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Exercício de Psicopatologia Conceitue psicopatologia. É uma dama da ciência que trata da natureza da doença mental, suas causas, as mudanças estruturais e suas formas de manifestação. Ela pode ser definida em uma acepção mais ampla como: Conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano. -Defina semiologia médica e semiótica. Estudo dos sintomas e sinais da doença, que permite identificar alterações físicas e mentais, ordenar os fenômenos observados, formular diagnósticos e empreender terapêuticas. De um modo geral a Semiologia é a ciência dos signos. Conceitue síndrome, sinais e sintomas: Síndrome- agrupamento/ conjunto de sinais e sintomas relativamente constantes e estáveis. Sinais- Objetivos observáveis e mensuráveis; dados elementares. Sintomas- Vivencia subjetivos relatadas pelos pacientes, suas queixas, aquilo que o sujeito experimenta e comunica a alguém; é mensurável. A organização dos sintomas psicopatológicos podem ser divididos em dois grupos: Forma e conteúdo, conceitue-os: A forma dos sintoma, isto é, sua estrutura básica relativam e até semelhante nos diversos pacientes (alucinação, delírio, etc.) Conteúdo- Aquilo que preenche (o recheio) a alteração estrutural (conteúdo de culpa, religioso, de perseguição) etc. Quais os principais critérios de ‘normalidade’ em psicopatologia? Descreva-os. Normalidade com ausência de doença – A saúde é o silencio dos órgãos; ausência de sinais e sintomas de doenças. Normalidade ideal- Utopia: Estabelece-se arbitrariamente o que é sadio e evoluído. Normalidade estatística- Identifica norma e frequência- Aplica-se a fenômenos quantitativos, com determinada distribuição estatística na população. Normalidade como bem-estar- OMS: Saúde é o estado completo de bem-estar físico, mental, social e espiritual. Conceito vasto e impreciso. Normalidade Funcional- Baseia-se em aspectos funcionais. O fenômeno é considerado patológico a partir do momento que se torna disfuncional. Normalidade como processo- Considera aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das estruturações, desestruturações e reestruturações, crises e mudanças próprias da idade(muita utilidade para pediatria e geriatria). Normalidade subjetiva- É dado ênfase na percepção do indivíduo em relação a seu estado de saúde. Normalidade como liberdade- A doença mental seria a perda da liberdade existencial. Quais são as principais escalas em psicopatologia? Descreva-as: Psicopatologia Descritiva- Interessa-se pela forma das alterações psíquicas, a estrutura dos sintomas, aquilo que caracteriza a vivencia patológica como sintoma mais ou menos típica. De uma maneira geral, podemos dizer que a função da psicopatologia descritiva seria a de descrever e rotular os sintomas. Psicopatologia Dinâmica- Interessa-se pelo conteúdo de vivencia, os movimentos internos dos afetos, desejos e temores do indivíduo, sua experiencia particular e pessoa, não necessariamente é classificável em fenômenos previamente descritos como na descritiva. Psicopatologia Médica- Noção do homem centrada no corpo, no ser biológico; a doença mental seria apenas um mau funcionamento do cérebro. Psicopatologia Existencial- O doente é visto como ‘existência singular’; o ser é construído pela experiência particular de cada sujeito, na sua relação com outros sujeitos; A doença é vista como um modo particular de existir, uma forma trágica de ser no mundo, um modo particularmente doloroso de ser com os outros. Psicopatologia Comportamental-cognitiva- As representações conscientes são vistas como essenciais ao funcionamento mental, normal e patológico. Os sintomas resultam de comportamentos e representações cognitivas disfuncionais, aprendidas e reforçadas pela experiencia sociofamiliar. Psicopatologia Psicanalítica- Os Sintomas são considerados formas de expressão de conflitos, predominantemente inconscientes, de desejos que não podem ser realizados, de temores a que o indivíduo não tem acesso. O sintoma é uma formação de compromisso, um arranjo entre o desejo inconsciente, as normas e as permissões culturais e as possibilidades reais da satisfação desse desejo. Psicopatologia Biológica- Baseada em princípios neuroquímicos ou neurofisiológicos das doenças e dos sintomas mentais. Para a psicopatologia existem 3 tipos de fenômenos. Descreva-os. Fenômenos Semelhantes em todas as pessoas- Todo homem sente medo de um animal perigoso, ansiedade perante uma prova difícil, o desejo por alguém amado, etc. Fenômenos em partes semelhantes e em partes diferentes- São os fenômenos que o homem comum experimenta, mais que apenas em parte é semelhante ao que o doente mental experimenta. Ex: Todo homem sente tristeza, mas a alteração profunda que um paciente deprimido sente é quantitativamente diferente e novo para o sujeito. Fenômenos qualitativamente novos- Fenômenos novos próprios apenas de certas doenças e estados mentais patológicos: alucinações, delírios, turvação da consciência, etc. Descreva as definições da consciência na visão neuropsicológica, psicológica, ético filosófica. Definição Neuropsicológica- Estado