Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
TNTRoDUçÃo À msrÓru¡. oo DIRErro \4MELIN, P. Mythotogie Grecqtte et Romaine'Paris: Garnier' 1948' ULANGES, Fustel de. La cité antique'Paris: Hachette' 1905' f,ISET, A. Les démocraties antiques' Paris: Flammarion' 1925' RESTE, Rod olphe. Nouvelles Études d'Histoire duDroif. Paris: L. Larose, 1902. MóSTENES. plaídoyers civjls. Paris: Belles Lettres, 19541 1957 . vols. I a 4. LUL, Jacque s. Histoire des institt'ttíons' Paris: Presses Universitaires de France, 19'72. UDEMET, Jean.Institutions de I'antiquité' Paris: Sirey' 1967' -ISSEN, John . Inîrodução histórica ao direito 'Trad' A' M' Hespanha e M' M. Malheiros. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian' 1988' ,OTZ, Gustav e.In ciudad griega-Ttad'JoséAlmoina' México: Uthea' 1957' iRÓDOTO. História.' Brasfl ia: Universidade de Brasília' 1988' )MERO. L' Iliade'Paris: Garniet, 1952' \VEDAN, Pierre. Dictionaire lllustré de la Mythologie et des Antiquités GrecquesetRomaines.Paris:Hachette,|g3l.Verbete..atimie''.,. SIAS. Discoørs. Paris: Belles Lettres' i965' AISCH, R.; Polhamm er,F. Instituciones griegas' Barcelona: Labor' 1931' EUNIER, M. A legenda clourada' Trad' Alcântara Silveira' São Paulo: Ibrasa, 196l' \OLI, Ugo Enrico. Studi sul processo attíco' Pádua: Cedam' 1933' JCÍDIDES. Ht stoire de la Guerre du P eloponése.Pans:Belles Lettres, [s'd']' 4 DIREITO ROMANO SUMÁRIO: 4.1 Breves considerações em torno da estrutura e fun- ção da fórmula com cláusula arbitrária no Processo Romano Clás- sico: 4.1.1 O direito pretoriano; 4.1.2 A fórmula; 4.1.3 Afórmula com cláusirla arbitrária; 4.2 O edito perpétuo: 4.2.1 Introdução; 4.2.2 O Edito Perpétuo de Sálvio Juliano; 4.2'3 Conclusão; 4.3 Os jurisprudentes: 4.3.1 Introdução;4.3.2 Gaius - Gaio;4.3.3 Ae- milius Papinianus - Papinianoi 4.3.4 Domitius Ulpianus - Ulpia- no; 4.3.5 Julius Paulus - Paulo; 4.3.6 Herennius Modestinus -Mo- destino; 4.3.7 Conclusão;4.4 Raízes históricas da exceção de pré- executividade: princípio do contraditório, processo de execução e exceção de pré-executividade: 4.4.1 O princípio do contraditório no processo de execução; 4.4.2 A exceção de pré-executividade; 4.4.3 Raízes históricas; 4.4.4Direito Romano: o interdito;4.4.5 Direito intermédio; 4.4.6 Conclusão; 4.5 Bibliografia. 4.L Breves considerações em torno da estrutura efunção dat'ór- mula com cláusula arbitrária no Processo Romano Clássico 4.1.1 O direito pretoriano Em outra oportunidade, já havíamos rèssaltado o enonne signi- ficado do direito pretoriano, cuja principal atribuição consistiu em completar, suprir e interpretar as lacunas da lei, corrigindo, ainda, o rigor de seus efeitos, os quais, por vezes, resultavam em flagrante ini- qüidade ou prejuízo considerável para as partes. Mas, conforme então lembrávamos, com a gradativa expansão da República, os-pretores urbanos já não maiíse apresentavam sufi- 58 TNTRoDUçÃo À rusróruR oo DIREITo cientes para atender aos inúmeros problemas que se sucediam ,razão porque se instituíram outros, peregrinos, comjurisdição sobre os lití- gios postos entre cidadãos romanos e esû:angeiro s (242 a.C.). A esta altura, distinguiam-se, também, dois juízos: os legítimos, em que o juiz romano decidia, em Roma, ou até a uma milha da cidade, confli- tos de interesses entre cidadãos romanos; e os chamados judicium ímperium continentia, atendidos pelo pretor peregrino, - por consti- tuírem função e poder d e seu imperium- envolvendo questões em que pelo menos uma das partes não era romana. Em tais casos, como desconheciam as partes o direito, bem agia o pretor por fornecer a estas, como também ao juiz, uma instrução porescrito; aproveitando o sistema, com sucesso, nas províncias, com o tempo veio ter à metrópole, dele resultando as chamadas "fórmu- las", cuja importância foi de tal modo relevante, que acabou por dar nome ao período. 