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Introducao aos Conceitos de Banco de Dados

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Banco de D ados 
 
Introdução aos conceitos 
de Banco de Dados 
 
Banco de Dados
Introdução aos conceitos 
de Banco de Dados
Banco de dados – Banco de Dados 2 
Introdução aos conceitos de Banco 
de Dados 
 
O que é um banco de dados? 
 
Para iniciarmos este curso é importante entender o que é um banco de 
dados. Na verdade, sempre nos deparamos com banco de dados em muitos 
momentos de nossas vidas, sem ao menos ter ciência disso, por exemplo, a 
partir do momento que nascemos nossos nomes já estão em um 
banco de dados. 
 
Sabe-se que o dado é um fato que por si só tem um significado 
implícito que pode não nos dizer nada. Por exemplo: 30 o que significa esse 
dado pra você? Depende do contexto em que ele estiver inserido, esse 
número pode nos dizer muitas coisas, por exemplo, o percentual do aumento 
que você recebeu em seu trabalho, pode significar a idade da professora, o 
valor do livro que você quer comprar, quantos dias faltam pra suas férias 
entre muitas outras coisas. 
 
Segundo Heuser (2009), um banco de dados é “um conjunto de dados 
integrados que tem por objetivo atender a uma comunidade de usuários”. 
 
Para entender melhor o conceito de banco de dados vamos considerar 
o exemplo a seguir: em dezembro de 2012 você resolveu comprar alguns 
presentes para presentear sua mãe. Para isso decidiu que a compra seria 
realizada na joalheria conhecida, para que a jóia escolhida para sua mãe 
tivesse garantia e afim de fazer um cadastro seu nessa joalheria foi 
necessário que você informasse alguns dados pessoais seus. Por tanto a 
Banco de dados – Banco de Dados 3 
atendente solicitou alguns dados seus, sendo esses: Nome completo, RG, 
CPF, data de nascimento, seu endereço com dados como nome da rua onde 
mora, número da casa, cep e telefone. Pronto! Você esta no banco de dados 
da joalheria em que você comprou o presente para sua mãe, em sua próxima 
compra nesta, você não precisará mais fornecer todos seus dados, pois 
somente com o número de seu CPF, por exemplo, a atendente será capaz de 
identifica-lo no meio de tantos outros clientes que a empresa possui, dado o 
fato de que o seu CPF é único e não poderá se repetir. 
 
Outro exemplo bem simples de banco de dados que faz parte do 
cotidiano de milhões de pessoa é o nosso celular, por exemplo, quando você 
adiciona o numero de telefone de um amigo em sua agenda de contatos você 
sem perceber esta utilizando um banco de dados, quando precisar falar com 
esse amigo será só digitar a inicial do mesmo que seu aparelho irá listar 
todos seus contatos com a mesma letra e ao selecionar o contato que 
necessita sua agenda lhe mostrará todos os dados armazenados de seu 
amigo. Viu você tem um banco de dados em suas mãos em todo momento. 
 
Alguns outros exemplos de banco de dados que fazem parte de 
nossas vidas podem ser: Banco de dados de uma instituição financeira na 
qual você abriu uma conta para depositar suas economias, Banco de dados 
da Universidade onde você esta cursando o ensino superior, Banco de dados 
do hotel onde você ficou hospedado em suas férias, entre outros. 
 
 
É uma coleção de dados logicamente coerente e manipulável, que possui significado 
implícito, cuja interpretação é dada por uma determinada aplicação, são inseridos em um 
único local e devem obedecer a um padrão de armazenamento. 
 
 
Exemplos de Banco de Dados 
 
Como discutido anteriormente existem vários exemplos de Banco de 
dados, vamos citar alguns abaixo. Existem inúmeros outros exemplos de 
Banco de Dados: 
 
 Deposito ou saque de dinheiro em agência bancária; 
 
 Reserva em hotel; 
 
Banco de dados – Banco de Dados 4 
 Registro em Cartório; 
 
 Busca de livros em um catálogo informatizado; 
 
 Reserva de passagem aérea; 
 
 Compra de produtos via Web; 
 
 Controle de vendas em um supermercado; 
 
 Ingresso em cursos Universitários; 
 
 Entre outros. 
 
