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Banco de D ados Introdução aos conceitos de Banco de Dados Banco de Dados Introdução aos conceitos de Banco de Dados Banco de dados – Banco de Dados 2 Introdução aos conceitos de Banco de Dados O que é um banco de dados? Para iniciarmos este curso é importante entender o que é um banco de dados. Na verdade, sempre nos deparamos com banco de dados em muitos momentos de nossas vidas, sem ao menos ter ciência disso, por exemplo, a partir do momento que nascemos nossos nomes já estão em um banco de dados. Sabe-se que o dado é um fato que por si só tem um significado implícito que pode não nos dizer nada. Por exemplo: 30 o que significa esse dado pra você? Depende do contexto em que ele estiver inserido, esse número pode nos dizer muitas coisas, por exemplo, o percentual do aumento que você recebeu em seu trabalho, pode significar a idade da professora, o valor do livro que você quer comprar, quantos dias faltam pra suas férias entre muitas outras coisas. Segundo Heuser (2009), um banco de dados é “um conjunto de dados integrados que tem por objetivo atender a uma comunidade de usuários”. Para entender melhor o conceito de banco de dados vamos considerar o exemplo a seguir: em dezembro de 2012 você resolveu comprar alguns presentes para presentear sua mãe. Para isso decidiu que a compra seria realizada na joalheria conhecida, para que a jóia escolhida para sua mãe tivesse garantia e afim de fazer um cadastro seu nessa joalheria foi necessário que você informasse alguns dados pessoais seus. Por tanto a Banco de dados – Banco de Dados 3 atendente solicitou alguns dados seus, sendo esses: Nome completo, RG, CPF, data de nascimento, seu endereço com dados como nome da rua onde mora, número da casa, cep e telefone. Pronto! Você esta no banco de dados da joalheria em que você comprou o presente para sua mãe, em sua próxima compra nesta, você não precisará mais fornecer todos seus dados, pois somente com o número de seu CPF, por exemplo, a atendente será capaz de identifica-lo no meio de tantos outros clientes que a empresa possui, dado o fato de que o seu CPF é único e não poderá se repetir. Outro exemplo bem simples de banco de dados que faz parte do cotidiano de milhões de pessoa é o nosso celular, por exemplo, quando você adiciona o numero de telefone de um amigo em sua agenda de contatos você sem perceber esta utilizando um banco de dados, quando precisar falar com esse amigo será só digitar a inicial do mesmo que seu aparelho irá listar todos seus contatos com a mesma letra e ao selecionar o contato que necessita sua agenda lhe mostrará todos os dados armazenados de seu amigo. Viu você tem um banco de dados em suas mãos em todo momento. Alguns outros exemplos de banco de dados que fazem parte de nossas vidas podem ser: Banco de dados de uma instituição financeira na qual você abriu uma conta para depositar suas economias, Banco de dados da Universidade onde você esta cursando o ensino superior, Banco de dados do hotel onde você ficou hospedado em suas férias, entre outros. É uma coleção de dados logicamente coerente e manipulável, que possui significado implícito, cuja interpretação é dada por uma determinada aplicação, são inseridos em um único local e devem obedecer a um padrão de armazenamento. Exemplos de Banco de Dados Como discutido anteriormente existem vários exemplos de Banco de dados, vamos citar alguns abaixo. Existem inúmeros outros exemplos de Banco de Dados: Deposito ou saque de dinheiro em agência bancária; Reserva em hotel; Banco de dados – Banco de Dados 4 Registro em Cartório; Busca de livros em um catálogo informatizado; Reserva de passagem aérea; Compra de produtos via Web; Controle de vendas em um supermercado; Ingresso em cursos Universitários; Entre outros. Propriedades de um Banco de Dados Um banco de dados representa algum aspecto do mundo real, ou seja, sempre que desejamos armazenar algo em um banco de dados é por um propósito específico do mundo real, como os exemplos de banco de dados citados