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Resumo de literatura 2TP

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Trovadorismo;
Humanismo;
Novelas de cavalaria.
1 - Trovadorismo:
 -Na primeira época medieval, a poesia alcançou grande popularidade entre as manifestações literárias da época. Uma das razões dessa predominância foi o fato de a escrita ser pouco difundida, o que favorecia a poesia, que era memorizada ao ser transmitida oralmente. Os poemas eram sempre cantados e acompanhados por instrumentos musicais, por isso foram denominados cantigas.
• Cantigas líricas de amor e de amigo:
 -As cantigas de amor possuíam como característica: eu lírico masculino, idealização da mulher amada, amor não correspondido. As cantigas de amigo por sua vez tinham como característica: eu lírico feminino que lamenta pelo amor que partiu.
• Cantigas satíricas de escárnio e de maldizer: 
 -As cantigas de escárnio eram críticas indiretas. Elas eram feitas sem citar nomes e causavam constrangimento nas pessoas que se identificavam com elas. As cantigas de maldizer, como o nome sugere, falavam mal, ou seja, eram críticas diretas.
2 - Novelas de cavalaria:
As novelas de cavalaria eram narrativas médias (lembre-se: romance > novela > conto). A imagem de um cavalheiro medieval era de um herói, bom, honesto, puro, corajoso e digno. Essas novelas tem um caráter religioso e se estruturam como no feudalismo, o cavalheiro era como o servo, vassalo, e o rei como o senhor feudal.
As principais novelas eram: Rei Arthur, que foi escrita na Grã-Bretanha e identifica-se com a mitologia céltica (gnomos, fadas, duendes, dragões,...). Tristão e Isolda, Amadis de Gaula e Demanda do Santo Graal, que foram escritas na região ibérica e sofrem influência do catolicismo.
Essas novelas se dividem em três ciclos:
• Ciclo Bretão, que se baseava nas histórias do Rei Arthur e os cavalheiros da távola redonda.
• Ciclo Carolíngio, narra os trabalhos heroicos do Rei Carlos Magno e dos Doze Pares da França (luta contra os saxões). 
• Ciclo Clássico (Greco-latino), que se baseava na cultura helénica (Grécia e Roma).
3 - Humanismo:
O humanismo é considerado como fase de transição onde se discutia sobre o Teocentrismo e o Antropocentrismo (fé contra razão) – bifrontismo. A época do humanismo é marcada pelo declínio da organização feudal (suserania e vassalagem), ascensão da burguesia, grandes navegações. O humanismo se estende desde 1434 com Fernão Lopes e exerce influência ainda hoje com o teatro vicentino.
Crônica ou prosa historiográfica:
 -Fernão Lopes é o nome mais importante desse estilo (é considerado o pai da historiografia portuguesa), pois ele relatou em suas crônicas a importância dos fatores econômicos do povo na historia. Em três obras ele retrata a vida de reis portugueses (Crônicas del-Rei D. Pedro I, Crônicas del-Rei D. Fernando e Crônicas del-Rei D. João I ). A crônica de Fernão Lopes se diferencia das crônicas atuais pelo fato de ser escrita de modo impessoal e por ser um documento, onde era relatado o cotidiano.
Poesia Palaciana:
 -Apresenta maior elaboração que as cantigas; uso de redondilhas (maior com 5 sílabas poéticas e menor com 7) ; presença de ambiguidades, aliterações e figuras de linguagem (jogo de palavras). Ela apresenta uma visão idealizada da mulher amada e um amor platônico como na cantiga de amor, porém com intimidade e sensualidade, mostrando os sentimentos do eu líricos mais aprofundados.
Teatro popular:
 -O teatro popular surgiu com o humanismo em Portugal através de Gil Vicente, que buscava fazer sátiras sobre a vida das diversas classes sociais. Gil Vicente tinha para si uma missão moralizante reformadora, voltando-se não para Deus, mas para os homens. Ele não visava atingir as instituições, mas as pessoas inescrupulosas que as compunham.
Obras:
Auto da barca do inferno:
 -É uma alegoria do juízo final. A barca é uma metáfora de contabilidade do quem você foi. Proporciona uma amostra do que era a sociedade de Lisboa da época, apesar de ser pertinente com a atualidade. A estrutura é vista pelo percurso cénico de cada personagem, que demonstra as ações enquanto julgado.
 Os personagens que foram para barca do anjo foram os 4 cavalheiros (morreram pela fé nas cruzadas) e Joane, o tolo. Os que foram para barca do diabo foram o fidalgo (egoísta, mesquinho,...); o Frade, que descumpriu o voto de castidade e tinha uma amante; o Onzeneiro, que era um agiota; o Sapateiro (metáfora de um serviço caro e mal prestado); a Alcoviteira (cafetina); o Corregedor e o Procurador, que eram corruptos; e o enforcado, que cometeu suicídio.
Observação: alegorias são metáforas que remetem a algum lugar. 
Farsa de Inês Pereira: 
 -Retrata a ambição de uma criada da classe média portuguesa do século XVI. Toda peça gira à volta de Inês Pereira, personagem principal. Inês Pereira é uma moça simples e solteira com grande ambição que procura um marido que a dê regalias. A frase que rege a peça e o comportamento de Inês é: “Mas quero um asno que me carregue a um cavalo que me derrube”. A mãe de Inês, que era alcoviteira, preocupada com a filha incita-a a casar com Pero Marques, filho de lavrador, arranjado por Lionor Vaz, uma alcoviteira. Porém Inês não quer casar com ele por ele ser ignorante e inculto. Inês casa-se com um escudeiro, que no início passa ares de “bom moço”, mas depois se revela um tirano, graças a dois casamenteiros judeus. Braz da Mota, o escudeiro, antes de sair para guerra dá ordens para que tranquem e vigiem Inês em casa. Meses após a partida do marido Inês recebe a notícia da morte dele, com isso Inês se casa com Pero Marque. No fim da história um ermitão se torna amante de Inês. 
4- Camões: 
• Lírica Camoniana: 
→ A Lírica Camoniana se divide em três partes, sendo elas: Lírica Amorosa, Lírica Filosófica e Lírica sobre a natureza.
 -Lírica Filosófica: Tem como tema o desconcerto do mundo; refere-se ao mundo como um "mundo sem jeito". 
 -Lírica Amorosa: Se caracteriza por um amor neoplatônico, ou seja, um amor idealizado e não correspondido; essa falta de reciprocidade gera sofrimento.
 
