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Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br E-Book comprado por Alberto Filipe Ramos Bichara– Proibida a transferência a terceiros 1 Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 2 http://www.questoesdiscursivas.com.br O melhor site de questões discursivas de concursos públicos. Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 3 ÍNDICE Controle Externo-5 Direito Administrativo-8 Administração Direta e Indireta-8 Ato Administrativo-9 Bens Públicos-10 Contrato Público-10 Controle Administrativo-15 Desapropriação-16 Improbidade Administrativa-17 Intervenção do Estado na Propriedade-28 Licitação-29 Parceria Público Privada (PPP)-32 Poderes Administrativos-32 Princípios Administrativos-33 Processo Administrativo-35 Responsabilidade Civil-35 Serviços Públicos-36 Servidores Públicos-37 Direito Ambiental-39 Direito Constitucional-47 Administração Pública-47 Constituição-47 Controle de Constitucionalidade-49 Direitos Eleitorais-52 Direitos Humanos-53 Direitos Individuais e Coletivos-53 Direitos Políticos-82 Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária: Tribunais de Contas-84 Funções Essenciais à Justiça-86 Integração e Interpretação-92 Mandado de Injunção-92 Ordem Econômica e Financeira-92 Organização do Estado-93 Poder Constituinte-93 Poder Executivo-93 Poder Judiciário-93 Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 4 Poder Legislativo-95 Princípios Constitucionais-95 Processo Legislativo-96 Direito do Consumidor-97 Direito do Trabalho-107 Direito Eleitoral-115 Direito Empresarial-120 Direito Internacional Público-123 Direito Processual do Trabalho-125 Direito Tributário-135 Direitos Humanos-138 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)-140 Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 5 CONTROLE EXTERNO Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 2012 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Controle Externo - Assunto: Controle Administrativo - Quanto ao controle judicial sobre os atos da Administração Pública, responda deforma fundamentada: a) Quais são os limites deste controle? b) Quais são os meios de controle judicial dos atos normativos do Poder Executivo? c) Em que hipótese é usada a reclamação administrativa? d) Admite-se o controle judicial dos atos políticos? e) Quando os atos interna corporis são passíveis de apreciação pelo Poder Judiciário? Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2009 - Banca: FESMPDFT - Disciplina: Controle Externo - Assunto: Controle Administrativo - Qual o alcance do controle jurisdicional incidente sobre a atividade administrativa, notadamente sobre a competência, forma, motivo e fim do ato administrativo? Desenvolva. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2009 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Controle Externo - Assunto: Controle Administrativo - Especifique as modalidades de controle da Administração Pública. Em quais instrumentos de controle o Ministério Público participa da tarefa de fiscalizar os atos da Administração? Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 2011 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Controle Externo - Assunto: Tribunais de Contas - Segundo artigos 70 e 71 da Constituição Federal, o Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas exercerá a fiscalização financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta. Por disposição da Constituição Federal, as Cortes de Contas Estaduais exercem o mesmo papel no âmbito das respectivas unidades federativas. Discorra sobre: a) o conceito e a natureza dos Tribunais de Contas e sua legitimidade para figurar no pólo ativo e passivo em ações judiciais; b) O controle do Tribunal de Contas sobre a legalidade, legitimidade e economicidade dos atos de gestão, delimitando o alcance de cada uma das espécies apontadas nesta alínea; c) os meios através dos quais o controle externo apontado no enunciado é exercido de forma preventiva. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2011 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Controle Externo - Assunto: Tribunais de Contas - O Ministério Público tem legitimidade para acionar Agente Político para repetir subsídios por este percebidos e julgados indébitos pelo Tribunal de Contas do Estado? Em caso afirmativo, que tipo de ação deve ser proposta e sob qual fundamento jurídico? Fundamentar. Ministério Público Estadual - MPE-GO - Ano: 2010 - Banca: MPE-GO - Disciplina: Controle Externo - Assunto: Tribunais de Contas - No dia 20/09/10, o PROMOTOR DE JUSTIÇA com atribuição na defesa do patrimônio público da Comarca de Amarilis-GO, recebeu a notícia escrita de um vereador daquela localidade, que pediu para não ser identificado. O texto é o seguiŶte:à͞Oààedž-prefeito de Amarilis-GO, gestão 2003-2006, e atual parlamentar na Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, Dick Vigarista, no mês de março de 2006, firmou contrato com a empresa TALUS Eng. e Comércio LTDA., para a execução de um trecho de pavimentação asfáltica na Rua da Amendoeiras. Houve superfaturamento do preço contratado, conforme certificou a auditoria de engenharia do Tribunal de Contas dos Municípios. Que o serviço executado pela empresa vem revelando graves defeitos pela má qualidade da obra. Que há comentários de que a empreiteira recebeu pelo serviço dois cheques do Município, mas um Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 6 deles, o de menor valor, foi devolvido para Dick Vigarista, cuja quantia era de R$ ϲϬϬ.ϬϬϬ,ϬϬ͟.àáoà ƌeĐeďeƌàaàŶotíĐia,àoàPƌoŵotoƌàeà Justiça consultou o Portal do Tribunal de Contas dos Municípios e constatou o seguinte: a) Ordem de Pagamento em favor da empresa TALUS Engenharia e Comércio Ltda., no valor de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais) em razão de contrato de pavimentação asfáltica. b) Parecer prévio pela rejeição do balanço geral do ano de 2006, por meio da Resolução nº 355/07. c) Resolução de Imputação de Débito nº. 233/08, no valor de R$ 950.000,00 (novecentos e cinquenta mil reais) remetida ao Procurador-Geral de Justiça no mês de julho de 2008. d) Tramitação de recurso de Revisão interposto pelo ex-prefeito contra a Resolução nº 355/07, que rejeitou o balanço geral de 2006. O Promotor de Justiça consultou a Câmara Municipal de Amarilis-GO e foi informado de que o balanço geral de 2006 foi remetido pelo Tribunal de Contas dos Municípios no ano de 2007 e que, até a presente data, as contas não foram julgadas pelos vereadores. Considere-se na posição de Promotor de Justiça, na fase extrajudicial, e, nos limites das informações acima apontadas, com menção às normas jurídicas pertinentes (material e formal) que regem a defesa do patrimônio público, bem ainda entendimento jurisprudencial: A) - Existem providências a serem tomadas quanto: 1-à Resolução de Imputação de Débito? Fundamente. 2-à inércia do Poder Legislativo municipal? Fundamente. B) - Deve o Promotor de Justiça agir, mesmo diante do fato de o Tribunal de Contas dos Municípios ter apreciado as contas? Fundamente. Na hipóteses de resposta positiva, elabore a peça inaugural do instrumento de investigação. Quanto às diligências a serem realizadas, determine-as todas, justificando-as fática e juridicamente. - Resposta: A - EXISTEM PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS? 1 - Resolução de Imputação de Débito: -SIM. a) Providência de encaminhamento da RID ao prefeito para que haja a inscrição na dívida ativa, - artigo 39 da Lei nº 4.320/64-, e ajuizamento de ação de execução pelo Município, artigo 71, § 3º, da Constituição Federal. b) Na hipótese de inércia do executivo, deve o promotor de justiça promover a execução da RID. Conforme artigo 46, inciso X da Lei Complementar Estadual nº 25/98, incumbe ao Ministério Público ͞iŶgƌessaƌà à eŵà à juízo,à à deà à ofíĐioà à eàà supletivamente, para responsabilizar os gestores do dinheiro público condenados pelosà à TƌiďuŶaisà à deà à CoŶtas͟.à à Redaçãoàà semelhante: artigo 25, inciso VIII da Lei nº 8.625/93; b.1)- Responsabilizar a autoridade (prefeito ou vice-prefeito) por improbidade administrativa (omissão), artigo 11, inciso II, Lei nº 8.429/92. 