vigil, estado de estar desperto, acordado, vigilante, lúcido. Definição psicológica- Soma total das experiencias conscientes de um indivíduo em um determinado momento; dimensão da atividade psíquica que se volta para realidade. Definição ético-filosófica- Capacidade de conhecer e compreender os direitos e deveres éticos e morais de uma determinada cultura, atributo do homem desenvolvido e responsável engajado na dinâmica sociocultural na qual está inserido. Uma patologia voltada para o dualismo: Mente-corpo, considera a ecos ciência como algo passivo, um local onde estariam impressas as marcas dos objetos do mundo. Conceitue o SARA. O conceito de sistema reticular ativador (SRAA) ou SARA, desenvolvido por Morizzi e Magoun (1949), afirma que a capacidade de estar desperto e agir conscientemente depende da atividade do tronco cerebral e do diencéfalo, os quais exercem poderosa influência sobre os hemisférios cerebrais, ativando e mantendo o Tônus necessário para seu funcionamento. O conceito de consciência divide-se em 2 grandes grupos. Descreva-os. Campo- Foco ou parte central mais iluminada; Margem- Franja ou umbral- periferia menos iluminada inconsciente onde ocorrem os automatismos mentais e os estados subliminares. Como se caracteriza o aparelho psíquico para a psicanálise? Características funcionais do inconsciente: atemporalidade; isenção de contradição, princípio do prazer processo primário. Não é desse conceito de inconsciente que trata a psicopatologia: Inconsciente para psicopatologia é a ausência de consciência relacional. Quais são as características funcionais do inconsciente para a psicanalise? Para psicanálise o inconsciente seria determinante para vida psíquica e a estrutura mental mais importante do psiquismo humano. Quais são as fases do Sono? Estágio I – Leve e superficial; Estágio II – menos superficial; Estágio III – Sono profundo com EEG, mais tentificado; Estágio IV – Sono mais profundo Sono REM- Não se encaixa em nenhuma dessas 4 fases. Sua duração total em uma noite perfaz de 20 a 25% do tempo total do sono. É um estágio peculiar, cujo o padrão EEG é semelhante ao estágio I. O sono REM não é, nem um sono leve e nem um sono profundo, mas um tipo de sono qualitativamente diferente. Caracteriza-se por uma instabilidade do sistema nervoso autônomo simpático, com variações das frequências cardíaca e respiratória, pressão arterial, débito cardíaco e fluxo sanguíneo cerebral (p93) Em relação as alterações quantitativas da consciência, descreva: Obnubilação ou turvação, sopor, coma. Obnubilação ou turvação- Rebaixamento de leve a moderado; diminuição da clareza dos sentidos, hentidão da compreensão e dificuldade de concentração; O paciente tem dificuldade de integrar as informações sensoriais oriundas do ambiente; O pensamento pode estar levemente confuso; Sopor- Turvação da consciência na qual o paciente sói despertapor fortes estímulos: o paciente apresenta-se sonolento, baixo poder de reação e incapacidade de espontaneidade. Coma- Não há possibilidade de atividade voluntária consciente: Reflexos oculares errantes, aleatórias, cabeça de boneca, etc. Em relação as alterações qualitativas da consciência descreva: Estados crepusculares- estreitamento transitório do campo, afunilamento da consciência com atividade psicomotora mais ou menos coordenada, permitindo atos automáticos (frequência do atos explosivos). Estado Segunda- Estado patológico transitório semelhante ai estado crepuscular, caracterizado por uma atividade psicomotora, coordenada, a qual, entretanto permanece estranha, a personalidade do sujeito acometido e não se integra a ela. Atos extravagantes, incongruentes e contradição com a educação recebida pelo sujeito. Quadros histéricos agudos, pacientes epiléticos e intoxicações. Dissociação da consciência – Fragmentação ou divisão do campo da consciência, o paciente ‘desliza’ da realidade para parar de sofrer. Em relação aos transtornos focais ou do conteúdo da consciência, descreva: Transe- dissociação com atividade motora automática, estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários, com presença de sugestionabilidade. Transe histérico- estado dissociativo da consciência relacionados a conflitos interpessoais e transtornos psicopatológicos. Estado hipnótico – Estado reduzido e estreitado, com atenção concentrada: Presença de sugestionabilidade; atenção concentrada no hipnotizador. Transe religioso- culturalmente contextualizado e sancionado. Defina atenção de acordo com Dalgalarrondo: É a direção da consciência; ‘estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto’ (8102). A atenção s refere ao conjunto de processos psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativos. Quais são os tipos básicos de atenção? Atenção voluntária – é a concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto. Atenção espontânea – interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou aquele objeto; aumentado nos estados mentais nos quais há um descontrole voluntário da atividade mental. Como a direção a atenção é subdividida? Atenção externa- projetada para fora do mundo