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Trabalho sobre Brasil Colõnia

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Faculdade Estácio de Sergipe
Pâmella Souza Coelho
Curso: Direito – Tarde
Avaliação:
Aspecto econômico: 
“Para sustentar a presença e o aparato da corte, das repartições e dos funcionários da administração, os habitantes da terra tiveram que pagar um bom preço. A metade do dinheiro circulante em Portugal e os 80 milhões de cruzados em ouro e diamantes que vieram nos baús da família real não deram nem para o começo. O próprio Banco do Brasil quase que apenas custeava a despesa real, os tribunais, as pensões e soldos. Os encargos eram pesados e a insatisfação popular crescia. Para piorar, não dava para esconder o desperdício praticado na casa real (...). Só no ano de 1818 consumiram-se no Paço, por dia, 620 aves. Se o Brasil lucrava politicamente com a transladação da corte, o preço interno era alto. Os impostos subiam, ao mesmo tempo que a máquina se agigantava” (p.184-185)
(SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa Miguel. BRASIL: Uma Biografia. 1ª Edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.)
De acordo com tal fato apresentado, a piora da situação fiscal brasileira para atender as proezas da Família Real, ocasionou no aumento de impostos e crescimento do Estado para financiar tais proezas, fazendo com que o Brasil se afundasse em dividas cada vez mais. Por conta do esbanjo da Corte Portuguesa, com festejos, construção do Rio de Janeiro para torna-la sede do reinado português e muitas outras atividades contribuíram para que a crise se estabelecesse no Brasil e permanecesse por um longa temporada. Portanto, deve-se notar que a escassez financeira perpetuou por muitos anos, sendo que entre 1750 e 1770, Portugal passava por dificuldades econômicas internas decorrentes da má administração e desastres naturais que assolavam o país cada vez mais. 
Além do que, sofria pressão pela Inglaterra, a qual, ao se industrializar buscava consolidar seu mercado consumidor, bem como sua hegemonia mundial. Chega ao fim o século XVII e emerge a crise financeira da Coroa Portuguesa, em função dos altos custos de administração do Império. Dessa forma, a mesma busca por soluções para essa problemática em sua economia. Posto isso, o ciclo do ouro inicia-se, pois Portugal persistiu na busca por metais preciosos, uma fonte de enriquecimento rápido com intuito de sanar as despesas que haviam deixado em seu país de origem. O ciclo do ouro foi a época em que a extração e exportação do ouro era a principal atividade econômica no período colonial do País. 
Nessa época as exportações do açúcar decaiam pela concorrência mundial do mercado consumidor. Tal acontecimento ocorreu, pois foi estabelecido o domínio da Espanha sobre Portugal e suas colônias. Este episódio fez com que os espanhóis tirassem os holandeses da lucrativa atividade açucareira brasileira, expulsando-os do Nordeste do País. Destarte, os holandeses passaram a produzir o açúcar em suas colônias, pois os mesmos conheciam os processos feito nas casas de engenho. Posto isto, vale ressaltar que a Holanda conseguiu conquistar o mercado internacional rapidamente, deixando o produto produzido no Brasil em segundo plano. A concorrência holandesa foi uma das principais causas da crise açucareira, pois eles conseguiram fabricar mais barato e de melhor qualidade. 
Aspecto político:
“Há indícios de que Martim Afonso ainda se encontrava no Brasil quando Dom João III decidiu-se pela criação das capitanias hereditárias. O Brasil foi dividido em quinze quinhões, por uma série de linhas paralelas ao equador que iam do litoral ao meridiano de Tordesilhas, sendo os quinhões entregues aos chamados capitães-donatários. Eles constituíam um grupo diversificado, no qual havia gente da pequena nobreza, burocratas e comerciantes, tendo em comum suas ligações com a Coroa... Os donatários receberam uma doação da Coroa, pela qual se tornavam possuidores, mas não proprietários da terra. Isso significava, entre outras coisas, que não podiam vender ou dividir a capitania, cabendo ao rei o direito de modificá-la ou mesmo extingui-la. A posse dava aos donatários extensos poderes tanto na esfera econômica (arrecadação de tributos) como na esfera administrativa” (p 24 – 25)
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.)