Propriedades de um Banco de Dados 
 
Um banco de dados representa algum aspecto do mundo real, ou seja, 
sempre que desejamos armazenar algo em um banco de dados é por um 
propósito específico do mundo real, como os exemplos de banco de dados 
citados anteriormente. Se quisermos armazenar os depósitos ou saques em 
uma agência bancária isso faz parte do mundo real, pois é a partir do 
armazenamento que poderemos saber o saldo que teremos depositado em 
nossa conta, se formos nos hospedar em um hotel da cidade onde 
resolvemos passar nossas férias, nossos nomes serão armazenados no 
banco de dados do hotel e essa necessidade de armazenamento de nossos 
dados neste banco foi uma necessidade real do hotel onde nos hospedamos, 
quando você ingressou na universidade, surgiu à necessidade de ser inserido 
no banco de dados da universidade, para que essa possa armazenar suas 
notas futuramente e garantir que na conclusão do curso vocês tenha acesso 
ao seu histórico escolar, isso faz parte do mundo real entre outras 
necessidades de armazenamento. 
 
Um banco de dados é projetado, construído e povoado com dados que 
possuem um objetivo específico. Um banco de dados pode ser 
gerado e mantido: 
 
Manualmente - Exemplo: Agenda Telefônica, que muitas pessoas 
ainda utilizam quando precisam ligar para outra pessoa. 
Informatizado – que pode ser criado e mantido por um grupo de 
aplicações, escritos para aquela tarefa ou por um Sistema Gerenciador de 
Banco de dados – Banco de Dados 5 
Banco de Dados (SGBD). 
 
Históricos evolutivos dos sistemas de banco de dados 
 
Vamos aprender um pouco sobre a evolução dos sistemas de Banco 
de Dados e dessa forma conseguir entender mais sobre as mudanças que 
ocorreram com o passar do tempo. 
 
Em meados dos anos 60 até os anos 70, começaram a surgir os 
sistemas para armazenamento de grandes volumes de informação para 
grandes empresas, dentre elas podemos citar universidades, hospitais e 
instituições financeiras. Nessa época utilizavam-se computadores de grande 
porte (mainframes) e caros. 
 
Os sistemas de banco de dados existentes nessa época eram 
conhecidos como sistemas baseados em modelos hierárquicos, modelos de 
rede e arquivos invertidos. 
 
Mas esses modelos não eram satisfatórios, pois geravam alguns 
problemas, tais como: 
 redundância de informação (mesmos dados armazenados em 
lugares diferentes mais de uma vez); 
 
 dificuldade de recuperação de dados (era necessário escrever 
programas para ler as informações necessárias); 
 
 pouca flexibilidade para criar novas consultas e transações 
(para se consultar uma informação no banco de dados era 
necessário escrever um código para cada consulta que se 
desejasse); 
 
 havia uma grande dificuldade de reorganizar o banco de dados 
quando havia a necessidade de uma mudança de requisito na 
aplicação. 
 
Em meados dos anos 70 começam a surgir os Bancos de dados 
relacionais, baseados na lógica da álgebra relacional, esses modelos 
inicialmente eram considerados muitos lento, mas com o tempo esse modelo 
foi ficando eficiente devido a alguns aspectos, tais como: 
 
 surgimento de técnicas para armazenamento e indexação 
tornaram as consultas mais rápidas e o desempenho dos 
Banco de dados – Banco de Dados 6 
bancos de dados melhorou; 
 
 a introdução de linguagens de consulta como uma alternativa 
para as interfaces com as linguagens de programação; 
 
 devido a flexibilidade e a agilidade oferecida para a criação de 
novas consultas e a reorganização do banco de dados quando 
os requisitos eram alterados levou à popularização do modelo; 
 
 outro fator importante foi a possibilidadede uso em 
computadores desde os pessoais até em grandes servidores. 
 
Em meados dos anos 80, começam a surgir os sistemas de bancos de 
dados Orientados a Objeto, em resposta a necessidade das linguagens de 
programação OO em armazenar e partilhar objetos complexos, alguns fatores 
que contribuíram para que esses sistemas evoluíssem: 
 
 a incorporação dos paradigmas da OO (tipos de dados 
abstratos, encapsulamento, herança, identidade de objetos); 
 
 eram inicialmente tidos como um concorrente para os bancos 
de dados relacionais, seu uso é limitado devido a complexidade 
do modelo e falta de um padrão; 
 
 Usados principalmente em aplicações especializadas, como 
projetos em engenharia, publicidade multimídia e sistemas 
industriais. 
 