subjetivo, voltada para o mundo exterior ou para o corpo (natureza + sensorial) Atenção interna – direcionada para os processos mentais do próprio individuo; mais reflexiva, introspectiva e meditativa. Em relação a amplitude da atenção descreva: atenção focal- se mantém concentrada sobre um campo determinado e relativamente delimitado e restrito da consciência. Atenção seletiva- Capacidade de selecionar estímulos e objetos específicos: Estabelecimento de prioridades da atividade consciente do indivíduo diante de um conjunto amplo de estímulos ambientais. Atenção sustentada- Manutenção da atenção seletiva sobre determinado objeto ou estímulo, permitindo a execução de tarefas específicas e a consecução de objetos pré-fixados. Tenacidade- Capacidade de fixação sobre determinada área ou objeto (estímulo). Vigilância- Qualidade que permite a mudança de foco de um objeto para o outro; Atenção dispersa- Não há concentração em um campo determinado, espalha-se por vários campos sem reter/concentrar em um específico. Conceitue atenção flutuante. Estado onde não há privilégio prévio de nenhum elemento da fala ou do comportamento do paciente; Funcionamento livre da atividade mental do profissional, suspendendo ao máximo as motivações, os desejos e planos de si; Estados artificial, cultivado por necessidade técnica do processo. Envolve também a ética profissional, estado que permite que a atenção esteja livre para a experiencia do aqui e agora e tudo o que surge deste momento de experiencia mútua. Em relação a anormalidade e alterações da atenção, descreva: Aprosexia – Abolição da capacidade de atenção. Hiproprosexia- Perda básica da capacidade de concentração, com fadigabilidade aumentada; Dificulta a percepção dos estímulos ambientais e a compreensão; Lembrança difícil e imprecisa, com dificuldade crescente em todas as atividades psíquicas complexas. Hiproprosexia – Estado exacerbado, com tendência incoercível e obstinação a se manter fixada sobre determinado objeto com infatigabilidade. Distração- Não há déficit, mas superconcentração ativa sobre determinados conteúdos ou objetos, com a inibição do resto: Hipertenacidade e hipovigilância; Distraibilidade- Estado patológico de instabilidade marcante e mobilidade acentuada da atenção voluntária; Dificuldade ou incapacidade para se fixar em qualquer atividade que implique esforço produtivo. Como se dá as alterações de atenção nos transtornos de humor: Transtorno de humor- (depressão e transtorno bipolar), transtorno obsessivo compulsivo (TOC), esquizofrenia, transtorno de déficit de atenção (TDHA) são os que maius apresentam alterações de atenção. Mania- (-) diminuição da atenção voluntária (+) aumento da atenção espontânea. Hipotenacidade, hipervigilância. Depressão- Diminuição geral ‘atenção geral’ hipopropexia: Hipertenacidade , Hipovigilância Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) – Apresenta atenção ou vigilância excessiva e desregulada. O paciente demonstra alterações no controle executivo, na memória de trabalho e na seleção de respostas. Esquizofrenia – O déficit de atenção é central. A filtragem da informação irrelevante geralmente consiste em uma dificuldade importante. Pacientes esquizofrênicos costumam ter dificuldades em anular adequadamente estímulos sensoriais irrelevantes enquanto realizam determinada tarefa. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)- Há dificuldade marcante de prestar atenção a estímulos internos e externos, pois o paciente tem a capacidade prejudicada em organizar e completar tarefas e dificuldade de controlar comportamentos e impulsos. Conceitue orientação de acordo com Dalgalarrondo. A capacidade de situar-se quanto a si mesmo e ao ambiente é um elemento básico da atividade mental. A avaliação da orientação é um instrumento valioso para a verificação das perturbações do nível de consciência. Muitas vezes verifica-se que a consciência está turva, levemente rebaixada, ao se investigar a orientação do individuo (pág 109) Quais são os tipos de orientação? Auto psíquica- em relação a si mesmo; Alo psíquica- em relação ao mundo; Temporal- indica se o paciente sabe em que momento cronológico estamos vivendo, a hora do dia, se é manhã ou tarde, o dia da semana, o dia do mês, o mês do ano, ano em que estamos, o ano em que nasceu. Espacial- compreensão do local onde está, a instituição onde ocorre a entrevista, o andar, o bairro, a cidade, o estado, o país. Conceitue desorientação. Ocorre primeiramente quanto ao tempo, e só após o agravamento do transtorno é que o individuo desorienta-se quanto a espaço e quanto a si mesmo. Quais são os tipos de desorientação? Torporosa – ou confusa: redução do nível de consciência. Amnésia – déficit de memória de fixação; Apática ou abúlica: apática ou desinteresse profundo; delirante; Oligofrênica- por déficit intelectual Por desagregação – estados psicóticos graves e crônicos. Conceitue: Sensação – Fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os. Percepção- Tomada de consciência do estimulo sensorial; Engloba as dimensões neuropsicológicas e psicológicas. Apercepção- Processo através do qual um novo