4.1.2 Afórmula Assim, assumiu característica fundamental do processo formu- lar a instrução que o pretor.fornecia ao juiz, para que este julgasse a causa que lhe fora submetida à decisão. Más a palavra fórmula há de ser examinada em dois sentidos : no primeiro, a fórrnula modelo, constante do edito do prgtor, disposição _ colocada I n abstracto edirigida a todos; no segundo, de maneira mais específica, a fórmulajndicium, aplicada ao paso concreto, isto é, a processo determinado, ondejá se designavam os seus dados princi- pais, tais como o nome dojuiz e das partes, aimportânciapretendida ou o bsm reclamado: ao contrário do antigo sistema das ações da lei, onde tudo transcorria oralmente, figurava, agora, uma recomendação por escrito, rediþidapelo magistrado, após oitiva sumária das partes e na qual vinham esclarecidos os pontos de direito, bem como os fatos que o juiz devia levar em conta ao proferir seu julgamento. Em tal conformidade, enquanto no edito, a fórmula não passa de paradigma estabelecido em caráúer geral a respeito da eventual questão ocorrente, desde o momãnto em que esta realmente surge, a fórmula adquire vida, funcionando como instrução escrita para aque- le caso concreto, agindo exclusivamente naquele processo que está para serjulgado. Gaio, na sua objetividade quase que lacônica, enuncia as quatro partes essenciais da fórmula, demonstratio, int entio, adj udicatio, con- demnatio (Inst. 4. 39), passando, a seguir, a defini-las e a fornecer al- guns exemplos de cada qual. Continhamas fórmulas, entretanto, outros elementos, essenciais ou acessórios: antes da demonstratio vinha a designação do juiz in- cumbido de prolatar a sentença, nominatio judicis; além disso, erh certos casos, inseriam-se apraescriptio pro actore oupro reo, substi- tuída esta, depois, pela exceptio; e, ainda, a replicatio, resultante da exceptio,' alegada pelo réu; a duplicatio, a treplic atio. Enquanto nademonstratio se achava contida, em linguagem moderna, a.causa do pedido, isto é, descreviam-se, embora sucin- tamente, os fatos e fundame-ntos jurídicos do pedido - quod Aulus A ge rius de N umerio N e gidio hominem v endidit -, a intentio úaduzia a pretensão do demandante, onde o autor desiderium suum concludit: "si paret N. NegidiumA. Agerio sestertium X milia dare oportere" (Inst. 4, 40 e4l). Existiam fórmulas.que se resumiamnaintentio: etao caso das actione s praejudiciales , ações que se destinavam a obter o reconheci- mento de um fato que serviria de fundamento a outra ação; diziam respeito ao estado das pessoas, ao direito de famflia, aos bens patri- moniais; nelas, encontraria a doutrina moderna o conceito da ação meramente declaratória. A vantagem da ação prejudicial residia na circunstância de tor- nar o fato indiscutível quandojulgado por sentença; e não é outro o proveito no direito atual, pois se a apreciação de questão prejudicial não f.az coisa julgada quando levantada pelo réu, na contestação, ou quando incluídapelojuiz, namotivação de sua sentença, forçosamente o fará quando provocada e proferida em ação declaratória incidental (art.47O do Código deProcesso Civil). DIREITOROMANO 59 60 Nestas ações, não havia falar em condemnatio, pois o juiz se li- initava a declarar, ou não, o direito pretendido; mas, de ordinário, nas demais ações, completava-se a fórmula com a condenação ou absol- vição do réu: 'Judex N. Negidium A. Agerio sestertium X milia con- demna; si non paret, absolve"; (Inst., 4,43) finalmente, incluía-se, em certas açóes, a adj udic atio, - ouesta substitu ía a c ondemnatio - quan- do se mostrava necessário transferir a propriedade da coisa para uma das partes (Inst. 4, 42). 4.I .3 Afórmula com clnusula arbitrária Mas a condenação, no processo formulário, devia consistir, sem- pre, no pagamento de uma determinada quantia em dinheiro; este prin- cípio era fundamental, atestando-o a lição de Gaio e os textos do Digesto: 'A condenação, em todas as fórmulas que a contêm, é con- cebida sob forma de avaliação em dinheiro. Assim, se pedirmos qual- quer coisa corpórea, como um fundo, um escravo, uma roupa, ouro, prata, ojuiz não condena o réu à prestação da própria coisa, objeto do litígio, como era costume fazer-se antigamente, mas o condena ao equivalente em dinheiro, depois de avaliada a coisa" (Inst. 4, 48). 'Ait praetor, condemnatus utpecuniam solvat: ajudicato ergo hoc exigitur, ut pecuniam solvat" (D. 42, l, 4, 3). Esta exigência, se portava utilidade, pois conferia ao autor o di- reito de obter o pagamento da condenação mesmo se a coisa litigiosa houvesse desaparecido no curso da demanda, isto é, entre a litiscon- testatio e asentença, trazia, poroutro lado, viários inconvenientes; com efeito, às vezes, a pretensão do demandante se situava na restituição de um bem especíhco e determinado, de sua propriedade, não lhe in- teressando a substituição em pecúnia; porisso, tratando-se, porexem- plo, de objeto de estimação do autor, é evidente que este não via satis- feito