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PLANO DE LAVRA - PORTUGAL

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Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE DE ENGENHARIA 
UNIVERSIDADE DO PORTO 
DEPARTAMENTO DE MINAS 
PLANO DE LAVRA 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seminário de Projecto 
2003/2004 
 
 
 
 
 
Trabalho realizado por: 
Jacqueline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 3 
Indice 
1.Introdução Teórica pág.5 
1.1.Breve História sobre as Rochas Ornamentais pág.5 
1.2. Breve História sobre as Rochas Ornamentais Portuguesas pág.6 
 1.2.1.Zona Centro Ibérica pág.6 
 1.2.2.Sub-zona Galiza Média Trás os Montes pág.6 
1.3.Região Norte pág. 9 
1.4. Aspectos Gerais pág.9 
1.5. Breve descrição do Projecto pág.9 
1.6.Caracterização do Projecto pág.10 
 1.6.1.Caracterização Geotécnica da zona de Lavra pág.11 
 1.6.2.Caracterização Geológica pág.13 
 1.6.3.Granitos Alcalinos pág.14 
1.7.Localização da Pedreira pág.15 
1.8.Vias de Acesso pág.15 
1.9.Tipo de clima apresentado pela zona onde está colocada a pedreira pág.16 
 1.9.1.Climatologia e Edafologia pág.16 
 1.9.2.Precipitação pág.17 
 1.9.3.Dados Relativos a Boticas pág.18 
 1.9.4.Evapotranspiração pág.20 
 1.9.5.Determinação da Área da Bacia de Decantação pág.20 
Memória Descritiva pág.21 
2.Plano de Lavra pág.22 
 2.1.Cálculo de Reservas pág.23 
 2.1.1.Determinação do Tempo de Exploração pág.30 
 2.2.Desmonte pág.32 
 2.2.1.Tipo de Explosivos e preparação das cargas pág.35 
 2.2.2.Dados do Cálculo da Pega de fFogo pág.37 
 2.3.Sistema de Carga e Transporte pág.39 
2.3.1.Cálculos pág.39 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 4 
2.4.Descrição do Equipamento pág.39 
2.5.Nº de Trabalhadores e Horário de Trabalho pág.46 
2.6.Altura e Largura dos Degraus pág.46 
2.7.Acessos à Exploração e circulação interna pág.46 
2.8.Indicação ao Combate de Formação de Poeiras e outros poluentes pág.47 
 2.9. Diagrama de Fogo pág.48 
2.10. Área de Armazenamento Temporário de Residuos Industriais pág.49 
 2.10.1.Código Europeu de Residuos pág.49 
2.11.Área e Retanção de águas Industriais pág.50 
2.12.Protecção e sinalização pág.52 
2.13.Projecto de Aterro pág. 52 
 2.13.1.Dimensão e Forma pág.52 
 2.13.2.Local de Implementação pág.53 
 2.13.3.Geologia e Capacidade pág.54 
 2.13.4.Cobertura do Aterro pág.54 
2.14.Sistema de Esgotos pág.56 
2.15.Sistema de iluminação pág.57 
2.16.Sistema de Ventilação pág.57 
2.17.Instalações Auxiliares pág.57 
2.18.Plano de Desactivação pág.58 
2.19.Estudo de Viabilidade Económica pág.59 
Bibliografia pág.72 
Anexos pág.74 
 
 
 
 
 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 5 
1.Introdução Teórica 
1.1.Breve história sobre as Rochas Ornamentais 
O uso das rochas ornamentais pela humanidade começou na aurora da 
civilização humana, durante o período neolítico. Até hoje podemos observar vários 
túmulos na Europa, Ásia e América, construídos nessa época, feitos de blocos de 
granito, mármore, arenito, etc. Os mais conhecidos são Dolmenos (França) e Menhiros 
(Alemanha, Inglaterra, Itália...). 
No paleolítico, numa região da Rússia existiram 200 cidades do homem 
primitivo, onde fez grande uso de rochas ornamentais em construção de casas e 
túmulos. 
Grandes pirâmides no Egipto são até hoje construções significativas para 
nossa civilização. Somente na pirâmide de keops (147m de altura) foram usados 2,3 
milhões de blocos de calcário. O Egipto abriu as primeiras pedreiras de rocha 
ornamental a aproximadamente 5 milénios atrás, para extracção de grandes blocos de 
calcário e sienito para a construção dessas pirâmides. 
A Antiga Grécia e depois o Império Romano, como herdeiro dessa grande 
civilização, construíram enormes prédios, monumentos, túmulos, esculturas, estradas, 
viadutos, portos, etc., com vários tipos de rocha ornamental, como os mármores, 
calcários, travertinos, brechas, arenitos, porfírios, granitos, etc., na Europa, África e 
Ásia e muitos perduram até hoje, apesar de terem sido construídos antes do 
nascimento de Cristo. Nessa época já começava comércio intensivo de várias rochas 
extraídas nos três continentes. 
Depois, durante a Idade Média, a humanidade volta a usar grande quantidade 
de rocha ornamental para a construção de prédios, palácios, castelos, igrejas, 
monumentos, esculturas, praças estradas, viadutos, portos, etc. A Itália usava 
mármore e travertino, a Espanha mármore, a França arenito, a Finlândia e Suécia 
granito etc., e começou novamente um grande comércio com essas rochas. 
No século XIX começou novamente o uso de rochas ornamentais para 
construção civil. Aumenta a produção do mármore de Carrara em várias pedreiras e 
consequentemente, a exportação de blocos, principalmente para a França e 
Alemanha, na Europa e Estados Unidos na América. Nessa época também, começou 
a extracção de vários tipos de rocha ornamental em muitos países da Europa 
(Espanha, Grécia, França). 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 6 
Hoje em dia, a colocação de mármores e granitos na arquitetura moderna, 
aumentam a todo ano no mundo inteiro. Fachada aerada, piso elevado, móveis, pisos 
públicos, etc., são comuns hoje em dia e a produção de rochas ornamentais, extração 
e beneficiamento, tornou-se uma indústria em constante expansão. Também, 
aumentam o uso de outras pedras, como quartzito, ardósia, serpentinito, pedra sabão, 
etc. O Brasil e, especialmente, Minas Gerais são grandes produtores de rocha 
ornamental, e é considerado como uns dos maiores pólos produtores no mundo, como 
exemplo: Candeias - granitos, Papagaios - ardósia, São Tomé das Letras - quartzito, 
etc. 
 
1.2Breve História Geológica das Rochas Ornamentais Portuguesas 
Portugal,na sua área continental, é formado por três grandes unidades 
geológicas: o Maciço Antigo, as Orlas Mesocenozóicas e as Bacias do Tejo e do Sado. 
O Maciço Antigo representa, só por si, cerca de dois terços do território e 
corresponde a parte de um antigo soco compreendendo, essencialmente, terrenos 
Precâmbricos e Paleozóicos. Encontra-se localmente coberto por depósitos detríticos 
discordantes de idade Terciária e Quaternária cuja espessura não ultrapassa os 200-
300 metros. 
Nesse maciço podem definir-se zonas com características paleogeográficas, 
tectónicas, metamórficas e plutónicas distintas, muitas vezes separadas por 
importantes acidentes cavalgantes. No sector ibérico as estruturas têm direcção 
predominante NW-SE. 
Nos finais da orogenia Hercínica, o Maciço Hespérico foi recortado, no decurso 
de dois importantes episódios, por uma densa rede de fracturas. 
O primeiro deles originou fracturas com orientação NNE-SSW e um sistema 
conjugado NNW-SSE. O segundo originou fracturas com orientação aproximada E-W, 
as quais estão, algumas vezes, preenchidas por filões de rocha básica. 
 
 
 
 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Mapa de Portugal. 
 
1.2.1.Zona Centro-ibérica 
Caracteriza-se pela ocorrência de uma espessa sequência do tipo flysch 
(Precâmbrica Superior a Câmbrica) chamada Complexo Xisto-Grauváquico, sendo os 
quartzitos da base do Ordovícico discordantes em relação àquela. Sobrepondo-se aos 
quartzitos ocorrem rochas xistentas, por vezes ardosíferas, as quais têm interesse 
ornamental (por exemplo, ardósias de Valongo). 
O intenso magmatismo originou, sobretudo, granitóides das séries alcalina e 
calco-alcalina, estando as rochas básicas muito subordinadas, 
Entre os primeiros têm sido utilizados como pedra ornamental os granitos de 
duas micas do Porto e de Afife (Viana do Castelo). 
Entre os segundos, os granitos com megacristais e biotite-oligoclase de tom 
escuro e foliação evidente explorados na região de Espinho (Braga), os granitos calco-
alcalinos a alcalinos com granulado médio a fino e duas micas de Alpalhão 
(Portalegre), os granitos calco-alcalinos biotíticos com megacristais e granulado 
grosseiro (usualmente designados por "granito dente de cavalo") de Guimarães, de 
Viseu, etc., e, ainda, certas variedades cujos feldspatos apresentam coloração rosada 
(granitos de Monção e da Serra do Gerês), têm tido larga utilização como rocha 
ornamental. 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 8 
 
1.2.2.Sub-Zona da Galiza Média-Trás-os-Montes 
O sector NE da Zona Centro-Ibérica caracteriza-se pela presença de rochas de 
alto grau de metamorfismo e de composição básica e ultrabásica. Inclui os maciços de 
Morais e Bragança onde se situam os principais afloramentos de serpentinitos, 
anfibolitos, xistos anfibólicos e outras rochas verdes, importantes do ponto de vista 
ornamental. Algumas lentículas carbonatadas estão, por vezes, incluídas na formação 
metassedimentar encaixante dos maciços básicos, fornecendo algumas rochas com 
interesse ornamental (calcários de Castro Vicente). 
 