conteúdo se articula a conteúdos semelhantes já dados – reconhecimento pleno. Qual a diferença entre imagem eidética (memória) e pareidolia (fantasia) Eidética – é considerado a evocação de uma imagem guardada na memória, ou seja, de uma representação de forma muito precisa, com características semelhantes à percepção. Pareidolia – são imagens visualizadas voluntariamente a partir de estímulosimprecisos do ambiente, ao olhar uma nuvem e poder ver nela um gato ou um elefante. Olhar uma folha com manchas imprecisas e visualizar um determinado objeto. Qual a diferença entre imaginação e fantasia? Imaginação- Atividade psíquica voluntária que evoca imagens; não há estímulos sensoriais. Fantasia – Uma produção imaginativa; é um produto da imaginação organizada (começo-meio-fim) Em relação as alterações da sensopercepção descreva: Hiperestesia – Percepção anormalmente aumentada. Quando surge? Intoxicações por drogas alucinógenas, epilepsia, enxaqueca, hipertireoidismo, esquizofrenia (principalmente na fase aguda) e mania. Hipoestesia – Percepção anormalmente reduzida. Quando surge? Quadros depressivos e intoxicações por drogas imunodepressoras. Analgesia – Parestesias (alterações táteis sem dor) desestesias (alterações táteis). Quando surge? Alterações neurológicas e pacientes histéricos, hipocondríacos, somatizadores e pacientes sob estado de estresse intenso (agudo ou crônico). Conceitue ilusão de acordo com Dalgalarrondo. Percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente por fatores patológicos diversos de situações adversas. Quando surgem? Estados de rebaixamento de consciência; Fadiga grave ou intenção: Estados afetivos intensos; Tipos mais comuns: Visuais; auditivos. Conceitue alucinações. Percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença de um estímulo sensorial real. Descreva os principais tipos de alucinações: Tipos mais comuns: Auditivas- Sonorização do pensamento; Eco do pensamento: Publicação do pensamento. Musicais- Audição de tons musicais, ritmos e harmonias. São encontradas geralmente em mulheres idosas, mas são raras. Visuais, podem ser: Visuais complexas- incluem imagens de pessoas vivas ou mortas ou de entidades. Visuais cenográfica – quarto pegando fogo... Visuais lilipudianas – Vê cenas com personagens diminutos. Táteis – O paciente sente espetadas, choques ou insetos andando pelo corpo. Encontra-se principalmente na esquizofrenia. Podem ser também: Cenestésicas e cinestésicas – Alteração da percepção de órgãos e vísceras. Ex: sente o cérebro diminuir. Olfativas e gustativas – São raras. Ex: sentir odor de coisas podres ou sentir gosto de sangue na boca. Funcionais – Diferem da ilusão, por serem apenas desencadeadas por estímulos reais, não são distorções. Combinadas – Combina várias modalidades de alucinações. Hipnagógicas – (adormecendo) e Hipnopômpicas (acordando) na transição do estado sono vigília. Conceitua alucinoses: O nível de consciência se mantem preservado e o paciente tem boa crítica em relação a sua vivencia alucinatória. O paciente não crê nas suas alucinações; O paciente permanece consciente de que aquilo é um fenômeno estranho, patológico; comum em quadros psico-orgânicos; Conceitue memória: É a capacidade de registrar, manter e evocar as experiencias e os fatos ocorridos. A capacidade de memorizar relaciona-se intimamente com o nível de consciência, com atenção e com o interesse afetivo. Tudo que a pessoa aprende em sua vida depende intimamente da capacidade de memorização. O conceito de memória prende-se com a capacidade de armazenar, processar e recuperar informações que vem do exterior. Por outras palavras, ela é um sistema de armazenamento e recuperação de informação; Quais são os tipos de memória? Memória cognitiva- É a atividade altamente diferenciada do sistema nervoso, que permite ao individuo registrar, conservar e evocar, a qualquer momento os dados aprendidos da experiencia. Memória genética – Conteúdos de informações biológicas adquiridas ao longo da história filogenética. Memória imunológica – Informações registradas e potencialmente recuperáveis pelo sistema imunológico. Memória coletiva – conhecimento e práticas culturais. Conceitue: Codificação – Consiste em transformar a informação que nos chega através dos sentidos em representações mentais armazenadas. Armazenamento – Consiste na conservação da informação durante um certo tempo, variável em função da necessidade que se tem dessa informação. Evocação – Consiste na recuperação da informação previamente armazenada. Quais são os 3 tipos de armazenamento de memória? 1 Sensorial – Retenção extremamente breve das informações e limitação a uma modalidade sensorial. 2 Curto prazo ou de trabalho – Capacidade muito limitada. 