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Disciplina de Prótese Total
As dentaduras completas são próteses mucoso-suportadas que ficam assentadas e retidas sobre os rebordos alveolares desdentados, graças à ação dos fenômenos físicos naturais, como a adesão, a coesão, a tensão superficial e a pressão atmosférica. 
A área basal é a base protética onde se adapta a prótese total, e compõe-se de osso alveolar, recoberto por membrana, mucosa e submucosa.
O suporte para a prótese superior é dado pelos ossos maxilares direito e esquerdo, e osso palatino. Os dois processos palatinos e a lâmina horizontal do osso palatino formam a base do palato duro.
(zarb & bolender, 2004)
Este conjunto ósseo é chamada de abóbada palatina. Uma fibromucosa espessa e firmemente aderida ao esqueleto reveste essa abóbada óssea.
(turano & turano, 2002)
No entanto, o mais importante para o aumento desse suporte é a presença do tecido mole que recobre o tecido ósseo.
Abóbada palatina: tecido que sofre o esforço maior de sustentação da prótese e oferece resistência à fricção funcional, causada pela força da mastigação.
Para que as próteses totais superiores tenham boa retenção, faz-se necessário que suas bases estejam bem adaptadas e corretamente estendidas, proporcionando eficiente selamento periférico e permitindo adequado travamento posterior. (tamaki, 1998)
Osso:
Maxilar :
	É um osso que compõe o terço inferior da face, responsável juntamente com outros ossos, pelo suporte facial. É nele que estão dispostos os dentes naturais superiores e a cavidade nasal, responsável pela respiração e a cavidade orbital. É a área limítrofe superior da cavidade oral, formando o palato (céu da boca), que é responsável pelo limite posterior da cavidade oral e da prótese total. 
	É composta por um corpo e quatro processos:
Processo Frontal : processo que vai se ligar ao osso frontal.
Processo Alveolar: no qual estão os alvéolos dentais.
Processo Palatino: processo no qual vai se ligar ao osso palatino.
Processo Zigomático: processo no qual se liga ao osso zigomático ou malar.
	O processo alveolar onde estão os dentes, têm algumas características, onde o osso contorna as raízes dentais e onde temos o pilar canino (área de suporte facial) e estas áreas são chamadas de bossas(saliências) e fossas( depressões ósseas) .
	Dentro do corpo da maxila temos uma região oca chamada seio maxilar, onde algumas pontas de raízes dos dentes superiores se alojam, dependendo do tamanho do seio (e é onde ocorre um dos tipos de sinusite).
	Na região posterior da maxila temos uma área importante chamada de túber da maxila ou tuberosidade maxilar, onde se encontra o sulco hamular, responsável pelo limite posterior da área chamada superior.
	O corpo da maxila contém quatro faces:
Uma posterior - tuberosidade maxilar
Uma anterior - limitada pelo processo alveolar anterior e espinha nasal anterior.
Uma lateral - face externa.
Uma medial - face interna ou nasal.
	É um osso estático (sem movimentação), mas de grande importância para a composição facial e suas funções. Por ela passam inúmeros vasos e nervos responsáveis pela irrigação e inervação da face.
	Nervo principal responsável:
Alveolar superior	Posterior
	Médio
	Anterior
	Outras estruturas importantes de uso protético:
espinha nasal anterior
espinha nasal posterior
papila incisiva
foramen incisivo
arborescência palatina
sulco hamular
foramens palatinos maiores e menores
rafe mediana
Mandíbula:
	A mandíbula é um osso ímpar (único) que exerce várias funções:
suporte facial
mastigação (movimentação)
suporte para dentes inferiores e inserções musculares.
	
	A mandíbula é composta basicamente por um corpo e ramos.
	Possui três processos:
Processo coronóide;
Processo condilar;
Processo alveolar.
	O processo condilar, onde temos o côndilo da mandíbula é responsável juntamente com outros ossos pela formação da articulação têmporo-mandibular a qual permite os movimentos de protusão, retrusão e lateralidades da mandíbula, abertura e fechamento da boca.
	O processo coronóide é onde se insere basicamente o músculo temporal, já no processo alveolar é onde estão dispostos os dentes inferiores.