1.3Granitos e Rochas Ornamentais 
 
A menção das riquezas naturais, ficaria muito incompleta caso se omitisse a 
sua riqueza geológica. Falamos particularmente do granito, mas também de outras 
rochas ornamentais. 
O granito, que existe com abundância e qualidade suficientes para justificar a 
existência de uma indústria extractiva, é de longe a rocha mais importante. Os pólos 
da região de Vila Pouca de Aguiar (Pedras Salgadas, Telões e Gouvães da Serra), da 
região de Alijó (Vila Verde e Carlão) e da região de Sabrosa (Pinhão e São Martinho 
de Anta) são os que se apresentam como mais susceptíveis de exploração rentável. 
Já em 1992, o sector de transformação regional tinha uma capacidade de produção de 
cerca de 30.000 metros quadrados por mês de granito polido em chapa o que é 
considerável. 
As reservas de granito, matéria-prima que tem grandes possibilidades como 
rocha ornamental, são todavia ainda mais utilizadas para a produção de artefactos 
como perpianho, cubos, paralelos, guias, trepos, etc., parcialmente destinados a 
exportação, 
É ainda para a produção de inertes. 
Para além do granito merece uma menção especial as ardósias de Vila Real 
(Serra do Alvão), que, não obstante uma certa irregularidade na qualidade, existem em 
grandes reserva e com qualidade que justificam a exploração como rochas 
ornamentais e de construção. 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 9 
1.3.1Região Norte 
Na Região Norte, que compreende os distritos de Braga, Bragança, Porto, 
Viana do Castelo e Vila Real, e alguns dos concelhos dos distritos de Aveiro, Guarda e 
Viseu, a produção global em 2000, foi de 20,6 milhões de toneladas, no valor de cerca 
de 141 milhões de euros, correspondendo a uma variação de 3,2% e 0,4%, 
respectivamente em volume e valor, em relação a 1999. 
O granito é a principal substância explorada, representando cerca de 94% do 
valor total de rochas desta região, sendo a utilização industrial a que apresenta maior 
importância. De facto, o granito para a construção civil e obras públicas, contribuiu em 
2000, com 73,6%, do valor global desta substância na região, enquanto o granito para 
calçada e o granito ornamental contribuíram apenas com 13,8% e 12,6%, 
respectivamente. 
Os principais centros produtores de granito industrial localizam-se nos distritos 
do Porto (concelhos de Penafiel e Vila Nova de Gaia), Braga (concelhos de 
Guimarães, Braga e Vila Verde) e Aveiro (concelho de Santa Maria da Feira), 
contribuindo no seu conjunto com cerca de 60% do valor total de produção de granito 
industrial da região. O granito para calçada é explorado preferencialmente no distrito 
do Porto (concelhos de Penafiel e Marco de Canaveses) e ainda nos concelhos de 
Guimarães, Santo Tirso e Vila Pouca de Aguiar, enquanto o granito ornamental, 
apresenta maior expressão nos concelhos de Monção, Vila Pouca de Aguiar, Valença 
e Marco de Canaveses. 
 
1.4 Aspectos Gerais 
 Este projecto foi preparado no âmbito da disciplina de Seminário de Projecto, 
do 5º ano da Licenciatura em Engenharia Minas e Geoambiente, da Faculdade de 
Engenharia da Universidade do Porto e consiste na estruturação de um Plano de 
Lavra para uma pedreira de rocha ornamental, mais especificamente de Granito 
Amarelo. 
 
 
 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 10 
 
1.5Breve descrição do Projecto 
 
O estudo realizado seguiu o seguinte plano de trabalho: 
I. Enquadramento: em que o objectivo será implementar uma pedreira para 
extracção de rocha ornamental,mais especificamente de Granito 
Amarelo, com capacidade de produção de aproximadamente 15000 t/ano 
para abastecimento do Grande Porto. A proposta de trabalho que se irá 
apresentar, constitui uma das peças necessárias para o Estudo de 
Impacto Ambiental necessário para validar (ou não) a sua implantação; 
II. Objectivos: Pretende-se elaborar as várias peças de um Plano de Lavra 
de uma pedreira capaz de abastecer o Grande Porto com 15000 t/ano 
durante 20 anos, Projecto de Exploração, Plano de Aterro e Plano de 
Desactivação. 
III. Breve descrição do projecto: Elaboração de um Plano de Lavra 
atendendo ao disposto no Decreto Lei 270/2001 de 6/10, presentes na 
Legislação Portuguesa. O presente projecto irá ser estruturado atendendo 
à futura recuperação ambiental e paisagística do local. 
IV. Metodologia: 1) Pesquisa bibliográfica, 2) Estudos dos Decretos de Lei: 
D.L. 270/2001 de 6/10, D.L. 162/1990 de 16/5, D.L. 69/2000 de 3/5; 
3);visita ao local; planeamento da exploração – análise das alternativas; 
Elaboração do plano de lavra, do plano de aterro e do plano de 
desactivação; elaboração do relatório final. 
 
 
1.6.Caracterização do projecto 
 O primeiro passo para a elaboração deste projecto iniciou-se com uma 
pesquisa bibliográfica sobre os temas directamente e indirectamente relacionados com 
o nosso problema específico. Esta pesquisa não englobou unicamente a pesquisa 
bibliográfica, mas também a pesquisa pela internet. Os livros que serviram como 
orientação e apoio bem como os sites de internet estão descritos no ponto Bibliografia 
deste projecto. 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 11 
O segundo passo foi a pesquisa pela Legislação Portuguesa dos Decretos-lei 
directamente relacionados com o projecto, e em seguida o estudo pormenorizado de 
cada um deles, para que assim se pudesse elaborar um projecto, tendo em conta as 
condicionantes impostas pela nossa legislação. Os Decretos de Lei estudados foram o 
Decreto-lei 69/2000 de cinco de Abril, o D.L. 162/1990 de dezasseis de Maio e o D.L. 
270/2001 de seis de Outubro. Esta legislação está relacionada com a segurança no 
trabalho, recuperação ambiental e a exploração. 
Em Dezembro efectuou-se uma visita ao local. Da parte da manhã visitou-se 
uma pedreira em lavra activa. Da parte da tarde, visitou-se o local onde será 
instaurada a nova exploração de granito amarelo, onde foram efectuadas medições da 
orientação das falhas dominantes, bem como do respectivo pendor. 
Este projecto – Plano de Lavra – surge devido ao facto da extracção de rocha 
na pedreira em exploração, não ser de boa qualidade, ou seja, a excessiva fraturação 
dos blocos diminui a qualidade do produto final, e desta se encontrar na sua fase de 
finalização. Sendo assim, a empresa exploradora, sentiu a necessidade de escolher 
um outro local para a abertura de uma nova pedreira. O local escolhido situa-se no 
Alto da Vigia, freguesia de cervos, concelho de Montalegre, distrito de Chaves próximo 
da actual pedreira. 
 Para o desenvolvimento do nosso trabalho, foi-nos cedida uma planta 1:500 
do Alto da Vigia. Com esta carta começou-se a delinear o projecto da exploração da 
pedreira. O projecto consiste em 3 fases de desmonte, avançando desde a cota 510m 
até aos 478 m aproximadamente 32 metros de exploração em profundidade. A altura 
dos degraus é de aproximadamente 8 metros em média a largura da praça é de 20 
aproximadamente, considerando o espaço da queda do bloco, equipamento a utilizar e 
distância de segurança, conforme estabelecida na legislação. 
A área total da pedreira, foi dividida em uma área de exploração, situada mais 
a norte e outra de aterro, situada mais a sul e isto porque, na parte mais a sul o 
terreno é atravessado por uma linha de água, o que nos levou a concluir que a 
fracturação do maciço mais a sul seria de tal ordem que não iria ser de qualidade 
suficiente que torna-se viável a sua exploração. De modo a obter a melhor qualidade 
dos blocos, começou-se a explorar no sentido SW-NE devido a orientação das falhas 
e do pendor dominante apresentado pelo maciço. 
 As plantas ilustrativas da fase de exploração e do aterro encontra-se em 
anexo deste projecto. 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 12 
 Foi necessário a colocação, próximo da entrada da lavra, de contentores onde 
vão ser instalados os postos de primeiro-socorros, as instalações sanitárias e de 
tratamento de resíduos industrias de forma a dar apoio a todo o pessoal presente na 
exploração e por ser um local próximo tanto da zona de exploração bem como da zona 
de aterro abrangendo assim o apoio a toda a pedreira. 
O apoio administrativo e a transformação já existem na actual pedreira em 
actividade. 
 Na escolha de equipamentos, destacou-se a necessidade de um Banqueador, 
um Dumper articulado, uma Pá carregadora com o garfo e uma Retroescavadora. 
O Aterro foi instalado na área da pedreira mais a norte, perto da entrada da 
pedreira e a sua área bruta, dependeu do volume extraído, cerca de 60% sob o total 
de rocha extraída, devido ao facto da maioria dos blocos extraídos serem aproveitados 
na sua quase totalidade. 
O plano de desactivação consistiu na recolocação da rocha extraída (60% do 
volume extraído) por meio da utilização da retroescavadora. 
Paralelamente, procedeu-se a construção de várias cartas ilustrativas e de 
apoio a este projecto, nomeadamente, carta hipsométrica e a carta ilustrativa dos 
declives. 
Procedeu-se à implementação da pedreira na carta topográfica (escala 
1:25000). A carta hipsométrica construída de modo a representar as curvas de nível 
de 50 em 50 metros, conforme em anexo e sob a orientação representada em 
legenda, o mesmo procedimento foi estabelecido para a carta representativa dos 
declives. A carta topográfica que serviu de apoio foi a n.º 46 – Boticas. 
Também foi necessária uma carta geológica, com escala de 1:50000, relativa a 
Chaves, 6-B, na área de Boticas, Alto da Vigia. A área cartografada compreende 
algumas povoações importantes, alem da cidade de chaves e da Vila de Boticas onde 
se encontra implementada a pedreira em estudo neste projecto, outras povoações 
como por exemplo, Vila Verde da Raia, Santo Estêvão, Samiões, Anelhe, Redondelo, 
Pinho, Codeçoso, entre outras. Numerosas estradas facilitam o acesso à maioria 
destas povoações, entre elas destacam-se a estrada internacional de Chaves-Verim e 
as estradas de Chaves-Braga, Chaves-Vila Real, Chaves-Bragança, entre outras. 
 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 13 
1.6.1Caracterização Geotécnica da zona de Lavra (Alto da Vigia) 
Sob o ponto de vista do desenvolvimento das bancadas, o maciço rochoso no 
qual a Pedreira está implantada, é geotecnicamente condicionado pela rede de 
fracturação com orientação dominante N40º E, cujo pendor dominante na zona da 
pedreira ronda os 85ºNW. Existe ainda uma segunda família de fracturas com 
orientação média N20ºE cujo pendor dominantevaria entre 85ºSW e 85ºNE. Em 
complementaridade com estas duas famílias de fracturas subverticais ocorre uma 
outra sub-horizontal. 
Com os condicionalismos acima descritos, o avanço das frentes será 
predominantemente SW-NE aproveitando as condições favoráveis que esta direcção 
de avanço proporciona. 
Na actual proposta de Plano de Lavra esta direcção de avanço é alinhada de 
acordo com a fracturação N20ºE de forma a optimizar o rendimento da exploração. 
 