3 De longo prazo – Capacidade essencialmente ilimitada (retenção de informações por períodos de tempo extremamente longos). Conceitue memória explicita e implícita: Explicita – Processadas pelo hipocampo. Se refere a fatos e eventos, ao lado de sua percepção consciente de sabe-los: Sou um mamífero, hoje é segunda-feira, Lúcio da seleção tem sobrancelhas grossas. As memórias explicitas são aquelas pelas quais podemos falar como foi o jantar de ontem a noite ou a data de um acontecimento histórico. Tais memórias envolvem os pensamentos conscientes. Implícita – Processadas por outras regiões do cérebro como amígdala, núcleo accunbens. As memórias implícitas processuais têm haver com habilidades e hábitos, com fazer coisas mesmo sem ter de pensar conscientemente nelas: mudar as marchas do carro, andar de bicicleta. Conceitue: Memória semântica – Representa o nosso conhecimento de fatos triviais ou importantes independentes da experiencia pessoal. Quando aprendemos os significados de palavras, cavalo, casa, etc. Ou quando aprendemos os nomes das pessoas. A memória semântica trabalha com conceitos, ideais os quais uma pessoa pode associar várias características e com as quais ela pode conectar várias outras ideias. Memória episódia – Se refere as nossas experiencias passadas. Usamos quando precisamos lembrar algo que nos ocorreu em um determinado tempo ou num determinado contexto. Ex: Se eu precisasse lembrar meu primeiro dia na faculdade. Quais são os principais tipos de amnésia? Retrógrada – As pessoas perdem memórias passadas de eventos, fatos, pessoas ou mesmo informações pessoais. Ex: Pessoa que acorda de um coma sem saber quem ela é. Anterógrada – A pessoa perde a capacidade de formar novas memórias. Ex: Clássico de HM, pacientes com lesão nos lobos temporais mediais. Descreva: Síndrome de Korsakoff – Uma forma grave de perturbação da memória associada ao alcoolismo crônico. O abuso do álcool prolongado pode levar ao déficit de vitaminas, que resulta em dano talâmico e subsequentemente, amnésia. Amnésia global – Os eventos ocorridos antes e após o trauma não são lembrados. Criptomnésia – Um exemplo fascinante de atribuição errada da fonte. Ocorre quando as pessoas pensam que tiveram uma ideia nova, quando na verdade recuperaram da memória uma antiga ideia, deixando de atribuir a ideia a sua fonte correta. Ex: Plágio em trabalhos acadêmicos. Confabulação – Alguns tipos de lesão cerebral estão associados à falsa recordação de uma memória episódica. ‘ Mentir honestamente ‘. A pessoa não tem nenhuma intenção de enganar e não está consciente da falsidade de sua história. Amnésia da infância – Parecem associadas à falta de capacidade linguística, lobos frontais e hipocampo imaturos. Criando falsos reconhecimentos – O evento realmente aconteceu ou a pessoa imaginou?? Problema de monitoramento da fonte. Quais são os principais aspectos da afetividade? É um termo genérico, que compreende várias modalidades de vivências afetivas, como o humos, as emoções e os sentimentos. (155) Quais são as diferenças entre: Humor ou estado de ânimo – Estado emocional basal e difuso no qual se encontra a pessoa em determinado momento; Disposição afetiva de fundo que penetra toda experiência psíquica lente afetiva; Emoções – Reações afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por estímulos significativos; estado afetivo intendo de curta duração, reativa a excitações internas ou externas, conscientes ou inconscientes. Sentimentos – Estados de configurações afetivas estáveis; mais tênues em intensidade e menos reativos a estímulos passageiros; ‘não há’ relação com asoma; relação cultural e conteúdos culturais. Afetos – Componente emocional de uma ideia. Qualidade e tônus emocional que acompanham uma ideia. Paixão – Estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividade psíquica como em todo direciona a atenção e o interesse a uma só direção. Em relação as alterações patológicas da afetividade, descreva: Distimia – Alteração básica do humos, tanto no sentido da inibição quanto no da exaltação. De acordo com o CIDIO e o DSM-V é um transtorno depressivo leve. Hipotímica – Depressão. Hipertímica – Mania. Euforia ou alegria patológica; Elação: Sensação de grandeza e poder (expansão do eu). Disforia – Mal humor (irritação, amargura, desgosto ou agressividade) Puerilidade e Noria – Vida afetiva superficial, ausente de afetos profundos, consistentes e duradouros. O indivíduo ri ou chora por motivos banais. Êxtase – A experiencia de beatitude, de compartilhamento íntimo do estado afetivo interior com o mundo exterior, muitas vezes com colorido hipertímico e expansivo; Circunscrito a contexto religioso ou místico – cultural; condições psicopatológicas; transe histérico, esquizofrenia ou mania. Irritabilidade patológica – Híper – reatividade desagradável, hostil, agressiva. Primária – Transtorno de humor Secundária – Consequência de transtorno (outros) Descreva angustia de acordo com a escala psicanalítica: Angústia de castração – Relativa a perda de algo do ponto de vista narcísico (Freud) Angústia de morte ou de aniquilamento – É a sensação intensa de angustia perante perigo real ou fantasia (Klein). Ansiedade depressiva – Ansiedade vivida por um sujeito que teme perder seus objetos bons (Klein). Ansiedade persecutória ou paranoide – Ansiedade vivida como temor de retaliação (KLEIN). Angústia de separação – Seriam reações emocionais vividas pela criança quando separada da mãe (Spitz, Bawlby). Descreva a angústia de acordo com a