As tendências atuais dos sistemas de bancos de dados que vem 
sendo aprimorados devido as necessidades de mercado e principalmente 
devido a tomada de decisão e a crescente aumento da quantidade de 
informações a serem armazenadas são: 
 
 Crescimento do aumento da utilização de banco de dados 
Orientados a Objetos; 
 
 Forte implementação de Data Warehouse e Data Marts; 
 
 Presença de Data Mining nas corporações; 
 
Banco de dados – Banco de Dados 7 
 Sistemas corporativos integrados com a Web; 
 
 E-Businees, E-Commerce; 
 
 Alta performance e baixo custo; 
 
 Popularização irrestrita, lançamento de sistemas gratuitos, com 
código fonte aberto. 
 
O modelo de Banco de Dados mais usado ainda é o modelo de banco 
de dados Relacional. 
 
Finalidade dos Sistemas de Banco de Dados 
 
Os sistemas de banco de dados estão disponíveis para funcionar em 
máquinas reais desde os pequenos computadores de mão (smartphones, 
palmtops e outros), em clusters de computadores (aglomerado de 
processadores), ou mesmo em mainframes (computadores de grande porte) 
e que venham a atender as necessidades de monousuários e multiusuários. 
 
 
Os bancos de dados mais utilizados nos dias atuais são sistemas 
multiusuários, pois temos vários usuários acessando o mesmo banco de 
dados. Enquanto que em máquinas menores, ou em pequenos sistemas, 
tendem a ser monousuários. O fato interessante é que mesmo em sistemas 
multiusuários o objetivo é que cada usuário se comporte como se estivesse 
trabalhando em um banco monousuário, fazendo com que os usuários finais 
não possam ver os problemas internos ao sistema (SILBERSCHARTZ et. al, 
2006). 
 
Banco de dados – Banco de Dados 8 
Os sistemas de Banco de Dados surgiram com o propósito de atender 
a demanda por armazenamento e gerenciamento de grandes volumes de 
dados de todos os tipos de organização. Segundo Silberschartz et. al (2006), 
os sistemas de banco de dados surgiram com intuito de substituir sistemas 
de processamento em arquivos, pois os mesmos apresentavam diversas 
desvantagens. Vamos conhecer um pouco dessas desvantagens: 
 
 Redundância e inconsistência de dados – Pelo fato de que 
diferentes programadores criam arquivos e programas de 
aplicação durante um longo período de tempo, alguns arquivos 
podem precisar de diferentes estruturas, e os programas podem 
ser escritos em diferentes linguagens de programação. Outro 
fato é que as mesmas informações podem ser duplicadas em 
vários locais (arquivos). Um exemplo disso seria, o endereço e 
o número de telefone de um cliente podem aparecer em um 
arquivo que consiste em registros da conta poupança do cliente 
e um outro arquivo que consiste em registros de conta corrente 
do mesmo cliente. Isso é considerado uma redundância, pois 
temos informações de endereço e telefone de um mesmo 
cliente em arquivos diferentes (locais diferentes). Essa 
redundância pode gerar custos altos de armazenamento e 
acesso e também causar inconsistência de dados; ou seja, 
várias cópias com os mesmo dados podem não estar mais 
iguais. Um exemplo é que se por acaso um dos programadores 
fazer uma alteração no endereço do cliente nos registros de 
conta poupança, essa alteração não será refletida nos registros 
de conta corrente do cliente. Ou seja, temos uma 
inconsistência, pois o mesmo cliente esta com endereço 
diferente para as suas duas contas (SILBERSCHARTZ et. al, 
2006). 
 
 Dificuldade de acesso a dados – Para entendermos melhor a 
dificuldade de acesso a dados, vamos usar o exemplo citado 
para conta cliente. Vamos imaginar que o gerente do banco 
tenha a necessidade de saber qual o local na cidade em que há 
uma maior concentração de clientes do banco. Neste caso o 
gerente solicita ao departamento de processamento de dados 
uma lista contendo essas informações. Como as pessoas que 
projetaram o sistema não previram essa solicitação, não há um 
programa de aplicação que atenda a essa solicitação do 
gerente. Mas foi projetado um programa de aplicação que gera 
uma lista com todos os clientes do banco. Neste momento o 
Banco de dados – Banco de Dados 9 
gerente se depara com duas opções: solicitar uma lista com 
todos os clientes e abstrair as informações necessárias 
manualmente ou pedir a um programador que escreva um 
programa de aplicação para atender a necessidade. No entanto 
qualquer uma das opções seriam insatisfatórias 
(SILBERSCHARTZ et. al, 2006). 
 Isolamento de dados – Como os dados estão dispersos em 
arquivos e esses podem estar em diferentes formatos, escrever 
novos programas de aplicação para recuperar os dados 
apropriados se torna uma tarefa difícil (SILBERSCHARTZ et. al, 
2006). 
 