1.6.2.Caracterização Geológica 
A Geomorfologia da região representada na carta geológica, é dominada pela 
depressão de chaves, uma espécie de rasgão colossal a interromper a continuidade 
do planalto transmontano, limitada do lado leste, pelo rebordo da escarpa da serra do 
Brunheiro e pelos relevos que a continuam até a cota de Mairos, com altitudes que 
sobem aproximadamente a grandeza do milhar de metros. A vertente orientada na 
direcção NE-SW, é as vezes muito adrupta, com características de escarpa de falha. 
O maciço granítico de Santa Bárbara fecha a bacia de Chaves pelo lado sul, ficando 
apenas a passagem estreita para o Tâmega, que a partir de Outeiro Juzão, corre 
encaixado. 
 Segundo a notícia explicativa da carta geológica a que nos estamos a referir, 
assinalam-se diferentes unidades geológicas, nomeadamente as rochas eruptivas, ou 
granitos, que são o centro do nosso estudo. Na área representada pela carta 
geológica predominam os afloramentos de granito, estas rochas no seu conjunto, 
mostram uniformidade notável não só quanto às características petrográficas 
megascópicas, mas também a composição mineralógica. São rochas 
leucomesocráticas, ou mesmo leucocrátas e de grão oscilante entre o fino a grosseiro 
moderado, por vezes mesmo com tendência porfiróide. 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 14 
 O carácter alcalino abrange a quase totalidade das amostras que foram 
estudadas e conforme descrito na notícia explicativa na carta geológica nº 6B-Chaves. 
Estes granitos são essencialmente constituídos pelos seguintes elementos: 
 
 
SiO2 71,45 
Al2O3,Fe,etc 17,25 
K2O 4,6 
Na2O 3,5 
MgO 0,1 
CaO 2,7 
H2O 0,82 
 
 
 
1.6.3.Granitos Alcalinos 
Granito de Santa Bárbara 
Granitos de grão grosseiro, moscoviticos 
 Estes granitos encontram-se representados na carta geológia referida, através 
de uma mancha de forma arredondada, e são caracterizados por granitos de grão 
grosseiro, com passagem a porfiróide limitada mais ou menos por Ventozelos, Vilas 
Boas e Pereira de Selão. Este tipo de granitos é caracterizado por ser alcalino, e em 
que os minerais constituintes, são a albite e albite-oligoclase, pertite, moscovite e 
quartzo. 
Granitos alcalinos, de grão médio de duas micas 
 
Estes granitos, são caracterizados por serem constituídos mineralogicamente 
por, plagioclase francamente albitica ou albito.oligoclásica, a plagioclase por vezes 
apresenta uma presença pouco significativa, microclina e em alguns casos pertite, 
frequentemente em grandes cristais, englobando como se disse, restos de plagioclase, 
biotie, com halos pleocróicos e exsudações de óxidos metálicos, moscovite em geral 
de várias geraçõe, podendo distinguir-se pelo menos, moscovite, em lâminas extensas 
e moscovite do tipo II em agregados de fibras e escamas, que podem orlar, ou 
constituir os topos das lâminas alongadas de moscovite II. 
A ortoclase ou a microclina parecem ser mais 
abundantes que as plagioclases, o que associado a 
moscovite, justifica a percentagem mais elevada de fracção 
de potássio em relação ao sódio. Este resultado leva a 
concluir que se trata de granitos do ramo ortósico, posto 
que a variação da composição mineralógica nestas rochas 
nunca parece atingir valores susceptíveis de modificar os 
termos da relação K2O/Na2O<1 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 15 
Granito de Pinho (Boticas) 
Trata-se de um granito leucocrático, de grão médio a grosseiro, é caracterizado 
por possuir duas micas,e revela fenómenos de microclinização da plagioclase e 
pertitização. A plagioclase é albite com passagem a oligoclase. Possui grandes cristais 
de feldspatos potássicos e pertíticos. Este granito é atravessado pela estrada que une 
Boticas a Vidago, ao longo da qual se situam pedreiras em que este tipo de granito se 
mostra inalterado, segundo e como já foi referido a noticia explicativa da folha 6-B, da 
carta geológica de Chaves. 
O local onde está instalada a pedreira base do nosso estudo, é uma zona de 
granitos, onde se situa relativamente próximo, um filão de chumbo (Pb), representado 
a amarelo. 
 
1.7.Localização da Pedreira 
A pedreira de granito amarelo denominada Alto da Vigia fica situada no lugar 
do mesmo nome, na freguesia de Boticas, concelho da Chaves e distrito de Vila Real. 
A área de que trata este projecto está referenciada à carta topográfica de Portugal à 
escala 1/25000 dos Serviços Cartográficos do Exército, na folha 46 com o título de 
Boticas respectivamente. 
 
1.8.Vias de Acesso 
O mapa da região de Montalegre e arredores servirá para se saber quais os 
acessos aos principais pontos, hospitais ou centros de saúde, em caso de acidente, 
estradas principais para o acesso à pedreira. 
 A pedreira do Alto da Vigia situa-se no local do Alto da Vigia, freguesia de 
Cervos, concelho de Montalegre, distrito de Vila Real. 
O concelho de Montalegre é limitado a Sul pelo concelho de Boticas, a poente 
pelo concelho de Chaves. 
 A freguesia de Cervos fica situada a cerca de 30 km de Chaves, 70 km de Vila 
Real, 85 km de Braga, 140 km do Porto e cerca de 20 km da fronteira espanhola. 
 O acesso Montalegre a Chaves pode ser feito através da Estrada Nacional N.º 
103 e o acesso a Vila Real pode ser feito através da EN 103 até à N 2. Esta nacional 
faz também ligação ao IP4. 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 16 
 Na freguesia de Montalegre existe um centro de saúde, que em caso de 
acidente de trabalho não grave, os trabalhadores poderão ser deslocados até lá, caso 
contrário, o hospital mais perto fica sito em Chaves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig.1: – Mapa do Norte de Portugal. 
 