Em 1534, o rei de Portugal Dom João III crias as capitanias hereditárias, dividindo o Brasil em 15 faixas de terras. Dom João já tinha experiencia com tal divisão, pois implantou esse sistema em duas colônias portuguesas. Essas capitanias foram dívidas entre 12 capitães donatários, homens da nobreza portuguesa que governavam a sua faixa de terra de acordo com os seus próprios desejos, porém as mesmas não podiam ser vendidas ou divididas, elas só podiam passar de pai para filho. As capitanias hereditárias foram a primeira divisão política do País, sendo estruturada judicialmente por dois documentos, a carta de foral que deixava claro os deveres do capitão donatário e a carta de doação, que explicitava os direitos sobre a terra. 
Com o decorrer do tempo somente duas capitanias emergiram por conta da atividade açucareira foi a de São Vicente e a de Pernambuco, as outras treze sucumbiram por vários motivos, mas principalmente pela falta de mão de obra, pois os índios conheciam o território e facilitava na hora da fuga, pela falta de recursos e pela inexperiência dos colonos. Vale ressaltar que, mesmo com os problemas as capitanias cumpriram seus deveres básicos, o de povoar e defender as terras de piratas. No século XVIII, o Marquês de Pombal extinguiu as últimas capitanias, e para solucionar os problemas deixado pelas mesmas, foi criado o Governo Geral.
Dessa maneira, a administração política brasileira era muito descentralizada, por conta desse fato, a Coroa Portuguesa estabeleceu no País um governo geral, que seria uma espécie de sede do governo português para resolver alguns problemas na colônia, servindo para estipular uma fiscalização e centralizar a administração no País, tendo assim, mais controle sobre a mesma. Essa colônia foi criada na cidade de salvador, a primeira capital do Brasil, a partir disso, começaram a surgir câmaras municipais e eram compostos pelos “homens bons”, os mesmos eram senhores ricos e proprietário de grades terras e engenhos, e definiam o rumo político das vilas e cidades. As mulheres não podiam participar das câmaras municipais pelo fato de elas não serem dignas da participação política.
Aspecto social:
“Um princípio básico de exclusão distinguia determinadas categorias sociais, pelo menos até uma carta-lei de 1773. Era o princípio de pureza de sangue. Impuros eram os cristãos novos, os negros, mesmo quando livres, os índios em certa medida e as várias espécies de mestiços. Eles não podiam ocupar cargos de governo, receber títulos de nobreza, participar de irmandades de prestígio etc. A carta-lei de 1773 acabou com a distinção entre cristãos antigos e novos, o que não quer dizer que daí para a frente o preconceito tenha se extinguido... O critério discriminatório se referia essencialmente a pessoas. Mais profundo do que ele era o corte que separava pessoas e não-pessoas, ou seja, gente livre e escravos, considerados juridicamente coisa. A condição de livre ou de escravo estava muito ligada à etnia e à cor, pois escravos eram, em primeiro lugar, negros, depois, índios e mestiços. Toda uma nomenclatura se aplicava aos mestiços, distinguindo-se os mulatos, os mamelucos, curibocas ou caboclos, nascidos da união entre branco e índio; os cafuzos, resultantes da união entre negro e índio..., mas entre os escravos existiram distinções. Algumas se referiam ao trabalho exercido, pois havia diferenças entre servir na casa-grande ou trabalhar no campo, ser escravo na grande propriedade ou "escravo de ganho" nas cidades. Outras distinções referiam-se à nacionalidade, ao tempo de permanência no país ou à cor da pele” (p 38 – 40) 
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.)