 Problemas de integridade – Os valores de dados armazenados 
no banco de dados precisam satisfazer determinadas restrições 
de consistência. 
 
 Problemas de atomicidade – Dentre os sistemas de computador 
como qualquer outro dispositivo elétrico está propicio a falhar. 
Em alguns exemplos de aplicativos é importante que caso haja 
uma falha no sistema os dados armazenados voltem ao estado 
em que se encontrava antes da falha. Por exemplo: Imagine 
que você esta fazendo uma transferência bancária para a conta 
de um amigo, no valor de R$ 50,00. Vamos considerar sua 
conta A e a de seu amigo, conta B. Se durante a transação 
(transferência bancária) ocorre uma falha, que pode ser até 
mesmo a falta de energia é possível que o valor saia de sua 
conta, mas não chegue a conta de seu amigo, resultando em 
um estado de banco de dados inconsistente. Neste caso 
podemos admitir que a necessidade de que se faça tudo ou não 
faça nada. É difícil garantir atomicidade em um sistema de 
processamento em arquivo convencional. 
 
 Problemas de segurança – Em um sistema de banco de dados 
é importante que nem todos os usuários tenham acesso a todas 
as informações. É necessário que cada usuário possa ver 
somente o que é pertinente a ele. Por exemplo: em um sistema 
de banco de dados para a instituição financeira, não há 
necessidade que as pessoas responsáveis pela folha de 
pagamento, tenha acesso aos dados das contas correntes dos 
clientes da instituição. No entanto, como os dados estão 
armazenados em arquivos, é difícil impor essa 
restrição de segurança. 
Banco de dados – Banco de Dados 10 
 
Os sistemas de processamento em arquivos não eram capazes de 
suportar essas desvantagens com isso começaram a surgir os sistemas de 
banco de dados que foram projetados para gerenciar grandes blocos de 
informação. Pelo fato de que as informações são consideradas verdadeiros 
tesouros para as organizações, de acordo com Silberschartz et. al (2006), “os 
cientistas da computação desenvolveram um grande grupo de conceitos e 
técnicas para gerenciar os dados” e dessa forma garantir que os problemas 
fossem sanados.Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados 
 
A tecnologia aplicada aos métodos de armazenamento de informações 
vem crescendo e gerando um impacto cada vez maior no uso de Banco de 
Dados. Um Banco de Dados é, antes de tudo, uma coleção coerente de 
dados armazenados logicamente, cuja finalidade é organizar estas 
informações visando à otimização dos sistemas, facilitando a entrada, 
alterações, processamento e consulta de dados (ELMASRI, 2008). 
 
Para criação e manutenção de um Banco de Dados informatizado 
utiliza-se um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD). 
 
O SGBD é um sistema de software de propósito geral que facilita na 
definição, na construção, na manipulação e no compartilhamento do banco 
de dados entre vários usuários e aplicações. 
 
A figura 2 ilustra a arquitetura genérica de um SGBD. 
Banco de dados – Banco de Dados 11 
 
A figura 2, não busca descrever um SGBD específico em vez disso 
ilustra módulos típicos de um SGBD genérico. 
 
Níveis de abstração dos Dados na Arquitetura de um 
Sistema de Gerenciamento de Banco de dados. 
 
Como já foi visto o SGBD é composto de uma coleção de arquivos e 
programas inter-relacionados, que permitem aos usuários fazerem o acesso 
e a modificação desses arquivos. O objetivo dos níveis de abstração dos 
dados no SGBD é prover aos usuários uma visão abstrata dos dados. Isto é, 
o SGBD deve omitir certos detalhes de armazenamento e manutenção dos 
dados, mantendo transparência para os usuários. 
 
Existem três níveis de abstração que simplificam a interação do 
usuário com o SGBD: Nível de visões, Nível conceitual e nível físico. A figura 
3, ilustra os níveis de abstração do SGBD. 
 
