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SÍNDROME 
METABÓLICA 
Profª Nathalia Scrafide 
SÍNDROME METABÓLICA (SM) 
 
 
 
 
A obesidade está associada a um conjunto de doenças metabólicas, como: 
     
 
 diabetes aterosclerose dislipidemia hipertensão 
 
 
RESISTÊNCIA INSULÍNICA (RI) 
 
 
• A RI significa uma diminuição na capacidade da insulina em 
estimular a utilização celular de glicose, seja por deficiência no 
receptor de insulina ou por um defeito em algum mecanismo pós-
receptor durante sua utilização. 
 
• A RI manifesta-se em estágio precoce, ou seja, precede o 
aparecimento dos diferentes componentes da SM, podendo ser o 
fator determinante e desencadeador desta síndrome. 
 Os componentes da SM são caracterizados pela hiperinsulinemia e por 
diferentes intensidades de resistência insulínica. 
 
 A SI é estabelecida quando o indivíduo apresenta 3 ou mais dos 
seguintes componentes: 
1- intolerância à glicose com glicemia de jejum maior ou igual a 110 mg/dL 
(88 – 110mg/dL); 
2- obesidade abdominal ou maior quantidade de gordura visceral com 
circunferência da cintura >102 cm para homens e > 88 cm para mulheres; 
3- TG  150 mg/dL; 
4- HDL –col < 40 mg/dL para homens e < 50 mg/dL para mulheres; 
5- terapia anti-hipertensiva vigente ou pressão arterial  130 / 85 mmHg. 
 
 Federação Internacional de Diabetes (2005) recomenda que o 
critério fixo seja : 
 
 Obesidade abdominal ou maior quantidade de gordura visceral 
com circunferência da cintura > 94 cm para homens e > 80 cm 
para mulheres e mais 2 critérios citados anteriormente, 
considerando intolerância à glicose valores de glicemia de jejum  
100 mg/dL (80-100 mg/dL). 
Tratamento NÃO medicamentoso 
 
 Terapia de primeira escolha: plano alimentar para redução do peso, 
associado a exercícios físicos. 
Essa associação provoca: 
- diminuição expressiva da circunferência abdominal e da gordura visceral, 
- melhora significativamente a sensibilidade a insulina, 
- diminui os níveis plasmáticos de glicose, podendo prevenir ou retardar o 
aparecimento de diabetes tipo 2, 
- redução expressiva da pressão arterial e níveis de TG com aumento do 
HDL-col. 
 
Conduta Nutricional 
 
Objetivos: - melhorar a sensibilidade insulínica; 
 - prevenir as alterações metabólicas e cardiovasculares; 
 - corrigir alterações metabólicas; 
 - redução do peso. 
 
Redução do peso: 
 
 A maioria dos indivíduos com SM apresentam excesso de peso. 
 O plano alimentar deve ser individualizado e prever uma redução de peso 
sustentável de 5 a 10% do peso corporal inicial. 
Redução do peso e plano alimentar 
 
1o passo: estabelecer necessidades do indivíduo à partir da avaliação 
nutricional, incluindo a determinação do IMC, circunferência abdominal, 
composição corporal. 
2o passo: determinar perfil metabólico. 
 
 O plano alimentar deve fornecer VCT compatível com a obtenção e/ou 
manutenção de peso corporal desejável. 
 
 Para obesos: dieta hipocalórica, com  500 Kcal a 1000 Kcal do GET 
diário previsto ou da anamnese alimentar; objetivo de promover perdas 
ponderais de 0,5 Kg a 1,0 Kg/sem. 
Método Prático: 
 
• 20 Kcal a 25 Kcal/ Kg peso atual / dia 
 
* Não utilizar dietas  800 Kcal, pois não são efetivas para perda de peso. 
 
 Os nutrientes do plano alimentar podem influenciar a sensibilidade da 
insulina, mas a perda de peso acarreta melhores benefícios. 
 
Os nutrientes que podem influenciar no controle da resistência insulínica estão 
no quadro 1. 
Quadro 1 – Influência dos componentes da dieta sobre a sensibilidade 
insulínica: 
 
Componentes da dieta Sensibilidade insulínica 
 
Gord. Total (>40%) ( - ) 
Gord. Saturada ( - ) 
Ác. Graxos Trans ( - ) 
Ác. Graxos Monoinsaturados ( + ) 
Fibra de cereal ( + ) 
Alimentos de baixo IG ou CG ( + ) 
Sal ( - ) 
Açúcares simples (> 20% das calorias) ( - ) 
CLA (isômeros trans-10, cis 12) ( - ) 
 
 
 
IG= índice Glicêmico 
CG = Carga Glicêmica 
CLA = ácido linoleico conjugado (conjugate linoleic acid) 
CARBOIDRATOS 
 
 Principais responsáveis pelas concentrações circulantes de glicose e 
insulina, tanto em jejum como após ingestão. 
 