anteriormente. Se quisermos armazenar os depósitos ou saques em uma agência bancária isso faz parte do mundo real, pois é a partir do armazenamento que poderemos saber o saldo que teremos depositado em nossa conta, se formos nos hospedar em um hotel da cidade onde resolvemos passar nossas férias, nossos nomes serão armazenados no banco de dados do hotel e essa necessidade de armazenamento de nossos dados neste banco foi uma necessidade real do hotel onde nos hospedamos, quando você ingressou na universidade, surgiu à necessidade de ser inserido no banco de dados da universidade, para que essa possa armazenar suas notas futuramente e garantir que na conclusão do curso vocês tenha acesso ao seu histórico escolar, isso faz parte do mundo real entre outras necessidades de armazenamento. Um banco de dados é projetado, construído e povoado com dados que possuem um objetivo específico. Um banco de dados pode ser gerado e mantido: Manualmente - Exemplo: Agenda Telefônica, que muitas pessoas ainda utilizam quando precisam ligar para outra pessoa. Informatizado – que pode ser criado e mantido por um grupo de aplicações, escritos para aquela tarefa ou por um Sistema Gerenciador de Banco de dados – Banco de Dados 5 Banco de Dados (SGBD). Históricos evolutivos dos sistemas de banco de dados Vamos aprender um pouco sobre a evolução dos sistemas de Banco de Dados e dessa forma conseguir entender mais sobre as mudanças que ocorreram com o passar do tempo. Em meados dos anos 60 até os anos 70, começaram a surgir os sistemas para armazenamento de grandes volumes de informação para grandes empresas, dentre elas podemos citar universidades, hospitais e instituições financeiras. Nessa época utilizavam-se computadores de grande porte (mainframes) e caros. Os sistemas de banco de dados existentes nessa época eram conhecidos como sistemas baseados em modelos hierárquicos, modelos de rede e arquivos invertidos. Mas esses modelos não eram satisfatórios, pois geravam alguns problemas, tais como: redundância de informação (mesmos dados armazenados em lugares diferentes mais de uma vez); dificuldade de recuperação de dados (era necessário escrever programas para ler as informações necessárias); pouca flexibilidade para criar novas consultas e transações (para se consultar uma informação no banco de dados era necessário escrever um código para cada consulta que se desejasse); havia uma grande dificuldade de reorganizar o banco de dados quando havia a necessidade de uma mudança de requisito na aplicação. Em meados dos anos 70 começam a surgir os Bancos de dados relacionais, baseados na lógica da álgebra relacional, esses modelos inicialmente eram considerados muitos lento, mas com o tempo esse modelo foi ficando eficiente devido a alguns aspectos, tais como: surgimento de técnicas para armazenamento e indexação tornaram as consultas mais rápidas e o desempenho dos Banco de dados – Banco de Dados 6 bancos de dados melhorou; a introdução de linguagens de consulta como uma alternativa para as interfaces com as linguagens de programação; devido a flexibilidade e a agilidade oferecida para a criação de novas consultas e a reorganização do banco de dados quando os requisitos eram alterados levou à popularização do modelo; outro fator importante foi a possibilidadede uso em computadores desde os pessoais até em grandes servidores. Em meados dos anos 80, começam a surgir os sistemas de bancos de dados Orientados a Objeto, em resposta a necessidade das linguagens de programação OO em armazenar e partilhar objetos complexos, alguns fatores que contribuíram para que esses sistemas evoluíssem: a incorporação dos paradigmas da OO (tipos de dados abstratos, encapsulamento, herança, identidade de objetos); eram inicialmente tidos como um concorrente para os bancos de dados relacionais, seu uso é limitado devido a complexidade do modelo e falta de um padrão; Usados principalmente em aplicações especializadas, como projetos em engenharia, publicidade multimídia e sistemas industriais. As tendências atuais dos sistemas de bancos de