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Unidade II NOÇÕES DE DIREITO Prof. Alexandre Larangeira Direito Civil Direito Civil regula relações entre particulares, predominando o interesse da ordem privada, portanto, de coordenação, uma vez que não emana do Estado, mas sim da autonomia da vontade das partes, embora o Estado eventualmente intervenha nessas relações jurídicas privadas, a fim de manter o seu equilíbrio. O fato jurídico é todo acontecimento da vida relevante para o Direito, mesmo que seja fato ilícito, são os acontecimentos em razão dos quais nascem, se modificam, subsistem e se extinguem as relações jurídicas. Classificam-se em: a) Fato Natural, decorrente de fenômenos naturais (raios, chuvas, etc.). Direito Civil b) Fato jurídico ordinário: nascimento, maioridade, morte etc.; c) Ato jurídico extraordinário: caso fortuito, força maior; d) Fato humano: depende da vontade humana (perdão de dívida). Elementos do Negócio: a) agente capaz é a pessoa dotada de consciência e vontade reconhecida pela Lei como apta a exercer todos os atos da vida civil. b) objeto licito, devendo estar de acordo com o ordenamento jurídico pátrio, ser física e juridicamente possível de ser realizado, ser determinado, isto é, especificado ou, ao menos, determinável quando de sua consumação. Direito Civil c) forma prescrita ou não defesa em Lei, pois a forma é o meio de revelação da vontade. Será livre, não dependendo de forma especial, salvo quando a Lei expressamente a exigir. Dos defeitos do negócio jurídico: Existem casos em que a vontade se manifesta com algum vício, tornando o negócio anulável: erro, dolo e coação são chamados de vícios do consentimento, uma vez que atingem a manifestação da vontade da pessoa que não condiz com o seu verdadeiro querer; a simulação e fraude contra credores são chamadas de vícios sociais, uma vez que representam a exata expressão da vontade da pessoa, entretanto, com o objetivo de lesar terceiros e de fraudar a Lei. Responsabilidade civil e ato ilícito (CC, arts. 186 a 188 e 927 a 954) Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar Direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito (CC, art. 186). Também, comete ato ilícito o titular de um Direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes (CC, art. 187). Responsabilidade civil e ato ilícito Elementos constitutivos da responsabilidade civil são: a existência de um fato lesivo voluntário ou não, a ocorrência de um dano e o nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente. A consequência do ato ilícito e o dever de indenizar, ou seja, obrigação imposta a uma pessoa de ressarcir os danos causados a outrem. Responsabilidade Subjetiva: deve haver prova da culpa: imprudência, negligência, imperícia. Responsabilidade Objetiva: se exige apenas a comprovação do dano, da ação e do nexo de causalidade. Responsabilidade contratual e extracontratual Contratual: deriva de uma obrigação avençada descumprida, ou seja, de contratos não adimplidos ou constituídos em mora. Extracontratual: constitui-se, basicamente, de obrigações derivadas de atos ilícitos que se consubstanciam em ações ou omissões culposas ou dolosas do agente, praticadas com infração a um dever de conduta e das quais resulta dano para outrem, com obrigação de indenizar ou ressarcir o dano causado. Reparação do dano O dano consiste no prejuízo (sinônimo de dano, entendido como a violação de um Direito genericamente considerado, seja este patrimonial – material – ou moral – imaterial), sendo que este é intransmissível Dano Material: significa a apuração do prejuízo como forma de reparação da violação de um Direito ou interesse e não diz respeito a um benefício. Perdas e danos (CC, arts. 402 a 405) – as perdas e danos abrangem além do que efetivamente perdeu (dano direto e indireto), também o que deixou de ganhar (lucros cessantes), bem como a perda de uma chance séria. Reparação do dano Juros legais (CC, arts. 406 e 407) – são computados juros moratórios (legais ou convencionais), devidos em função da demora pelo atraso (mora), mesmo se não pedidos, a partir do inadimplemento. Dano Moral: A apuração subjetiva do que significou essa dor ou aflição para aquele que sofreu o dano destina-se a valoração no aspecto patrimonial. Interatividade Tibúrcio bateu no carro de Oscar, taxista, por ter avançado o farol vermelho. O conserto do carro de Oscar ficou em R$ 3.500,00 e demorou 3 meses para ficar pronto. Aponte qual(is) dano(s) Tibúrcio terá de pagar. a) Não precisará pagar nada porque Oscar é taxista. b) Pagará apenas o conserto por ter ultrapassado o farol vermelho. c) Pagará o conserto, os juros e o período no qual Oscar deixou de trabalhar. d) A culpa pelo acidente foi de Oscar. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Resposta Tibúrcio bateu no carro de Oscar, taxista, por ter avançado o farol vermelho. O conserto do carro de Oscar ficou em R$ 3.500,00 e demorou 3 meses para ficar pronto. Aponte qual(is) dano(s) Tibúrcio terá de pagar. a) Não precisará pagar nada porque Oscar é taxista. b) Pagará apenas o conserto por ter ultrapassado o farol vermelho. c) Pagará o conserto, os juros e o período no qual Oscar deixou de trabalhar. Tibúrcio pagará o dano material, os juros e o que Oscar deixou de ganhar, por ser taxista, trabalha com o carro. Direito do Consumidor A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito a sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo. Consumidor: é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Destinatário final, ou seja, o que levou a pessoa a adquirir o produto. Sendo assim, se a pessoa adquire o bem para uso próprio, será destinatário final e, portanto, encaixa-se no conceito de consumidor. Direito do Consumidor Fornecedor: é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Produto: é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Serviço: é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Direitos básicos Art. 6. São direitos básicos do consumidor: I. a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; II. a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; III. a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; Direitos básicos IV. a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; V. a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; VI. a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,coletivos e difusos; VII. o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; Vícios de qualidade e quantidade VIII. a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. Há duas espécies de vícios do produto (CDC, arts. 18 e 19): vício de qualidade e vício de quantidade. Vicio de qualidade: esse vício torna o produto impróprio para o consumo ou inadequado para o fim colimado ou diminua o valor do produto ou serviço. Exemplo: carne estragada – a qualidade do produto está viciada. Na responsabilidade pelo vício (CDC, arts. 18 a 25) do produto, responde qualquer fornecedor solidariamente: Vícios de qualidade e quantidade Vicio de quantidade: compro um quilograma de dado produto, mas vem 800 gramas: complementação do peso ou medida. Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço: Produto: Art. 18, § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I. a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II. a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III. o abatimento proporcional do preço. Vícios de qualidade e quantidade Serviço: Art. 20. [...] podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I. a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; II. a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III. o abatimento proporcional do preço. Obs.: Para a reparação de qualquer produto considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição originais adequados e novos ou que mantenham as especificações técnicas do fabricante. Perda do direito de reclamar Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I. trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; (são os que se consomem, acabam, logo após o uso, como os alimentos e bebidas). II. noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis; (são os que não desaparecem com seu uso, por exemplo, carro, roupa, geladeira, relógio etc.). § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. Interatividade Maria vai ao mercado fazer compras e verifica nos rótulos: “Não contém glúten”, “mantenha fora do alcance de crianças” e “inflamável”. Por que estas informações constam dos rótulos? a) Para que as empresas informem os ingredientes que são usados. b) Para que os consumidores possam escolher os produtos conforme os ingredientes. c) Para que os supermercados possam armazenar conforme as especificações dos produtos. d) Para que os consumidores tenham informações de proteção e consumo adequados. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Resposta Maria vai ao mercado fazer compras e verifica nos rótulos: “Não contém glúten”, “mantenha fora do alcance de crianças” e “inflamável”. Por que estas informações constam dos rótulos? a) Para que as empresas informem os ingredientes que são usados. b) Para que os consumidores possam escolher os produtos conforme os ingredientes. c) Para que os supermercados possam armazenar conforme as especificações dos produtos. d) Para que os consumidores tenham informações de proteção e consumo adequados. Conforme art. 6 do Código Defesa Consumidor. Direito do Trabalho Empregado: Estabelece o art. 3º CLT: considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregado, sob a dependência deste e mediante salário. Requisitos: Dependência = Subordinação Jurídica Não eventualidade = Habitualidade Salário = Onerosidade Pessoalidade = Pessoalidade * Pessoa Física = Pessoa Física * Extraído do art. 2º. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Direito do Trabalho §1º Equiparam-se a empregador os profissionais liberais, instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras sem fins lucrativos. Características: a) Assume o risco da atividade econômica (lucros/prejuízos). b) Admite e assalaria o empregado. c) Dirige a prestação de serviços. Poder de Direção se divide em: a) Poder de Organização. Ex.: turnos de trabalho. b) Poder de Controle. Ex.: revista de empregados. c) Poder Disciplinar. Ex.: proibição de relacionamento entre empregados. Tipos de Trabalhador Trabalhador Autônomo: é o trabalhador que explora seu ofício ou profissão com habitualidade, por conta e risco próprio, normalmente executa seus serviços para diversos tomadores, sem exclusividade, com independência no ajuste, nas tratativas, no preço e na execução do contrato, corre o risco do negócio e não tem vínculo de emprego (Vólia Bomfim Cassar, Direito do Trabalho, 9ª ed. São Paulo: Método, p. 276). Diferenças entre Empregado e Autônomo: 1. Empregado presta serviço por conta alheia. Autônomo exerce por sua própria conta; Empregado x Autônomo 2. Empregado não sofre o risco da atividade, ou seja, independentemente de haver lucro ou prejuízo sua remuneração deverá ser paga. Autônomo corre o risco da sua atividade, sem qualquer garantia de salário. 3. Empregado trabalha com pessoalidade para determinado empregador. Autônomo trabalha para clientela diversificada. Contrato de trabalho Art. 442 CLT: Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Art. 443 CLT: O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. Tácito: Quando não há manifestação expressa de vontade. Cessação do Contrato de Trabalho Conceito: é o término do vínculo de emprego com a extinção das obrigações para os contratantes. Por decisão do Empregador: dispensa com ou sem justa causa; Justa Causa: Condutas do empregado que estão previstas no art. 482 da CLT. Cessação do Contrato de Trabalho a) Ato de improbidade; b) incontinência de conduta (sexual) ou mau procedimento (moral); c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado. Cessação do Contrato de Trabalho e) Desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Cessação do Contrato de Trabalho Sem justa causa: ato de liberalidade do empregador, mas que o obriga a pagar uma indenização de 40% do saldo do FGTS. Obs.: Esta indenização se justifica para que haja uma segurança para o empregado. b) Por decisão do Empregado: Pedido de demissão: é uma declaração de comunicação de extinçãodo contrato de trabalho por parte do empregado. Rescisão Indireta: previstas no art. 483 da CLT: O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato; Cessação do Contrato de Trabalho