	A mandíbula contém vários acidentes anatômicos importantes para a P.T. tais como:
Linha oblíqua externa
Linha oblíqua interna
Trígono retro-molar
Apófise geni
Protuberância mentoniana
Papila piriforme
MÚSCULOS
	Os músculos se dividiram neste estudo em três categorias: Mímicos, mastigatórios e auxiliares da mastigação.
Músculos Mímicos:
1- Orbicular dos lábios: se divide em dois feixes
- semi-orbicular superior: transversalmente estendido de uma a outra comissura labial, preenchendo todo o espaço entre a borda livre do lábio e a base do nariz.
- semi-orbicular inferior: análogo ao superior, ocupa todo o espaço livre entre o corte inferior e o sulco que divide o lábio e o queixo (mento).
Inserção - comissura labial bilateral.
Ação - Cerra a rima bucal, age na sucção, sopro, assovio, beijo, etc.
2-Elevador Comum do Lábio Superior e Asa do Nariz
Inserção - no processo frontal, desce e se divide em feixe para a asa do nariz e feixe para o lábio superior, seguindo o sulco naso-geniano,
Ação - elevar a asa do nariz e lábios superiores.
3-Elevador próprio dos lábios superiores
Inserção - abaixo da borda do olho indo até a região do lábio superior (semi-orbicular superior).
Ação - eleva a porção média dos lábios.
4-Canino ou elevador do ângulo da boca:
Inserção - fossa canina (pilar canino) indo até a comissura labial.
Ação - elevar para cima e para dentro a comissura labial.
5-Zigomático menor ou malar menor:
Inserção - face externa do malar (zigomático) indo até o lábio superior.
Ação - traciona para cima e para fora a comissura labial (parte média do lábio).
6- Zigomático maior ou malar maior
Inserção – face externa do malar (zigomático) indo até a comissura labial
	Ação – traciona para cima e para fora a comissura labial
7- Triângulo dos lábios ou depressor da comissura labial:
Inserção - região anterior e mediana da linha oblíqua externa e vai até a comissura labial.
Ação - abaixar a comissura labial, denotando tristeza.
8- Quadrado da barba ou depressor do lábio inferior:
Inserção - embaixo do triangular dos lábios, vai até a borda livre do lábio inferior.
Ação - dobrar o lábio inferior para fora e para baixo.
 
9- Bucinador :
Inserção - bordo alveolar, na região dos terceiros molares e se estende até a comissura labial. Possui dois feixes que se inter-cruzam.
Ação - levam para trás a comissura labial, aumentando assim o diâmetro transversal da boca. Na mastigação comprimem os alimentos para a região mais interna da boca e dos dentes.
B - Músculos mastigatórios
l- Temporal:
Inserção - toda a extensão do osso temporal, indo até o processo coronóide. Contém três feixes: o anterior, o médio e o posterior.
Ação - elevar a mandíbula (anterior e medialmente).
2) Masseter: dois fascículos - feixe superficial.
 Feixe profundo.
Inserção - osso zigomático, vai até o ângulo da mandíbula.
Ação - elevar a mandíbula.
3) Pterogoídeo Medial:
Inserção - Parte interna da tuberosidade maxilar (fossa pterigomaxilar) vai até a porção interior do ramo da mandíbula.
Ação - elevador da mandíbula que auxilia os movimentos da tuberosidade.
4) Pterogoídeo Lateral : dois feixes, um superior e um inferior.
superior - inserção - fossa zigomática, vai até a parte interna do côndilo.
Inferior - inserção - processo pterigomaxilar (que está ao lado da tuberosidade) e vai até a face interna do processo condilar.
Ação - quando se contraem os dois ao mesmo tempo (um de um lado e outro de outro) temos
movimento de protusão. Quando se contrai um só, temos movimento de lateralidade.C - MÚSCULOS AUXILIARES DA MASTIGAÇÃO
Ventre Anterior do digástrico:-
Inserção - borda inferior da mandíbula que vai até o osso hióide.
Ação - ajuda no abaixamento da mandíbula, na mastigação e ajuda a elevar o osso hióide na hora da degustação.
Milohióide :
Inserção - se insere na linha oblíqua interna da mandíbula e se junta na linha mediana na rafe aponeuvrótica central.