A sociedade no período colonial era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade com poderes políticos e econômicosestavam os senhores de engenho, eles mandavam em suas terras e em seus trabalhadores, sendo escravos ou não. Logo abaixo, formando uma camada média composta por pessoas livres, feitores, capatazes, padres, militares, comerciantes e artesãos. Essa classe também era formada por alguns funcionários públicos. Já na base da pirâmide, estavam os escravos de origem africana, que eram tratados como mercadoria. Os escravos eram responsáveis por quase todos os trabalhos desenvolvidos na colônia. A sociedade naquela época era patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social.
 A sociedade colonial era machista pois somente os homens tinham cargos públicos e podiam participar ativamente da comunidade. A mesma também era preconceituosa, devido à questão de segregação do negro, pobre ou até mesmo de outra etnia que era inferior ao homem branco. Os que mais sofriam preconceito eram os alforriados, os escravos, os ciganos, os índios e as prostitutas. As mulheres que não eram escravos, tinham pouco poder e nenhuma participação política, elas deviam apenas cuidar do lar e dos filhos. A sociedade também era intolerante, pois não aceitavam que outra pessoa que não fosse branca seja rica. Mas também era escravista, viviam na dependência dos escravos para as atividades diárias e difíceis na lavoura e em outros locais. Entre tantos aspectos ruins dessa época, o que mais se destacava era o conservadorismo, os indivíduos eram muito apegados aos dogmas da igreja e aos costumes europeus.
Aspecto cultural:
"Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma."
(Caminha, P. V. [Carta] 1 mai. 1500, Bahia [para] Cabral, P. A.; Portugal. 27f. Solicita informações sobre o descobrimento do Brasil)
A Literatura Colonial começou em 1500 e vai até 1808, surgindo logo após o descobrimento do Brasil, motivo pelo qual foi marcada pela cultura portuguesa. Sendo assim, a literatura colonial é baseada em três diferentes movimentos, o quinhentismo, o arcadismo e o barroco. O quinhentismo é o conjunto de textos que mostravam o Brasil como terra a ser conquistada. Foi marcada por um período de literatura informativa e histórica, pois a mesma buscava por descrever, relatar e informar os portugueses do descobrimento da América. A era colonial da literatura brasileira começou com a carta de Pero Vaz de Caminha, pela qual, foi descrita as impressões de Caminha para o Rei de Portugal sobre a nova terra.
Cantem Poetas o Poder Romano, 
sobmetendo Nações ao jugo duro;
o Mantuano pinte o Rei Troiano, 
descendo à confusão do Reino escuro;
que eu canto um Albuquerque soberano, 
da Fé, da cara Pátria firme muro,
cujo valor que o Céu lhe inspira, 
pode estancar a Lácia e Grega lira.
(Prosopopeia, Teixeira, B. 1600)
O estilo barroco desenvolveu-se, na Península Ibérica, no contexto da crise dos valores renascentistas ocasionadas pelas lutas religiosas, pela ascensão da Companhia de Jesus, tão divulgadas pelos jesuítas e, no caso de Portugal, pela tragédia de Alcácer-Quibir, batalha que ocorreu no Marrocos, onde Dom Sebastiao e a elite portuguesa desapareceram. A era colonial conta com o Barroco, o período que se estende entre 1600 e 1768. Iniciou-se com a publicação do poema Prosopopeia, de Bento Teixeira. Uma das obras mais valiosas do barroco brasileiro, que traz uma rica leitura mitológica, junto com o nativismo de Pernambuco e o indianismo. Teixeira usa a mitologia para tratar uma guerra contra os índios na Nova Lusitâna que lutam com Vulcano. 
O poeta introduz mitologia para retratar a batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos, que travam uma luta com Netuno e Tritão. Dessa maneira, o mesmo faz uma alusão ao episódio drástico que Portugal enfrentou, mas sem perder a identidade brasileira tão presente em seu texto. O poema conta também com uma seção denominada “Descrição do Recife de Pernambuco”, pela qual o poeta exalta o nativismo de Pernambuco. Dessa forma. Podemos considerar o barroco como o primeiro estilo artístico de nossa cultura, desenvolvendo-se mais na Bahia, onde a economia açucareira era tão presente.
Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’ expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
 (Marília de Dirceu. Gonzaga, T. A. 1792)
O arcadismo surgiu no Brasil, com influência francesa, por meados de 1768 até 1808 e seus autores estavam estritamente ligados com a inconfidência mineira. O contexto que se encontrava o País era diferente da era barroca, com a queda da atividade açucareira e a ascensão da mineração, tendo como plano de fundo a economia fortemente ligada à exploração do ouro e das pedras preciosas. Esse período foi marcado pela expulsão da Companhia de Jesus em Portugal e em suas colônias pelo marquês de Pombal. O Arcadismo brasileiro é também denominado de escola mineira, uma vez que seus poetas tinham ligação direta com Minas Gerais, já que a mineração virou a terceira maior atividade econômica do Brasil.
No Brasil, o poeta Tomás Antônio Gonzaga e sua obra “Marília de Dirceu” merecem destaque, pois trata-se de um assunto diferenciado, levando em destaque as liras de Marília de Dirceu que explorava o amor entre dois pastores de ovelhas. No decorrer da obra, o eu-lírico expressa seu amor pela pastora Marília e fala sobre suas expectativas futuras. Dirceu revela a ambição de ter uma vida simples e pastoril ao lado de sua amada. A natureza torna-se, portanto, uma forte característica, a qual é descrita em diversas partes da obra. Entretanto, esse amor não pode ser consumado, visto que Dirceu foi exilado de seu país. No decorrer do poema, pode-se perceber que a solidão de ambos é evidente uma vez que Dirceu vai para prisão, pois estava envolvido na Inconfidência Mineira. E, por fim, a melancolia, o pessimismo e a solidão é notória, já que o eu lírico foi exilado na África.
Aspecto cognitivo:
 “O método pedagógico utilizado seguia as normas do Colégio de Évora, de 1563, e da Ratio Studiorum, manual pedagógico jesuíta do final do século XVI. Nos cursos inferiores valorizava-se a gramática, considerada indispensável à expressão culta, e a memorização como procedimento para a aprendizagem; nos superiores, subordinava-se a filosofia à teologia. Para alguns intérpretes a educação jesuítica teria deixado marca excessivamente literária na formação brasileira.” (p. 287)
(Wehling, Arno; Wehling, Maria José C. De M. A formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.)
A educação que foi desenvolvida no Brasil durante a colonização era somente para alguns filhos de colonos e a índios aldeados e o que era ensinado na colônia, consistia nos métodos da educação jesuítica. Destarte, os missionários atuavam na catequização dos povos nativos da América, mudando dessa forma seu meio de pensar e agir, visando assim o interesse do colonizador voltado para a economia, pois tornava o índio mais dócil e mais fácil de ser aproveitado como mão de obra. Contudo, o que se ensinava no Brasil Colônia era a gramática e a retórica., sendo que esse tipo de aplicação visava o desenvolvimento cognitivo, a memorização, a repetição e a competitividade.
A tentativa do Marquês de Pombal de modificar a educação brasileira foi considerada trágica, onde ele eliminou o sistema criado pelos jesuítas e trouxe grande retrocesso para o ensino brasileiro.Apesar de ter tentado organizar a educação e tirar a mesma da mão dos jesuítas, o caos instalado pela expulsão dos missionários foi considerável. Posteriormente, com a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, o Imperador Dom João VI cria uma nova estrutura educacional, com escolas, bibliotecas, imprensa, academia militar, dividindo o ensino em três níveis, o primário, onde aprendia-se a ler e escrever, o secundário que manteve a estrutura das aulas que os jesuítas davam para a elite, com o ensino do Latim, Grego, retórica, e muito outras matérias, e por fim, o ensino superior.

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