 
1.9.Tipo de clima apresentado pela zona onde está colocada a Exploração em estudo 
 
1.9.1. Climatologia e Edafologia 
 
O clima em Portugal Continental é condicionado essencialmente pela posição 
geográfica do território em relação ao Oceano Atlântico e pela forma e disposição dos 
principais conjuntos montanhosos. O nosso território continental sofre a passagem de 
superfícies frontais, normalmente provenientes de oeste, bem como a influência do 
anticiclone subtropical do hemisfério Norte (Anticiclone dos Açores) e de centros de 
baixa e alta pressão de origem térmica que se formam, respectivamente, a partir de 
meados da Primavera com prolongamento pelo Verão e Inverno. Além das condições 
já referidas, assumem especial importância os sistemas montanhososque atravessam 
o país sensivelmente na direcção NW - SE. 
 
Espanha 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 17 
 1.9.2.Precipitação 
 
A precipitação é uma das componentes mais importantes do ciclo hidrológico e 
um factor fundamental na definição das características hidrológicas de Portugal 
Continental. Verifica-se que a variabilidade espacial é uma das particularidades mais 
marcantes da distribuição do regime de precipitação no Continente, como bem 
expressa na Figura 1. 
 A barreira morfológica constituída pelas montanhas do Minho, Cordilheira 
Central e relevos que a prolongam para sudoeste, provocam precipitações elevadas 
nas regiões entre-os-rios Lima e Cávado apresentando, principalmente na vertente 
atlântica, valores elevados de precipitação anual média, na ordem dos 2200 mm, 
chegando em alguns locais da Serra do Gerês a atingir valores próximos de 4000 mm. 
A leste dos alinhamentos montanhosos do noroeste, a precipitação média desce para 
os 800 mm ano e atinge os cerca de 500 mm ano nos vales encaixados do rio Douro e 
seus principais afluentes. 
Quantidade de Precipitação 
(mm) 
Nº de dias com precipitação > 
1mm 
Nº de dias com precipitação > 10 
mm 
 
 
Fig2: Quantidades de precipitação no território de Portugal continetal 
 
 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 18 
1.9.3.Dados Relativos á estação metereológia mais próxima de Boticas 
 
 
Boletim de Precipitação (SNIRH - SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS) 
 
PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET 
MENSAL 222 202,2 166,1 186,2 8,4 0 6,6 79,9 10,1 0 0 0 
MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88 
MENSAL ACUMULADA 222 424,2 590,3 776,5 784,9 784,9 791,5 871,4 881,5 881,5 0 881,5
MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790 
Tabela:Dados relativos ao ano de 2003 
 
PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET 
MENSAL 329,4 408,5 352,3 398,9 55,7 91,5 152,1 9,8 54,8 42,7 34,3 69,9 
MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88 
MENSAL ACUMULADA 329,4 737,9 1090 1489 1545 1636,3 1788,4 1798,2 1853 1896 1930 2000 
MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790 
Tabela:Dados relativos ao ano de 2002 
PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET 
MENSAL 262,9 0,8 12,3 307,4 112,5 207 69,6 124,6 24,4 25,1 11,4 142,7
MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88 
MENSAL ACUMULADA 262,9 263,7 276 583,4 695,9 902,9 972,5 1097,1 1121,5 1147 1158 1301 
MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790 
Tabela:Dados relativos ao ano 2001 
PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET 
MENSAL 154,7 370,3 708,4 712,9 254,6 963,7 154,8 131,4 9 109,2 68 38,5
MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88
MENSAL ACUMULADA 154,7 525 1233 1946 2201 3164,6 3319,4 3450,8 3459,8 3569 3637 3676
MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790
Tabela:Daods relativos ao ano de 2000 
PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET 
MENSAL 392,5 43,1 392,6 24,1 94,1 28,9 550,8 165,8 9 91,8 10,7 50,3 
MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88 
MENSAL ACUMULADA 392,5 435,6 828,2 852,3 946,4 975,3 1526,1 1691,9 1700,9 1793 1803 1854 
MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790 
Tabela:Dados relativos ao ano de 1999 
PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET 
MENSAL 272,3 205 326,3 325,9 105,1 258,22 186,78 102,3 21,46 53,76 24,88 60,28
MÉDIA MENSAL 172 217 237 250 222 188 141 140 80 30 34 88
MENSAL ACUMULADA 272,3 477,3 803,6 1130 1235 1492,8 1679,6 1781,9 1803,3 1857 1706 1942
MÉDIA MENSAL ACUMULADA 172 388 625 877 1100 1285 1424 1560 1638 1669 1703 1790
Tabela:Dados relativos ás medias dos anos de 1999 a 2003 
 
 
 
 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 19 
Após a análise dos quadros acima demonstrados, verifica-se que os meses de 
Outubro, Dezembro, Janeiro e Março apresentam valores mais elevados de 
precipitação (mm), concluindo-se que à partida nos vezes compreendidos entre as 
estações do ano do Outono e Inverno o cuidado com a rega das pistas no espaço 
global da exploração deverão ser inferiores dos que terão que ser tomados para as 
restantes estações do ano em que os valores da precipitação são diminutos e onde a 
rega das pistas deverá ser executada para minimizar o efeito de poeiras. 
Os valores apresentados acima estão apresentados em mm, sendo os valores 
da precipitação determinados para toda a área da exploração (48000m2) apresentados 
na tabela seguinte e expressos em litros por metro quadrado. 
PRECIPITAÇÃO OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET 
MENSAL 13070400 1E+07 2E+07 2E+07 5E+06 1E+07 9E+06 5E+06 1E+06 3E+06 1E+06 3E+06
MÉDIA MENSAL 8256000 1E+07 1E+07 1E+07 1E+07 9E+06 7E+06 7E+06 4E+06 1E+06 2E+06 4E+06
MENSAL ACUMULADA 13070400 2E+07 4E+07 5E+07 6E+07 7E+07 8E+07 9E+07 9E+07 9E+07 8E+07 9E+07
MÉDIA MENSAL ACUMULADA 8256000 2E+07 3E+07 4E+07 5E+07 6E+07 7E+07 7E+07 8E+07 8E+07 8E+07 9E+07
Tabela:Dados relativos á medias dos anos de 1999 a 2003, para valores totais de precipitação em todo o espaço de exploração (l/m2) 
 
 
1.9.4.Evapotranspiração 
 
Fig3: Valores médios anuais relativos a evapotranspiração em Portugal continetal 
 
 
 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 20 
Os valores acima demonstrados pela figura dois, são relativos á 
evapotranspiração anual, verificada na superficie de Portugal continetal. 
 
1.9.5.Determinação da Área da Bacia de Decantação 
 
De acordo com a média do pior valor para a pluviosidade, registado desde o 
ano 1999 até ao ano de 2003, e atendendo ao valor da área total da pedreira, a 
quantidade de água proveniente da pluviosidade atinge os 0.046m3/seg. 
Posteriormente fez-se uma análise da evapotranspiração verificada na zona e 
concluiu-se que para a zona onde está implementada a exploração a média anual da 
evapotranspitração é próxima dos 750mm. 
Para a determinação da quantidade de água presente na superficie da 
pedreira, retirou-se ao valor da precipitação, o valor da evapotranspiração e cerca de 
20% do valor da precipitação, que se designará na demostração dos cálculos, em 
anexo, por Infiltração, já que este parâmetro só teria um valor preciso, efectuando 
ensaios no proprio local. 
Sendo assim para toda a área da pedreira a quantidade de água verificada, é 
de 0.084 m3/seg. 
Como a água presente na superficie da exploração torna-se um incoveniente á 
realização dos diferente trabalhos, tornou-se necessário criar um baciade decantação, 
que não só permitirá retirar toda a água na zona de trabalhos, como permitirá realizar 
um tratamento a esta, retirando-lhe as particulas em suspensão, tornando a água 
reutilizável, para situações como rega das pistas, lavagem de equipamento etc. 
Sendo assim para a determinação da área da bacia de decantação, o primeiro 
passo foi determinar a percentagem de sólidos em suspensão, e o calibre médio das 
particulas presentes na água. Estes dois valores, foram arbitrados,tendo em atenção 
exemplos que permitissem obter valores bastante proximos da realidade. 
Seguidamente determinou-se a velocidade de sedimentação das particulas na água e 
posteriormente a área da bacia de decantação, que trata a razão entre a quantidade 
total de água presente na exploração e que irá ser bombada, pela velocidade de 
sedimentação. Sendo assim o valor da área da bacia de decantação é de 373.998m2. 
O raciciocinio estabelecido , bem como os cálculos encontram-se em anexo 
deste projecto. 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 21 
 
 
 
 
 
 
Memória Descritiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 22 
 
Pedreira do Alto da Vigia 
MEMÓRIA DERITIVA 
 A pedreira está limitada por uma área de 48.000 m2. Existe uma distância de 10 
m ao longo de toda a área da pedreira, que funciona como área de segurança. Na 
área mais a sul da pedreira passa uma linha de água, sendo a área a partir dessa 
linha até a zona mais a sul da pedreira o local escolhido para o aterro, com uma área 
de cerca de 10500 m2, por outro lado o local escolhido para a zona de exploração, 
situa-se na parte mais a norte da linha de água que atravessa a zona da pedreira ao 
longo da sua extensão, e possui uma área de aproximadamente de 27500m2. 
 