2- Inércia do poder legislativo municipal: -SIM. - Abordagem sobre o controle político-administrativo da Câmara sobre o Executivo; - Abordagem sobre o poder-dever, artigo 31, § 2º, da Constituição Federal; - Providências extrajudiciais: . Instauração de inquérito civil para apurar as razões da inércia e a existência de improbidade; Recomendação para que julgue as contas, simplesmente, se for o caso, - artigo 129, inc. II e III da CF, artigo 15 da Res. Nº 23/07- CNMP, artigo 35 da Res. Nº 009/10 do MPEGO.c/c artigo 17, § 1º, da Lei nº 8.429/92-. Providências judiciais: .Ajuizamento de Ação Civil Pública por Obrigação de Fazer, se for o caso; . Ajuizamento de Ação por Improbidade, se for o caso. B - SIM. - Artigo 21, inc. II, da Lei nº 8.429/92. - Abordagem acerca da natureza jurídica das decisões das Cortes de Contas . - Abordagem acerca da independência das instâncias. PEÇA INAUGURAL: *- DENOMINAÇÃO: PORTARIA nº.../10 - artigo 6º da Res. Nº 009/10 do MPE/GO. *-INTRÓITO:…àŶoà Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 7 uso das atribuições conferidas pelo artigo 129, III, da Constituição Federal e artigo 8º, § 1º, da Lei nº 7.347, de 24/07/85, INSTAURA... - CONTEÚDO FORMAL DA PORTARIA: artigo 7º da Res. nº 009/10 do MPE/GO (ressaltando o artigo da Lei de Improbidade em tese violado). Previsão de publicação da instauração do inquérito civil: artigo 8º da Resolução nº 009/10. - DILIGÊNCIAS: Fundamentos gerais: artigo 129, inciso VI, da Constituição Federal, Lei nº 8.625/93, Lei nº 7.347/85, Lei nº 8.429/92, e Lei Complementar nº 25/98, Resoluções nsº 23/97- CNMP e 009/10-MPE/GO. - Requisição, via Procurador-Geral de Justiça, para que o Tribunal de Contas dos Municípios remeta: - cópia reprográfica dos autos autuados no TCM, relativos ao processo licitatório e ao contrato firmado entre o Município de Amarilis-GO e a empresa TALUS Engenharia e Comércio Ltda. que teve por objeto pavimentação asfáltica, firmado em março de 2006. Art. 9º, Res. nº 007/08 do TCM e Constituição Federal, artigos 70 a 75). Justificativa: conhecimento do processo licitatório e do contrato para certificação quanto à legalidade e para conhecimento da obra quanto à qualidade e ao preço - Lei nº 8.666/93, artigo 40, inciso XVII, § 2º, inicisos I e II. Cópia das seguintes peças que compõem o balanço geral de 2006 do Município de Amarilis-GO: certificado de auditoria, parecer do Ministério Público junto ao TCM e parecer prévio pela rejeição das contas. Justificativa: conhecimento das matérias apreciadas pelo TCM e cotejo com o objeto do inquérito civil. Cópia da petição do recurso de revisão e dos documentos que o acompanham. Justificativa: conhecimento dos fatos novos apresentados pelo agente político, a fim de que seja cotejado com o objeto do inquérito civil. Cópia reprográfica integral do processo que resultou na edição da Resolução nº 233/08, no valor de R$ 950.000,00, que imputou débito a DICK VIGARISTA. Justificativa: conhecimento dos fatos que ensejaram a imputação do débito, a fim de evitar contradição com pedido de ressarcimento de futura ação civil pública/improbidade. Demais diligências: ocorrência do superfaturamento). Requisição de perícia junto aos técnicos do MPE/GO (engenharia). Justificativa: obtenção de laudo quanto à qualidade da obra e ao preço contratado (estudo da ação junto à Prefeitura de Amarilis para remessa das cópias dos cheques dados em pagamento à empresa TALUS Engenharia e Comércio Ltda. (para conferência com as informações contidas na ordem de pagamento e para viabilizar informações bancárias). Requisição junto à instituição bancária para obtenção da microfilmagem dos cheques passados pelo Município à empresa TALUS. Justificativa: conhecimento do destino do dinheiro (um dos meios de prova da improbidade de Dick Vigarista e da empresa envolvida); Informação que independe do pedido de quebra de sigilo bancário, - MS nº 4.729-4 STF, 05/10/95-. Expedição de Carta Precatória para membro do MPE/GO em Goiânia, para realização da oitiva do investigado DICK VIGARISTA, Deputado Estadual. Expedição de ofício ao Procurador- Geral de Justiça para encaminhamento da Resolução de Imputação de Débito à Promotoria. Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 2009 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Controle Externo - Assunto: Tribunais de Contas - DISSERTAÇÃO: O CONTROLE PRÉVIO DO ATO ADMINISTRATIVO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2009 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Controle Externo - Assunto: Tribunais de Contas - Com o objetivo de preservar a harmonia organizativa dos Municípios, bem como assegurar o pleno acesso aos cargos públicos, é aprovada Emenda à Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 8 Constituição Estadual que, traçando os contornos ďasilaƌesà doà deŶoŵiŶadoà ͞pƌiŶĐípioà daà ŵoƌalidadeà adŵiŶistƌatiǀa͟,à dispƁeà Ƌueà oà quantitativo de cargos em comissão não poderá exceder a 10 (dez) por cento do quantitativo de cargos de provimento efetivo, que são preenchidos mediante prévia aprovação em concurso público. Não obstante o disposto no art. 29, caput, da Constituição da República, o Prefeito de um certo Município, valendo-se de autorização conferida por Lei Municipal, em vigor há vários anos e jamais contestada, descumpre o limite anteriormente referido. O Tribunal de Contas competente, ao analisar as contas apresentadas pelo Prefeito Municipal, constata a inobservância da Constituição Estadual e aplica a sanção de multa. Pergunta-se: é correto o proceder do Tribunal de Contas? RESPOSTA OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA. DIREITO ADMINISTRATIVO Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2011 - Banca: MPDFT - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Administração Direta e Indireta - De acordo com o Supremo Tribunal Federal, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é beneficiária de imunidade tributária recíproca e se lhe aplica o privilégio da impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços. Considerando essa orientação jurisprudencial, disserte sobre o regime jurídico incidente sobre as empresas públicas e sociedades de economia mista. Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 2011 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Administração Direta e Indireta - Faça um paralelo entre as fundações estruturadas por particulares segundo o Código Civil e as fundações instituídas pelo Poder Público, seja com personalidade jurídica de direito privado, seja com personalidade jurídica de direito público, abordando o que as caracteriza, como podem ser distinguidas e quais as normas de direito público aplicáveis a cada espécie. Aborde, por fim, a natureza e características das chamadas Fundações de Apoio. Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2011 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Administração Direta e Indireta - Pode o Ministério Público figurar no pólo passivo de uma relação processual? RESPOSTA JUSTIFICADA. Ministério Público da União - MPF - Ano: 2011 - Banca: MPF - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Administração Direta e Indireta - Quais são as funções do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça, como autoridade central na assistência jurídica mútua? Em que hipóteses o Ministério Público Federal funciona como autoridade central e quais são suas atribuições nesse âmbito? Ministério Público Estadual - MPE-SC - Ano: 2010 - Banca: MPE-SC - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Administração Direta e Indireta - Quais as diferenças entre as pessoas jurídicas de direito privado, associações e fundações? - Resposta: Elemento predominante nas associações: elemento pessoal (art. 53 do CC); nas fundações é o patrimônio destinado à consecução de fins sociais (art. 62 e parágrafo único, do CC). 0,4. Forma de constituição: nas associações é a ata que aprova os estatutos. Nas fundações depende de manifestação do instituidor (escritura pública ou testamento, art. 62 do CC). 0,2. Fiscalização: nas associações é exercida pelos próprios associados. Nas fundações é pelo MP (art.66 do CC). 0,2. Relação entre instituidores e as entidades: nas Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 9 associações os criadores permanecem ligados (associados); nas fundações, completada a criação, se desligam. 0,2. PONTOS A DEDUZIR: Linguagem, redação, clareza de idéias, estrutura das frases e coerência lógica/argumentativa. - 0,2. Ortografia. - 0,1. Ministério Público Estadual - MPBA - Ano: 2008 - Banca: FESMIP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Administração Pública - Cleildo Sivirino, vereador eleito da cidade de Coraçãozinho, ajuizou ação popular contra o Prefeito da cidade, aduzindo que este havia inaugurado o primeiro posto de saúde do município dandolhe o nome da sua genitora, também vereadora em exercício. Mais ainda, que no mesmo ato nomeou 150 (cento e cinquenta) funcionários para prestação de serviços no referido posto, que perdurou por 90 dias. A sentença determinou a retirada do nome, mas encontra-se desatenta no tocante ao ressarcimento ao erário por falta de comprovação e quantificação. Também no decisum o Alcaide foi obrigado a enviar à Câmara Municipal projeto de lei criando 150 vagas para preenchimento por futuro concurso público no prazo de 6(seis) meses. Apesar de inconformado, o autor expressamente renunciou à interposição do recurso. O processo foi com vistas ao Ministério Público. Agindo como representante do Parquet na Comarca, se manifeste, fundamentadamente. Ministério Público Estadual - MPE-MT - Ano: 2012 - Banca: UFMT - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - Os atos administrativos possuem