Ação - abaixa a mandíbula, eleva a língua e o osso hióide.
Geni-hióide:
Inserção - apóface geni, vai ate o osso hióide.
Ação - a mesma do ventre anterior do digástrico.
LIMITES DA ÁREA CHAPEÁVEL
O objetivo do estudo da área chapeável é conhecer a extensão máxima da boca desdentada, que poderá ser recoberta pela prótese total (= área chapeável).
A importância da delimitação correta é porque a retenção e o conforto da prótese total estão diretamente ligados à extensão da área chapeável.
Quanto maior a área chapeável, maior a retenção. Ao ultrapassar os limites dessa área, maior será o desconforto para o paciente.
Área basal ou chapeável é a área do rebordo que ira se relacionar com a superfície interna da base da prótese. 
Delimitação da Maxila
Freio labial superior (contorna, excluindo)
Envolve parte da fibromucosa móvel (3-4mm) linha do fundo do saco do vestíbulo
Contorna uma das inserções do músculo Bucinador que deve ser aliviado
Contorna a turberosidade, passa pelo sulco hamular e atinge a região limite palato duro/mole na porção posterior,
passa pela linha entre o palato duro e palato mole
e assim por diante pelo lado contrário e pelas mesmas estruturas.
Área chapeável Mandíbula:
Contorna Freio do Lábio Inferior
Envolve parte da fibromucosa móvel no fundo de saco
Contorna inserção do Bucinador
Acompanha a trajetória da Linha oblíqua externa
Passa por trás da Papila piriforme ou em seu 2/3 anterior (fica em cima trígono retro-molar)
Desce verticalmente pela vertente lingual
Atinge a Linha oblíqua interna
Segue pelo Assoalho da boca
Contorna o freio lingual até o início da linha oblíqua interna do outro lado.
ZONAS DA ÁREA CHÁPEAVEL
A) Zona de suporte principal: É a região destinada a suportar a carga mastigatória, ocupando toda a crista do rebordo alveolar de uma extremidade à outra. O rebordo pode ser classicado conforme:
Tamanho - grande, médio, pequeno.
Altura - alto, médio, baixo.
Formato - triangular, oróide, quadrado, etc.
A.1.- Zona de suporte principal superior - de uma a outra tuberosidade, englobando o pálato.
A.2.- Zona de Suporte Principal inferior - de uma a outra papila periforme
B) Zona de Suporte Secundário : É também uma zona que ajuda a absorver a carga mastigatória, desempenhando ainda outra função importante, que é a de imobilizar a Prótese total no sentido horizontal, ás custas das vertentes Vestibulares linguais e Palatinas do rebordo, assim, a prótese total fica encavalada sobre o rebordo.
B.1.- Zona de Suporte Secundário Superior - vertente -vestibular palatina do rebordo superior .
B.2.- Zona de Suporte Secundário Inferior - vertente - vestibular e lingual do rebordo inferior.
C) Zona de Selado periférico : é uma região de 2 a 3 mm de largura que contorna a área chapeável em toda a extenção, com exceção da área posterior, que se localiza na região de mucosa móvel. A função primordial dessa área é manter o vedamento periférico, para impedir que se quebrem as forças de adesão, coesão, tensão superficial e pressão atmosférica, fatores esses que auxiliam na retenção da prótese total.
Músculos que se inserem nessa região:
superior - freio do lábio superior
 músculos oblíquos dos lábios (semi-orbicular sup.)
 músculo bucinador.
inferior - freio do lábio inferior.
 Músculo orbicular dos lábios (semi-orbicular inf.)
 Músculo bucinador.
 Músculo quadrado da barba.
*** OBS - todos na face externa.
No lado interno : freio da língua e milohióide (assoalho da boca).
D) Zona de Selado Posterior: É a zona que veda a porção posterior da área chapeável.
 Função - vedar.
 Superior - atrás da tuberosidade e entre a linha do pálato duro e pálato mole, até o outro lado.
 Inferior - atrás da papila piriforme de cada lado.
 Vedar - zona selado inferior, ou seja, atrás da papila.
Zona de Alívio : São regiões da área chapeável que devem ser aliviadas na moldagem e confecção da prótese total, para que o paciente não se machuque quando do uso da prótese, evitando-se assim, problemas posteriores.
