão e permissão de serviço público. Transfere ao setor privado o desenvolvimento de um serviço público.
De colaboração: administração pública contrata um particular para colaborar com o serviço público. Ex.: fornecimento, serviço, obras, limpeza e conservação. Só contrata atividade meio. Não pode contratar empresa para fazer serviço fim.
Ex.: atividade de dar multa não pode contratar empresa para fazer isso. Exercício do poder de polícia.
Exercício de poder de polícia pelo particular: o caso Controlar.
Controlar é uma grande discussão. Alguns dizem que é uma empresa privada (controlar) que faz a avaliação do carro, mas quem não dá a permissão é o poder público (agente público que não permite). Porém, tem outros que dizem que é a empresa que faz a fiscalização (o que não poderia).
- Contratos de direito privado
É aquele que a administração celebra com o particular sendo que ambos estão no mesmo nível. Contrato onde há horizontalidade.
Art. 62, § 3º, lei 8.666/93 - Aplica-se o dispositivo nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que couber: I – aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja locatário e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito privado.
Características do contrato administrativo:
Principalmente as características

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