efeitos próprios e impróprios. Quais são estes últimos e o que os diferencia dos primeiros? Qual a importância da distinção entre esses dois tipos de efeitos? Fundamente as suas respostas. Ministério Público Estadual - MPE-MT - Ano: 2012 - Banca: UFMT - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - Uma lei municipal que dispunha ser de 9 (nove) o número máximo de pavimentos para a edificação de prédios em determinada região sofreu modificação posterior que permitiu, a partir de sua publicação, a consideração de limites superiores àqueles que foram fixados pela norma derrogada. Entretanto, o loteador propôs expressamente no negócio jurídico original, no momento do loteamento, e anterior às duas leis referidas, cláusula restritiva que foi averbada à margem da matrícula do imóvel, no registro imobiliário, e que limitava o uso daquela mesma área para a edificação de residências unifamiliares. A prefeitura municipal concedeu alvará para a construção de um edifício de 15 andares considerando o permissivo constante da última norma legal em vigor. Sobre esse contexto, indaga-se: qual norma é válida e eficaz: a lei derrogada, a norma derrogadora ou a norma contratual? O alvará concedido é legal? Justifique. Ministério Público Estadual - MPE-PR - Ano: 2011 - Banca: MPE-PR - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - OFEREÇA A DEFINIÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO DISCRICIONÁRIO E ATO ADMINISTRATIVO VINCULADO, OFERECENDO DOIS EXEMPLOS DE CADA UM. Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2011 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - É juridicamente possível que ato administrativo praticado no Poder Legislativo seja anulado diretamente pelo Supremo Tribunal Federal? Fundamente a resposta. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - O ato ou contrato administrativo anulado em ação civil pública por improbidade administrativa ou Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 10 em ação popular produz, ou pode produzir, efeitos jurídicos? Justifique, exemplificando. Ministério Público Estadual - MPE-MA - Ano: 2009 - Banca: MPE-MA - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - Distinga ato administrativo vinculado de ato administrativo discricionário e, sucintamente, discorra sobre a extensão do controle judicial desse último (ato administrativo discricionário). Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2009 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - Quais os elementos jurídicos e fáticos que impedem a Administração Pública de exercer o princípio da revogabilidade dos atos administrativos ? RESPOSTA OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Bens Públicos - Os equipamentos urbanos públicos podem ser legalmente alienados? Justifique. Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2009 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Bens Públicos - É juridicamente possível que o possuidor de terreno público tenha direito adquirido à outorga de concessão de uso especial para fins de moradia ? É cabível esse tipo de concessão no que concerne a imóveis funcionais no âmbito da administração federal ? RESPOSTA OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2011 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Contrato Público - Licitações para obras públicas foram fraudadas por um cartel de empreiteiras, sem que haja prova ou indício da participação de agentes públicos na fraude praticada. Os contratos envolvidos, entretanto, não foram atacados administrativa ou judicialmente pelo ente público responsável pelas contratações. Quais medidas podem ser adotadas pelo Ministério Público em relação a esses contratos administrativos? Fundamente cogitando as eventuais alternativas que se possa vislumbrar. Ministério Público Estadual - MPE-GO - Ano: 2010 - Banca: MPE-GO - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Contrato Público - No dia 20/09/10, o PROMOTOR DE JUSTIÇA com atribuição na defesa do patrimônio público da Comarca de Amarilis-GO, recebeu a notícia escrita de um vereador daquela localidade, que pediu para não ser identificado. O texto é o seguiŶte:à͞Oààedž-prefeito de Amarilis-GO, gestão 2003-2006, e atual parlamentar na Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, Dick Vigarista, no mês de março de 2006, firmou contrato com a empresa TALUS Eng. e Comércio LTDA., para a execução de um trecho de pavimentação asfáltica na Rua da Amendoeiras. Houve superfaturamento do preço contratado, conforme certificou a auditoria de engenharia do Tribunal de Contas dos Municípios. Que o serviço executado pela empresa vem revelando graves defeitos pela má qualidade da obra. Que há comentários de que a empreiteira recebeu pelo serviço dois cheques do Município, mas um deles, o de menor valor, foi devolvido para Dick Vigarista, cuja quantia era de R$ ϲϬϬ.ϬϬϬ,ϬϬ͟.àáoà ƌeĐeďeƌàaàŶotíĐia,àoàPƌoŵotoƌàeà Justiça consultou o Portal do Tribunal de Contas dos Municípios e constatou o seguinte: a) Ordem de Pagamento em favor da empresa TALUS Engenharia e Comércio Ltda., no valor de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais) em razão de contrato de pavimentação asfáltica. b) Parecer prévio pela rejeição do balanço geral do ano de 2006, por meio da Resolução nº 355/07. c) Resolução de Imputação de Débito nº. 233/08, no valor de R$ 950.000,00 Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 11 (novecentos e cinquenta mil reais) remetida ao Procurador-Geral de Justiça no mês de julho de 2008. d) Tramitação de recurso de Revisão interposto pelo ex-prefeito contra a Resolução nº 355/07, que rejeitou o balanço geral de 2006. O Promotor de Justiça consultou a Câmara Municipal de Amarilis-GO e foi informado de que o balanço geral de 2006 foi remetido pelo Tribunal de Contas dos Municípios no ano de 2007 e que, até a presente data, as contas não foram julgadas pelos vereadores. Considere-se na posição de Promotor de Justiça, na fase extrajudicial, e, nos limites das informações acima apontadas, com menção às normas jurídicas pertinentes (material e formal) que regem a defesa do patrimônio público, bem ainda entendimento jurisprudencial: A) - Existem providências a serem tomadas quanto: 1-à Resolução de Imputação de Débito? Fundamente. 2-à inércia do Poder Legislativo municipal? Fundamente. B) - Deve o Promotor de Justiça agir, mesmo diante do fato de o Tribunal de Contas dos Municípios ter apreciado as contas? Fundamente. Na hipóteses de resposta positiva, elabore a peça inaugural do instrumento de investigação. Quanto às diligências a serem realizadas, determine-as todas, justificando-as fática e juridicamente. - Resposta: A - EXISTEM PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS? 1 - Resolução de Imputação de Débito: -SIM. a) Providência de encaminhamento da RID ao prefeito para que haja a inscrição na dívida ativa, - artigo 39 da Lei nº 4.320/64-, e ajuizamento de ação de execução pelo Município, artigo 71, § 3º, da Constituição Federal. b) Na hipótese de inércia do executivo, deve o promotor de justiça promover a execução da RID. Conforme artigo 46, inciso X da Lei Complementar Estadual nº 25/98, incumbe ao Ministério Público ͞iŶgƌessaƌà à eŵà à juízo,à à deà à ofíĐioà à eàà supletivamente, para responsabilizar os gestores do dinheiro público condenados pelosà à TƌiďuŶaisà à deà à CoŶtas͟.à à Redaçãoàà semelhante: artigo 25, inciso VIII da Lei nº 8.625/93; b.1)- Responsabilizar a autoridade (prefeito ou vice-prefeito) por improbidade administrativa (omissão), artigo 11, inciso II, Lei nº 8.429/92. 2- Inércia do poder legislativo municipal: -SIM. - Abordagem sobre o controle político-administrativo da Câmara sobre o Executivo; - Abordagem sobre o poder-dever, artigo 31, § 2º, da Constituição Federal; - Providências extrajudiciais: . Instauração de inquérito civil para apurar as razões da inércia e a existência de improbidade; Recomendação para que julgue as contas, simplesmente, se for o caso, - artigo 129, inc. II e III da CF, artigo 15 da Res. Nº 23/07- CNMP, artigo 35 da Res. Nº 009/10 do MPEGO.c/c artigo 17, § 1º, da Lei nº 8.429/92-. Providências judiciais: .Ajuizamento de Ação Civil Pública por Obrigação de Fazer, se for o caso; . Ajuizamento de Ação por Improbidade, se for o caso. B - SIM. - Artigo 21, inc. II, da Lei nº 8.429/92. - Abordagem acerca da natureza jurídica das decisões das Cortes de Contas . - Abordagem acerca da independência das instâncias. PEÇA INAUGURAL: *- DENOMINAÇÃO: PORTARIA nº.../10 - artigo 6º da Res. Nº 009/10 do MPE/GO. *-INTRÓITO:…àŶoà uso das atribuições conferidas pelo artigo 129, III, da Constituição Federal e artigo 8º, § 1º, da Lei nº 7.347, de 24/07/85, INSTAURA... - CONTEÚDO FORMAL DA PORTARIA: artigo 7º da Res. nº 009/10 do MPE/GO (ressaltando o artigo da Lei de Improbidade em tese violado). Previsão de publicação da instauração do inquérito civil: artigo 8º da Resolução nº 009/10. - DILIGÊNCIAS: Fundamentos gerais: artigo 