dados que vem sendo aprimorados devido as necessidades de mercado e principalmente devido a tomada de decisão e a crescente aumento da quantidade de informações a serem armazenadas são: Crescimento do aumento da utilização de banco de dados Orientados a Objetos; Forte implementação de Data Warehouse e Data Marts; Presença de Data Mining nas corporações; Banco de dados – Banco de Dados 7 Sistemas corporativos integrados com a Web; E-Businees, E-Commerce; Alta performance e baixo custo; Popularização irrestrita, lançamento de sistemas gratuitos, com código fonte aberto. O modelo de Banco de Dados mais usado ainda é o modelo de banco de dados Relacional. Finalidade dos Sistemas de Banco de Dados Os sistemas de banco de dados estão disponíveis para funcionar em máquinas reais desde os pequenos computadores de mão (smartphones, palmtops e outros), em clusters de computadores (aglomerado de processadores), ou mesmo em mainframes (computadores de grande porte) e que venham a atender as necessidades de monousuários e multiusuários. Os bancos de dados mais utilizados nos dias atuais são sistemas multiusuários, pois temos vários usuários acessando o mesmo banco de dados. Enquanto que em máquinas menores, ou em pequenos sistemas, tendem a ser monousuários. O fato interessante é que mesmo em sistemas multiusuários o objetivo é que cada usuário se comporte como se estivesse trabalhando em um banco monousuário, fazendo com que os usuários finais não possam ver os problemas internos ao sistema (SILBERSCHARTZ et. al, 2006). Banco de dados – Banco de Dados 8 Os sistemas de Banco de Dados surgiram com o propósito de atender a demanda por armazenamento e gerenciamento de grandes volumes de dados de todos os tipos de organização. Segundo Silberschartz et. al (2006), os sistemas de banco de dados surgiram com intuito de substituir sistemas de processamento em arquivos, pois os mesmos apresentavam diversas desvantagens. Vamos conhecer um pouco dessas desvantagens: Redundância e inconsistência de dados – Pelo fato de que diferentes programadores criam arquivos e programas de aplicação durante um longo período de tempo, alguns arquivos podem precisar de diferentes estruturas, e os programas podem ser escritos em diferentes linguagens de programação. Outro fato é que as mesmas informações podem ser duplicadas em vários locais (arquivos). Um exemplo disso seria, o endereço e o número de telefone de um cliente podem aparecer em um arquivo que consiste em registros da conta poupança do cliente e um outro arquivo que consiste em registros de conta corrente do mesmo cliente. Isso é considerado uma redundância, pois temos informações de endereço e telefone de um mesmo cliente em arquivos diferentes (locais diferentes). Essa redundância pode gerar custos altos de armazenamento e acesso e também causar inconsistência de dados; ou seja, várias cópias com os mesmo dados podem não estar mais iguais. Um exemplo é que se por acaso um dos programadores fazer uma alteração no endereço do cliente nos registros de conta poupança, essa alteração não será refletida nos registros de conta corrente do cliente. Ou seja, temos uma inconsistência, pois o mesmo cliente esta com endereço diferente para as suas duas contas (SILBERSCHARTZ et. al, 2006). Dificuldade de acesso a dados – Para entendermos melhor a dificuldade de acesso a dados, vamos usar o exemplo citado para conta cliente. Vamos imaginar que o gerente do banco tenha a necessidade de saber qual o local na cidade em que há uma maior concentração de clientes do banco. Neste caso o gerente solicita ao departamento de processamento de dados uma lista contendo essas informações. Como as pessoas que projetaram o sistema não previram essa solicitação, não há um programa de aplicação que atenda a essa solicitação do gerente. Mas foi projetado um programa de aplicação que gera uma lista com todos os clientes do banco. Neste momento o Banco de dados – Banco de Dados 9 gerente se depara com duas opções: solicitar uma lista com todos os clientes e abstrair as informações