Zona de alívio superior - arborescência ou rugosidade palatina
 - rebordo em lâmina de faca.
 - tórus palatino
 
 Zona de alívio inferior - porção posterior da L.O.I.
 - rebordo em lâmina de faca
 - áreas relativas do rebordo
 - tórus mandibular
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MOLDEIRA INDIVIDUAL
	Moldagem em P.T. é um conjunto de ato clinico e laboratorial que visão obter uma impressão exata e detalhada da área chapeável por meio de materiais próprios e moldeiras adequadas.
	Conceito de moldagem perfeita da boca desdentada para P.T. é muito diferente da moldagem perfeita de uma cavidade bucal para próteses fixas e removíveis.
	Para fixas e removíveis o problema é reproduzir com fidelidade e sem deformação no dente e algumas vezes o rebordo já que este (dente) é um corpo sólido, indeformável sob ação do material de moldagem.
	No caso da boca desdentada a fibro-mucosa que reveste a área de suporte, altera-se diante durante a moldagem com a ação do material e alem disso modifica-se ainda durante os esforços mastigatórios por isso da maior dificuldade em registrar com perfeição os limites da área chapeável .
	Devido a essa dificuldade passa-se a fazer uso de artifícios; e um dos mais usados é de duas moldagens.
MOLDAGEM INICIAL (ANATÔMICA) OU PRELIMINAR
Os objetivos da moldagem inicial é de:
cópia da conformação geral da boca 
afastamento da mucosa móvel ao máximo possível, recebendo ao mesmo tempo as suas impressões em um estado de tenção.
com sua moldagem obtemos: uma delimitação correta da área chapeável , registro da tonicidade das 
inserções musculares na zona selada periféricas se há ou não necessidade de cirurgia pré-protética e confecção da moldagem individual.
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MOLDEIRAS EM GERAL
Estoque - são aquelas encontradas no comércio prontas, em jogos de tamanho padrão, feitos de várias maneiras e em vários tamanhos.
Individual - são feitas especialmente para uma determinada boca, geralmente em resina acrílica, podendo ser feita em godiva, em metal de baixa fusão, dependendo do caso.
	A moldeira usada para moldagem anatômica é a de estoque para desdentados, geralmente feita em aço inox e individualizadas, isto é, alguns procedimentos são realizados para fazer com que elas se adaptem melhor à boca do paciente como por exemplo, se usarmos godiva ou cera. A moldeira individual é confeccionada após a delimitação da área chapeável e alívio das áreas de alívio.
Os materiais necessários para confecção são:
lápis
isolante para resina
pincel tamanho médio
pote com tampa para resina
pote dappen
resina/polímero e monômero/auto-polimerizado
espátula 24
lamina de cera 7
pedras para desgaste de resina 
tira de lixa
mandril para lixa
algodão
modelo anatômico
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MODELO EM P.T
Modelo de arquivo: Destina-se à documentação de casos interessantes, casos raros, casos anormais, etc, afim de ilustrar aulas, conferencias, palestras.
Modelo de estudo ou planejamento: Este modelo complementa e auxilia o exame clínico e é neste modelo que temos informações precisas como por exemplo o espaço protético,condições da área chapeável, auxilia a indicação de cirurgias pré-protéticas.
Modelo anatômico: É aquele que teve origem na moldagem anatômica da boca desdentada. Nos da informações da extenção da área chapeável, interferências das inserções musculares, tamanho, forma e altura do rebordo.
Modelo funcional: É aquele que provem da moldagem funcional, é utilizada para a confecção da base de prova, posteriormente serve como matriz de acrilização da P.T.	
MOLDAGEM FUNCIONAL
	Moldagem funcional é um ato clínico realizado pelo cirurgião dentista para que se obtenha posteriormente o modelo funcional do qual servirá de base (matriz) para acrilização da P.T.
	É a Segunda moldagem e é uma moldagem mais delicada onde interessa reproduzir os detalhes anatômicos da área chapeável, "comprimindo" as zonas ditas de compressão, aliviando as zonas de alívio e registrando exatamente as inserções musculares em função as quais se insere no limite da área chapeável.
	Essa moldagem tem por finalidade:
Obter a retenção do aparelho;
Libera uniformidade do assentamento da base da P.T. 