2.Plano de Lavra 
 O plano de lavra consiste no projecto da exploração, que tem como ponto 
principal ponto a memória descritiva, a identificação e caracterização, impactos 
ambientais significativos e respectivas medidas de mitigação e monitorização, 
instalações auxiliares, sistema de esgotos, plano de higiene e segurança, sinalização 
(da exploração e outras), sistema de iluminação e sistema de ventilação. 
 
2.1.Cálculo de reservas 
 
1ªFase de Exploração 
 
Na primeira fase de exploração que é caracterizada por conter 3 degraus, 
começou-se inicialmente por remover as terras de cobertura , perfazendo na totalidade 
os 2065,275m3, ou 5369.715 toneladas, que irão ser colocadas ao longo do espaço de 
segurança que delimita toda a área de exploração e está representada em anexo. 
Seguidamente procedeu-se à construção do que será a primeira planta representativa 
da primeira fase de exploração. O primeiro destes, situado a cota 510 metros perfaz 
uma área de 13768,5m2, onde o volume total de rocha extraída e de 55074m3, ou 
143192.4 toneladas. Dentro destes 55074 m3 de rocha extraída, 60% é considerado 
como material rejeitado. Considerou-se os 60% por concluir que a maior parte dos 
blocos extraídos mesmos o de menor dimensão ao normalmente considerado para 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 23 
uma pedreira de rocha ornamental, teriam valor comercial, e seriam na sua quase 
totalidade aproveitados. O volume de rejeitados para o primeiro degrau da primeira 
fase e da ordem dos 39653.28m3 ou 103098.5 toneladas. 
 
1ºDegrau (510m) (a1) 
Comprimento (m) Largura (m) Área (m2) 
55 130 7150 
105 60 6300 ÁreaTotal
13 24,5 318,5 13768,5 
 
Volume Total (m3) 55074 
Tonelagem Extraída 143192,4
2065,275 (m3) 
Terras 5369,715 toneladas
39653,28 (m3) 
Rejeitados 103098,5 toneladas
Tabela2: calculo de reservas para o primeiro degrau da primeira fase 
 
O segundo degrau de exploração, foi aberto aos 502m e perfaz nesta primeira 
fase de exploração os 12387,5m2 de área. O volume total de material extraído é da 
ordem os 99100m3, ou 257660 toneladas. Em relação ao material rejeitado e que irá 
ser colocado na área de aterro, definida em planta, como se mostra em anexo, perfaz 
na totalidade, neste degrau os 71352 m3 ou 185515.2 toneladas. 
2ºDegrau (502m) (b1) 
Comprimento (m) Largura (m) Área (m2) 
43 100 4300 
120 32,5 3900 Total 
33,5 125 4187,5 12387,5 
 
Volume Total (m3) 99100 
Tonelagem Extraída 257660 
71352 (m3) 
Rejeitados 185515,2 toneladas
Tabela3: calculo de reservas para o segundo degrau da primeira fase 
 
O terceiro degrau e último desta primeira fase de exploração será aberto à cota 
de 494m e, nesta fase conterá 3662,5m2 de área. O Volume total de material retirado 
neste degrau é na ordem dos 29300 m3, ou 76180 toneladas. Em relação ao material 
rejeitado neste degrau, ou seja 60% deste material reitirado e que se considera como 
resíduo inerte perfaz o volume de 21096 m3, ou 477032,4 toneladas. 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 24 
3ºDegrau (494m) (c 1) 
Comprimento (m) Largura (m) Área (m2) 
95 35 3325 
10 7,5 75 Total 
7,5 35 262,5 3662,5 
 
Volume Total (m3) 29300 
Tonelagem Extraída 76180 
21096 (m3) 
Rejeitados 54849,6 toneladas
Tabela3: calculo de reservas para o terceiro degrau da primeira fase 
 
A totalidade de material explorado nesta primeira fase perfaz o volume total, 
obtido pela soma dos volumes retirada ao longo dos 3 degraus da ordem dos 
183474m3, ou 477032.4 toneladas, onde 132101.3m3 ou 343463.3 toneladas é 
considerado como material inerte, por sua vez volume total de material util é de 
73389.6m3 ou 190813 toneladas. 
 
Volume total da 1ªFase (m3) 183474 
Volume total da 1ªFase (ton) 477032,4 
132101,3 (m3) 
Volume total de rejeitados 343463,3 ton 
Volume total de mateiral util 73389,6 (m3) 
 190813 ton 
Tabela4: valores totais para a primeira fase de exploração 
 
2ª Fase de exploração 
 
Esta segunda fase de exploração é caracterizada por conter 3 degraus e a 
abertura do quarto degrau que será desenvolvido na terceira e ultima fase de 
exploração deste projecto. 
A continuação da exploração do degrau 510m, primeiro degrau desta segunda 
fase de exploração, terá uma área de exploração aproximada dos 12328.5m2, tendo 
em conta a área construída e explorada na primeira fase deste projecto. O volume 
total de material retirado neste degrau é de 98628 m3, ou 256462.8 toneladas. O 
volume de material considerado como resíduo inerte é da ordem dos 71012.16m3, ou 
184631.616 toneladas. 
 
 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira25 
1ºDegrau (510m) (d2) 
Comprimento (m) Largura (m) Área (m2) Total 1ºfase-2ºfase 
160 3 480 1440 12328,5 
 
Volume Total (m3) 98628 
Tonelagem Extraída 256433 
769,275 (m3) 
Terras 3369,6 toneladas 
71012,16 (m3) 
Rejeitados 184631,616 toneladas 
Tabela5: calculo de reservas para o primeiro degrau da segunda fase 
 
 
O segundo degrau desta segunda fase será tal como o primeiro uma 
continuação do segundo degrau representado na primeira fase deste projecto. A 
continuação da exploração deste degrau, nesta fase, terá como área, 7131.25 m2, 
onde 148330toneladas, ou 57050m3 serão a totalidade de material extraído nesta fase 
ao longo deste degrau (502m). 
O material rejeitado neste degrau perfaz os 41076m3 ou 106797.6 toneladas. 
 
2ºDegrau (502 m) (e2) 
Comprimento (m) Largura (m) Área (m2) 
57,5 142,5 8193,75 
90 82,5 7425 Total 1ªfase-2ªfase
30 130 3900 19518,8 7131,25 
 
Volume Total (m3) 57050 
Tonelagem Extraída 148330 
41076 (m3) 
Rejeitados 106797,6 toneladas 
Tabela6: calculo de reservas para o segundo degrau da segunda fase 
 
O terceiro degrau desta segunda fase, e da mesma forma do que já foi referido 
para os dois primeiro será a continuação da exploração do 3 degrau correspondente 
da primeira fase de exploração, o degrau 496m. Nesta fase irá ser explorada uma área 
de 11337.5, onde o volume de material retirado será da ordem dos 90700m3, ou 
235820 toneladas. O material rejeitado neste degrau perfaz os 65304m3, ou 169790.4 
toneladas de volume. 
 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 26 
3º Degrau (494 m ) (f2) 
Comprimento (m) Largura (m) Área (m2) 
40 112,5 4500 
105 58 6090 Total 1ªfase-2ªfase
122,5 36 4410 15000 11337,5 
 
Volume Total (m3) 90700 
Tonelagem Extraída 235820 
65304 (m3) 
Rejeitados 169790,4 toneladas 
 
Tabela7: calculo de reservas para o terceiro degrau da segunda fase 
 
O quarto degrau representado nesta fase, é unicamente a iniciação da 
construção do mesmo, ou seja está unicamente representado na segunda fase de 
exploração, as rampas de acesso a este degrau e a iniciação da exploração deste 
degrau, tendo este o seu desenvolvimento na última fase de exploração deste 
projecto. Sendo assim a área delimitada para iniciar a exploração deste degrau de 
cota inicial 486m, de 4368.75m2, onde o volume de material extraído e de 34950m3, ou 
90870 toneladas, sendo 25164m3 ou 65426.4 toneladas o volume de material 
rejeitado. 
 