necessárias manualmente ou pedir a um programador que escreva um programa de aplicação para atender a necessidade. No entanto qualquer uma das opções seriam insatisfatórias (SILBERSCHARTZ et. al, 2006). Isolamento de dados – Como os dados estão dispersos em arquivos e esses podem estar em diferentes formatos, escrever novos programas de aplicação para recuperar os dados apropriados se torna uma tarefa difícil (SILBERSCHARTZ et. al, 2006). Problemas de integridade – Os valores de dados armazenados no banco de dados precisam satisfazer determinadas restrições de consistência. Problemas de atomicidade – Dentre os sistemas de computador como qualquer outro dispositivo elétrico está propicio a falhar. Em alguns exemplos de aplicativos é importante que caso haja uma falha no sistema os dados armazenados voltem ao estado em que se encontrava antes da falha. Por exemplo: Imagine que você esta fazendo uma transferência bancária para a conta de um amigo, no valor de R$ 50,00. Vamos considerar sua conta A e a de seu amigo, conta B. Se durante a transação (transferência bancária) ocorre uma falha, que pode ser até mesmo a falta de energia é possível que o valor saia de sua conta, mas não chegue a conta de seu amigo, resultando em um estado de banco de dados inconsistente. Neste caso podemos admitir que a necessidade de que se faça tudo ou não faça nada. É difícil garantir atomicidade em um sistema de processamento em arquivo convencional. Problemas de segurança – Em um sistema de banco de dados é importante que nem todos os usuários tenham acesso a todas as informações. É necessário que cada usuário possa ver somente o que é pertinente a ele. Por exemplo: em um sistema de banco de dados para a instituição financeira, não há necessidade que as pessoas responsáveis pela folha de pagamento, tenha acesso aos dados das contas correntes dos clientes da instituição. No entanto, como os dados estão armazenados em arquivos, é difícil impor essa restrição de segurança. Banco de dados – Banco de Dados 10 Os sistemas de processamento em arquivos não eram capazes de suportar essas desvantagens com isso começaram a surgir os sistemas de banco de dados que foram projetados para gerenciar grandes blocos de informação. Pelo fato de que as informações são consideradas verdadeiros tesouros para as organizações, de acordo com Silberschartz et. al (2006), “os cientistas da computação desenvolveram um grande grupo de conceitos e técnicas para gerenciar os dados” e dessa forma garantir que os problemas fossem sanados.Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados A tecnologia aplicada aos métodos de armazenamento de informações vem crescendo e gerando um impacto cada vez maior no uso de Banco de Dados. Um Banco de Dados é, antes de tudo, uma coleção coerente de dados armazenados logicamente, cuja finalidade é organizar estas informações visando à otimização dos sistemas, facilitando a entrada, alterações, processamento e consulta de dados (ELMASRI, 2008). Para criação e manutenção de um Banco de Dados informatizado utiliza-se um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD). O SGBD é um sistema de software de propósito geral que facilita na definição, na construção, na manipulação e no compartilhamento do banco de dados entre vários usuários e aplicações. A figura 2 ilustra a arquitetura genérica de um SGBD. Banco de dados – Banco de Dados 11 A figura 2, não busca descrever um SGBD específico em vez disso ilustra módulos típicos de um SGBD genérico. Níveis de abstração dos Dados na Arquitetura de um Sistema de Gerenciamento de Banco de dados. Como já foi visto o SGBD é composto de uma coleção de arquivos e programas inter-relacionados, que permitem aos usuários fazerem o acesso e a modificação desses arquivos. O objetivo dos níveis de abstração dos dados no SGBD é prover aos usuários uma visão abstrata dos dados. Isto é, o SGBD deve omitir certos detalhes de armazenamento e manutenção dos dados, mantendo transparência para os usuários. Existem três níveis de abstração que simplificam a interação