escala existencial: A angústia não seria apenas um sintoma patológico, mas antes de tudo um estado anémico básico, constituinte do ser humano. Descreva a ansiedade de acordo com as Escalas Comportamentais Cognitivas: Ansiedade de desempenho – é a reação associada a temores em relação a execução de uma tarefa, à possibilidade de ser avaliado criticamente por pessoas que considera importante. Ansiedade antecipatória – é a ansiedade vivida antes da ocorrência de uma situação estressante. Descreva: Apatia – É a diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. Trata-se de um estado afetivo dos quadros depressivos, apesar de ocorrer de forma inespecífica em alguns casos; Hipomodulação do afeto – Incapacidade do paciente de modular a resposta de acordo com a situação existencial. Rigidez na sua relação com o mundo ; Paratimia ou inadequação do afeto – Reação completamente incongruente a situações existenciais. Pobreza do sentimento e distanciamento afetivo – Perda progressiva e patológica das vivências afetiva. Ocorre principalmente nas demências e algumas formas de esquizofrenia. A vontade envolve aspectos relacionados as esferas instintivas, afetivas e intelectuais. De acordo com Dalgalarrondo, conceitue: Instinto – Modo relativamente organizado, fixo e complexo de respostas comportamentais determinada espécie; Desejo – é um querer, um anseio de natureza consciente ou inconsciente; Necessidade – Relativa a sobrevivência do indivíduo ou da espécie. Inclinação – É a tendência a desejar, buscar, gostar. Motivação – Comportamento iniciado, dirigido e sustentado. O ato volitivo ou de vontade é uma dimensão complexa da vida mental. E um processo composto de 4 etapas. Quais são? Intenção ou propósito – Tendências básicas do individuo, inclinações e interesses; Deliberação – Ponderação consciente, tornando-se em conta os motivos e os móveis implicados análise básica. Decisão propriamente dita- Instante que demarca i início da ação; Execução – Fase final onde os atos são postos em funcionamento. Hipobulia/abulia -Diminuição ou abolição da atividade volitiva; ; Associada a apatia (indiferença afetiva) Ataraxia – Estado de indiferença volitiva e afetiva desejada e buscada ativamente pelo individuo. Trata-se do estado de impertubalidade almejada por místicos. Alto impulsivo – Em oposição à ação voluntária, há os atos impulsivos, que são uma espécie de curto circuito do ato voluntário. O ato impulsivo abate abruptamente as fases da intenção, deliberação e decisão tanto da intensidade dos desejos ou temores inconscientes. Impulsos patológicos – Tipos de atos impulsivos nos quais predominam as ações psicomotoras automáticas, incoercíveis, incontroláveis. Ato Impulsivo, características – Abolição das fazes de intenção, deliberação e decisão em função da intensidade dos desejos e temores. Egossintônico – o indivíduo não percebe o ato como inadequado e o ato em si não contraria os valores morais e desejos de quem o pratica. Há uma desconsideração dos desejos e necessidades alheia e está geralmente associada a impulsos patológicos inconscientes ou a incapacidade de tolerância a frustação e necessária adaptação a realidade objetiva. Ato compulsivo – Difere o ato impulsivo por ser reconhecido pelo individuo como indesejável e inadequado, assim como pela tentativa de refreá-lo ou adiá-lo. -É tido pelo indivíduo como indesejado e inadequado. -Há tentativas frequentes de refrear ou adiar o ato em si; -Ações motoras complexas; Em relação as principais alterações dos impulsos e compulsões patológicas ligadas a aspectos agressivos e auto heteroagressivos, descreva-os. Automutilação – É um impulso (ou compulsão) seguido de comportamento de autolesão voluntária. Frangofilia – Impulso patológico de destruir objetos que circundam o indivíduo. Piromania – É o impulso de atear fogo a objetos, prédios e lugares. Ocorre principalmente em indivíduos com transtorno de personalidade. Em relação as principais alterações dos impulsos e compulsões patológicas ligadas a aspectos de ingestão de alimentos, descreva-os. Ingestão de drogas ou alimentos – Tais impulsos estão presentes em algumas formas de abuso de substância. Dipsomania – Impulso ou compulsão para ingestão de grande quantidade de álcool. Bulimia – Impulso ou compulsão de ingerir rapidamente alimentos em grande quantidade. Patomania – É a compulsão de beber agua ou outros líquidos sem que haja sede. Polidipsia – Sede exagerada. É observada principalmente e esquizofrênicos. Impulso ou ato suicida – Tal impulso ocorre quase sempre associada a outros sintomas mentais e condições ferais como humor depressivo. 