4º Degrau (486 m) (g2) 
Comprimento (m) Largura (m) Área (m2) 
67,5 22,5 1518,75 
22,5 80 1800 Total 
70 15 1050 4368,75 4368,75
 
Volume Total (m3) 34950 
Tonelagem Extraída 90870 
25164 (m3) 
Rejeitados 65426,4 toneladas 
Tabela8: calculo de reservas para o quarto degrau da segunda fase 
 
Sendo assim o balanço global desta segunda fase de exploração perfaz o 
volume total de 281328m3, ou 731453 toneladas de material extraído, onde 
202556.16m3, ou 526646.016 toneladas é material rejeitado e que irá ser colocado na 
área de aterro e nas pequenas zonas de exploração que já não serão relevantes para 
exploração, tendo terminado a sua exploração no decorrer desta segunda fase de 
exploração, por sua vez os valores totais de mateiral util são de 112561.2 m3, ou 
298207.68 toneladas. 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 27 
Volume total da 2ªFase (m3) 281328 
Volume total da 2ªFase (ton) 731453 
 202556,16 (m3) 
 Volume total de rejeitados 526646,016 ton 
 Volume total de mateiral util 112531,2 (m3) 
 298207,68 ton 
Tabela9: valores totais para a segunda fase de exploração 
 
3ª Fase de Exploração 
O degrau correspondente aos 510m terminou a sua exploração na segunda 
fase de exploração deste projecto de lavra, terminando na sua totalidade como 
demonstrado em planta, no anexo deste projecto. 
 
1ºDegrau (502 m) (h3) 
Comprimento (m) Largura (m) Área (m2) 
150 137,5 20625 Total 
52,5 150 7875 28500 8981,25
 
Volume Total (m3) 35925 
Tonelagem Extraída 93405 
25866 (m3) 
Rejeitados 67251,6 toneladas 
Tabela10: calculo de reservas para o primeiro degrau da terceira fase 
 
O primeiro degrau desta 3 fase de exploração terá uma área de 8981.25 m2, 
terminando à distância de segurança ao longo de toda a sua extensão do degrau 
510m, ou do lado direito da planta à curva de nível correspondente. O volume de 
rocha extraída perfaz o volume de 35925m3 ou 93405 toneladas, sendo 25866 m3, ou 
67251.6 toneladas, de material rejeitado. 
2ºDegrau (494 m) (i3) 
Comprimento (m) Largura (m) Área (m2) 
42,5 120 5100 
91,5 120 10980 Total 
35 120 4200 20280 5280
 
Volume Total (m3) 42240 
Tonelagem Extraída 109824 
30412,8 (m3) 
Rejeitados 79073,28 toneladas 
Tabela11: calculo de reservas para o segundo degrau da terceira fase 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 28 
O segundo degrau desta fase, terminará com uma distância do degrau 
precedente, estabelecida como distância de segurança ou seja 3 metros 
aproximadamente. A totalidade de área explorada neste degrau, e de 5280m2, onde 
42240m3, ou 109824 toneladas, serão o volume total de rocha extraída, e deste 
volume 30412.8m3, ou 79073.28 toneladas serão considerados como resíduo inerte e 
irão ser colocados nas zonas de exploração já desactivas, iniciando assim o plano de 
desactivação deste projecto, precedido do plano de recuperação paisagística. 
 
3º Degrau (486m) (j3) 
Comprimento (m) Largura (m) Área(m) 
42,5 111,5 4738,75 
85 120 10200 Total 
35 111,5 3902,5 18841,25 14472,5
 
Volume Total (m3) 115780 
Tonelagem Extraída 301028 
83361,6 (m3) 
Rejeitados 216740,16 toneladas 
Tabela12: calculo de reservas para o terceiro degrau da terceira fase 
 
O terceiro, e penúltimo degrau de exploração (486m) desta fase que é também 
a ultima fase de exploração deste projecto, será continuação da abertura e exploração 
propriamente dita, no iniciado na segunda fase de exploração deste projecto, e perfaz 
nesta altura uma área de 14472.5m2, onde 115780m3, ou 301028 toneladas, serão a 
totalidade de material extraído neste degrau, e onde 83361.6 m3, ou 216740.16 
toneladas serão de material rejeitado. 
 
 4ºDegrau (478 m) (k3) 
 Comprimento(m) Largura (m) Área (m2) 
 45 110 4950 
 32,5 110 3575 Total 2ªfase-3ªfase 
 76,5 91,5 6999,75 15524,75 15524,75 
 
Volume Total (m3) 124198 
Tonelagem Extraída 322914,8 
89422,56 (m3) 
Rejeitados 232498,66 toneladas 
Tabela13: calculo de reservas para oquarto degrau da terceira fase 
 
O último degrau de exploração deste projecto, onde se irá perfazer os 32 m 
aproximadamente de exploração em profundidade, será iniciado e terminada a sua 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira29 
exploração nesta 3 fase de lavra. A área total deste degrau será na ordem dos 
15524.75m2, onde 124198m3, ou 322914.8 toneladas será o volume total de material 
retirado, e onde deste volume 89422,56 m3, ou 232498,66 toneladas será considerado 
como material rejeitado e tal como no anterior degrau desta exploração será colocado 
nas zonas de exploração já desactivas. 
 
Volume total da 3ªFase (m3) 318143 
Volume total da 3ªFase (ton) 827171,8
Volume total de mateiral 
util 127257,2 (m3) 
 337231,58 ton 
Tabela14: valores totais para aterceira fase de exploração 
 
Esta última fase tem um volume total de material retirado na ordem dos 
318143m3, ou 27171.8 toneladas de material retirado, sendo 127257.2m3 ou 
337231.58 toneladas de material util. 
 
2.1.1.Determinação do tempo de Exploração 
A previsão do número total de anos de exploração consistiu em calcular 40% 
do volume de rocha útil que será explorado. 
 Também se efectuou a previsão do número de anos de exploração por cada 
uma das 3 fases. 
 Desta forma, a previsão de exploração será de 21 anos, com a primeira fase a 
ser explorada em 5 anos, a segunda e terceira fases em 8 anos. 
 
Cálculo da previsão de anos de exploração 
 
1ª Fase 
Volume explorado por ano (m3) 15000 
Volume explorado por ano (t) 39000 
Volume total (t) 190813 
Anos de Exploração 5 
 
 
2ª Fase 
Volume explorado por ano (m3) 15000 
Volume explorado por ano (t) 39000 
Volume total (t) 292581 
Anos de Exploração 8 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 30 
 
 
3ª Fase 
Volume explorado por ano (m3) 15000 
Volume explorado por ano (t) 39000 
Volume total (t) 330869 
Anos de Exploração 8 
 
 
 
Anos de Exploração 
Volume explorado por ano (m3) 15000 
Volume explorado por ano (t) 39000 
Volume total (t) 814263 
Anos de Exploração 21 
 
Tabela 15: Valor de anos de exploração por fase e o valor total. 
 
 
2.1.2.Quadro Resumo das Reservas 
 
Extracção(m3) Total Explorado 
Fase Piso Terras Blocos m3 toneladas % 
Fase1 1 2065,28 55074 57139,3 151419,1 0,09
 2 99100 99100 262615 0,15
 3 29300 29300 77645 0,05
Totais Paciais Fase 1 183474 183474 486206,1 0,29
Fase2 1 769,275 98628 99397,3 263402,8 0,15
 2 57050 57050 151182,5 0,09
 3 90700 90700 240355 0,14
 4 34950 34950 92617,5 0,05
Totais Paciais Fase 2 281328 281328 745519,2 0,43
Fase3 1 35925 35925 95201,25 0,06
 2 42240 42240 111936 0,07
 3 115780 115780 306817 0,07
 4 124198 124198 329124,7 0,09
Totais Paciais Fase3 318143 318143 843079 0,28
Total reservas úteis 375814 
Total rejeitados 270586 
Total Terras 2834,55 
Total Explorado 649234 1,00
Tabela16: Quadro resumo das reservas 
2.2.Desmonte 
 
A exploração a céu aberto pode ser feita de duas formas: 
 Degraus direitos; 
 Arranque de pequenas ou grandes massas; 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 31 
Nas explorações a céu aberto a dimensão dos degraus deve garantir a 
execução das manobras com segurança. 
Os métodos de desmonte a céu aberto podem ser de dois tipos: 
 Flanco de encosta; 
 Corta (abaixo da superfície). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Típico Desmonte em Flanco de Encosta. 
 