 
 
Nível físico ou nível interno – Também conhecido como nível de 
armazenamento. Mais baixo nível de abstração, descreve como os dados 
Banco de dados – Banco de Dados 12 
estão armazenados. Neste nível, é possível termos detalhes mais próximo do 
armazenamento físico, ou seja, este se ocupa com o modo em que os dados 
são fisicamente armazenados no sistema, tais como: tamanho dos campos, 
índices, como os dados estão representados, em que sequencia física os 
registros serão armazenados, e assim por diante 
(SILBERSCHARTZ et. al, 2006). 
 
Nível conceitual ou nível lógico – Nível intermediário de abstração, 
também conhecido como nível lógico de comunidade. Descreve quais dados 
estão armazenados e os relacionamentos entre eles. Neste nível, o banco de 
dados é descrito em termos de um pequeno número de estruturas 
relativamente simples. Todavia, a implementação de estruturas simples em 
nível conceitual possa envolver complexas estruturas de nível físico, o 
usuário deste nível não precisa preocupar-se com isso. Este nível é utilizado 
pelos administradores de Banco de dados, para definir quais informações 
devem ser mantidas no Banco de dados (SILBERSCHARTZ et. al, 2006). 
 
Nível de visões ou nível externo – Nível mais alto de abstração, 
também conhecido como nível lógico do usuário, descreve apenas uma visão 
limitada do Banco de dados. Cada usuário vê somente as informações que 
lhe são pertinentes. Alguns usuários do SGBD não estão interessados em 
todos os dados, em vez disso, precisam acessar apenas parte do 
banco de dados. 
 
O nível de visão existe para simplificar sua interação com o sistema. O 
sistema pode fornecer várias visões para o mesmo banco de dados 
(SILBERSCHARTZ et. al, 2006). 
 
Usuários de um Sistema de Banco de Dados. 
 
Já conhecemos um pouco sobre os sistemas de banco de dados e sua 
arquitetura, agora vamos conhecer um pouco sobre os usuários que utilizam 
esses sistemas. 
 
Um importante objetivo de um sistema de banco de dados é recuperar 
informações do banco de dados e armazenar novas informações nele. Por 
tanto as pessoas que trabalham com banco de dados podem ser 
categorizadas como usuários ou administradores de banco de dados 
(SILBERSCHARTZ et. al, 2006). 
Banco de dados – Banco de Dados 13 
 
Os usuários de banco de dados se distinguem pela forma em que 
esses interagem com o sistema, para tanto foram projetados diversos tipos 
de interfaces, para os diferentes tipos de usuários (SILBERSCHARTZ et. al, 
2006). São Eles: 
 Usuários Navegantes – São usuários que interagem com o 
sistema de banco de dados através de uma aplicação 
previamente escrita. Por exemplo, a recepcionista de uma 
clinica médica que utiliza uma aplicação para agendar as 
consultas dos médicos, esta trabalhando e armazenando essas 
informações das agendas em um banco de dados através da 
interface da aplicação. Sem ao menos se dar conta a 
recepcionista esta inserindo dados em um banco de dados. 
Outros exemplos desses usuários podem ser citados: 
Telefonistas, agentes de viagem, caixas de supermercado, 
instituição financeira, entre outros. 
 
 Programadores de aplicação – Interagem com o sistema por 
meio de programas escritos em uma linguagem principal, tais 
como: Java, Pascal, Delphi, C#,Net, entre outras linguagens. 
 
 Usuários Sofisticados – Interagem com sistema de banco de 
dados através de sentenças escritas em linguagem de 
consultas a banco de dados SQL – Structured Query Language, 
de maneira interativa. Esses usuários submetem cada uma 
dessas consultas a um processador de consulta, cuja função 
Banco de dados – Banco de Dados 14 
é desmembrar as instruções DML – Data Manipulation 
Language em instruções que o gerenciador de armazenamento 
entenda. Estão nesta categoria os analistas submetem 
consultas para explorar dados no banco de dados. Outros 
usuários nesta categoria são os analistas de negócio, 
consultores, gerentes, entre outros. 
 
 Usuários especializados – Usuários especializados que 
escrevem aplicações especializadas para suas necessidades, 
que não se encaixam na estrutura de processamento de dados 
tradicional. Entre essas aplicações estão os sistemas 
especialistas, sistemas de base de conhecimento, sistemas que 
armazenam dados complexos (por exemplo, dados gráficos e 
áudios e CAD). Exemplos de usuários desta categoria: 
Engenheiros, cientista, analistas de negócio, entre outros. 
 