• Os Lusíadas: 
 -Epopeia que celebra um herói (Vasco da Gama - o povo português); Apresenta o gênero épico; O momento - Renascimento; O assunto - Conquista dos mares; E narra a viagem de Vasco da Gama às Índias. 
Episódio de Inês de Castro: 
 -Relata a história de amor entre o Rei Pedro e Inês. D. Pedro recebe a incumbência de lutar em uma guerra e tem de partir. Os nobres portugueses que não eram a favor do casamento de Pedro e Inês a assassinam e a enterram. D. Pedro retorna e fica sabendo do acontecido. Rei Pedro manda que desenterrem Inês e sentem-na no trono e ordena que todos os fidalgos que participaram da conspiração beijem a mão do cadáver e depois ordena que os matem.
 
Episódio do Velho do Restelo: 
 -Segue a narração da História de Portugal até o início da viagem de Vasco da Gama, que parte pelo mar sendo amaldiçoado por um velho que alerta sobre os perigos da conquista. Diz o velho que aquele que busca os inimigos distantes acaba se esquecendo dos inimigos que estão próximos. Este episódio significa o ceticismo e a descrença em Portugal. É quando Camões para de pensar nas grandes navegações de maneira idealizada e começa a pensar como o povo Português, levando em consideração os riscos. 
Episódio do Gigante Adamastor: 
 -Gigante Adamastor, um dos gigantes que enfrentou Júpiter (Zeus) em uma batalha mortal e que acabou transformado no Cabo das Tormentas (espaço geográfico situado ao sul do continente africano). Adamastor interpela os lusos, questionando suas intenções e conta sua própria história, revela seu amor por Tétis e desfaz-se em lágrimas ao final.

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