129, inciso VI, da Constituição Federal, Lei nº 8.625/93, Lei nº 7.347/85, Lei nº 8.429/92, e Lei Complementar nº 25/98, Resoluções nsº 23/97- CNMP e 009/10-MPE/GO. - Requisição, via Procurador-Geral de Justiça, para que o Tribunal de Contas dos Municípios remeta: - cópia Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 12 reprográfica dos autos autuados no TCM, relativos ao processo licitatório e ao contrato firmado entre o Município de Amarilis-GO e a empresa TALUS Engenharia e Comércio Ltda. que teve por objeto pavimentação asfáltica, firmado em março de 2006. Art. 9º, Res. nº 007/08 do TCM e Constituição Federal, artigos 70 a 75). Justificativa: conhecimento do processo licitatório e do contrato para certificação quanto à legalidade e para conhecimento da obra quanto à qualidade e ao preço - Lei nº 8.666/93, artigo 40, inciso XVII, § 2º, inicisos I e II. Cópia das seguintes peças que compõem o balanço geral de 2006 do Município de Amarilis-GO: certificado de auditoria, parecer do Ministério Público junto ao TCM e parecer prévio pela rejeição das contas. Justificativa: conhecimento das matérias apreciadas pelo TCM e cotejo com o objeto do inquérito civil. Cópia da petição do recurso de revisão e dos documentos que o acompanham. Justificativa: conhecimento dos fatos novos apresentados pelo agente político, a fim de que seja cotejado com o objeto do inquérito civil. Cópia reprográfica integral do processo que resultou na edição da Resolução nº 233/08, no valor de R$ 950.000,00, que imputou débito a DICK VIGARISTA. Justificativa: conhecimento dos fatos que ensejaram a imputação do débito, a fim de evitar contradição com pedido de ressarcimento de futura ação civil pública/improbidade. Demais diligências: ocorrência do superfaturamento). Requisição de perícia junto aos técnicos do MPE/GO (engenharia). Justificativa: obtenção de laudo quanto à qualidade da obra e ao preço contratado (estudo da ação junto à Prefeitura de Amarilis para remessa das cópias dos cheques dados em pagamento à empresa TALUS Engenharia e Comércio Ltda. (para conferência com as informações contidas na ordem de pagamento e para viabilizar informações bancárias). Requisição junto à instituição bancária para obtenção da microfilmagem dos cheques passados pelo Município à empresa TALUS. Justificativa: conhecimento do destino do dinheiro (um dos meios de prova da improbidade de Dick Vigarista e da empresa envolvida); Informação que independe do pedido de quebra de sigilo bancário, - MS nº 4.729-4 STF, 05/10/95-. Expedição de Carta Precatória para membro do MPE/GO em Goiânia, para realização da oitiva do investigado DICK VIGARISTA, Deputado Estadual. Expedição de ofício ao Procurador- Geral de Justiça para encaminhamento da Resolução de Imputação de Débito à Promotoria. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Contrato Público - O ato ou contrato administrativo anulado em ação civil pública por improbidade administrativa ou em ação popular produz, ou pode produzir, efeitos jurídicos? Justifique, exemplificando. Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2008 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Contrato Público - É possível a aplicação da teoria da imprevisão aos contratos aleatórios? RESPOSTA OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA. Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2008 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Contrato Público - Pode a Administração Pública negar pleito de revisão de contrato administrativo sob o argumento de que tal instituto não foi previsto no instrumento? RESPOSTA OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA. Ministério Público Estadual - MPE-SC - Ano: 2008 - Banca: MPE-SC - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Contrato Público - Considere a situação abaixo descrita e FORMULE Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 13 A(S) PEÇA(S) REFERIDA(S) para a provocação da instância judicial, na condição de Promotor de Justiça: A Prefeitura Municipal de Canoinhas, na pessoa do então Chefe do Executivo, João dos Anzóis, promoveu, em 30 de agosto de 2004, processo licitatório nº 003/2004 modalidade concorrência pública, tipo menor preço, para que fosse realizado o serviço de reforma da sua sede (com compra de materiais e execução da obra), erigida há mais de 30 anos em uma construção que necessitava, efetivamente, de reparos. Previa o edital que o orçamento total da obra seria de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), sendo R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para o primeiro e o outro montante para o segundo exercício financeiro de execução da obra, não podendo as propostas ultrapassar 25% desse montante, para mais, e nem 30% para menos, do valor total orçado, devendo o proponente, para a última hipótese, justificar devidamente o preço ofertado. O instrumento licitatório continha projeto básico, no qual estavam descriminados, um a um, os valores, quantidade e qualidade dos materiais a serem fornecidos e o prazo de um ano (até 30 de agosto de 2005, portanto), para o encerramento da reforma, bem como estipulava que o pagamento do valor da contratação seria realizado em 12 parcelas iguais, sendo a primeira na assinatura do contrato e, as demais, a cada mês subseqüente, de acordo com as etapas previstas no edital e constante do contrato respectivo. A licitação foi realizada com a nomeação dos membros da Comissão Especial de Licitação, sendo que dois de seus integrantes eram Ardósia Maria (Presidente) e Juventino Perpétuo, servidores do município e edis daquela Municipalidade. Formalizado o procedimento licitatório, apresentaram propostas somente as empresas Fulano Ltda., Cicrano Ltda. e Beltrano Ltda., tendo sido contratada, após a realização das suas etapas a primeira empresa (Fulano Ltda.), vencedora do certame, porquanto apresentou proposta correspondente às exigências contidas no edital, que não foi impugnado no prazo legal, além de ofertar o menor preço para o serviço a ser contratado, no valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Assinado o contrato em setembro de 2004, como antecipação, o então prefeito liberou o pagamento de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) à empresa. Mencione-se, ainda, que para o exercício financeiro de 2004, consoante a Lei de Diretrizes Orçamentárias de Canoinhas, somente R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) eram previstos como despesas passíveis de serem suportadas pela Municipalidade, valor através do qual se deveria efetuar o pagamento do pessoal, encargos sociais e despesas outras, conforme o critério do Executivo Municipal, sempre em prol do interesse público, sem que houvesse previsão orçamentária suficiente para o pagamento parcial da reforma aduzida (R$ 500.000,00), nos moldes previstos pelo edital nº 003/2004. Anote-se que naquele mesmo exercício financeiro (2004), ano de eleição, Juventino Perpétuo não logrou reeleger-se, sendo, portanto, o derradeiro ano no qual figurara na Casa Legislativa mencionada, bem como João dos Anzóis que restou sucedido por Ambrósio Marcato, do mesmo partido político e agente político que deu a obra por recebida quando do seu término. Noticiado somente dois anos depois, em 2006, mediante representação apócrifa, mas acompanhada de documentos que evidenciavam irregularidades, instaurou o Órgão do Ministério Público Procedimento Preparatório nº 018/2006 para apuração dos fatos. No decorrer do procedimento, com a oitiva de testemunhas e a colação de documentação pertinente, confirmou o Ministério Público sobejamente a irregularidade, no que tange à Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2004, pois foram previstos somente R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) paƌaà oà pagaŵeŶtoà deà ͞outƌasà despesas͟,à Ŷasà quais o pagamento parcial da reforma (objeto do edital nº 003/2004) se incluía, além de outras Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 14 ilegalidades. Sabedor da investigação, apresentou-se o ex-alcaide voluntariamente perante o Promotor de Justiça no intuito de esclarecer os fatos noticiados, oportunidade em que contrapôs prova emprestada de ação popular já contra si ingressada em 2004 e já julgada improcedente com resolução do mérito por togado a quo (art. 269, I, CPC), qual seja, a que remeteu ao fato de a perícia judicial contábil confirmar que o montante destinado à Prefeitura previsto pela Lei de Diretrizes Orçamentárias era suficiente para o pagamento de todas as despesas para aquele exercício financeiro, no que não teria incorrido em qualquer irregularidade. Alegou, ainda, em depoimento prestado na Promotoria de Justiça que não incidiria perante prefeitos municipais a Lei de Improbidade Administrativa, mas tão só a Lei de Responsabilidade (Decreto-Lei nº 201/67), em caso de eventual ajuizamento de ação, além de registrar que somente poderia ser processado pelo Procurador-Geral de Justiça. Ato contínuo, porém, representação