seu anelo com o recebimento do equivalente em moeda corrente, mesmo porque a quantia não lhe iria lrazer de volta o bem que se acha- va fora da esfera de seu patrimônio e que, malgrado ganhasse aação, não lhe seria devolvido. Da mesma forma, nas obrigações de fazer, o que o demandante realmente desejava era a execução da tarefa contra- DIREITOROMANO 6I tada, não lhe parecendo suficiente o simples pagamento da quantia fixada pelo juiz na sentença. E não era só, pois ocorria, ainda, outro estorvo: com a listiscon- lestatio, dera-se umanovatio necessária, pela qual a anterior obriga- ção de direito material fora substituída por uma obrigação de direito processual;de tal sorte, o credornãopossuíamais crédito ao bem, mas crédito ao dinheiro que deveria ser pago pelo devedor; se, antes da . condenação, este se tornava insolvente, ficava aquele na contingência de arcar com os azares de um indesejado concurso de credores. Para obviar todos estes èmbaraços à pretensão do demandante, costumava-se colocar na fórmula uma cláusula pela qual se determi- nava que a condenação pecuniária não incidiria caso o_réu restituísse ou exibisse a coisa pleiteada (Inst..4, 163). Em tais hipóteses, o juiz, . após afirmar o direito do autor, mas antes de atingir a condenação, ou melhor, como prejudicial desta, possibilitava ao réu a restituição da coisa: será condenado, a não ser que restitua. Se o réu atendia à deter- minação, o processo aí se encerrava; não acatada a ordem, aquele pros- seguia, culminando com a sentença condenatória. O exemplo clássico da fórmula com cláusula arbitrrária provém de Cícero: "L. Octavius judex esto: si paret, fundum Capenatem, quo de agitur ex jurÞ Quiritum P. Servilli esse, Neque is Fundus Q. Catulo Restituetur" (II actio contraVerres, Lib. II, XII, 31). Buscava-se, assim, com a altemativa da restituição em espécie, a imediata e precisa satisfação da pretensão do autor. E, para compelir o réu a devolver ou exibir* estabelecia-se, também, que o valor da coisa devia serestimado, sobjuramento, pelopróprio autor; istoJ, ainda que o valor da causa fosse assentado pelo juiz,permitia-se ao autor, sob juramento estimatório, avaliar a quantia correspondente ao bem pre- tendido. Ora, esta faculdade conferia ao demandante, emtora sob ju- tamento, aprerrogativa de estimar à.coisa um alto valor, trazendo, por conseqüência, condenação majorada no cas'o do seu não cumprimen- to pelo demandado. Por isto, às vezes, com vistas a coibir os naturais exageros da estimativa, limitava o juiz o juramento até quanti a.certa, mais consen- TNTRoDUÇAo À slsróRll po DIREITo 62 TNTRoDUçÃo À ursróRre oo DrRErro tânea com o valor real do bem, mas, de qualquer forma, sempre mais onerosa para o condenado (D. 12, 3, 5). Interessante observar: séculos passados, quando darecepção do Direito Romano na Europa continental, o juramento estimatório vai aparecer, em Portugal, nas Ordenações Afonsinas, Liv. III,TíI.}L,2, ali constando que se o vencedorquiserhaversomente averdadeiravalia da coisa, poderájurar aos Santos Evangelhos, e segundo o que afir- mar, assim seráo réucondenado;mas o seujuramentotemlimite, não podendo ir além da avaliação, fixada de antemão, pelo julgador. Atualmente, a doutrinaveio criarcondições bastantes paracoar- tar o devedor da obrigação a satisfazê-la em espécie,'isto é, sem que seja reduzida ao correspondente montante em pecúnia ou resolvida ern'perdas e danos; as astrçintes do direito francês e, entre nós, as medidas coercitivas, tais comò a multa estabelecida por.dia de atraso, quando dcì descumprimento do contrato, são exemplos dignificativos da solução adotada; (arts. 644 e 645 do Código de Processo Civil) tais cláusulas, como se sabe, visam obter o "adi¡nplemento da obrigação pela prestação do próprio executado, compelindo a cumpri-la para evitar as pesadas sanções que o amqagam". Pois isso acontecia, sob certa forma, também no processo ro- mano, porforçado quedispunhaacláusula arbitrária; embora se dis- sesse que "quia non facit quod promisit, in pecuniam úumeratam condemnatur" (D. 42,I, L3,1), verdade é que a cláusula em exame continha o propósito de fornecer ao demandante a satisfação plena, específica, de suapretensão; isto é, diligenciava-se no sentido de que este não recebesse tão-somente o valor em dinheiro, corresponden- te ao valor do bem pretendido - ou, ainda, o.valor correspondente à obrigação que o devedoravençararealizar-,mas, isto