Satisfazer o conforto do paciente.
	Para se fazer essa moldagem o cirurgião dentista utiliza-se da moldeira individual pré-fabricada pelo T.P.D. faz-se o uso de um material de moldagem técnico adequado.
Os passos são:
Após a confecção da moldeira individual o cirurgião dentista realiza os recortes necessários na boca, onde se alivia principalmente freios e inserções musculares 
Após recorte e ajuste da moldeira passa-se ao inicio da moldagem que se divide em duas etapas.
2-a) Selado periférico: esse passo consta de aplicação de godiva nos bordos da moldeira individual onde a impressão é feita com a movimentação muscular do paciente ou feita pelo cirurgião dentista realizando isto por toda extenção da moldeira.
	Obs: Material de moldagem (godiva) entra na boca em uma temperatura em torno de 60 e 70 graus em estado pastoso e sai da boca em estado sólido em temperatura ambiente de trabalho.
	Após o selado retira-se as áreas de alívio da arborescência palatina e de outros se houver e passa-se a moldagem com pasta zinco-enólica.
2-b)Moldagem com pasta zinco-enólica: após a moldagem que é realizada com movimentos musculares o C.D. aguarda a presa do material e saca-se da boca do paciente e enviará ao T.P.D. para a confecção de encaixamento e obtenção do modelo funcional.
ENCAIXAMENTO
	É um procedimento laboratorial realizado pelo T.P.D. que visa a obtenção do modelo funcional de maneira padronizada e bem confeccionada. Consta da colocação de um anteparo que conterá o gesso em posição impedindo o desperdício, que este gesso se extravasa por áreas que não devam ser cobertas por ele.
	Os materiais usados são; cera 7, cera utilidade, cartolina, fita adesiva, lamparina à álcool, lecron, espátula 7.
	Os passos laboratoriais são:
Colocação de uma tira de cera (de 1 à 1,5 cm) da região posterior.
Colocação de cera (0,5 cm) ao redor da moldeira 2 a 3 mm abaixo do bordo da moldeira.
União da cera posterior com a lateral.
Dicagem posterior que visa a compensação da contração da resina.
Colocação da cartolina ao redor da moldagem.
Adaptação da cartolina com a cera evitando fendas.
Vazagem do gesso pedra.
ENCAIXAMENTO NA MOLDAGEM INFERIOR
	Além dos passos iguais ao superior, há a necessidade de colocação de uma lamina de cera 7, pelo lingual para evitar que o gesso escorra por ali.
MODELO FUNCIONAL
	Após a presa do gesso, deixa este mergulhado em um recipiente com água, para que este hidrate. Após 30 min. de hidratação coloca-se este modelo em banho-maria a mais ou menos 70 graus para que haja o aquecimento da godiva.
	Amolecida esta unidade retira-se do recipiente e saca-se a moldeira e assim obtemos o modelo funcional com seus bordos reentrâncias bem delimitada.
	Realiza-se a limpeza final removendo restos de godiva e pasta zinco-enólica, isto tudo após o resfriamento ao modelo onde após será realizado a confecção da placa base para se fazer a base de prova.
CONFECÇÃO DA BASE DE PROVA
	
	Logo após o acabamento do modelo funcional passa-se a confecção da placa base que é semelhante à confecção da moldeira individual. A única dificuldade é que só são aliviadas as áreas retentivas do rebordo visando que o modelo de trabalho não se quebre quando se sacar a placa base nestas áreas.
	O material utilizado também é o mesmo da moldeira. Após o acabamento da placa base realiza-se a confecção do rodete de cera. 
CONFECÇÃO DO RODETE DE CERA
	Material utilizado:
Lamina de cera 7 para rodete inferior
Lamina de cera 9 para rodete superior
Espátula Le cron .
Espátula 7
Lamparina à álcool.
PASSOS:
	Com a régua mede-se em torno de 1,0 cm de cera riscando-a longitudinalmente com o apoio da régua e com a Le cron delimita-se o corte, onde será feito a dobra em estilo sanfona.
	Após se dobrar toda a cera, aquece-se a extensão do rodete de cera. Em seguida realiza-se a dobradura do rodete em forma de ferradura.