 
 Em condições normais, elevações persistentes ao longo do tempo são 
inócuas, mas em situação de predisposição à resistência a insulina 
(obesidade, sedentarismo, etc), dietas altas em CH podem ocasionar um 
super estímulo das células beta do pâncreas, conduzindo a uma “falência 
prematura” da produção de insulina por estas células. 
 
 
* Dependendo do tipo e uantidade de CH ingerido, o tipo e porcentagem de 
CH da dieta, o IG ou CG e o conteúdo de fibra, a resposta final pode ser 
diferente para cada indivíduo. 
Índice Glicêmico (IG) e Carga Glicêmica (CG) 
 
O IG corresponde a área abaixo da curva glicêmica plasmática produzida pela 
ingestão de uma quantidade padrão de um alimento (geralmente 50g) em 
relação à área produzida pela mesma quantidade de CH proporcionada por um 
alimento de referência (pão branco ou glicose). 
 
 Em geral, alimentos com  IG produzem menores elevações na glicemia que 
os alimentos com  IG. 
 
 O IG pode variar em função de vários fatores relacionados ao tipo de alimento, 
produção, grau de maturação, cocção, etc. Pelo fato de que a quantidade de CH 
de um alimento ou refeição poder variar, determinou-se a carga glicêmica, que 
faz referência a quantidade de CH multiplicado por seu IG. É o tamanho da 
refeição consumida, mais que o alimento em si, que melhor se relaciona com 
sua capacidade hiperglicemiante. 
 
 Se os alimentos com  IG podem produzir maiores elevações na glicemia, isto 
indica que também podem contribuir para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. 
Fibras 
 
 20 a 30g/d = hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas. 
 
 
Gorduras 
 
 O consumo de gorduras polinsaturadas ( óleos, vegetais) se associam com 
menor risco relativo (40%) de desenvolver DM tipo 2 em mulheres. 
 
 Quando os MUFAs (Ác. Graxos Monoinsaturados = azeite, frutas secas, 
abacate, etc.) substituem parcialmente os CH da dieta, as concentrações de TG 
e de partículas pequenas de LDL diminuem, tanto em diabéticos quanto em não 
diabéticos. 
 
 Atualmente, recomenda-se que a soma de CH e MUFA representem 60 – 
70% da energia, inclinando-se a balança no sentido de um ou outro, em função 
da presença de obesidade. (American Diabets Association) 
 
 Os ácidos graxos w-3 podem ser benéficos na SM em especial no 
tratamento da hipertrigliceridemia grave em indivíduos com DM tipo 2 = 2 a 3 
porções de peixe por semana. 
 
 Evitar as gord. Trans (óleos e gorduras hidrogenadas, margarinas duras e 
shortenings = gord. industriais presentes em sorvetes, chocolates, produtos de 
padaria, salgadinhos tipo chips, molhos para saladas, maionese, cremes para 
sobremesas e óleos para fritura industrial), e em menor quantidade em 
produtos lácteos e carnes bovinas e caprinas. 
 
Proteínas 
 0,8 g a 1,0 g/ Kg peso atual ou 15% do VET. 
Vitaminas e Minerais 
 
 2 a 4 porções de frutas, sendo pelo menos 1 rica em vit. C e 3 a 5 porções 
de hortaliças cruas ou cozidas. 
 Recomenda-se, sempre que possível, alimentos integrais. 
 
Sal de cozinha 
 
 Limitado a 6g / dia 
 Evitar: alimentos processados como embutidos, conservas, enlatados, 
defumados e salgados de pacote tipo snacks. 
 Usar temperos naturais:salsa, cebolinha, ervas aromáticas. 
Recomendações: 
 
 A adoção do modelo dietético DASH e da dieta do Mediterrâneo, que 
preconizam o uso de hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas, laticínios 
com baixo teor de gordura total, gordura saturada e trans e colesterol, alta 
quantidade de gordura monoinsaturada e ácido graxo w-3, e fornece altas 
quantidades de potássio, magnésio e cálcio, pode ser uma opção terapêutica 
na SM quando associada a uma intervenção no estilo de vida. 
 Fracionar em 5 refeições, sendo 3 principais e 2 lanches. 
 Preferir alimentos grelhados, assados, cozidos no vapor ou até mesmo crus. 
 Alimentos diet e light podem ser indicados no contexto do plano alimentar e 
não utilizados de forma exclusiva. 
 Respeitar preferências individuais e o poder aquisitivo do paciente e família. 
Recomendações adicionais: 
 
 
 Controle das situações estressantes. 
 Cessar o fumo. 
 Controle na ingestão de bebida alcoólica = limite máximo recomendado 
é de 30g de etanol/d para homens e metade deste valor para as mulheres 
e pacientes com hipertrigliceridemia e peso corporal elevado. 
 
