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Dependência gerada pelos analgésicos opióides

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Dependência gerada pelos analgésicos opióides
Cacoal-RO
20/03/2018
Aline Peixoto, Aline Mota, Bruna Santos, Eduarda Severino, Emily Deldoti, Gabriela Moraes, Joycemilene dutra, Karla Magna, Letícia Quetuly, Pryscila Sabino, Thalia Cordeiro.
Dependência gerada pelos analgésicos opióides
Trabalho apresentado ao Professor José Leozir, na disciplina de Farmacologia da turma do 3° período noturno de Odontologia da Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal.
Cacoal-RO
20/03/2018
INTRODUÇÃO
Analgésicos opioídes, são medicamentos derivados do ópio, substância extraída da papoula, uma planta. Estes podem ser classificados como naturais, semissintéticos (heroína) e sintéticos (sendo os naturais feitos do ópio).
Os opioides agem no sistema nervoso central, se ligam a receptores que estão associados principalmente na dor, na percepção, recompensa, respiração, pressão sanguínea e alerta e são fármacos de escolha para o alívio da dor aguda e crônica, sendo assim utilizados em dores oncológicas intensas; todavia o uso indevido e contínuo pode levar à dependência física e a sintomas de abstinência.
Para reduzir o risco e obter melhor efeito dos opioides é necessário que os profissionais administrem o medicamento de forma consciente, com indicações precisas, fazendo avaliações periódicas
DEPENDÊNCIA POR OPIOIDES
O uso contínuo ou indevido de opioides pode resultar em dependência física e dependência química. O corpo adapta-se à presença da droga e, se o uso for reduzido ou suspenso, surgem os sintomas de abstinência. Esses incluem: inquietação, dores nos músculos e ossos, insônia, diarreia, vômito, calafrios e tremedeiras. Também pode ser desenvolvida uma tolerância, o que significa que quem usa há muito tempo tem que aumentar as doses para se conseguir o mesmo efeito.
O potencial dependógeno está relacionado ao surgimento de tolerância que, para alguns opióides, pode surgir dentro de 24 horas após a administração. Tolerância é definida como redução dos efeitos desejados em paciente recebendo certa dose, aumentando a dose para obter os efeitos anteriores. Em consequência disso as chances de se desenvolver dependência são maiores.
O uso excessivo dos ópios pode ocorrer em até um terço dos pacientes. Isso por automedicação para dor ou para sintomas não dolorosos, e para obter euforia. Ocorre dependência em até cerca de 25% dos indivíduos que utilizam opioides. É importante salientar que em um estudo a dependência a opioide ocorreu por prescrição legal em 30% a 40%. Após tornarem-se dependentes os indivíduos obtêm também opioide de fonte ilícita.
A dependência é mais frequente com opioides de ação e pico rápidos, e que causam mais sedação e euforia, como a heroína. Esta também está relacionada á uma combinação de fatores que incluem a predisposição genética, perfil psicológico, contexto sócio-cultural e exposição ao fármaco.
No contexto do tratamento da dor crônica com opioide, o fator mais importante para o risco de vício é o histórico pessoal ou familiar de abuso de substância. Tanto os pacientes com história de abuso de drogas e álcool, quanto os com doença psiquiátrica prévia, estão associados com maior desvio de medicamentos. Os dependentes de opioide muitas vezes fazem uso de substância ilícita como maconha, cocaína, benzodiazepínico, nicotina e álcool
TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA DE OPIOIDES
O tratamento da dependência de opióides pode ser feito de diversas formas. sendo as principais formas de tratamento a: psicoterapia, grupos de auto-ajuda mútua (Narcóticos Anônimos), tratamento hospitalar, tratamento ambulatorial e tratamento psicofarmacológico. Ao contrário de outras dependências, o tratamento farmacológico possui efetividade superior sobre as outras formas de abordagens terapêutica.
 Atualmente existem duas drogas sendo utilizadas na terapia de substituição da dependência por opióides: a Metadona e a Buprenorfina. 
A Metadona é a mais utilizada para o tratamento da abstinência supervisionada ou desintoxicação. É uma droga de boa absorção oral, com efeito gradual, pico plasmático em 4 horas, longa meia-vida, permitindo dose única diária. Produz tanto a supressão dos sintomas da abstinência de opióides como o bloqueio (ou tolerância cruzada) dos efeitos de outros opióides, com mínimos efeitos colaterais. É a droga de primeira escolha neste tipo de abordagem
A buprenorfina é um agonista parcial tipo UM, bem tolerado, utilizado no tratamento de manutenção, com baixo risco de sobredose e de abuso. A dissociação a partir dos receptores é lenta com menos sinais e sintomas de abstinência em relação a outros opioides. A metadona e a buprenorfina podem ter risco de interações potencialmente tóxicas.
ARTISTAS QUE MORRERAM POR CONTA DO USO ABUSIVO DE OPIOIDES
Michael e Prince – dois indiscutíveis astros da música pop – não foram os únicos que morreram por abuso de medicamentos. Em 1962, Marilyn Monroe ingeriu barbitúricos em excesso e faleceu aos 36 anos. Em 1977, Elvis Presley sofreu uma parada cardíaca fatal, decorrente do uso abusivo de remédios para dormir. Em 2008, depois de interpretar um Coringa notável em “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, Heath Ledger foi encontrado morto em seu apartamento, aos 28 anos, por uma overdose de diversos medicamentos, entre eles oxicodona e diazepam.
CURIOSIDADE 
A freqüência do uso nocivo e dependência para opióides e benzodiazepínicos entre profissionais de saúde é de cinco vezes maior em relação à população geral. Este fato, em especial, se deve aos seguintes fatores:
Acesso fácil aos medicamento; perda do tabu em relação a injeções; história familiar de dependência; problemas emocionais; estresse no trabalho e em casa; busca de emoções fortes; auto-administração no tratamento para dor e para o humor; fadiga crônica; a onipotência e padrão de prescrição exagerada; especialidades de alto risco: Anestesiologia, Emergência e Psiquiatria.
No Brasil o uso dessas substâncias é muito baixo, se comparado a outros lugares do mundo.
BIBLIOGRAFIA 
(NASCIMENTO, Daiana Ciléa Honorato; SAKATA, Rioko Kimiko. Dependência de opioide em pacientes com dor crônica-Departamento de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva da Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, abril/junho de 2011.) 
SUPER INTERESSANTE; O remédio mais perigoso do mundo; Edição 380; Outubro de 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA E MEDICINA LABORATORIAL; SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DE FAMILÍA E COMUNIDADE. Abuso e Dependência dos Opioides e Opiáceos- 31 de Outubro de 2012

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