	Pontos a serem marcados no modelo funcional para colocação do rodete de cera na placa base:
	Superior: papila incisiva e centro posterior do rebordo.
	Inferior : centro posterior do rebordo e linha anterior ao rebordo no porção anterior.
	Após essas marcações e o rodete de cera dobrado, coloca-se o rodete onde o seu centro posterior coincida com o centro posterior do rebordo marcado na placa base e a uma distância de 0,5 a 0,8 mm; à frente da papila incisiva isto na porção anterior.
	O rodete de cera na porção posterior fica à 0,8 a 1 cm da linha da placa.
	Já no rodete inferior fica com seu centro coincidindo com o centro posterior do rebordo e na porção anterior esse rodete passa ligeiramente à frente da porção anterior do rebordo.
ALTURA
	No inferior; na porção anterior a medida do rodete deve ser de 18 à 20 mm medidos da borda da placa(fundo de saco de vestíbulo) até a porção mais incisal do rodete de cera na porção anterior e na porção posterior terminando em 0 na altura da papila piriforme.
	No superior : A altura na porção anterior deve ser de 20 mm e na porção posterior de 0,8 à 1,0 mm , altura essas que irão facilitar na montagem dos dentes já dando uma altura anatômica quase correta.
	Obs: A metragem de 20 mm no superior e a de 18 à 20 mm no inferior, isto na porção anterior deve ser aferida da seguinte forma:- desde o bordo superior e anterior da placa até a extremidade do rodete de cera. Já na porção posterior mede-se somente o rodete de cera.
	Desta fase em diante o dentista irá registrar a relação maxilo-mandibular e deverá manter os modelos funcionais em articuladores semi-ajustáveis, conforme a linha de ensino de sua faculdade e encaminhado ao T.P.D.
DENTES ARTIFICIAIS
1-) Classificação dos dentes artificiais:
	Os dentes artificiais podem ser classificados segundo o material do que são feitos e seguindo o desenho da face oclusal.
1.1 Quanto ao material:
	Resina Acrílica (com retenção ou sem retenção)
	Porcelana {faceta, com talão (estoque)}.
	Dentre os de porcelana temos os dentes em facetas que são usados para pontes fixas e os dentes com talão.
1.2 Quanto ao desenho da face oclusal:
Anatômicos: são os que contem a face oclusal igual a um dente natural.
Funcionais: são os sem cúspides.
	Em 1930, Hall notou que as prótese totais com dentes funcionais eram mais estáveis do que as com dentes anatômicos, mas nem sempre é assim. Esses dentes sem cúspides, para serem colocados, dependem da inclinação do processo condilar na ATM (Articulação Temporo-Mandibular) que só o dentista é capaz de saber qual deles deverá ser colocado.
	No mercado só se acha o anatômico.
2-) Características ideais dos dentes artificiais:
	Os dentes artificiais devem preencher 2 condições mínimas: a estética e a função.
	Para poderem desempenhar esses fatores precisam satisfazerem uma série de requisitosAs cúspides não devem ser muito altas para não prejudicar a estabilidade da P.T. devido aos efeitos dos componentes horizontais (forças).
As faces oclusais dos dentes devem estar desenhadas de tal modo que permitam a trituração dos alimentos, mas não devem ser muito extensos na superfície. Tamanhos : 30M , 32S , 32M , 32L , 34L....
Os dentes posteriores devem permitir facilidade para o movimento de balanceio, assim como orientar as forças da mastigação que incidem sobre a área de suporte principal do rebordo alveolar.
Os dentes artificiais devem satisfazer a estética.
3-) Vantagens e desvantagens de dentes de porcelana e resina acrílica:
	As vantagens dos dentes de porcelana são:
a estabilidade de cor
resistência à brasão "eficiência mastigatória" quanto comparado aos dentes de resina acrílica.
	As desvantagens da porcelana são:
Nas próteses totais duplas devido a alta dureza do material, durante a conversação e também no ato da mastigação, quando os dentes entram em contato produzem ruídos característicos que logo chamam a atenção de quem estiver próximo.
 Em conseqüência da dureza e resistência à duração os dentes de porcelana apresentem certas dificuldades na montagem quando requerem desgaste.