Além desses usuários existe também o Administrador de Banco de 
Dados (DBA), este é responsável por garantir o controle central sobre os 
dados e os programas que o acessam. No ambiente de Banco de dados 
existem recursos a serem administrados de forma centralizada, são eles: 
 
 Banco de Dados; 
 
 Sistema Gerenciador de Banco de Dados 
 
 Softwares relacionados (que acessam os dados) 
 
Para tanto, cabe ao Administrador de Banco de dado, administrar 
esses recursos. Entre as responsabilidades básicas de um DBA, podemos 
citar: 
 Autorizar o acesso ao banco de dados e a seus dados; 
 
 Coordenar e monitorar o uso do banco de dados; 
 
 Administrar a aquisição de recursos de software e hardware 
conforme necessidade; 
 
 Resolver questões relacionadas à segurança; 
 
 Resolver questões de mau tempo de uso do sistema. 
 
Banco de dados – Banco de Dados 15 
Estas são algumas das responsabilidades básicas de um 
administrador de banco de dados. 
 
Modelo de Dados 
 
O Modelo de Dados é uma representação das necessidades de dados 
de um determinado ambiente e de como esses dados se relacionam. É uma 
das primeiras atividades que deve ser executada ao longo do processo de 
identificação e compreensão de um ambiente, tendo em vista necessidades 
de automatização. É um dos produtos da fase de Análise do Ciclo de Vida de 
um projeto de desenvolvimento de um sistema. Construir um modelo de 
dados significa: coletar e documentar informaçõesrelevantes do ambiente 
estudado; representar as informações, de forma clara e objetiva, e num 
formato padrão que possa facilitar o entendimento dos participantes do 
processo; definir, de maneira clara, o escopo do ambiente modelado; adquirir 
o entendimento do ambiente através de refinamentos sucessivos do modelo; 
e representar graficamente as necessidades de informação 
independentemente do Software e do Hardware a serem usados na 
implementação do Sistema (SILBERSCHATZ et al, 2006). 
 
De acordo com Korth (2006) o modelo de dados é uma “coleção de 
ferramentas conceituais para descrição de dados, relacionamento entre os 
dados, semântica e restrições de dados”. 
 
Os níveis de dados de um modelo de dados são: modelo conceitual, 
modelo lógico e modelo físico. A figura 4 ilustra o nível de abstração do 
modelo de dados. 
 
Figura 4. Níveis de abstração dos modelos de dados 
 
O modelo conceitual busca descrever a estrutura de um banco de 
Banco de dados – Banco de Dados 16 
dados independente do Sistema gerenciador de banco de dados (SGBD), 
definindo a estrutura que pode aparecer num banco de dados. Este não 
define como os dados serão armazenados em nível de SGBD. A técnica mais 
difundida de modelagem conceitual é a abordagem entidade relacionamento 
(ER). Nesta técnica, um modelo conceitual é usualmente representado 
através de um diagrama, chamado diagrama entidade relacionamento (DER) 
(HEUSER, 2009). A figura 5 ilustra o exemplo de um DER. 
 
 
Figura 5 Exemplo de diagrama entidade relacionamento 
 
O modelo conceitual é o nível mais alto de abstração conforme 
ilustrado na figura 5. Um modelo lógico é uma descrição de um banco de 
dados no nível de abstração visto pelo usuário do SGBD. Assim, o modelo 
lógico é dependente do tipo particular de SGBD que está sendo usado 
(HEUSER, 2009). 
 
Nesta disciplina, serão tratados somente modelos lógicos referentes a 
SGBDs relacionais. Em um SGBD relacional, os dados estão organizados na 
forma de tabelas. Um modelo lógico para o BD acima deve definir quais as 
tabelas que o banco contém e, para cada tabela, quais os nomes das 
colunas. No quadro 1 é apresentado um exemplo de modelo lógico (na forma 
textual) de acordo com o modelo conceitual apresentado na figura 5. 
 
 
 
 
 
 
 
TipoDeProduto (CodTipoProd, DescrTipoProd) 
Produto (CodProd, DescrProd, PrecoProd, 
CodTipoProd) 
 CodTipoProd referencia TipoDeProduto 
Banco de dados – Banco de Dados 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 Exemplo de tabelas do Banco de dados Relacional 
 
O modelo lógico descreve a estrutura do banco de dados, conforme 
vista pelo usuário do SGBD, conforme ilustrado na figura 6. Detalhes de 
armazenamentos internos de informações, que não tem influencia sobre a 
programação de aplicações no SGBD, mas podem influenciar a performance 
da aplicações (por exemplo, as estruturas de arquivos usadas no acesso as 
informações) não fazem parte do modelo lógico (HEUSER, 2009). 
 