**Evidências mostram que acima desses limites há elevação nos níveis da 
pressão arterial, além de influenciar na carga calórica total. 
 A recente resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária) permite a utilização de três novos edulcorantes em 
alimentos no Brasil: neotame, eritritol e taumatina. 
 O documento, ainda, impõe novos limites máximos para a 
ingestão dos edulcorantes anteriormente aprovados. 
 Há uma lista completa de todos os edulcorantes, os limites de 
ingestão máxima e os alimentos permitidos para uso de cada 
substância. 
DICA DE LEITURA: 
I DIRETRIZ BRASILEIRA DE DIAGNÓSTICO E 
TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA 
ESTUDOS DE CASO 
1- Mulher, 45 anos, experimentou vários programas para perda de 
peso. Seguiu dietas rígidas e nunca fez exercícios nas tentativas 
anteriores de redução de peso. Ela toma várias medicações 
cardíacas, nenhuma das quais pôde se lembrar. Sua pressão arterial 
é de 160/90mmHg, tem 1,60m e pesa 87,7 kg. Seu menor peso foi 
de 58,5 kg aos 30 anos, mantidos por 2 anos. Ela mencionou que 
tentou várias dietas na adolescência, quando manteve o peso de 
76,5 Kg por 3 anos. 
 
a) Que tipos de nutrientes você discutiria com a paciente, por 
exemplo: gorduras totais, sódio, gordura saturada, etc?? 
b) Quais seriam os objetivos do tratamento? Como seria seu plano 
para alcançar a meta? 
c) Que orientações nutricionais você daria? 
d) Calcule o IMC, VET, macronutrientes. 
 
2 - Paciente, sexo feminino, peso atual 120 kg, altura 1,65m. Submeteu-
se a uma gastroplastia. Após 30 dias, compareceu ao ambulatório de 
nutrição para orientação nutricional. Você é o(a) nutricionista do 
ambulatório. Quais orientações nutricionais daria a paciente? 
 
3 - Paciente R.T.R., sexo masculino, 41 anos, casado, operador de 
máquina, internado no setor de coronariografia, apresentando H.D. 
angina instável. 
Reside em casa própria, com a esposa e três filhos. Realiza refeições em 
casa. Consome alimentos variados, gordura, doces, legumes, carnes. 
Fumou por 20 anos e parou há 10. 
A P:Há 7 anos, começou a queixar-se de dor no peito. Após 6 meses, 
realizou cateterismo + angioplastia. Após 5 anos, realizou novo 
cateterismo + angiografia. Em seguida, submeteu-se a ponte de safena + 
angioplastia. 
A F: Primo faleceu de infarto aos 42 anos, o avô também, o irmão faleceu 
de câncer, a tia tem 4 pontes de safena, o tio faleceu de AVC. 
Achados clínicos na admissão: angina instável, obstrução triarterial em 
grau importante e moderado comprometimento da função ventricular 
esquerda. Realizado angioplastia e revascularização do miocárdio, DM, 
HAS. Evoluiu com septicemia. 
 
 
Exames Valores de referência Resultados diários 
16/02 
 
19/02 
uréia 15 – 40 mg/dL 35,0 23,0 
creatinina 0,4 – 1,3 mg/dL 1,0 0,7 
sódio 136 – 146 mEq/L 137,0 135,8 
potássio 3,5 – 5,6 mEq/L 3,89 4,36 
glicemia 70 – 110 mg/dL 123,0 - 
colesterol < 200mg/dL 300,0 - 
triglicerídios < 150 mg/dL 115,0 - 
HDL > 40,0 mg/dL 23,0 - 
LDL 100 –159 mg/dL 161,0 - 
Exames laboratoriais: 
Avaliação nutricional: 
 
A dieta habitual do paciente é de: 1217kcal, 22% proteínas, 37,5% 
carboidratos, 40,5% de lipídios, 167,7mg de colesterol, 1,5g fibras. Em 
relação a análise qualitativa, consome: 3 pç de cereais(recomendação: 5-9), 2 
pç hortaliças (recom:4-5),frutas-0 (recom:3-5), leguminosas – 2 pç (recom:1), 
carnes e ovos-2pç (recom:1-2), leite e derivados: 0 (recom:3), óleos e 
açúcares: 2pç (recom: 1-2), açúcares e doces: 1pç (recom: 1-2). 
 
Antropometria: Est: 1,65m, Peso atual: 60Kg, Peso habitual: 60Kg, CB: 
28cm, DCT: 11,5mm, CMB: 24,3cm, DCSE: 14,5mm. 
 
Bioquímica: contagem total de linfócitos: 13,7 ml/mm2, hemoglobina: 
13,7g/dL, hematócrito:40,4% 
 
Conduta dietoterápica: dieta geral hipossódica (evitar aumento da 
pressão no pré e pós operatório. 
 
Calorias: 2139,7 kcal, proteínas: 90,56g (16,8%), carboidratos:54%, 
lipídios:29%, colesterol:90,92, fibras: 10g, sódio:2839,7mg, 
potássio:1720,61mg. 
 
Questões: 
• Determine as necessidades nutricionais. 
• Comente a dieta habitual do paciente e oferecida pelo hospital, 
comparando com as necessidades nutricionais. 
• Calcule o peso ideal, e classifique os dados apresentados citando as 
referências. 
• Dê o diagnóstico nutricional. 
• Se o paciente estivesse sob seus cuidados, quais orientações 
dietoterápicas você daria?

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