Os dentes de porcelana são mais pesados do que os de resina, nos casos de P.T. superior, as vezes esse peso pode interferir na retenção diminuindo-a. 
A porcelana é um material friável, trinca-se, fratura-se facilmente, qualquer descuido com a prótese total, os dentes podem fraturar-se (principalmente os anteriores).
	Os dentes de resina acrílica, cada vez tem mais aceitação e possuem as seguintes vantagens:
facilidade no tamanho de laboratório e clínico,
ausência de ruídos durante a conversação,
facilidade na caracterização,
união entre dentes e a base da prótese melhor.
	As desvantagens são:
fácil abrasão
instabilidade de cor. 
Considerações gerais sobre prótese dentária:
Prótese Dentária: Ramo da odontologia que trata especialmente da reposição de elementos dentais e tecidos orais ausentes.
(Classificação dos Aparelhos Protéticos:
Quanto à fixação e via de transmissão dos esforços mastigatórios
Quanto ao tipo de suporte
Quanto ao número de dentes repostos (prótese total ou prótese parcial)
Tamaki et al., 1988
1)Fixação
- Prótese Removível: Quando pode ser removida e recolocada em posição sem alterar a peça protética.
“Prótese Removível é definida como a especialidade da prótese relacionada com a reposição dos dentes e estruturas associadas em pacientes parcialmente ou totalmente desdentados por meio de substitutos artificiais que são removidos da boca.”
Exemplo: PT e PPR
- Prótese Fixa: Quando não permite sua remoção, sem o risco de inutilização do trabalho protético.
2) Via de Transmissão dos Esforços Mastigatórios:
- Muco Suportada: É todo tipo de prótese que se apoia sobre a fibromucosa bucal e através dela transmite os esforços mastigatórios ao osso alveolar. Ex: PT
- Dento Suportada: São peças protéticas apoiadas exclusivamente sobre os dentes remanescentes, sendo que a transmissão dos esforços ao osso alveolar se faz através do ligamento periodontal. Ex: prótese fixa e ppr
- Dento Mucoso Suportada: Engloba aparelhos protéticos que se apoiam em parte sobre dentes e também sobre a fibromucosa simultaneamente. Ex: ppr
- Implato suportada: São próteses que se apoiam sobre uma estrutura metálica implantada diretamente no osso alveolar.
(Prótese Total convencional:
É um aparelho protético do tipo removível, destinado a substituir todos os dentes ausentes do arco dental, assim como a parte gengival ausente, a fim de restituir a função do órgão, a estética e a fonética.
1)Confecção da PT:
1 - Exame do paciente 
2 - Moldagem inicial 
3 - Confecção da moldeira individual 
4 - Moldagem final 
5 - Encaixamento dos moldes 
6 - Confecção da placa articular e posicionamento do rodete de cera 
7 - Registro da Dimensão Vertical 
8 - Registro da Relação Cêntrica 
9 - Montagem dos modelos no articulador semi-ajustável 
10 - Seleção dos dentes artificiais 
11 - Montagem dos dentes artificiais 
12 - Enceramento e escultura 
13 - Inclusão, prensagem e polimerização 
14 - Ajuste Oclusal 
15 - Acabamento e polimento 
16 - Instalação da prótese total 
17 - Reajustes clínicos
2)Requisitos de uma PT:
Requisitos mastigatórios (eficiência mastigatória)
A eficiência mastigatória esta relacionada diretamente a:
Estabilidade: propriedade de opor-se as forças horizontais que atuam durante a mastigação a fim de não desloca-la da sua posição. Depende da oclusão, da articulação e do balanceio dos dentes artificiais.
retenção (maior área, maior retenção): resistir as forças que tentam deslocar o aparelho no sentido gegivo-oclusal
Requisitos estéticos 
dentes: forma, tamanho, cor, posição
porção gengival: cor, volume, escultura
Requisitos fonéticos 
espaço protético
posição dos dentes
Requisitos de conforto/comodidade 
Dado pela sensação de justeza, conforto e utilidade do aparelho
Delimitação da área basal (cuidar nessa região para não causar nem um tipo de injúria por uma quantidade excessiva de material)
D.V.O
Relacionamento maxilo-mandibular
A prótese deve manter e preservar a saúde das estruturas remanescentes.
Mauro L. Matheus

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