do usuário com o SGBD: Nível de visões, Nível conceitual e nível físico. A figura 3, ilustra os níveis de abstração do SGBD. Nível físico ou nível interno – Também conhecido como nível de armazenamento. Mais baixo nível de abstração, descreve como os dados Banco de dados – Banco de Dados 12 estão armazenados. Neste nível, é possível termos detalhes mais próximo do armazenamento físico, ou seja, este se ocupa com o modo em que os dados são fisicamente armazenados no sistema, tais como: tamanho dos campos, índices, como os dados estão representados, em que sequencia física os registros serão armazenados, e assim por diante (SILBERSCHARTZ et. al, 2006). Nível conceitual ou nível lógico – Nível intermediário de abstração, também conhecido como nível lógico de comunidade. Descreve quais dados estão armazenados e os relacionamentos entre eles. Neste nível, o banco de dados é descrito em termos de um pequeno número de estruturas relativamente simples. Todavia, a implementação de estruturas simples em nível conceitual possa envolver complexas estruturas de nível físico, o usuário deste nível não precisa preocupar-se com isso. Este nível é utilizado pelos administradores de Banco de dados, para definir quais informações devem ser mantidas no Banco de dados (SILBERSCHARTZ et. al, 2006). Nível de visões ou nível externo – Nível mais alto de abstração, também conhecido como nível lógico do usuário, descreve apenas uma visão limitada do Banco de dados. Cada usuário vê somente as informações que lhe são pertinentes. Alguns usuários do SGBD não estão interessados em todos os dados, em vez disso, precisam acessar apenas parte do banco de dados. O nível de visão existe para simplificar sua interação com o sistema. O sistema pode fornecer várias visões para o mesmo banco de dados (SILBERSCHARTZ et. al, 2006). Usuários de um Sistema de Banco de Dados. Já conhecemos um pouco sobre os sistemas de banco de dados e sua arquitetura, agora vamos conhecer um pouco sobre os usuários que utilizam esses sistemas. Um importante objetivo de um sistema de banco de dados é recuperar informações do banco de dados e armazenar novas informações nele. Por tanto as pessoas que trabalham com banco de dados podem ser categorizadas como usuários ou administradores de banco de dados (SILBERSCHARTZ et. al, 2006). Banco de dados – Banco de Dados 13 Os usuários de banco de dados se distinguem pela forma em que esses interagem com o sistema, para tanto foram projetados diversos tipos de interfaces, para os diferentes tipos de usuários (SILBERSCHARTZ et. al, 2006). São Eles: Usuários Navegantes – São usuários que interagem com o sistema de banco de dados através de uma aplicação previamente escrita. Por exemplo, a recepcionista de uma clinica médica que utiliza uma aplicação para agendar as consultas dos médicos, esta trabalhando e armazenando essas informações das agendas em um banco de dados através da interface da aplicação. Sem ao menos se dar conta a recepcionista esta inserindo dados em um banco de dados. Outros exemplos desses usuários podem ser citados: Telefonistas, agentes de viagem, caixas de supermercado, instituição financeira, entre outros. Programadores de aplicação – Interagem com o sistema por meio de programas escritos em uma linguagem principal, tais como: Java, Pascal, Delphi, C#,Net, entre outras linguagens. Usuários Sofisticados – Interagem com sistema de banco de dados através de sentenças escritas em linguagem de consultas a banco de dados SQL – Structured Query Language, de maneira interativa. Esses usuários submetem cada uma dessas consultas a um processador de consulta, cuja função Banco de dados – Banco de Dados 14 é desmembrar as instruções DML – Data Manipulation Language em instruções que o gerenciador de armazenamento entenda. Estão nesta categoria os analistas submetem consultas para explorar dados no banco de dados. Outros usuários nesta categoria são os analistas de negócio, consultores, gerentes, entre outros. Usuários especializados – Usuários especializados que escrevem aplicações