55- Em Relação as principais alterações dos impulso e compulsões patológicas ligadas aos aspectos sexuais, descreva-os. RES. Desejo e comportamento sexual--São diversos os atos impulsivos de natureza sexual. Fetichismo-- é o impulso e o desejo sexual concentrada a parte da vestimenta ou corpo da pessoa desejada. Exibicionismo-- é o impulso de mostrar os órgãos genitais, geralmente contra a vontade da pessoa que observa. Voyeurismo— é o impulso de obter prazer pela observação visual de uma pessoa que está tendo relação sexual ou que está nua ou despindo. Pedofilia- é o desejo sexual por crianças ou púberes do sexo oposto. OBS: Pedofilia é crime ,e deve ser denunciado. Pederastia- `o desejo por crianças ou adolescente do mesmo sexo. Gerontofilia-- É o desejo por pessoas idosas. Zoofilia – É o desejo sexual dirigido a animais. Necrofilia – É o desejo sexual por cadáveres. Cropofilia – É a busca de prazer com o uso de excrementos no ato sexual. Ninfomania – É o desejo sexual muito aumentado na mulher. Satiríase – É o desejo sexual, muito aumentado no homem. 56 – Em relação as demais alterações dos impulsos e compulsões patológicasdescritas no material, descreva-as: Pariomania - É o impulso por se achar a esmo . (Forrest) Cleptomania – Também chamado de roubo patológico. É o impulso ou compulsão de roubas, precedido geralmente de intensa ansiedade e apreensão. Compulsão por compras – É o ato de comprar exageradamente. Compulsão por trabalho – É o ato de trabalhar de forma compulsiva e exagerada. Compulsão por internet – Apresenta uso inadequado e exagerado da internet. Dependência digital. Jogo patológico – É a compulsão por jogos de azar. 57 – Descreva as principais alterações psicomotoras. Agitação psicomotora – Aceleração e exaltação de toda atividade motora do indivíduo; Acompanha taquipsiquismo; Muito frequente nos serviços de saúde; Acompanha hostilidade e heteroagressão; Associa-se a quadros: maníacos, esquizofrênicos agudos, psico-orgânicos agudos, paranoides e síndromes demenciais. Lentificação psicomotora – Reflete a lentidão psíquica. Estupor – É a perda total da atividade espontânea. Catalepsia – É um acentuado exagero do tônus postural com grande redução da mobilidade. Flexibilidade cerácea – Quando parte do corpo é colocada em determinada posição, mesmop que desconfortável, e assim permanece como se fosse de cera. Cataplexia – É a perda abrupta do tônus muscular geralmente acompanhada de queda. Estereotipias motoras – São repetições automáticas de determinado ato motor. Maneirismo – É o tipo de estereotipia motora caracterizada por movimentos bizarros e repetitivos. Tiques – São atos coordenados, repetitivos, resultantes de contradições súbitas. Conversão – Surgimento abrupto de sintomas físicos como paralisias, anestesias e cegueira. 58 – O processo de pensar possui 3 aspectos. Cite e conceitue: Curso – É o modo como o pensamento flui, sua velocidade e ritmo ao longo do tempo. Forma – Estrutura básica, esqueleto. Preenchidas pelos mais variados conteúdos. Conteúdo – Os temas predominantes, os assuntos prevalentes. 59 – Em relação ao pensamento e suas alterações, conceitue: Conceitos – Não tem elementos de sensorialidade. Elemento purante cognitivo, intelectivo. Para formar um conceito é preciso: eliminação dos caracteres de sensorialidade; generalização. Juízos – É o estabelecimento de relações significativas entre os conceitos básicos. Raciocínio – Ligação entre conceitos. Relaciona os juízes entre si; Liga os conceitos e sequencia os juízos; Capacidade de concluir a partir da articulação entre os juízos. 60 – Quais são as principais alterações do conceito? Desintegração – Os conceitos perdem seu significado original. Normalmente o sujeito passa a utilizar palavras que só tem significado para ele ou muda o significado. Condensação dos conceitos – Dois ou mais conceitos são fundidos e formam-se neologismos. 61 – Quais são as principais alterações do raciocínio? Pensamento mágico – Segue os designos dos desejos e fantasias; adéqua a realidade ao pensamento e não o contrário. Pensamento derreísta- Semelhante ao mágico, volta-se muito mais ao mundo interno, suas fantasias e sonhos. Pensamento concreto ou concretismo – O indivíduo não consegue utilizar metáforas; as dimensões abstratas e simbólicas estão completamente prejudicadas. Pensamento inibido – Inibição do raciocínio com diminuição da velocidade e do número de conceitos, juízos e representações. Pensamento vago – Raciocínio impreciso. Pensamento prolixo – O indivíduo não consegue chegar a conclusões, não há objetividade. Tangencialidade – Dá várias voltas até chegar ao ponto principal. Circunstancialidade – Dá várias voltas até chegar ao ponto principal. Pensamento deficitário – Pensamento de estrutura pobre e rudimentar. Preso aos aspectos literais. Pensamento demencial – Pensamentos pobres mais não homogêneo. Em alguns aspectos podem ser sofisticados mais irregulares. Pensamento confusional – Turvação da consciência. Pensamento desagregado – Radicalmente incoerente. Pensamento obsessivo – Pensamento persistente e incontrolável. 62- Quais são as principais alterações do curso? Aceleração – O pensamento flui de forma muito rápida. Lentificação – O pensamento progride lentamente. Há certa latência entre as perguntas e as respostas. Bloqueio – Há uma interrupção no processo de pensamento. Uma parada repentina. Roubo do pensamento – É um tipo de bloqueio. Entretanto, o sujeito tem a impressão que o pensamento foi roubado. 