sim, aprópria coisa, objeto do pedido formulado. Emrazáo do préstimo alcançado, difundiu-se o emprego da cláusula arbitrária tanto eirtre as ações reais quanto pessoais: na reivindicatio, na hereditatís petitio, na vindicatio pignoris, na vindicatio servitutis ou usufructus etc.i além destas, na actio ad exhibendurn, na actio aquae pluviae arc endae,naquelas rgsultantes DIREITOROMANO 63 dos interditos restitutórios quando o possuidor se negava aacatat a ordem do pretor para a reintegração do bem; e, ainda, nas açóes quod , rnet us c au s a, de do I o mal o, no xali s, d e i nj uri s, "fabi ana, calvisi ana, pauliana", de eo quod certo loco etc. 'Hâ, na ordem jurídica, juízbs de direito e juízos de equidade. Ademais, jz s est arEboni et aequi (D. 1, 1, 1, pr.). A cláusula arbitrá- ria, colocada nas fórmulas, nada mais pretendia senão encontrar uma solução de equidade, na qual ojuiz, antes de condenar, servia como verdadeiro mediador entre as partes, propondo a restituição, a qual traria, por conseqüência, a absolvição do réu. E, por assim agir, es[ava-se atingindo, de maneira mais rápida e eficiente, aliada à melhor objetividade, apanágio dqs romanos, a solu- ção do conflito de interesses colocado entre as partes. 4.2 O edito peryétuo 4.2.1 . Introdução Dentro dp evolução histórica do Direito Romano, começa a se formar, a certa altura, paralelamente ao ius civile,t um direito novo, oripndo das idéias filosóficas do helenismo e emanado dos magistra- dos, os quais procuram amenizar arigidezinflexível do antigo siste- ma das legis actiones. Esta atividade dos cônsulès, censores, tribunos, edis e, em es- pecial, dos pretores, aos quais incumbia a administração da justiça, só foi iniciada, no entanto, no período clássico; Gaio afirma que à época da Lei das XII Tábuas e durante o largo tempo que se seguiu à sua vigência, o pietor ainda não baixava editos;2 estes surgiram muito (r) Digesto, I, I, 7, Papinianus, lib. 2, Definitionu*, "Jul uut"rn civile est, ' quod ex legibus, plebiscitis, senatusconsultis, decretis principum, autoritatae pru dentium venit". . (7) Gaio, Institufas, Comentário IV, ll: "Actiones quas in usu veteres habuerunt, legis actiones appellabantur: vel ideo quod legibus proditae 64 TNTRoDUçÃo À snrózul po DrRErro mais tarde, posteriormente inclusive à chamada Lei Hortênsia (468 ab. U.C. 1286 A.C.), e somente após o abrandamento do primitivo critério onde imperava a unidade legislativa;3 com efeito, a ação ino- vadora dos pretores'aparece e ganha incremento unicamente apartir da Lei Aebutia (630/605 ab. U.C./l511124 A.C.); ao que consta, o mais antigo edito conhecido seria o do pretorRutilius, datando de 118 a.C.a Ao assumiro cargo, opretorcomunicavaaos cidadãos os princí- pios básicos que iriam regular suas funções, notadamente no que di- zia respeito à administração judiciária; nessa oportunidade, especifi- cava o magistrado quais as ações a que se propunha tutelar durante o período normal de sua atividade, aqual se prolongavapolum ano, assi_m o fazendo por meio de um proclama, denominado edito. Edito vem de edico, edicis, edixi, edictum, edicere, e significa anunciar, dizer em voz alta, publicar, determinar, estabelecer, ordenar; nahipótese aludi- da, significavafazer aos cidadãos umacomunicação que apresentava a característica de um ato regulamentar.s Este era o significado do ius edicendi, o qual ganharia enorme importância nessa fase da República, pois destinou-se, principalmen- te, a completar e suprir as lacunas da lei, corrigindo, ainda, o rigor dos seus eleitos. Como a aplicação literal da lei resultava, por vezes, emflagrante iniqüidade ou injustiçaparaa'parte, a ação do pretor, desenvolvidanas novas fórmulas e fundada na equidade, conconeu, de maneira defini- tiva, para aplacar a rigidez do direito posto. erant, quippe tuncedicta praetoris quibus complures actiones introductae sunt, nondum in usu habebantur". (3) Digesto,I,II,2, Pomponius, lib. Sing., Enchiridii, $$ 9, l0 e 11 (De origine juris); E. Glasson., Etude sur Gaius et sur quelques dfficultés relatives aux sources du droit romain. Paris: A. Durand et Pedone Lauriel, Éditeurs, G. Pedone Lauriel, Successeur, 1885. p.217. (4) Silvio A. B. Meira. Curso de direito romano.História e fontes. São Pau- lo: Saraiva, 1975. p. 124. (5) E. Glasson. Op. cit., p.221-222. DIREITOROMANO 65 O edito, estabeleçido oralmente, a princípio, passou' logo a