As áreas de exploração desta pedreira e de acordo com as peças desenhadas 
em anexo, têm cerca de 27500m2. 
A exploração será feita parte em flanco de encosta e parte em corta quando o 
mesmo for feito abaixo da superficie. 
A descubra do terreno virgem a incorporar consta essencialmente de duas 
operações: 
- Desmatagem – consistirá na remoção da vegetação existente para local 
próprio; 
- Desnudamento – consistirá na camada superficial de rocha alterada que não 
servirá para a comercialização, a remover para local próprio para vir a ser utilizada 
na recuperação. 
Dadas as características da exploração, estas duas operações serão feitas 
praticamente em simultâneo e ao longo de toda a área que se pretende adicionar. 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 32 
O desmonte iniciar-se-á então pela parte superior do terreno ainda não 
explorado, definindo-se as bancadas (na zona explorada em flanco de encosta) de 
cima para baixo e que serão formadas de modo a que os seus traços em planta 
terminem no terreno natural a cotas correspondentes às das respectivas plataformas. 
O desmonte será feito com explosivos, utilizando os tipos mais adequados à 
obtenção do maior rendimento e de menores vibrações no solo. 
A perfuração dos furos será feita com equipamento hidráulico, por máquinas 
providas de captadores de poeiras. 
O carregamento dos furos será feito por pessoal especializado. 
A pega de fogo tipo foi calculada ao longo dos vários anos de actividade da 
pedreira . Para além disso é preocupação constante da empresa exploradora que na 
execução das pegas de fogo o seu resultado final tenha sempre como objectivos 
primordiais a eliminação de projecções e a minimização, quer de vibrações no solo, 
quer de produção de grandes blocos que obriguem à operação de taqueio. 
O carregamento da rocha desmontada é feito por pás e a sua remoção 
efectuado por Dumpers . 
As bancadas terão 8m de altura e largura suficiente, cerca de 20 m para que 
as máquinas e o pessoal manobrem com segurança. A rampa de acesso aos 
trabalhos terá uma inclinação próxima dos 10%. 
O plano de extracção consiste em 3 fases de exploração, cada uma com 3 
degraus, atingindo uma profundidade de cerca de 32 m. O desmonte é feito com 
pólvora. O transporte dos blocos, dentro da pedreira, é feito com a Pá carregadora até 
ao Dumper. O Dumper, por sua vez, transporta o bloco até ao local onde vai ser 
transformado. 
O desmonte inicia-se com a operação de desmonte (Fig. 4), sendo os furos 
realizados com o objectivo de definir materialmente, a área do bloco primário e a 
largura das fatias, isto é a dimensão do bloco a desmontar. 
Após a execução dos referidos furos é introduzido o fio helicoidal diamantado, 
roçadora ou jacto hidráulico com vista à realização do corte de levante (corte de 
fundo). Em seguida, para individualização do bloco primário, são realizados os cortes 
laterais. 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 33 
Uma vez terminada a individualização do bloco primário, procede-se ao corte 
do bloco em fatias que definem o bloco maior transportável, com a operação de 
esquartejamento. 
Após as fatias se encontrarem plenamente individualizadas, são derrubadas 
sendo os blocos transportados por grua ou através de outro equipamento de 
transporte se a corta estiver ligada ao exterior por rampa. Se o material exceder em 
peso a capacidade da grua, as dimensões forem superiores ao arco máximo damonolâmina, ou apresentar irregularidades excessivas, serão esquartejados na 
pedreira. 
O derrube de uma fatia é realizado com o auxílio de uma almofada ou macaco 
hidráulico que origina o desequilíbrio de um bloco, até esta cair numa "cama" 
previamente realizada. A cama tem uma dupla função: amortecer o impacto da queda 
da fatia derrubada, minimizando a quantidade de fracturas induzidas pelo choque, e 
ajudar posteriormente a operação de esquartejamento, permitindo a passagem do fio 
diamantado, sem que seja necessário proceder ao novo furo. A cama é normalmente 
construída com terra, fragmentos de rochas e pneus velhos. 
 
 
 
 
 
 
 
Fig: 4 – operação de desmonte 
 
O esquartejamento é sem dúvida a operação crítica no que diz respeito ao 
correcto planeamento das operações. Este é bastante influenciado pelas 
características de fracturação do bloco, operações anteriores e posteriores, e pelo 
mercado. 
Neste caso em particular o desmonte iniciou-se com a exploração da primeira 
fase, como pode ser visualizado nas plantas em anexo. A abertura do primeiro degrau, 
foi precedida na abertura dos diferentes e necessários acessos aos mesmos, estes, 
são caracterizados, por possuirem uma inclinação de aproximadamente 10% para não 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 34 
diminuir o tendimento do equipamento. O primeiro degrau a ser aberto foi o degrau 
definido em planta como 510m, sendo seguido dos degraus 502m e 494m. Para cada 
um destes degraus foram inicialmente elaboradas as rampas de acesso e as 
respectivas vias. Seguidamente procedeu-se a abertura da segunda e terceiras fases, 
que tiveram o mesmo esquema de trabalhos, primeiro a abertura de rampas e vais de 
acesso a cada um dos degraus, e atendendo sempre ao aproveitamento máximo de 
espaço e de tempo, e consequente abertura dos diferentes degraus, caracterizados 
por possuirem 8 m de profundidade. A largura das diferentes praças inicialemente 
terão cerca de 20m , atendendo as distâncias de segurança, e no final da exploração, 
terão unicamente 3 metros, para que unicamente se estabelça a segurança dos 
diferentes taludes. 
O tipo de desmonte adoptado, bem como o tipo de exlposivos, para a fase de 
exploração desta lavra será descrito a seguir. 
 
2.2.1.Tipo de explosivos e preparação das cargas 
 
Tipo de explosivos e preparação das cargas 
 
Tipos de explosivos 
 Os explosivos utilizados são o cordão detonante e a pólvora negra. 
 
Cordão detonante 
 Neste plano de lavra foi escolhido o cordel detonante como explosivo. 
Trata-se de um cordão que contém um núcleo com um explosivo de alta 
velocidade de detonação, como a pentrita, rodeado com várias capas de fibras têxteis, 
um recobrimento de cloro polivinilo que permite que tenham as características 
adequadas, como flexibilidade, impermeabilidade e resistência à tracção e humidade. 
 A pentrita (tetranitrato de pentaeritina) é um sólido cristalino que se funde a 
141ºC e é sensível ao detonador. A velocidade de detonação é de 7000 m/s. 
 O cordel detonante caracteriza-se pela sua potência, que é em função da 
quantidade de explosivo por metro. A detonação deve-se manter e ser transmitida 
correctamente. 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 35 
 Considerações Práticas sobre o uso dos Explosivos 
 
 
Fig5 – Abertura dos furos. 
 
 Depois de abertos os furos, com o respectivo diâmetro, é colocado o cordão 
detonante. O tamponamento faz-se com água uma vez que é mais eficaz porque os 
espaços são todos ocupados. 
 
Variáveis geométricas do desenho e iniciação das cargas 
 Diâmetro dos furos 
Os diâmetros que normalmente se usam são pequenos, de 27 a 40 mm, pois 
assim consegue-se uma melhor distribuição espacial do explosivo no plano da 
fractura. O diâmetro dos furos, verticais e horizontais, mais económico é de 32 mm 
que é o diâmetro utilizado nesta pega de fogo. 
 
Espaçamento entre os furos 
O espaçamento entre os furos deve-se estabelecer em função das 
propriedades das rochas e características da carga do explosivo. O espaçamento nas 
rochas ornamentais é de cerca de 20 cm. Neste caso obtém-se um valor perto de 20 
cm, cerca de 22 cm. A profundidade do furo varia entre 2 a 8 m, uma vez que os 
degraus têm 8 m de altura, a profundidade do furo é de cerca de 7,8 m. 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 36 
Consumo específico 
As quantidades de explosivo necessárias para o corte de um volume de rocha 
variam segundo o tipo de material, classe do explosivo, grau de desacoplamento e 
fase de extracção. O consumo específico por pega é de cerca de 20 g/m3. Este valor 
depende de três constantes, a, b e c, e ainda do volume extraído por pega, da 
superfície de corte e do deslocamento do bloco quando se dá o rebentamento. 
 
Distribuição de cargas nos furos 
 Para evitar a fracturação dos blocos nas esquinas, é conveniente deixar os 
furos nas esquinas sem carga, isto é, vazios. A figura ? representa duas situações que 
podem ocorrer. A primeira é carregar os furos das esquinas e ocorrer fracturação no 
bloco. A segunda representa os furos vazios na esquina de modo a não fracturar o 
bloco. 
Pressão do furo e Pressão efectiva do furo 
A pressão do furo é a pressão que a carga explosiva exerce dentro do furo e a 
pressão efectiva é a pressão que realmente é exercida dentro do furo e que provoca o 
deslocamento do bloco. 
 
Fig. 6: Exemplo dos furos para extracção dos blocos. 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 37 
O valor da resistência à tracção e à compressão do granito foram escolhidos 
após pesquisa bibliográfica. 
O valor do espaçamento das falhas é um valor médio, uma vez que a distância 
entre as falhas varia entre 0,8m e 1,2m. 
 
 
2.2.2.Dados do cálculo da Pega de Fogo 
 
 
Diâmetro dos furos D 32 mm 
Profundidade dos furos 7,8 m 
Altura dos degraus 8 m 
Comprimento do bloco 4 m 
Espaçamento entre as falhas (em média) 1 m 
Pressão do furo PB 7119 MPa 
Pressão efectiva do furo PBe 144 MPa 
Espaçamento S 22 cm 
Consumo Específico CE 20 g/m3 
Tabela 17: Resumo da pega de fogo. 
 
 
 
 
 
 
2.3. Sistemas de Carga e Transporte 
 
O sistema e circuito de transporte em minas a céu aberto depende de inúmeros 
factores, sendo de realçar os seguintes: 
 Tipo de exploração; 
 Condições de trabalho; 
 Produção; 
 Características do material desmontado. 
Os referidos factores, associados a muitos outros, vão determinar o modo 
como as operações de perfuração, carga e transporte se desenrolarão, o modo como 
estas se conjugam ao longo da vida da exploração, bem como o tipo de sistema 
adoptado. 
 