b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. c) Pelo desaparecimento de uma das partes: a) Morte do empregado: Cessação do Contrato de trabalho b) extinção da empresa: a extinção regular ou irregular da empresa acarreta a rescisão do contrato em face da impossibilidade de sua execução e, neste caso, será considerado que se deu por iniciativa do empregador, sendo devidas as parcelas decorrentes da extinção. (Vólia, idem, ibidem, p. 994) d) Pelo advento do termo do contrato: quando o contrato é estipulado a prazo determinado e chega ao término do prazo. Ex.: jogador de futebol. e) Por força maior: a CLT responsabiliza o empregador mesmo nos casos em que a iniciativa do rompimento do contrato não tenha sido do empregador. Interatividade (FCC – Técnico Judiciário – TRT RIO – 2013) A respeito da relação de emprego e dos seus sujeitos, é incorreto afirmar: a) Empregador é sempre pessoa jurídica. b) A relação de emprego se desenvolve com pessoalidade, ou seja, o empregado tem que prestar o serviço pessoalmente, não podendo mandar qualquer pessoa trabalhar em seu lugar. c) Empregado é sempre pessoa física. d) Entidade beneficente, sem finalidade lucrativa, pode ser empregadora. e) Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Resposta (FCC – Técnico Judiciário – TRT RIO – 2013) A respeito da relação de emprego e dos seus sujeitos, é incorreto afirmar: a) Empregador é sempre pessoa jurídica. b) A relação de emprego se desenvolve com pessoalidade, ou seja, o empregado tem que prestar o serviço pessoalmente, não podendo mandar qualquer pessoa trabalhar em seu lugar. c) Empregado é sempre pessoa física. d) Entidade beneficente, sem finalidade lucrativa, pode ser empregadora. e) Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Propriedade Intelectual A propriedade Intelectual se divide em: Direito Autoral: Música e Software. Propriedade Industrial: Patente (invenção e modelo de utilidade e Registro Industrial). Patente: Invenção ou Modelo de Utilidade. No Brasil, o órgão responsável pela concessão da patente é o INPI. Invenção: é o ato original do gênio humano. Toda vez que alguém projeta algo que desconhecia, estará produzindo uma invenção (Fábio Ulhôa Coelho, Manual de Direito Comercial, 18ª ed. São Paulo, Saraiva, 2007, p. 85). Propriedade Industrial Modelo de Utilidade: é o objeto de uso prático suscetível de aplicação industrial, com novo formato de que resulta melhores condições de uso e fabricação (Fábio Ulhôa Coelho, idem, ibidem, p. 85). Requisitos: a) Novidade: é necessário que a criação seja desconhecida pela comunidade científica, técnica ou industrial, ou nos termos da lei, não poderá estar compreendida no estado da técnica (art. 11 LPI). b) Atividade Inventiva: quando não é uma decorrência do estado óbvio da técnica (art. 13 LPI). c) Aplicação Industrial: quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria (art. 15, LPI). Propriedade Industrial d) Não impedimento: a lei proíbe, por razões de ordem técnica ou de atendimento ao interesse público. Ex.: afronta a moral, aos bons costumes, à segurança, à ordem e à saúde públicas etc. Prado Duração: 20 anos para invenção e, 15 anos para modelo de utilidade. Obs.: Contados do depósito do pedido de patente Existem situações em que o titular da patente está obrigado a licenciar a sua exploração, isto porque o direito considera o interesse social relacionado às comodidades propiciadas pelo desenvolvimento industrial: Licença Compulsória a) Se o titular não exerce o seu direito (exclusividade) de forma a atender regular e convenientemente o mercado; b) Se o titular, transcorridos 3 (três) anos da concessão da patente, não a explora por completo ou se verifica insatisfatória a comercialização (art. 68, §1ºe 5º da LPI); Obs.: Os licenciados remunerarão o dono da patente. Extinção da Patente a) Concedida a primeira licença compulsória, prevê a lei 2 (dois) anos para a efetiva exploração econômica, agora pelo licenciado, de forma satisfatória. Se vencido este prazo e persistir a situação irregular, temos a caducidade da patente; b) Término do prazo de duração; c) A renúncia aos direitos; d) Falta de pagamento da taxa devida ao INPI; e) Falta de