se- guir, a ser lançado por escrito no álbum branco, ficando exposto no fórum, para conhecimento de todos;6 redigido em tábuas de madeira branca - labulae dealbatae -, à guisa de cattaz,ttazia as nolmas es- tampadas em letras negras, com rubricas vermelhas.T Tais editos denominavam-se perpétuos, - no sentido de ânuos, isto é; vigiam e obrigavam âurante o exercício do mandato do pretor que o estabelecera;8 difereniiav¿lm-se, por isso, dos editos repentinos, utili- zados nahipótese de surgir, no curso dapretura, algumacircuñstância especial ou caso superveniente que determinasse sua expedição.e Constituía-se o edito de váriasfórmulas e outras tantas promes- sas do pretor, relativamente à concessão, quando necessária, de exce- ções, interditos, estipulações, restituições por inteiro etc. Tanto oþretorurbano (367 a.C.) quanto o peregrino (242a.C.), ao dual cabia conduzir aS causas entre estrangeiros ou entre cidadãos romanos e não-romanos, foram desenvolvendo suas atividades cada Íez em màior escala durante o período que coincide com a expansão e desenvolvimento da República e é contemporâneo às primeiras con- (6) Segundo o mesmo Glasson (op. cit., p'295),os textos dê todos os editos costumavam ser depositados na biblioteca do templo de Trajano' (7) E. Glasson. Op. cit., p.222; Silvio A. B' Meira. Op. cit,, p.124;Y. 'Arzingio-Ruiz. Historiq del derecho romano' Trad' Francisco de Pelsmaeker e Ivañez. Madrid: Instituto Editorial Reus-Centro de Enseñanza y Publicaciones, 1943. p. 187; Pietro Bonfante' Hístoria del derecho romano. Trad. José Santa Cru4Teijeiro. Madrid: Revis- ta de Derecho Privado, 1944. vol. l, p. 334; Michel Villey. O direito romano.Trad, Maria Helena Nogueira. Lisboa: Arcádia, 1973.p.53. (s) DIGESTO, II, I, 7, Ulpianus, lib. 3, ad Edictum, pr. (de jurisdictione); se alguém alterasse dolosamènte o que anunciava o edito, estava sujeito aos efeitos de uma ação popular. (e) E. Glasson. Op. cit., p.240; Paulo Kruger ' Historia, fuentes y literatura de I de r e c ho r omano. Madrid: La España Moderna, [s'd.]. p. 3 3 ; Giuseppe Grosso. Lezioni cli storia det diritto rofnano. Torino: G. Giappichelli, 1965. p. 285. i i{ !' A obra de Alexandre Pacificada a Grécia, voltou-se a atenção de Alexandre para a pérsia, lerene ameaça para as ilhas gregas do Mar Egeu. À façanha que seu pai não pudera realizar, ia empreendê-la ele próprio. Atravessou o Helesponto e, à margem do Rio Grânico, os generais persas de Dario III ofereceram-lhe batalha, Às falanges macedônicas lu- tavamtorpo a corpo contra os persas, meùos organizados. Alexandre es- tava crivado de flechas que não lhe penetravam a couraça e animava seus comandados. Apôs vencer em Grânico, Alexandre era senhor da capadócia. No campo de batalha, continuava a levar a vida frugal de sempre, rejeitando os presentes dos governadores vencidos que das diversas cidades lhe en- viavam iguarias. À batalha de Issus representou o crepúsculo do império persa. Dario III morreu assassinado antes de poder revidar a Alexandre (333 a.c.). Magnânimo com os vencidos, Alexandre sentiu profundamente o assassinato de Dario III, e não descansou enquanto não puniu com a morte o traidor homicida. Ttatou com generosidade a imperatriz da pérsia e desposou sua filha Roxana, para unir, pelos laços familiares, duas di- nastias antes inimigas. No governo da Pérsia, Alexandre empregou príncipes e magistrados peisas, mantendo o uso e.os costumes pêrsas, apenas exigindo a subordi- nação alseu trono imperial. Essa atitude de Alexandre, inédita na Antigui- dade, repetiu-se quando o Egito e a Mesopotâmia foram anexados a seu império. Fundou no Egito a cidade de,\lexandria, em que reuniu numa bibli- oteca todos os documentos que coligira através da,Á.sia Menor, relativos à história e à cultura da Antiguidade oriental. concepção da dignidade humana, dele decorrente12. I2. Benoist-Méchin, Alexandre Magno, Lisboa, Lello e Irmãò Ed., t980, p. t90. a: a u.n "nqldo s.oþ a . as riqu ais das diver- Mas a morte o ceifou aos trinta e dois anos (323 a.c.), na cidade de Babilônia, de uma febre que o acometeu repentinamente. sua morte foi pranteada por todos os seús súditos, gfegos, africanos e asiâticos. A his- tória lhe concedeu o título de "Magno", Grande' ROMA No tempo dôs reis Enquanto Esparta e Atenas disputavam a prlmazla no Bálcãs, a ci- dade de Roma se impunha como líder inconteste da Itâlia' Antiga cidade livre de bandoleiros