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Este artigo tem como objetivo de apresentar procedimentos psicopedagógicos que poderão contribuir no desenvolvimento cognitivo de pacientes com microcefalia, apresentando os seguintes objetivos específicos: importância das práticas psicopedagógicas para o aprendizado, as características de pacientes com microcefalia, como se dá o desenvolvimento cognitivo desses pacientes e quais procedimentos o profissional de psicopedagogia poderá executar a fim de auxiliar no desenvolvimento cognitivo de pacientes com microcefalia.
O artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, tento como principais fontes de pesquisa artigos acadêmicos, de 
A intervenção psicopedagogia clínica é extremamente importante no desenvolvimento da aprendizagem seja quais forem os fatores que contribuem para o não-aprender do sujeito. No caso de crianças com microcefalia, onde é notável que o comprometimento neuropsicomotor é o principal fator dificuldade de aprendizagem, principalmente se esta criança não foi bem estimulada nos primeiros três anos de vida, a atuação psicopedagógica será de grande valia, para que o paciente desenvolva sua capacidade cognitiva. O psicopedagogo deverá atuar na investigação e intervenção para superações dos fatores internos e externos para que a construção do conhecimento seja saudável. Logo convém que o profissional de psicopedagogia identifique quais práticas possibilitarão um processo de diagnóstico/intervenção apropriado. 
O comprometimento cognitivo em crianças com microcefalia envolve na maioria dos casos ações como: responder a estímulos externos, capacidade de organização no funcionamento do pensamento e da lógica, percepção do mundo, fatores esses que são essenciais para construção do conhecimento. Como o desenvolvimento cognitivo nesses pacientes é mais demorado, os estímulos devem ocorrer precocemente a fim de potencializar as áreas que estão diretamente relacionadas com a construção do conhecimento. Esse processo de aprendizagem precisa ser equilibrante, neste estado o desenvolvimento cognitivo busca novas formas de interpretar o mundo e relacionar à sua realidade, Piaget (1976).
Conhecer as características da microcefalia, bem como as consequências de malformação congênita para o desenvolvimento das funções mentais é essencial para que o profissional de psicopedagogia realize um bom diagnóstico que possibilitará o profissional a desenvolver um projeto de intervenção adequado para os limites do paciente. Além de que é de grande importância a interação do psicopedagogo com outros profissionais que atuam estimulando outras áreas comprometidas pela microcefalia. O trabalho ideal com esses pacientes é multidisciplinar.
A microcefalia que é definida como uma malformação congênita, tornando o desenvolvimento cerebral do sujeito inadequado, gera um atraso no desenvolvimento funcional neurológico, psíquico e motor (BRASIL, 2016b). Uma das principais características físicas dessa malformação congênita é o perímetro cefálico inferior a 33 centímetros, dependendo de sua etiologia, pode ser associada à malformação estrutural. Os portadores de microcefalia por terem algumas estruturas neurais destruídas, podem apresentar sequelas que variam de acordo com a área cerebral afetada, apresentando dificuldades básicas do cotidiano, sendo necessário que seja estimulada precocemente, a fim de que, posteriormente sua inclusão nas comunidades sociais seja mais fácil.