ofertada ao órgão do Ministério Público naquele Procedimento (Procedimento Preparatório nº 018/2004) comunicou que o perito nomeado, Aparecido Próprio, havia atuado com parcialidade em seu trabalho, porquanto companheiro de Ardósia Maria (reeleita para o ano seguinte ao mandato de edil, pelo mesmo partido do ex-alcaide investigado), comunicação esta plenamente confirmada naquele Procedimento, com os depoimentos prestados perante o Promotor de Justiça e, inclusive, declaração de união estável perfectibilizada perante um Cartório de Registro Civil de Canoinhas entre os investigados, e no procedimento acostado. Nos autos do Procedimento Preparatório, restou consignado em um dos depoimentos coligidos, prestado por servidor da Prefeitura Municipal de Canoinhas Ƌueà foƌŶeĐeuà aà doĐuŵeŶtaçĆoà aŶalisada:à ͞[...];à que o Sr. Aparecido Próprio entrou no seu departamento e solicitou, como perito judicial nomeado pelo julgador da ação nº 000.000000-0 a relação de receitas e despesas para o exercício financeiro de 2004; que, durante a busca pelos documentos solicitados, afirmou o perito que ͚desŶeĐessĄƌiaàeƌaàaàaŶĄliseàdaàpapelada,àpoƌƋueà já tinha chegado a uma conclusão definitiva sobre oà Đaso,à faǀoƌĄǀelà ăà Pƌefeituƌa͛;à Ƌueà ŵaisà taƌdeà ouviu falar do resultado da perícia; que achou estranho coincidir o resultado com aquele já previsto pelo perito, mas, como já haviam cessado os rumores acerca da ação, logo olvidou a informação recebida, reputando-a sem iŵpoƌtąŶĐia͟.à Leŵďƌe-se de que o montante de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para o exercício financeiro de 2005 já havia sido vinculado, por força do contrato celebrado, ao pagamento dos materiais fornecidos e serviços prestados quando da reforma da referida construção. Além das informações antes descritas, no procedimento ficou comprovado, também, que: a) o valor atribuído à reforma estava, tanto em relação ao que foi cotado para mão de obra, quanto o preço a ser pago pelos materiais, após análise feita no procedimento, era superior ao normal de mercado. Do mesmo modo, também restou comprovado que a qualidade dos materiais empregados na obra, tais como cimento, materiais elétricos, tintas, etc.., era inferior aos cotados na proposta. Segundo apurado, o valor de mercado para a mesma obra, incluídos mão de obra e materiais, seria de R$ 455.000,00 (quatrocentos e cinqüenta e cinco mil reais). b) o edital do certame teve divulgação apenas no mural da Secretaria de Obras do Município, em prédio separado da prefeitura, fazendo com que apenas três empresas, todas sediadas no município, participassem da competição. c) a vereadora Ardósia Total, em 2004, teve aumentado o seu patrimônio em um montante não correspondente àquele declarado à Receita Federal. Instada, a edil alegou ser proprietária de imóvel rural, no qual fabricava produtos alimentícios variados (hortaliças em Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 15 geral) para comercialização. No entanto, da Declaração de Renda, extrai-se que o valor adquirido da venda dos produtos ainda não cobria aquele por ela percebido. Entre o acréscimo existente e o efetivamente declarado, havia uma diferença de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), cuja origem lícita não foi comprovada. d) as provas coligidas no procedimento não confirmaram a participação direta da vereadora Ardósia Maria nas ilegalidades, embora existissem fortes indícios da sua influência para a conduta adotada pelo perito da ação popular. Ainda, que Ardósia Maria havia fornecido, como membro e Presidente da Comissão Especial de Licitação, informações privilegiadas e sigilosas à empresa vencedora sobre o certame, conduta essa que, não se sabe, pode ou não ter influenciado no resultado. e) A empresa vencedora, Fulano Ltda., tinha como um dos seus sócios e administrador o filho do Prefeito, Marcolino dos Anzóis. A empresa Beltrano Ltda., por sua vez, era formada pelos sócios José Genuíno de Paredes, com 99% do capital social, e por Marcolino dos Anzóis, que detinha apenas 1% daquele capital. f) Apesar de não ter ocorrido acréscimo patrimonial em relação ao Prefeito, sabe-se que sua filha Lindóia dos Anzóis, estudante universitária e morando com os pais, desempregada, declarou à Receita Federal, no ano de 2006, ser proprietária de um apartamento no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), além de uma camionete Toyota (utilizada por seu pai) no valor de R$ 85.000,00 (oitenta e cinco mil reais), ambos adquiridos em dinheiro. Ouvida, não conseguiu demonstrar a origem lícita do dinheiro utilizado para a compra dos bens. O candidato, como Promotor de Justiça Substituto, deverá ingressar nesta data com a ação competente contra todos os agentes ímprobos, se possível, e eventuais beneficiados dos atos praticados, abordando, com adequada fundamentação, todas as situações fáticas e jurídicas apresentadas na questão. Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Controle Administrativo - Quanto ao controle judicial sobre os atos da Administração Pública, responda deforma fundamentada: a) Quais são os limites deste controle? b) Quais são os meios de controle judicial dos atos normativos do Poder Executivo? c) Em que hipótese é usada a reclamação administrativa? d) Admite-se o controle judicial dos atos políticos? e) Quando os atos interna corporis são passíveis de apreciação pelo Poder Judiciário? Ministério Público Estadual - MPE-PR - Ano: 2011 - Banca: MPE-PR - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Controle Administrativo - EM QUE CONDIÇÕES OBJETIVAS PODE O JUDICIÁRIO EXERCER CONTROLE SOBRE O ATO ADMINISTRATIVO? FUNDAMENTE. Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2009 - Banca: FESMPDFT - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Controle Administrativo - Qual o alcance do controle jurisdicional incidente sobre a atividade administrativa, notadamente sobre a competência, forma, motivo e fim do ato administrativo? Desenvolva. Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 2009 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Controle Administrativo - DISSERTAÇÃO: O CONTROLE PRÉVIO DO ATO ADMINISTRATIVO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2009 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Controle Administrativo - Especifique as modalidades de Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 16 controle da Administração Pública. Em quais instrumentos de controle o Ministério Público participa da tarefa de fiscalizar os atos da Administração? Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Desapropriação - Em que consiste o direito de extensão na desapropriação? Fundamente. Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2009 - Banca: FESMPDFT - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Desapropriação - Na desapropriação para fins urbanísticos, incidente sobre amplo conjunto de imóveis, tendente a implantação de novo quadro de logradouros e edificações, segundo um piano, pode haver a revenda, ao setor privado, de parte dos bens expropriados? Justifique. Ministério Público Estadual - MPRS - Ano: 2008 - Banca: MPRS - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Desapropriação - Determinado servidor, em conluio com o prefeito do município a que está vinculado, urde atos a fim de concretizar uma desapropriação de imóvel que importará a eles considerável benefício patrimonial. A vantagem relaciona-se à valorização que a obra pública trará ao local, já que os comparsas possuem imóveis nas proximidades do bem a ser desapropriado. Editada a declaração de utilidade pública do imóvel para fins de desapropriação, foi proposta a medida judicial, pugnando o Município pela imissão de posse. O valor ofertado correspondia, todavia, à metade do valor do bem desapropriado. No local, vale gizar, funcionava a produção de gado leiteiro e confinado do desapropriado. Passados alguns meses, o Prefeito vem a falecer, assumindo o Vice-Prefeito que, ao descobrir o desvio de finalidade, chamou o funcionário em seu gabinete para que este esclarecesse o que estava acontecendo. O aludido servidor, então, admitiu os fatos praticados. Apesar do confessado desvio de finalidade, entendeu o novo Prefeito que a desapropriação e as obras a serem realizadas estavam mais que justificadas, à vista de que estas obras eram mesmo essenciais à comunidade (no caso, um alargamento considerável da pista de rolamento, bem como a construção de um viaduto, obras que desafogariam o sistema viário). Fica, então, o novo Chefe do Executivo – convencido do bem que a obra causará à comunidade – à espera de representação para tomar uma atitude contra o referido servidor. Atento a este quadro inicial – afora as particularidades que serão postas abaixo –, cumpre questionar: O denominado instituto da poderia ser aplicado na hipótese? Justifique e fundamente, sucintamente, descrevendo o referido instituto e sua aplicação na atualidade. A conduta do novo