etruscos, â cidade das margens do Tibre foi fundada em 754 a.C., segundo Varrão' os romanos se vangloriavam de serem descendentes dos troianos, pois Enéias, fugitivo de Ttôia, arribou ao Lâcio, onde fundou Alba. Albanos eram Rômulo e Remo, fundadores da Urbe' como todas as cidades antigas, Roma era uma confederação de fa- mîlias patriarcais em torno de um rei, que figurava como pater famllias maior. Sua estrutura era baseada no culto dos ântepassados, próprio de cada família, e, como na Grécia, as gens, ou gruPos de família' tinham como laço de união um antePass4do comum' As famílias, ao formarem a cidade, não abdicavam de seu direito próprio (ius privatum), emanação do tç.q" 9ot:" . O pater era a suprema autoridade n ser esse .uiio; o Ëstado romano respeitava sua autoridade de juiz dos membros da família. Respeitava, ainda, o direito de propriedade de cada família sobre o terreno em que construía casa, residência dos vivos, altar dos antep.assados da familia. Não interferia quando o primogênito assumia o .rrgÀ d"i*udo vacante pela morte do pai, e não lhe impugnava a função de ârbitro nas questões familiares. Por outro lado, a associação de familias para constituir a cidade ti- nha dado origem a relações novas, extradomiciliares, reguladas pelo direi- to da cidade Çus publicum). Mas isso não significava um conflito de leis: o direito privado e o público tinham sua esfera determinada de iurisdição. . 2V ,i.:.. I I /n Para impedir atitudes do rei que viessem a resultar em menoscabo dolus privatum é que existia o Senado, assembléia composta pelos gran- des chefes de famílias romanas ou patrícios (de pater). Vemos, pois, que Roma tinha um governo monárquico, temperado pela influência do Senado, que elegia o novo rei quando o ocupante vi- nha a falecer. ' Numa Pompílio foi um rei que acatou a autoridade do Senado, gran- de observador das tradições religiosas romanas. Na mesma linha de conduta, Túlio Hostílio levou as legiões roma- nas a conquistar Alba. o apoio que recebeu da a¡istocracia estâ celebra- do na lenda dos Horácios - três irmãos que derrotaram os curiáceos, de Alba, num combate singular, imortalizado por corneille ao escrever Horcce no século de Luís XIV. Outros reis, como Tarquínio Prisco, embelezaram a cidade de Roma. sêrvio Túlio levou Roma à hegemonia da ltália, fazendo-a ingressar na Liga das Sete Colinas, de que participavam quase todas as cidades da Itália central. Roma, sob seu reinado, tornou-se líder da ltália, no século VI a.C. Entretanto, foi deposto pelo genro, o ambicioso Tarquínio, .cognominado "O Soberbo", que se tornou um déspota. Quando seu filho, Sexto, violentou a matrona Lucrecia, Tarquínio não atendeu ao clamor dos nobres romanos. No ano 509 a.C., achando-se Tarquinio fora da cidade, o marido da matrona ofendida, Lúcio Colatino, chefe da ordem Eqüestre dos cavalei- ros Romanos, e o Prefeito Lucrécio aliaram-se a Lúcio Júnio Bruto, de grande prestígio no Senado, e declararam deposto o rei ausente, procla- mando a República. Fustel de Coulanges nos diz que a.verdadeira razão da deposição de Tarquínio foi sua pretensão de se tornar rei absoluto, com apoio da plebe'3. A Lei dasDoze Tábuas A plebe era formada por todos os que, ou por serem estrangeiros, ou por serem de famílias sem culto doméstico, ficavam à margem de um ordenamento jurídico baseado na religião dos lares ou antepassados. 13. Fustel de Coulanges, op. cit., v 2, p. JO. Para fazê-los partícipes da vida da cidade, os patrícios lhes oferece- ram a clientela: seriam dependentes como servos dos patrícios (cluere = obedecer),'e entrariam, assim, na ordem jurídica romana' Muitos plebeus se tornaram clientes, mas também muitos preferiram unir-se ao Rei Tarquínio, o que levou os nobres a proclamar a República' o rei foi substituído por dois cônsules anuais, comandantes do exér- cito, cujos poderes eram limitados pelo senado e pela assemblêia das . cúrias ou famílias patrícias, Iideradas por curiões ou magistrados: os censores ou recenseadores, que velavam sobre os costumes; os pretores vam as finanças; os Pretores' que as sentenças no Fôrum. trícias, quando Roma estabeleceu a cultura, as doutrinas igualitárias do domicilio dos antepassados, in- ' tegrando-se à Plebe' Por,outro lado, tornaram-se freqüentes as uniões entre patrícios e plebeus, embora o casamento misto fosse vedado' . Em 493 a.C., a plebe amotinada abandonou Roma, indo estabele- cer-se no