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Analise do PPP e Livro

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APRESENTAÇÃO
 Neste relatório, serão apresentados os resultados e documentações relativos às atividades desenvolvidas no estágio curricular realizado no curso de licenciatura em Ciências Sociais da Universidade Federal da Grande Dourados-UFDG, correspondente à disciplina Estágio Curricular Supervisionado I. O estágio foi realizado em grupo pelos discentes: Ana Caroline Marques Romeiro, Kelly Cuimbra da Silva, Natália de Souza Faria e Wanderlei de Alvarenga Alves Barbosa , orientados pela Prof.ª Dr.ª Marisa de Fatima Lomba de Farias. A escola que acolheu o projeto de estágio foi a Escola Estadual Professor Celso Muller do Amaral, situada na região noroeste da cidade de Dourados.
Criada em 2000, a Escola Estadual Professor Celso Muller do Amaral, iniciou suas atividades no ano de 2001. A escola está situada no bairro Jardim Maracanã, na cidade de Dourados, mais especificamente na Rua Ponta Porã n.º6500. A escola atende o Ensino Fundamental I (5 anos iniciais), Ensino Fundamental II (4 anos finais) e o Ensino Médio (3 anos) .
Ao visitarmos a Escola Estadual Prof. Celso Muller do Amaral, encontramos uma escola bem estruturada distribuída em um prédio de dois andares, além de ampla área externa e em boas condições de conservação, onde realizamos visita monitorada pela então coordenadora que após uma apresentação na sala de multimídia, nos conduziu pelas dependências escolares, onde tivemos contato com a área administrativa, cozinha onde é produzida a merenda, os corredores onde estão dispostas as salas de aula, sala de artes, horta, quadra poliesportiva e biblioteca. Durante a apresentação, observamos algumas contradições entre o que aparece no Projeto Político Pedagógico e o que é desenvolvido nas práticas pedagógicas, como por exemplo a participação da comunidade e espaço de discussões democráticas, visto que o grêmio estudantil, foi organizado de última hora e não conta com ampla representatividade dos alunos, além da constatação pelo próprio plano que a interação entre comunidade e escola, só acontece nas reuniões obrigatórias e umas poucas festividades abertas.
O Plano foi elaborado em 2012, e não fomos informad@s sobre atualizações realizadas nos últimos anos e observa-se a partir de sua leitura, conceitos positivistas utilizados em todo o seu conteúdo e de forma recorrente na utilização de palavras como, sucesso, fracasso e termos como “verdadeira identidade institucional”, além de posições que não garantem a liberdade religiosa garantida na constituição federal como a expressão “espírito cristão”.
Segundo descrição do item 6.1 do PPP, foi realizada pesquisa sócio-econômica no entorno da escola através de questionários enviados aos educandos e por amostragem em algumas residências próximas à mesma, entretanto o plano não faz menção a cientificidade da pesquisa, o que pode induzir a erros a partir de sua análise, como por exemplo, a referência a “família nuclear” ou ao não mencionar outros arranjos familiares.
Em outros momentos o plano se assemelha a um relatório ao descrever não o modo de escolha, mas como se deu a escolha de dirigentes da escola, ou quando faz um inventário do mobiliário existente e não o que seria necessário para implementação do projeto. Ainda nesse ponto, foi apresentado dentro do plano, um trabalho de uma aluna que descreve em forma de prosa as instalações escolares, e de acordo com nossa observação, apesar da iniciativa da aluna, tal texto não deveria estar presente no PPC.
Ao avançarmos na observação, constatamos que o plano segue a legislação estadual e parâmetros designados pela Secretaria de Estado da Educação, porém sua elaboração lança mão de aspectos subjetivos como teorias modernas, equipe competente, entre outras...
No plano consta que; “A Instituição oferece a Educação Básica: Ensino Fundamental, do 1º ao 9º ano, e Ensino Médio, do 1º ao 3º ano nos turnos matutino e noturno” (pag.23), porém logo após, na página seguinte existe um quadro em que é mencionado também o horário vespertino para o ensino fundamental, excluindo-se o ensino médio no horário da tarde.
Outras considerações, porém, deverão ser observadas em novas visitas à serem realizadas pelo grupo na escola, que trarão uma análise mais completa e possibilitarão a confrontação entre o que está escrito no Plano Político Pedagógico e o que de fato está contemplado ambiente escolar. 
A EDUCAÇÃO PARA ALÉM DO CAPITAL
 Um dos livros que nos proporcionou uma base teórica, para uma análise crítica da escola, na qual estamos realizando o estágio, foi do autor, István Mészaros, A Educação Para Além do Capital, onde o mesmo cita que:
“ Ensinar que pensar a sociedade tendo como parâmetro o ser humano exige a superação da lógica desumanizadora do capital, que tem no individualismo, no lucro e na competição seus fundamentos”
Nossa primeira visita a escola, nos trouxe um grande enfrentamento, pois diante do atual governo, e as reformas que busca transformar a instituição de ensino, em escola técnica, que prepara o aluno para o mercado de trabalho, visando o aumento de mão de obra barata, desvalorização do trabalho, tendo como finalidade o capital. Percebemos que a coordenadora do Ensino Médio, em suas falas, acaba deixando a desejas, com comentários, desanimadores e de apoio a reforma que da atual gestão. Meszaros em sua obra, aborda a questão da escola como:
 “ Tornou-se uma peça de processo de acumulação de capital e de estabelecimento de um senso que torna possível a reprodução do injusto sistema de classes, em lugar de instrumentos de emancipação humana, agora é mecanismo, de perpetuação e reprodução desse sistema. ” 
É por meio de analises críticas, e entendermos a escola como instrumento, que forma o indivíduo, para compreender lidar com as relações sociais, que serão encontradas na sociedade. É de fundamental importância, a atualização do Projeto Pedagógico Curricular, que seja mais amplo em sua abordagem, valorizando os diversos seguimentos da instituição, de como e por quem estão sendo representados.

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