O modelo físico do banco de dados contem detalhes de 
armazenamento interno de informações e depende do SGBD a ser utilizado. 
As linguagens e notações para o modelo físico não são padronizadas e 
variam de produto a produto (HEUSER, 2009). A tendência em produtos mais 
modernos é esconder o modelo físico do usuário e transferir a tarefa de 
otimização ao próprio SGBD. Mas é importante que seja feito, pois é nesse 
modelo que vamos definir a estrutura dos dados que serão armazenados, ou 
seja, definiremos os tipos de dados para cada dado a ser armazenado no 
banco de dados. 
 
A figura 7 apresenta o modelo físico de acordo com o modelo lógico 
visto no quadro 1. 
 
 
 
Quadro 1. Exemplo de Modelo Conceitual na forma textual 
Banco de dados – Banco de Dados 18 
 
Figura 7. Exemplo de Projeto físico para a tabela Produto de acordo com o 
modelo lógico. 
 
Atividades: 
 
1 - As principais características ou vantagens de um SGBD são: 
 
I - Integridade. 
II - Consistência ou Compartilhamento de Dados. 
III - Segurança ou Restrição de Acesso. 
IV - Restauração ou Tolerância a Falhas. 
V - Não Redundância ou Controle de Redundância. 
VI - Padronização dos Dados. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
A. somente as opções de números pares 
B. somente as opções de números impares 
C. somente as opções de números I a IV 
D. todas as opções estão corretas (correta) 
 
 
2 - Qual a alternativa mais correta que define um Sistema de Banco de 
Dados: 
 
A. sistema manual de manutenção de registros, cuja finalidade é 
armazenar informações e permitir que os usuários busquem e atualizem 
essas informações quando solicitadas. 
 
B. sistema computadorizado de manutenção de arquivos, cuja 
finalidade é armazenar informações e permitir que os usuários busquem e 
atualizem essas informações quando solicitadas. 
 
C. sistema computadorizado de manutenção de registros, cuja 
finalidade é armazenar informações e permitir que os usuários busquem e 
atualizem essas informações quando solicitadas. (correta) 
Banco de dados – Banco de Dados 19 
 
D. sistema manual de manutenção de arquivos, cuja finalidade é 
armazenar dados e permitir que os usuários busquem e atualizem esses 
dados quando solicitados. 
 
3 - Quais são os níveis de abstração que simplificam a interação do 
usuário com o sistema de Banco de Dados? 
 
Resposta Correta. Letra C. 
 
 
A. Nível de Hardware, Nível de Software e o Nível de Visões 
 
B. Nível Físico, Nível Lógico e o Nível de Máquina 
 
C. Nível Físico, Nível Conceitual e o Nível de Visões 
 
D. Nível Administrativo, Nível Econômico e o Nível de Visões 
 
 
4 - Qual o SGBD abaixo que NÃO é relacional? 
 
Resposta Correta. Letra B. 
 
A. Oracle 
 
B. Adabas 
 
C. MySQL 
 
D. SQL Server 
 
5 – Pesquise e responda. Do ponto de vista histórico quais as 
principais arquiteturas de Banco de Dados? 
 
1 - Plataformas Centralizadas. 
 
2 - Cliente-Servidor. 
 
3 - Sistemas em Computadores Pessoais. 
 
4 - Distribuída (N camadas). 
Banco de dados – Banco de Dados 20 
 
5 - Paralela. 
 
Resposta Correta. Letra D. 
 
A. somente 1, 2 e 3 
 
B. somente 2, 3 e 4 
 
C. somente de 1 a 4 
 
D. todas as mencionadas 
 
Banco de dados – Banco de Dados 21 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
ELMASRI, Ramez., Sistemas de Banco de Dados. São Paulo, Addison 
Wesley, 2008 
 
HEUSER, Carlos Alberto, Projeto de Banco de Dados. Porto Alegre, Sagra 
Luzzatto, 2009 6. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
SILBERSCHATZ, A.; KORTH, F.; SUDARSHAN, H., Sistema de Banco de 
Dados. São Paulo, Makron Books, 2006 5.

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