Monte Sagrado, tencionando vencer os nobres pela omissão. o cônsul Menênio Agripa convenceu a plebe a legressar; e o Senado conce- deu-lhe um tribunoou juiz especial: o tribuno da plebe- Este era inviolâvel em sua pessoa e domicilio. sua autoridade não era sancionada pela reli- gião, mas era de fato eficiente; alêm disso, a Plebe tomava suas decisões através de plebiscitos. . Havia, então, como que duas cidades: a dos patrícios, com os côn- sules e o Senado; e a dos plebeus, com o tribuno da plebe e o plebiscito' Depois disso, a plebe passou a exigir maior participação na cidade patrícia, pela igualdade civil, política e religiosa. A igualdade civil foiconseguida pela Lei dasDoze Tábuas. Em 4st a-c., os pa.trícios entregaram a dez homens (decênviros) o encargo de fazer leis de equiparação entre os patrícios e os plebeus. Viajaram pela Magna Grécia (colônia grega do sul da lrália) e pela própria Grécia, e voltaram com dados a fim de elaborar um novo ordenamento jurídico para Roma. Gravadas em lâminas de bronze e expostas no-Fórum de Roma, para tôdos conhecerem a nova situação, as deteiminações capituladas nas Doze Tábuas repièsentavam uma profunda ruptura com o passado, sobretudo no que se refere ao conceito de direito. A questão social em Roma O advenro da democracia nos campos civil (IV século a.C.) e políti_ co levou ao poder os plebeus ricos, que compravam os votos nas assem- bléias populares ou de centúrias. Do iv ao II sécuro a.c., os ricos, ariados a-os aristocratas, govérnaram a cidade. Modificações trazidas pelas Doze Tábuas #Ð direito tornou-se púbrico e conhecido. Não mais se concebia a reide.caráter privado, proveniente ¿o .urio ¿. uma família. o direiro dosindivíduos passou a ser considerado "concessão do Estado,,, como diz Fustel de coulanges- o direito costumeiro ced.eu lugar à lei escrita. É inegâvel a influência das reis de Sóron, ranto que se chegou a pen- sar em simples transcrição. Mastal não se deu: as rudunç", nã conceito de direito e de lei são reiultantes de rma revolução nas idéias no seio dasfamílias aristocrâticas romanas., O culto doméstico foi posto à margem, por isso a lei perdeu seu carâter sagrado. Expressão de vontade popula¡ tornou-se arteráver egeral. A igualdade civir abriu campo para outras reformas estruturais: em367 a.C., Licínio Stolon propôs que um cônsul fosse plebeu , e, em 337 a.C., abriu-se para a plebe a porta de bronze do Senado. Ora, desde 444 a.C., pela leide Canuleio os casamentos mistos, portanto nada mais distin le_beu. Era a Rêpública democrárica, que se estruturando durante um século, de 400 a.C. a 3OO a.C. 30 3T A "nova classe" ocupava os altos cargos e as patentes do exército, formando a òrdem eqúestre, enqLranto aí pessoas que não tinham co,ndi- ções para equipar um cavalo combatiam a pê e constituíam os véI¡tes. Com a conquista da Grécia, a ordem eqüestre rompeu com as tradições que ainda restavam e aceitou 4 cultura grega'(250 a.C.). Porém, a riqueza, segundo Fustel de Coulanges, não se impunha como a nobreza de sangue. O respeito cedeu lugar à inveja, e esta dava margem ao ódio. Nesta situação, os tiranos ou ditadores fazem-se eleger pelos "prol número. Valen rio Graco propôs a divisão de terras dos ricos a partir de quinhentas controle dos lotes pelo Estado (133 a.C.)., O Senado reagiu violentamente: Tibério Graco foi assassinado em pleno Fórum. Mais prudente, seu irmão Caio Graco sugeriu a distribuição de tri- go pelo Estado (Iex frumentaria). Isso arruinaria paulatinamente os lati- fúndios. O Senado, þorém, previu aonde conduzia a lei de Caio Graco e, após perder este sua imunidade de tribuno, com a derrota eleitoral do ano 123 a.C., foi exilado de Roma. Porêm, o que os senadores nãó percebiam era que, gradualmente, os- jovens romanos abandonavam as tradições béli- cas, entusiasmados pela literatura grega, apesar dos esforços de Catão, censor em 184 a.C.,para proibiJa. Tristes dias ainda estavam por vir, embora fosse erigida uma coluna no Fôrum em honra da concórdia. As conquistas romanas no Mediterrâneo e no norte da África trariam para Roma muitas riquezas no I século antes de Cristo. Entretanto, surgi- riam generais, como Mário e Sila, que, liderando as facções em luta, mer- gulhariam a outrora aristocrática Urbe na guerra civil, que só cessaria com o advento dos Césares, ou ditadores perpétuos. ;úlro cÉsrn O Primeiro Triunvirato em Roma A queda da aristocracia fundada