especializadas para suas necessidades, que não se encaixam na estrutura de processamento de dados tradicional. Entre essas aplicações estão os sistemas especialistas, sistemas de base de conhecimento, sistemas que armazenam dados complexos (por exemplo, dados gráficos e áudios e CAD). Exemplos de usuários desta categoria: Engenheiros, cientista, analistas de negócio, entre outros. Além desses usuários existe também o Administrador de Banco de Dados (DBA), este é responsável por garantir o controle central sobre os dados e os programas que o acessam. No ambiente de Banco de dados existem recursos a serem administrados de forma centralizada, são eles: Banco de Dados; Sistema Gerenciador de Banco de Dados Softwares relacionados (que acessam os dados) Para tanto, cabe ao Administrador de Banco de dado, administrar esses recursos. Entre as responsabilidades básicas de um DBA, podemos citar: Autorizar o acesso ao banco de dados e a seus dados; Coordenar e monitorar o uso do banco de dados; Administrar a aquisição de recursos de software e hardware conforme necessidade; Resolver questões relacionadas à segurança; Resolver questões de mau tempo de uso do sistema. Banco de dados – Banco de Dados 15 Estas são algumas das responsabilidades básicas de um administrador de banco de dados. Modelo de Dados O Modelo de Dados é uma representação das necessidades de dados de um determinado ambiente e de como esses dados se relacionam. É uma das primeiras atividades que deve ser executada ao longo do processo de identificação e compreensão de um ambiente, tendo em vista necessidades de automatização. É um dos produtos da fase de Análise do Ciclo de Vida de um projeto de desenvolvimento de um sistema. Construir um modelo de dados significa: coletar e documentar informaçõesrelevantes do ambiente estudado; representar as informações, de forma clara e objetiva, e num formato padrão que possa facilitar o entendimento dos participantes do processo; definir, de maneira clara, o escopo do ambiente modelado; adquirir o entendimento do ambiente através de refinamentos sucessivos do modelo; e representar graficamente as necessidades de informação independentemente do Software e do Hardware a serem usados na implementação do Sistema (SILBERSCHATZ et al, 2006). De acordo com Korth (2006) o modelo de dados é uma “coleção de ferramentas conceituais para descrição de dados, relacionamento entre os dados, semântica e restrições de dados”. Os níveis de dados de um modelo de dados são: modelo conceitual, modelo lógico e modelo físico. A figura 4 ilustra o nível de abstração do modelo de dados. Figura 4. Níveis de abstração dos modelos de dados O modelo conceitual busca descrever a estrutura de um banco de Banco de dados – Banco de Dados 16 dados independente do Sistema gerenciador de banco de dados (SGBD), definindo a estrutura que pode aparecer num banco de dados. Este não define como os dados serão armazenados em nível de SGBD. A técnica mais difundida de modelagem conceitual é a abordagem entidade relacionamento (ER). Nesta técnica, um modelo conceitual é usualmente representado através de um diagrama, chamado diagrama entidade relacionamento (DER) (HEUSER, 2009). A figura 5 ilustra o exemplo de um DER. Figura 5 Exemplo de diagrama entidade relacionamento O modelo conceitual é o nível mais alto de abstração conforme ilustrado na figura 5. Um modelo lógico é uma descrição de um banco de dados no nível de abstração visto pelo usuário do SGBD. Assim, o modelo lógico é dependente do tipo particular de SGBD que está sendo usado (HEUSER, 2009). Nesta disciplina, serão tratados somente modelos lógicos referentes a SGBDs relacionais. Em um SGBD relacional, os dados estão organizados na forma de tabelas. Um modelo lógico para o BD acima deve definir quais as tabelas que o banco contém e, para cada tabela, quais os nomes das colunas. No quadro 1 é apresentado um exemplo de modelo lógico (na forma textual) de acordo com o modelo conceitual apresentado na figura 5. TipoDeProduto (CodTipoProd, DescrTipoProd) Produto (CodProd, DescrProd, PrecoProd, CodTipoProd) CodTipoProd referencia TipoDeProduto Banco de dados – Banco de Dados 17 Figura 6 Exemplo de tabelas do Banco de dados Relacional O modelo lógico descreve a estrutura do banco de dados, conforme vista pelo usuário do SGBD, conforme ilustrado na figura 6. Detalhes de armazenamentos internos de informações, que não tem influencia sobre a programação de aplicações no SGBD, mas podem influenciar a performance da aplicações (por exemplo, as estruturas de arquivos usadas no acesso as informações) não fazem parte do modelo lógico (HEUSER, 2009). O modelo físico do banco de dados contem detalhes de armazenamento interno de informações e depende do SGBD a ser utilizado. As linguagens e notações para o modelo físico não são padronizadas e variam de produto a produto (HEUSER, 2009). A tendência em produtos mais modernos é esconder o modelo físico do usuário e transferir a tarefa de otimização ao próprio SGBD. Mas é importante que seja feito, pois é nesse modelo que vamos definir a estrutura dos dados que serão armazenados, ou seja, definiremos os tipos de dados para cada dado a ser armazenado no banco de dados. A figura 7 apresenta o modelo físico de acordo com o modelo lógico visto no quadro 1. Quadro 1. Exemplo de Modelo Conceitual na forma textual Banco de dados – Banco de Dados 18 Figura 7. Exemplo de Projeto físico para a tabela Produto de acordo com o modelo lógico. Atividades: 1 - As principais características ou vantagens de um SGBD são: I - Integridade. II - Consistência ou Compartilhamento de Dados. III - Segurança ou Restrição de Acesso. IV - Restauração ou Tolerância a Falhas. V - Não Redundância ou Controle de Redundância. VI - Padronização dos Dados. Assinale a alternativa correta. A. somente as opções de números pares B. somente as opções de números impares C. somente as opções de números I a IV D. todas as opções estão corretas (correta) 2 - Qual a alternativa mais correta que define um Sistema de Banco de Dados: A. sistema manual de manutenção de registros, cuja finalidade é armazenar informações e permitir que os usuários busquem e atualizem essas informações quando solicitadas. B. sistema computadorizado de manutenção de arquivos, cuja finalidade é armazenar informações e permitir que os usuários busquem e atualizem essas informações quando solicitadas. C. sistema computadorizado de manutenção de registros, cuja finalidade é armazenar informações e permitir que os usuários busquem e atualizem essas informações quando solicitadas. (correta) Banco de dados – Banco de Dados 19 D. sistema manual de manutenção de arquivos, cuja finalidade é armazenar dados e permitir que os usuários busquem e atualizem esses dados quando solicitados. 3 - Quais são os níveis de abstração que simplificam a interação do usuário com o sistema de Banco de Dados? Resposta Correta. Letra C. A. Nível de Hardware, Nível de Software e o Nível de Visões B. Nível Físico, Nível Lógico e o Nível de Máquina C. Nível Físico, Nível Conceitual e o Nível de Visões D. Nível Administrativo, Nível Econômico e o Nível de Visões 4 - Qual o SGBD abaixo que NÃO é relacional? Resposta Correta. Letra B. A. Oracle B. Adabas C. MySQL D. SQL Server 5 – Pesquise e responda. Do ponto de vista histórico quais as principais arquiteturas de Banco de Dados? 1 - Plataformas Centralizadas. 2 - Cliente-Servidor. 3 - Sistemas em Computadores Pessoais. 4 - Distribuída (N camadas). Banco de dados – Banco de Dados 20 5 - Paralela. Resposta Correta. Letra D. A. somente 1, 2 e 3 B. somente 2, 3 e 4 C. somente de 1 a 4 D. todas as mencionadas Banco de dados – Banco de Dados 21 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ELMASRI, Ramez., Sistemas de Banco de Dados. São Paulo, Addison Wesley, 2008 HEUSER, Carlos Alberto, Projeto de Banco de Dados. Porto Alegre, Sagra Luzzatto, 2009 6. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR SILBERSCHATZ, A.; KORTH, F.; SUDARSHAN, H., Sistema de Banco de Dados. São Paulo, Makron Books, 2006 5.
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