Prefeito, no que respeita ao servidor, justifica-se frente aos princípios que regem o processo administrativo-disciplinar? Explicite e comente, indaga-se como seria solucionada a hipótese se o Município viesse a da ação de desapropriação, mesmo que a parte demandada, utilizando-se da faculdade prevista no art. 267, §4º, do CPC, não concordasse com esta pretensão. Na espécie, para a resposta (exclusivamente para esta hipótese – item 4.3), há que se considerar que o valor ofertado foi depositado, porém não foi levantado. O desapropriado sofreu consideráveis prejuízos porque, há quatro anos – em face da imissão deferida ao Município –, perdeu a posse do imóvel desapropriado, e que, como já dito, era o local onde seus animais estavam alojados e a produzir leite. Por fim, o perito judicial agora avaliou o imóvel com preço de mercado (dobro do valor ofertado). Atento a este quadro, . Para fins de avaliação, apenas se aceitará como correta a resposta que estiverem consonância à jurisprudência do STJ. De outra banda, excluída a situação posta no item 4.3, e acaso seja ultimada Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 17 a desapropriação para a consecução das obras públicas de alargamento de via e construção de viaduto, deverá, obrigatoriamente, ser aberto e instaurado o processo de licitação. Atento a isto, em que casos podem ser considerados desertos os processos licitatórios? Fundamente sua resposta. Responda em ordem, respeitando os itens e o conteúdo abordado, pena de não ser considerada a resposta. A correta interpretação do efetivamente questionado, ademais, será também levada em conta para fins de valoração da nota, inclusive no que respeita das respostas. Ministério Público Estadual - MPE-BA - Ano: 2012 - Banca: MPE-BA - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - A defesa do patrimônio público pelo órgão do Ministério Público encontra fundamento no artigo 129, III, da Constituição da República. No âmbito cível, após constatar a necessidade de propositura de medida judicial na defesa do patrimônio público, tem o parquet ao seu dispor, basicamente, a Lei de Ação Civil Pública e a Lei de Improbidade Administrativa. Discorrer sobre a atuação do Ministério Público na defesa do patrimônio público. Abordar, impreterivelmente, os seguintes aspectos: 1. Vertentes de atuação; 2. Gêneros de atos de improbidade administrativa e requisitos para a caracterização de cada um; 3. Princípios constitucionais e infraconstitucionais que norteiam o tema. - Resposta: A Comissão, para totalizar a pontuação da questão, levou em consideração os seguintes aspectos: a) A abordagem feita acerca da legitimidade do Ministério Público na defesa do patrimônio público; b) A abordagem feita acerca dos instrumentos utilizados pelo parquet na defesa do patrimônio público; c) A análise minuciosa acerca das categorias de ato de improbidade administrativa; d) O conteúdo jurídico dos princípios pertinentes. Assim, foram acrescidos ou subtraídos pontos, levando-se em consideração, a correta análise dos conteúdos acima mencionados, a capacidade de exposição do pensamento, o poder de argumentação, a devida fundamentação jurídica e a quantidade de princípios elencados. Ministério Público Estadual - MPE-MT - Ano: 2012 - Banca: UFMT - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - O prazo prescricional previsto no art. 23 da Lei nº 8.429/1992 também alcança a ação de ressarcimento pelos danos causados ao patrimônio das entidades de que trata o art. 1º da referida Lei? Justifique. Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - Considerando todo nosso ordenamento jurídico e as divisões das ciências jurídicas, é possível afirmar que todas as sanções dispostas no artigo 12 da Lei nº 8.429/92 são prescritíveis? Sim? Não? Por quê? Além dos dispositivos legais pertinentes, apontar a jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça. Observação: será avaliada a capacidade de síntese do candidato. Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - O Prefeito do Município de Cipolândia, Sr. Aparecido da Silva, determinou por meio de seu Secretário de Imprensa, Jonas Ferreira, que publicasse no jornal semanário local, as noticiais correspondentes às realizações de sua gestão à frente da prefeitura municipal. No jornal além de aparecer as fotografias das obras, tais como construções de creches, reformas de postos de saúde e das escolas municipais da cidade, em todas elas continha estaŵpadaàaàfotogƌafiaàdoàalĐaideà͞ápaƌeĐido͟àeà do vereador José Lino, sempre sorridente e feliz Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 18 com a forma de evidenciar seus feitos políticos. O vereador da oposição compareceu na Promotoria de Justiça levando inúmeros exemplares contendo a exposição excessiva do prefeito nos jornais, inclusive manifestações escritas sobre suas realizações. O Promotor de Justiça instaurou o inquérito civil e verificou-se que as publicações aconteceram durante o ano de 2010, e que a prefeitura teria pago por tais exemplares, a quantia de R$ 48.000,00 (quarenta e oito mil reais) para o Jornal da Cidade, único da cidade e de propriedade do vereador José Lino, do mesmo partido político do prefeito. Também ficou apurado que do valor acima, apenas R$ 8.000,00 (oito mil reais), correspondia a serviços realmente prestados durante os doze meses de 2010, com a publicação dos editais e avisos da prefeitura. Entretanto, pelo que ficou apurado no procedimento da promotoria, o preço praticado em outras cidades da região, para publicar os atos oficiais não poderia ultrapassar a quantia de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Portanto, o prejuízo ao erário seria de aproximadamente R$ 44.000,00 (quarenta e quatro mil reais). Como Promotor de Justiça do Patrimônio Público elabore a peça processual pertinente. (4,0 pontos) Ministério Público Estadual - MPE-PR - Ano: 2011 - Banca: MPE-PR - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - Se o ato administrativo inquinado de ilegal e lesivo ao patrimônio público foi praticado com base em norma havida por inconstitucional, pode ser pleiteada a sua anulação e o reconhecimento da inconstitucionalidade da lei que o embasou no âmbito da ação civil pública por ato de improbidade administrativa? Justifique, levando eŵàĐoŶtaàoàefeitoà͞eƌgaàoŵŶes͟à;aƌtigoàϮϭàdaàLeià n.º 7.347/85 c/c artigo 103, inciso I, do Código de Defesa do Consumidor) da sentença de procedência da ação por improbidade administrativa. Ministério Público Estadual - MPE-PR - Ano: 2011 - Banca: MPE-PR - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - Em relação às hipóteses de atos de improbidade administrativa classificados no artigo 10 da Lei n.º 8.429/92, responda: a) O dolo do agente público responsável pela sua prática é pressuposto para a sua responsabilização? b) A caracterização do ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário depende da comprovação de obtenção de vantagem indevida pelo agente público responsável? b) Nas hipóteses expressamente previstas nos incisos do referido artigo 10, é necessária a comprovação de efetivo dano econômico-financeiro como pressuposto para a configuração do ato de improbidade administrativa? Justifique e exemplifique. Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2011 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - A Ouvidoria do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro recebe notícia anônima relatando que em determinado Município o Prefeito desviou, em proveito próprio, expressiva verba destinada à reforma e ampliação de unidade escolar municipal do ensino fundamental, recebida do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF. Encaminhada a representação ao Promotor de Justiça em atuação na Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva com atribuição no respectivo Município, no qual não há sede de Vara Federal, é determinada a notificação do Prefeito reeleito para se manifestar sobre a notícia. Em sua defesa, o mandatário sustenta a prerrogativa do foro privilegiado; que aquela verba recebida não foi aplicada na mencionada Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 19 obra, que teria sido realizada apenas com recursos do próprio Município, durante sua gestão anterior e já decorridos mais de cinco anos desde a conclusão da empreitada e daquele mandato; por fim, alega que o FUNDEF foi extinto pela Lei nº 11.494/07 e que suas contas daquela gestão foram aprovadas pela Câmara Municipal. Realizadas inspeções pelos Tribunais de Contas da União e do Estado (TCU e TCE), os relatórios de ambos demonstram e comprovam o efetivo desvio de verbas, na época indicada pelo Prefeito, tanto daquelas recebidas do FUNDEF, quanto das do próprio Município, estando a unidade de ensino desativada desde a data prevista para o início da obra. Finalmente, o relatório do TCE relata que irregularidades também foram constatadas na execução de obra em curso em outra unidade escolar municipal, realizada com verbas provenientes de convênio com o Governo Federal. DISCORRA a) Sobre a atribuição e a legitimação dos órgãos de execução do Ministério Público estadual, do Ministério Público Federal e a competência – no âmbito cível e no penal b) Sobre a prescrição em Improbidade Administrativa imputada a Chefe de Poder Executivo. RESPOSTA JUSTIFICADA. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2011 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - A pretensão deduzida em ação civil indenizatória de ressarcimento de danos ao patrimônio público causados por atos de improbidade administrativa está sujeita à prescrição? Em caso afirmativo, qual é o prazo para o seu respectivo ajuizamento? Fundamentar. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2011 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - A ação civil indenizatória de ressarcimento de danos ao patrimônio público causados por atos de improbidade administrativa está sujeita à prescrição? Em caso afirmativo, qual é o prazo para o seu respectivo ajuizamento? Fundamentar. Ministério Público da União - MPF - Ano: 2011 - Banca: MPF - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - O ĐidadĆoà͞X͟àfoiàeleitoàpaƌaàoàĐaƌgoàdeàPƌefeitoàdoà município de Pasárgada no ano de 2000, tendo desempenhado regularmente seu mandato. Em outubro de 2004, foi reeleito, tendo ocupado o cargo de Chefe do Executivo Municipal até 31.12.2008, após o que retornou ao exercício de seu cargo efetivo de Auditor Fiscal do Município. Em 2004, o Município de Pasárgada celebrou convênio com o FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Autarquia Federal, em decorrência do qual foram repassados à Municipalidade recursos (R$ 5.000.000,00) destinados à melhoria da infraestrutura física de escolas, como meta de programa federal em curso naquela época. Em setembro de 2006, auditoria realizada pelo órgão de controle interno do FNDE apontou irregularidade na aplicação dos recursos, tendo em vista a aquisição, em 05.05.2004, por determinação do então Prefeito Municipal, de materiais de construção, com indevida dispensa de licitação e por preço superfaturado. A despeito disso, o Tribunal de Contas e a Câmara Municipal aprovaram integralmente as contas da Prefeitura, referentes ao exercício de 2004, considerando, em relação àquela compra, a existência apenas de irregularidades de índole formal. Cientificado do episódio, o Ministério Público Federal, com base no relatório de auditoria do FNDE que lhe foi encaminhado no final do ano de 2009, ajuizou ação de iŵpƌoďidadeà ĐoŶtƌaà oà ĐidadĆoà ͞X͟,à à eŵàà 07.07.2011, imputando-lhe a prática de ato de improbidade administrativa, em razão dos fatos acima apontados. A ação foi Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 20 protocolizada perante o Juízo Federal da Seção Judiciária correspondente, tendo sido requerida a condenação em suspensão de direitos políticos, perda da função pública de Auditor Fiscal Municipal, pagamento de multa civil e ressarcimento ao Erário. Em sua defesa, o cidadão e ex-Pƌefeitoà ͞X͟à à alegou,à sucessivamente, o seguinte: a) descabimento de ação de improbidade, porquanto a imputação se refere a atos decorrentes do exercício do mandato de Prefeito Municipal, o qual já havia cessado, por ocasião do ajuizamento da ação; b) ausência de dolo na conduta, elemento essencial à caracterização do ato de improbidade administrativa imputado; c) prescrição da ação de improbidade, fulminando toda a pretensão deduzida na ação; d) não caracterização de improbidade administrativa, tendo em vista que o Tribunal de Contas e a Câmara Municipal consideraram regulares as contas referentes ao citado convênio; e) descabimento da sanção de perda de função pública, na espécie; impossibilidade de cumulação de sanções na responsabilização por improbidade administrativa, em especial, impossibilidade de cumulação das cominações de suspensão de direitos políticos e perda de função pública, bem como de multa civil e ressarcimento de dano, por serem cominações de mesma natureza. A partir dos elementos apresentados, analise os itens acima, apontando acertos ou desacertos jurídicos nas teses apresentadas pelo réu na ação de improbidade, bem como indicando a solução adequada para cada uma das questões suscitadas pela defesa. Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 2010 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - Nos autos da ação civil pública de combate à improbidade administrativa, o meritíssimo Juiz indeferiu o pedido liminar de indisponibilidade de bens do agente causador do dano ao erário. Contra essa decisão foi interposto agravo de instrumento, inclusive com pedido de concessão de efeito ativo ao recurso, convertido, porém, em agravo retido pelo relator, ao seguiŶteà fuŶdaŵeŶto:à à ͞;...Ϳà ŶĆoà deŵoŶstƌadoàoà risco de dilapidação do patrimônio que torne ineficaz eventual procedência do pedido de reparação, inviável a concessão de efeito ativo ao agravo para determinar a indisponibilidade de bens do réu agravado. Nego, portanto, a concessão de tal efeito e, além disso, pelo mesmo motivo já declinado, converto o recurso em agravo retido, nos termos do artigo 527, II, do CPC.͟à IŶdaga-se: essa decisão do relator está sujeita à impugnação? Fundamente a resposta e, a seguir, caso entenda possível a adoção de medida judicial, esclareça se procede ou não o motivo invocado pelo relator para converter o agravo de instrumento em retido. Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 2010 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - Leia atentamente o acórdão abaixo do Superior Tribunal de Justiça (STJ): . ͞áDMINI“T‘áTIVO.à à à ‘ECU‘“Oà à à E“PECIáL.ààà IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. ART. 11, I, DA LEI Nº 8.429/92. AUSÊNCIA DE DANO AO ERÁRIO PÚBLICO. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO. 1. 'O objetivo da Lei de Improbidade é punir o administrador público desonesto, não o inábil. Ou, em outras palavras, para que se enquadre o agente público na Lei de Improbidade é necessário que haja o dolo, a culpa e o prejuízo ao ente público, caracterizado pela ação ou omissão do administrador público.' (Mauro Roberto Gomes de Mattos, em 'O Limite da Improbidade Administrativa', Edit. América Jurídica, 2ª ed. pp. 7 e 8). 2. 'A finalidade da lei de improbidade administrativa é punir o administrador desonesto' (Alexandre de Moraes, in 'Constituição do Brasil interpretada e legislação constitucional', Atlas, 2002, p. 2.611). 3. 'De fato, Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 21 a lei alcança o administrador desonesto, não o inábil, despreparado, incompetente e desastrado' (REsp 213.994-0/MG, 1ª Turma, Rel. Min. Garcia Vieira, DOU de 27.9.1999). 4. 'A Lei nº 8.429/92 da Ação de Improbidade Administrativa, que explicitou o cânone do art. 37, § 4º, da Constituição Federal, teve como escopo impor sanções aos agentes públicos incursos em atos de improbidade nos casos em que: a) importem em enriquecimento ilícito (art. 9); b) em que causem prejuízo ao erário público (art. 10); c) que atentem contra os princípios da Administração Pública (art. 11), aqui também compreendida a lesão à moralidade pública' (REsp nº 480.387/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª T, DJU de 24.5.2004, p. 162). 5. O recorrente sancionou lei aprovada pela Câmara Municipal que denominou prédio público com nome de pessoas vivas. 6. Inexistência de qualquer acusação de que o recorrente tenha enriquecido ilicitamente em decorrência do ato administrativo que lhe é apontado como praticado. 7. Ausência de comprovação de lesão ao patrimônio público. 8. Não configuração do tipo definido no art. 11, I, da Lei nº 8.429 de 1992. 9. Pena de suspensão de direitos políticos por quatro anos, sem nenhuma fundamentação. 10. Ilegalidade que, se existir, não configura ato de improbidade administrativa. 11. Recurso espeĐialà pƌoǀido.͟à ;‘Espà ϳϱϴϲϯϵ/PB,à ‘el.à MiŶ.à JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, DJ 15.6.2006). Como Membro do Ministério Público, em defesa da probidade administrativa, considerando a análise do acórdão indicado, a jurisprudência mais recente do STJ e a melhor doutrina a ser utilizada, pede-se que o candidato indique eventual(ais) equívoco(s) na fundamentação da decisão citada. Justifique a resposta. Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 2010 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - O Prefeito Municipal de uma cidade localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em seu primeiro mandato (1989- 1992), desviou mensalmente durante o penúltimo ano do seu mandato, cerca de R$ 100.000,00 (cem mil reais) - valores atualizados - do Fundo de Participação do Município (FPM) para a sua conta pessoal. Em janeiro de 1992, ele adquiriu, com o valor desviado dos cofres públicos municipais, um valorizado apartamento no bairro de Lourdes, na capital do Estado. Em 1996, ele foi eleito para um novo mandato (1997- 2000) e, em seguida, reeleito (2000-2004). Somente no final de 2004 os fatos foram revelados por um ex-aliado. O membro do Ministério Público, ao tomar conhecimento dos fatos, instaurou inquérito civil e, persistente, após longos 5 (cinco) anos de apuração, conseguiu finalmente comprovar a lesão ao erário e, também, o enriquecimento ilícito do agente político. Em 2008, o ex-Prefeito, após os 3 (três) mandatos anteriores, retornou ao cargo com uma votação consagradora e assumiu novamente a Chefia do Poder Executivo em janeiro de 2009. Considerando a conduta ímproba do agente político e as disposições contidas nos artigos 37, caput, §§ 4º, 5º e 6º, e 129, II e III, da Constituição Federal (1988), os artigos 9º, 10, 11, 12 e 23, I, da Lei Federal 8.429/92, e os artigos 1º, IV, e 3º, da Lei Federal 7.347/85, responda: a) O agente político municipal responderá, sem prejuízo de eventual ação penal, efetivamente pelos atos praticados? Sim? Não? Por quê? Justifique e fundamente a resposta. b) Em se tratando de dano ao erário e enriquecimento ilícito, qual a iniciativa processual o membro do Ministério Público deveria adotar visando ao ressarcimento, via judicial, aos cofres públicos? Justifique e fundamente a resposta. c) Na eventualidade de responder pelos atos ímprobos, tais como enriquecimento ilícito e dano ao erário, o agente político, considerando as normas supracitadas, sujeita-se a quais sanções? Por quê? Justifique e fundamente as suas respostas. Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 22 Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - O ato ou contrato administrativo anulado em ação civil pública por improbidade administrativa ou em ação popular produz, ou pode produzir, efeitos jurídicos? Justifique, exemplificando. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - O orçamento de determinado Município destinou verba específica ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente, gerido pelo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA). O Prefeito, no entanto, sob a justificativa da existência de irregularidades na administração do referido Conselho, consubstanciadas na ausência de apresentação de projetos e programas para a execução das políticas públicas de proteção da criança, definidas pelo próprio Conselho, e da má gestão dos recursos financeiros antes destinados, apontada em parecer do Tribunal de Contas, deixou de efetuar os repasses das verbas previstas no orçamento. Essa sua conduta omissiva caracteriza improbidade administrativa? Justifique. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - É admissível na ação civil pública de responsabilidade por ato de improbidade administrativa a mudança de pólo processual da pessoa jurídica interessada? Justifique, apontando o fundamento legal. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - Na improbidade administrativa é possível se cogitar da responsabilização do seƌǀidoƌà púďliĐoà ͞latoà seŶsu͟,à poƌà iŶdeŶizaçĆo,à mesmo na ausência de dano material efetivo ao patrimônio público? Justifique. Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 - Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - Reconhecida judicialmente a improbidade administrativa, a condenação pode restringir-se ao ressarcimento do dano? Justifique. Ministério Público Estadual - MPE-MA - Ano: 2009 - Banca: MPE-MA - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - Discorra sobre os princípios constitucionais de observância obrigatória pelo administrador público e as consequências estampadas na Constituição Federal a que estará sujeito o mencionado administrador ímprobo que desatenda tais princípios, inclusive no tocante ao ressarcimento de eventuais prejuízos causados ao erário público. Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 2009 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - João Feliciano da Silva exerceu o cargo de Prefeito do Município de Vivendas, nos mandatos de 1997/2000 e 2005/2008. Inquéritos Civis Públicos instaurados e concluídos, em fevereiro de 2009, pelo Promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Comarca, constataram que: a) no ano de 1998, o Município adquiriu, sem licitação, de forma incabível (era hipótese legal de prévio procedimento licitatório), um veículo Trator, pelo preço de R$300.000,00. A apuração levada a efeito constatou que a média dos preços praticados pelo mercado, à época, para aquisição do referido bem, foi de R$200.000,00; b) no período de 2005/2008, o Município custeou integralmente as despesas de aluguel de imóvel destinado ao funcionamento da Delegacia de Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 23 Polícia local, sem que houvesse prévia lei autorizativa ou convênio firmado com o Estado, para tal finalidade. Lembrando que o Prefeito foi o ordenador de todas as despesas citadas, faça o enquadramento dos casos concretos, considerando-se todos seus contornos jurídicos e repercussões, para fins de propositura de medidas judiciais pelo Promotor de Justiça, apontando, inclusive, as sanções passíveis de aplicação ao ex-agente público. Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 2009 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Administrativo - Assunto: Improbidade Administrativa - A Defensoria Pública do Estado do Mato Grosso do Sul, após instaurar, sob a presidência de Defensor Público, inquérito civil voltado a apurar fatos que chegaram ao seu conhecimento, ajuizou ação civil pública na Vara da Fazenda Pública da Comarca de Corumbá/MS, buscando a condenação de José Aquilis Terêncio Gutierrez, Prefeito do Município de Ladário/MS, nas sanções previstas no artigo 12, incisos I e III, da Lei n.º 8.429/92, pela prática dos atos de improbidade administrativa previstos nos artigos 9º, inciso IV, e 11, inciso I, da mesma lei, bem como, cumulativamente, a sua condenação a reparar o ambiente degradado em razão de conduta a ele imputada. Segundo narrado na inicial, o referido agente político, na condição de Prefeito Municipal, teria determinado a funcionários do Município que, usando maquinário pertencente ao erário, realizassem a supressão de vegetação nativa (quatro árvores) e a extração de cascalho (um metro cúbico) em uma pequena pedreira existente na sua propriedade, situada fora de área de preservação permanente, na qual desejava realizar uma obra particular, o que foi feito sem a autorização dos órgãos competentes. O material extraído (cascalho) foi empregado na conservação de uma estrada vicinal pública não pavimentada que dá acesso à zona rural do Município. Segundo narrou o Defensor Público que subscreve a exordial, assim agindo, o agente político teve enriquecimento ilícito e violou os princípios da administração pública, o que consubstancia a prática de atos de improbidade administrativa; de igual modo, causou dano ao meio ambiente, já que a extração de cascalho foi realizada sem a outorga do Departamento Nacional de Produção Mineral, órgão responsável pela autorização da mencionada atividade, bem como sem a licença do órgão estadual competente no que tange à supressão da vegetação nativa. O réu foi notificado para apresentar defesa preliminar, o que foi feito por defensor constituído. A inicial foi recebida. Citado, requerido contestou o feito, alegando, preliminarmente: (a) a incompetência da Justiça Comum estadual para conhecer da demanda, já que o dano ambiental e a conduta ímproba apontados teriam decorrido, dentre outras razões, da ausência de outorga por parte de órgão federal, o que induziria, por si só, a competência do Juízo Federal da Subseção Judiciária de Corumbá/MS para conhecer dos pedidos; (b) a ilegitimidade ativa da Defensoria Pública para o ajuizamento da demanda, tendo em vista a natureza e a titularidade dos interesses jurídicos postos em causa; (c) a impossibilidade jurídica do pedido, porquanto, sendo o réu agente político, seria inviável aplicar- lhe as sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa; (d) a impossibilidade jurídica do pedido, já que, em se tratando de ação de responsabilidade por ato de improbidade administrativa, regida por lei própria e com natureza jurídica peculiar, não caberia a sua cumulação com pedido de reparação do meio ambiente, bem jurídico difuso que não pertence ao patrimônio público do Município; (e) a nulidade da ação ajuizada, pois os elementos de convicção que a embasam teriam sido colhidos nos autos de inquérito civil presidido por Defensor Público, o que não encontra amparo legal. No mérito, negou os fatos imputados, Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br 24 requerendo a improcedência dos pedidos. Juntou documentos. Intimada, a Defensoria Pública deixou de oferecer réplica à contestação, pelo que o magistrado determinou vista dos autos ao Ministério Público, nos termos do que preceitua o artigo 5º, parágrafo 1º, da Lei n.º 7.347/85. Recebidos os autos e fazendo o enunciado da questão as vezes de relatório da peça
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