na religião domésticà não-foi segui- da por uma igualdade política completa. Os plebeus mais ricos assumi- ram os postos de mando e passaram a governar a cidade de Roma. os plebeus pobres, como nos relata Fustel de coulanges, revolta- ram-se, ápoiando as ditaduras dos tiranos populares, os quais,-tomando o poder, massacravam os ricos. um deles foi Mário, cônsul em 107 a.c. Ao tomar o poder, organizou listas de proscrição contra os ricos e os aristocratas. Estes responderam com a violência, Iiderados por Sila. E, então, Roma mergulhou na guerra civil (86 a.C-). O povo, que sofria enormemente, ansiava por dias melhores, e esta- 'va disposto a sacrificar sua liberdade para não perder a tranqüilidade. Por isso, aceitou a ditadura perpétua, que lhe prometeu a paz interna há tanto tempo almejada. Três homens se apresentaram como mantenedores da paz pública: Pompeu, Júlio César e Crasso. Pompeu gozava de grande prestígio junto aos senadores, enquanto Caio Júlio César ( 100- a4 a.C.) era visto pelos membros da magna Assem- bléia como um homem Perigoso. o Senador catão, descendente do antigo censor, sabia das rela- ções mantidas outrora por Júlio César com Mârio, líder do proletaria- ,do, e foi com decepção que ouviu os discursos do Senador Marco Túlio Cícero contra Catilina, quando este último conspirava contra o Senado. Com efeito, nos quatro discursos contla Catilina (Catilinôri- as), cícero não apon.tou |ûlio cêsar como cúm'plice, conforme catão esPerava. Por outro lado,,c^esa¡ ,gozava de grande prestigio junto^ ès classes milit+Ies,por suas notáveis onde vencer-a*Väiã-tò, célebre lider dos habitantes Portugal). Suas cam- panhas na Península Ibérica foram financiadas peio rico Crasso, adver- sário político de Pompeu. Crasso ganharaa confiança dos senaäores ao derrOtar Espártaco, chefe dos escravos revoltados, que crucificou.ao lon- go da Via Àppia. Quando césar voltou para Roma, serviu de intermediário no apazi- guamento entre PomPeu e Crasso. Catão viu isso com inquietude: sabia que os três homens tinham em comum o ódio à aristocracia do Senado. De fato, César conseguiu eleger- se cônsul anual, apoiado por Pompeu, que trouxe consigo vários senado- res, e, com o auxílio financeiro de Crasso, iniciou prontamente várias reformas, dividindo'terras entre o povo, o que agradou à multidão, mas g indispôs com o Senado. Foi então que César pediu a Pompeu e a Crasso que o apoiassem' Formou-se um governo de três ditadores: o Triunvirato (60 a.C.). Como pretendiam intimidar os senadores, César e Pompeu concor- daram em agir com violência: Catão foi preso PoI atacar os triúnviros, e Cícero, que poderia se tornar perigoso, foi exilado. Nesse momento, chegaram a Roma notícias alarmantes das Gálias (França), onde o líder dos gauleses, Vercingetorix, procìamara-se em re- beldia. Nomeado governador das Gálias pelos senadores, César Partiu a fim de pacificar a região. Após uma árdua campanha, em que mostrou seu admirável senso militar, César subjugou os revoltosos e escreveu De BeIIo GaIIico, comen- tário das guerras que manteve contra os gauleses. Pompeu não via com bons olhos os triunfos sucessivos de seu com- panheiro. ,\ estrela de césar brilhava a ponto de fazer empalidecer os outros membros do Triunvirato. assim, de voltar a Roma, onde temia que o Povo desse a César a coroa real. César dèsobedeceu as ordens de Pompeu e atravessou o Rio Rubicão, dizendo: " Alga jacta est!" (",A, sorte está lançada!") Os soldados se recusaram a deter César na sua marcha triunfal em direção res. Na a Roma, e então,Pompe-g fgglu para a-Grecia com Yg4ppÅel31þ-_- de Farsália, César destroçou as exíguas troPas de que dispunha seu rival (48 a. Os idos de março e o Segundo Triunvirato Pompeu fugiu para o Egito e lá foi assassinado por ordem do Rei Ptolomeu, que pretendia o apoio de Cêsar. Porém, César apoiava Cleópatra (irmã de Ptolomeu), a quem restabeieceu no trono que de direito the per- tencia. Àntes de voltar para Roma, César venceu o Rei Mitídrates, revol- tado contra Roma, e enviou ao Senado romano a famosa mensagem: "veni, vidi, vici." ("Vim, vi e venci.") O pôvo recebeu com delirio as notícias das vitórias e falou em aclamâ- Io rei. Assustaram-se os senadores, e o rigoroso Catão, estoicamente, sui- cidou-se para escapar à côlera de César e não sobreviver à República, pois todos sabiam que César almejava tornar-se ditador vitalicio, supri- mindo o Senado.
Compartilhar