 
 
 
Planode Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 38 
2.3.1. Cálculos 
Em contextos caracterizados pela necessidade de se fazer mover grandes 
quantidades de material útil e escombro, os problemas de transporte podem colocar-
se com contornos muito diversos e abrangências muito variadas. 
Gerlamente este tipo de exploração pode abarcar com os seguintes objectivos: 
 
 Projectar uma rede de pistas de circulação dos materiais a mover: 
 
 Localização de escombreiras eou localização e dimensionamento de 
tolvas; 
 
 
 Selecção das frotas tanto de carga, como de transporte, capazes de 
garantir a colocação diária de uma quantidade pré-fixada de materiais 
uteis e escombros; quer em tolvas ,quer em plataformas de descarga 
das escombreiras; 
 O delineamento do esquema geral de organização que assegure uma 
exploração optimizada das frotas de carga e transporte 
 
O sistema de carga para este caso especifico, foi calculado para degraus 
diferentes ao longo das três fases de exploração, tendo sido divididos 
respectivamente, por ordem crescente de distância desde o inicio da exploração ao 
degrau em estudo. 
 
 Sistema de carga e transporte para a 1ª fase de exploração, degrau 510m 
 
Variáveis Dados Unidades
Q 60,000 m3 
NCN 6,833 
TCM(C) 417,60 seg. 
TCM(P) 444,50 seg. 
TR 28800 seg. 
Cc 6,0 m3 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 39 
Cálculos Auxiliares 
K 0,939 
capacidade solta do camião (cc) 6 m3
Tempo q um camião demora a fazer um ciclo 48 seg
Tempo que uma pá demora a fazer 1 ciclo 369,6 seg
 
 
 ITERAÇÕES 
 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Resultados 
Número de camiões Nc(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 
Número da Pás Np(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 
Nº de cargas Transp. Pelos Camiões NCTC(i) 0,000 58,966 27,178 11,478 3,997 0,888 0,067 0,000 0,000 
Tempos não Dispendidos Utilmente (camiões) TNUC(i) 24624,000 21053,520 15390,649 8224,725 2348,823 191,561 1,274 0,000 
Tempo de espera do Camião TEC(i) 357,048 566,287 716,592 587,590 215,726 19,029 0,127 0,000 
Temp. Ciclo efect. Camião TCE(C)i 417,60 774,648 1340,935 2057,527 2645,118 2860,844 2879,873 2880,000 2880,000 2645,118 seg.
Nº de voltas que cada cmião passa a efectuar nv(i) 68,966 37,178 21,478 13,997 10,888 10,067 10,000 10,000 10,000 
Nº de cargas realizáveis pelas Pás NCRP(i) 0,000 54,792 25,105 10,468 3,542 0,734 0,047 0,000 0,000 
Tempos não Dispendidos Utilmente (pás) TNUP(i) 24355,000 20596,043 14729,061 7532,821 1970,257 134,789 0,631 0,000 
Tempo de espera da pá TEP(i) 375,896 586,698 719,624 556,256 183,547 13,416 0,063 0,000 
Temp. Ciclo efect. Pá TCE(P)i 444,50 820,396 1407,094 2126,718 2682,974 2866,521 2879,937 2880,000 2880,000 2682,974 seg.
Nº de cargas efectuadas pelas pás np(i) 64,792 35,105 20,468 13,542 10,734 10,047 10,000 10,000 10,000 
Nº max. De camiões atendidos NCAV(i) 0,939 0,944 0,953 0,967 0,986 0,998 1,000 1,000 1,000 
Produção realizavel pelos Nc camiões QC(i) 223,069 128,865 83,984 65,328 60,402 60,003 60,000 60,000 
Produção realizavel pelas Np pás QP(i) 210,630 122,806 81,252 64,406 60,282 60,001 60,000 60,000 
Discrepância entre produções D(Q)i 12,439 6,059 2,732337 0,9217737 0,119629 0,00134035 8,87E-08 0,00 
Indice de utilização de cada camião em operação IU(C)i 100 0,5391 0,3114 0,2030 0,1579 0,1460 0,1450 0,1450 0,1450 15,788 % 
Indice de utilização de cada pá em operação IU(P)i 100 0,5418 0,3159 0,2090 0,1657 0,1551 0,1543 0,1543 0,1543 16,567 % 
 Nc'(i) 0,145 0,269 0,466 0,714 0,918 0,993 1,000 1,000 1,000 
 Np'(i) 0,154 0,285 0,489 0,738 0,932 0,995 1,000 1,000 1,000 
Tabela18: sistema de carga e tranporte para o degrau 510m da primeira fase de exploração 
 
Na tabela acima demonstrada, conclui-se que para a primeira fase de 
exploração serão necessários 1 camião e 1 pá carregadora, para poder responder ao 
todo circuito de carga e transporte, para a produção verificada. Conclui-se também 
que o rendimento nos camiões e das pás 15.7% e 16.56% respectivamente, são 
relativamente baixos, o que se leva a concluir que tanto o camião e a pá não estarão 
com sobrecarga de funcionamento. 
 
 
 
 
 
 
Plano de Lavra 
 
Jacquelline Castelo Branco 
Patrícia Oliveira 40 
 Sistema de carga e transporte para a 2ª fase de exploração, degrau 494m 
Variáveis Dados Unidades 
Q 60,000 m3 
NCN 6,833 
TCM(C) 504,60 seg. 
TCM(P) 444,50 seg. 
 TR 28800 seg. 
Cc 6,0 m3 
 
Cálculos Auxiliares 
K 1,135
capacidade solta do camião (cc) 6 m3 
Tempo q um camião demora a fazer um ciclo 135 seg 
Tempo que uma pá demora a fazer 1 ciclo 369,6 seg 
 
 
 ITERAÇÕES 
 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Resultados 
Número de camiões Nc(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 
Número da Pás Np(i) 1 1 1 1 1 1 1 1 1 
Nº de cargas Transp. Pelos Camiões NCTC(i) 0,000 47,075 21,277 8,614 2,725 0,481 0,021 0,000 0,000 
Tempos não Dispendidos Utilmente (camiões) TNUC(i) 23754,000 19592,101 13328,140 6168,032 1320,994 60,591 0,127 0,000 
Tempo de espera do Camião TEC(i) 416,190 626,396 716,011 484,704 126,040 6,046 0,013 0,000 
Temp. Ciclo efect. Camião TCE(C)i 504,60 920,790 1547,186 2263,197 2747,901 2873,941 2879,987 2880,000 2880,000 2747,901 seg.
Nº de voltas que cada cmião passa a efectuar nv(i) 57,075 31,277 18,614 12,725 10,481 10,021 10,000 10,000 10,000 
Nº de cargas realizáveis pelas Pás NCRP(i) 0,000 54,792 25,105 10,468 3,542 0,734 0,047 0,000 0,000 
Tempos não Dispendidos Utilmente (pás) TNUP(i) 24355,000 20596,043 14729,061 7532,821 1970,257 134,789 0,631 0,000 
Tempo de espera da pá TEP(i) 375,896 586,698 719,624 556,256 183,547 13,416 0,063 0,000 
Temp. Ciclo efect. Pá TCE(P)i 444,50 820,396 1407,094 2126,718 2682,974 2866,521 2879,937 2880,000 2880,000 2682,974 seg.
Nº de cargas efectuadas pelas pás np(i) 64,792 35,105 20,468 13,542 10,734 10,047 10,000 10,000 10,000 
Nº max. De camiões atendidos NCAV(i) 1,135 1,122 1,100 1,064 1,024 1,003 1,000 1,000 1,000 
Produção realizavel pelos Nc camiões QC(i) 187,665 111,687 76,352 62,884 60,126 60,000 60,000 60,000 
Produção realizavel pelas Np pás QP(i) 210,630 122,806 81,252 64,406 60,282 60,001 60,000 60,000 
Discrepância entre produções D(Q)i -22,965 -11,120 -4,8997866 -1,5217627 -0,15563 -0,001049 -2,8E-08 0,00 
Indice de utilização de cada camião em operação IU(C)i 100 0,5480 0,3261 0,2230 0,1836 0,1756 0,1752 0,1752 0,1752 18,363 % 
Indice de utilização de cada pá em operação IU(P)i 100 0,5418 0,3159 0,2090 0,1657 0,1551 0,1543 0,1543 0,1543 16,567 % 
 Nc'(i) 0,175 0,320 0,537 0,786 0,954 0,998 1,000 1,000 1,000 
 Np'(i) 0,154 0,285 0,489 0,738 0,932 0,995 1,000 1,000 1,000 
 
Tabela19: sistema de carga e tranporte para o degrau 494m da segunda fase de exploração 
 
Na tabela acima demonstrada, conclui-se que para a primeira fase de exploração 
serão necessários 1 camião e 1 pá carregadora, para poder responder ao todo circuito de 
carga e transporte, para a produção verificada.

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