representante no Brasil, quando o titular for domiciliado no exterior. Registro Industrial O Registro Industrial abrange o desenho industrial (design) e a marca. Desenho Industrial: diz respeito à forma dos objetos. Prazo de duração é de 10 (dez) anos, contados do depósito e pode ser prorrogado por até períodos sucessivos de 5 (cinco) anos. Obs.: A taxa de retribuição devida ao INPI tem incidência quinquenal (art. 120, LPI). Marca: é o designativo que identifica produtos e serviços. Também temos a Marca de Certificação: atesta que determinado produto ou serviço atende a certas normas de qualidade, fixadas por organismo oficial ou particular. Ex.: ISO. Registro Industrial Marca Coletiva: informa que o fornecedor do produto ou serviço é filiado à alguma entidade. Ex.: Abrinq. O INPI classifica as diversas atividade econômicas de indústria, comércio e serviços, agrupando-as segundo critério de afinidade, em classes, que auxiliam a pesquisa de possíveis fontes de confusão. O titular não poderá opor-se à utilização da marca idêntica ou semelhante se estiver afastada de qualquer possibilidade de confusão. Exceção apenas às marcas de alto renome, cuja proteção se estende a todos os ramos de atividade econômica (art. 125, LPI). Registro Industrial O registro da marca tem duração de 10 (dez) anos, prorrogáveis por períodos iguais e sucessivos, devendo o interessado solicitar a renovação, sempre no último ano de vigência do registro. União de Paris – O Brasil é signatário da convenção de Paris, que permite que qualquer cidadão de um país signatário da União reivindicar prioridade de patente ou registro industrial. Interatividade Tibúrcio teve a ideia de criar um produto novo, desconhecido do mercado que iria revolucionar o jeito de se trabalhar na construção civil, um novo objeto que iria facilitar a vida dos trabalhadores e, principalmente, tornaria as construções muito mais seguras e rápidas. Desde quando teve sua ideia, começou a arquivar seus desenhos e projetos, tudo o que foi desenvolvido como protótipo foi devidamente arquivado até que chegou ao produto final e o levou ao INPI para requerer sua patente. Qual dos requisitos da patente foi cumprido? a) Não impedimento legal. b) Aplicação/fabricação. c) Atividade inventiva. d) Todas as alternativas estão corretas. e) Nenhuma das alternativas estão corretas. Resposta Tibúrcio teve a ideia de criar um produto novo, desconhecido do mercado que iria revolucionar o jeito de se trabalharna construção civil, um novo objeto que iria facilitar a vida dos trabalhadores e, principalmente, tornaria as construções muito mais seguras e rápidas. Desde quando teve sua ideia, começou a arquivar seus desenhos e projetos, tudo o que foi desenvolvido como protótipo foi devidamente arquivado até que chegou ao produto final e o levou ao INPI para requerer sua patente. Qual dos requisitos da patente foi cumprido? a) Não impedimento legal. b) Aplicação/fabricação. c) Atividade inventiva. d) Todas as alternativas estão corretas. e) Nenhuma das alternativas estão corretas. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Direito Civil Direito Civil Direito Civil Responsabilidade civil e ato ilícito� (CC, arts. 186 a 188 e 927 a 954) Responsabilidade civil e ato ilícito Responsabilidade contratual e extracontratual Reparação do dano Reparação do dano Interatividade Resposta Direito do Consumidor Direito do Consumidor Direitos básicos Direitos básicos Vícios de qualidade e quantidade Vícios de qualidade e quantidade Vícios de qualidade e quantidade Perda do direito de reclamar Interatividade Resposta Direito do Trabalho Direito do Trabalho Tipos de Trabalhador Empregado x Autônomo Contrato de trabalho Cessação do Contrato de Trabalho Cessação do Contrato de Trabalho Cessação do Contrato de Trabalho Cessação do Contrato de Trabalho Cessação do Contrato de Trabalho Cessação do Contrato de trabalho Interatividade Resposta Propriedade Intelectual Propriedade Industrial Propriedade Industrial Licença Compulsória Extinção da Patente Registro Industrial Registro Industrial Registro Industrial Interatividade Resposta Slide Number 45
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