63 – Quais são as principais alterações da forma? Fulga de ideia – Acentuada aceleração do pensamento. As associações deixam de ter uma lógica. Dissociação – Os pensamentos passam a não seguir uma sequência lógica e bem organizada. Afrouxamento das associações – Embora haja concatenação lógica entre as ideias, nota-se o afrouxamento das associações. Descarrilhamento – O pensamento passa a extraviar-se de seu curso normal, toma atalhos colaterais, pensamentos supérfluos. Desagregação – Profunda e radical perda dos enlaces associativos e perda da coerência. 64 – Quais são as principais alterações do conteúdo? A importância de tais conteúdos tem a ver com a constituição social e histórica do indivíduo, com o universo cultural no qual ele se insere, assim como a estrutura psicológica e neuropsicológica. (p 203). O conteúdo tem a ver com a temática do pensamento. Principais – Depreciativos; Religiosos; Persecutórios (perseguição); Sexuais; de poder; riqueza ou grandeza; de ruína; hipocondríacos. 65 – Em relação ao juízo e suas alterações conceitue delírio. Os delírios são juízos patologicamente falsos. Desta forma de delírio é um erro do ajuizar que tem origem nos transtornos mentais. Sua base é mórbida, pois é motivada por fatores patológicos. 66 – O que são juízos patologicamente falseados? São juízos patologicamente falseados, tipos: Primário – não tem raízes anteriores na experiencia psíquica, uma transformação qualitativa. Secundário – Se origina de alterações profundas em outras áreas da atividade mental. 67 – Quais são as estruturas do delírio? Simples – Ideias em torno de apenas um conteúdo, de um único tema. Complexos – Englobam vários temas. Ex: envolvem conteúdos de perseguição, místico religioso. Não sistematizado – Sem concatenação consistente. Os conteúdos variam de momento para momento. Sistematizado - Bem organizados, histórias ricas e consistentes. Surgimento e evolução: Período pré-delirante – O humor delirante, o paciente experimenta aflição e ansiedade intensas, sente como se algo terrível, pavoroso, estivesse por acontecer. Podem ser agudos e crônicos. Constituição – É uma construção complexa, como uma tentativa de reorganização do funcionamento mental para lidar com a desorganização que a doença mental de fundo produz. 68 – Quais são os mecanismos formadores e mantedores? Mecanismos constitutivos – Para a formação do delírio, podem contribuir diversos fatores e tipos de vivenciais. Interpretação – Distorção radical na interpretação de fatos vivenciais. Imaginação – O indivíduo imagina determinado episódio ou acontecimento. Intuição afetividade – O indivíduo intui o delírio de repente, pois capta de forma imediata novo sentimento nas coisas. Memória – O delírio é construído por recordações e elementos da memória. Alteração de consciência – São delírios associados a quadros de turvação da consciência. Alteração sensoperceptiva – São constituídas a partir de experiencias alucinatórias. Percepção do delirante – Parte de uma percepção normal. E vivenciada como uma revelação. Ex: O sujeito entra em uma sala, vê um lenço amarelo sobre a mesa e associa que o lenço está ali para mata-lo Mecanismos de manutenção – Inercia – Em mudar as próprias ideias ; Pobreza de comunicação interpessoal ; Comportamento agressivo ; Inaceitação e/ou inabilidade do grupo em lidar com o paciente. 69 – Quais são os tipos de delírios? Perseguição – O indivíduo acredita que é vítima de um complô e está sendo perseguido. Referência ou auto referência – Diz ser vítima de depreciações, calúnias, fofocas, olhares e etc... Relação – Constrói conexões significativas(delirantes) entre fatos normalmente percebidos. Influência ou controle – Está sendo controlado por forças, pessoas ou entidades externas. Grandeza – O indivíduo acredita ser extremamente especial. Reforma ou salvacionismo – O sujeito sente-se destinado a salvar, reformar, redimir o mundo. Ciúmes ou infidelidade – O sujeito se sente traído pelo parceiro de forma vil e cruel. Afirma que o outro tem centenas de amantes. Erótico (erotomania) – O sujeito afirma que uma pessoa com destaque social está totalmente apaixonada por ele. Reivindicação – Está sempre desproporcionalmente sendo injustiçado. Normalmente envolve-se em disputas jurídicas intermináveis. Invenção ou descoberta – Mesmo o sujeito sendo leigo na ciência ou na área tecnológica acredita ter descoberto uma grande teoria que irá mudar o mundo. Delírio místico religioso – O sujeito afirma ser ou estar em comunhão permanente com Deus. O paciente sente que tem poderes místicos. De conteúdos depressivos e associados a estados depressivos. Ruína – O sujeito vive em um mundo repleto de desgraças e está condenado a miséria. Culpa e autoacusação – O sujeito afirma ser culpado por tudo de ruim que acontece no mundo e na vida das pessoas. Negação de órgãos – O sujeito experimenta profundas alterações corporais. Ex: seu corpo está apodrecendo e não possui sangue. Hipocondríaco – Crença intensa de que tem uma doença grave, incurável e que ninguém descobre. Cenestopático – Animais ou objetos estão dentro de seu corpo. Infetação – O sujeito acredita que seu corpo, principalmente a pele, está infestada por pequenos organismos.
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