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2/23/2018 1 Más-formações congênitas Profa.MSc. Carla Gomez O que é malformação congênita?O que é malformação congênita?O que é malformação congênita?O que é malformação congênita? • Qualquer alteração no desenvolvimento embrionário; • Variam desde pequenas assimetrias a maiores comprometimentos estéticos e funcionais; • Toda anomalia funcional ou estrutural, presente no momento do nascimento ou que se manifesta em etapas mais avançadas da vida. CausasCausasCausasCausas • Eventos que precedem ao nascimento; • Herdada ou adquirida; • Patologia, acidentes, fatores orgânicos ou hereditários ou por fatores genéticos 2/23/2018 2 Métodos preventivosMétodos preventivosMétodos preventivosMétodos preventivos • Prevenção primária: Pessoas sadias, reduz a susceptibilidade ou a exposição ao fator de risco. (Pré-concepcional). • Prevenção secundária: Pessoas doentes, evita a evolução e sequela da doença através da detecção precoce e o tratamento oportuno. (Pré-natal). • Prevenção terciária: Pessoas doentes, evita as complicações da doença da reabilitação e correção adequadas. (Pós-natal). Deficiência congênita de fêmurDeficiência congênita de fêmurDeficiência congênita de fêmurDeficiência congênita de fêmur • Definição: ausência ou hipoplasia de um osso. • Deformidade significativa que pode ser detectada ao nascimento ou durante um exame físico. • Duas anormalidades congênitas do fêmur mais comuns são: �Deficiência focal proximal (DFP) �Fêmur curto congênito (FCC) ou hipoplasia do fêmur. Deficiência focal Deficiência focal Deficiência focal Deficiência focal Proximal (DFP)Proximal (DFP)Proximal (DFP)Proximal (DFP) • Rara; • Defeitos femorais e acetabulares de diversos graus; • Classificados em 4 grupos desde fêmur curto mas com cabeça femoral e acetábulos normais, até casos muito graves, nos quais tanto a cabeça femoral como o acetábulo estão ausentes e o fêmur é curto e curvo. 2/23/2018 3 Fêmur curto congênito (FCC)Fêmur curto congênito (FCC)Fêmur curto congênito (FCC)Fêmur curto congênito (FCC) • Comum; • Deficiência longitudinal; • Fêmur menor que o outro (quase sempre unilateral); • Não está associado a outro defeito congênito do sistema esquelético; • Ausência congênita dos ligamentos cruzados com hiperfrouxidão do joelho. FêmurFêmurFêmurFêmur curtocurtocurtocurto congênitocongênitocongênitocongênito TratamentoTratamentoTratamentoTratamento:::: cirurgico (> 8 anos de idade) e fisioterapia Consequências da Consequências da Consequências da Consequências da cirurgia do fêmurcirurgia do fêmurcirurgia do fêmurcirurgia do fêmur • Diminuição da força muscular; • Limitação articular; • Alteração do equilíbrio; • Transferência de peso inadequado; • Hipotrofia muscular; 2/23/2018 4 Tratamento fisioterapêuticoTratamento fisioterapêuticoTratamento fisioterapêuticoTratamento fisioterapêutico • Suprir supostas deficiências; • Proporcionar funcionalidade e qualidade de vida; • Possibilitar compreensão do processo vivenciado pelo indivíduo desde a instalação da doença até suas consequências funcionais. Relato de casoRelato de casoRelato de casoRelato de caso • Paciente M.A.C, 7 anos, sexo masculino, com diagnóstico clínico de Fêmur Curto Congênito esquerdo, sendo realizado alongamento ósseo de 07cm, através do uso de fixador externo, tipo linear, durante todo o período de marco de 2007 à março de 2008. Posteriormente foi retirado o fixador externo e o paciente passou a fazer uso de muletas axilares até novembro de 2008, quando iniciou o atendimento fisioterapêutico. Relato de casoRelato de casoRelato de casoRelato de caso • Avaliação do paciente: • Anamnese; • Apresentação do paciente; • Exame físico: amplitude de movimento, força muscular, tônus muscular, reações e reflexos, estágio do desenvolvimento neuropsicomotor e marcha; • Avaliação da funcionalidade 2/23/2018 5 Relato de casoRelato de casoRelato de casoRelato de caso • Observações no exame físico: • Cicatriz em coxa esquerda, em terço proximal e distal, de 30cm em face lateral da coxa. • Rotação interna do MIE, • Desnível de pelve com rotação e elevação à esquerda, • Pé em eversão, • Retração de tríceps sural (gastrocnêmios e sóleo) • Marcha: apoio unilateral direito e ao apoiar à esquerda ocorre exarcebação das deformidades em valgismo Relato de casoRelato de casoRelato de casoRelato de caso Tratamento fisioterapêutico: Cinesioterapia. Objetivo: • Promover fortalecimento muscular, • Manutenção das amplitudes de movimento, • Descarga de peso, • Propriocepção, • Treinar equilíbrio, • Treinar marcha, • Correção postural. Relato de casoRelato de casoRelato de casoRelato de caso • Tratamento 1: • Posteriorização de fêmur; • Tração do joelho com anteriorização da tíbia; • Alongamento de flexores de quadril, isquitibial, doesiflexores e tríceps sural; • Descarga de peso na posturam em pé. 2/23/2018 6 Relato de casoRelato de casoRelato de casoRelato de caso • Tratamento 2: • Exercícios posturais e de consciência postural; • Fortalecimento dos membros inferiores; • Treinos de equilíbrio e da marcha; • Estímulos proprioceptivos. Relato de casoRelato de casoRelato de casoRelato de caso Principais objetivos da fisioterapia com o alongamento ósseo: • Manter a imagem psico-social e motora do paciente; • Promover a recuperação muscular, tendinosa e articular; • Melhorar a circulação arterio-venosa e linfática; • Promover o relaxamento com movimentos rítmicos e dinâmicos; • Melhorar a coordenação; • Aumentar o tônus, trofismo muscular e amplitude de movimento; • Combater algias e edemas. Relato de casoRelato de casoRelato de casoRelato de caso Fases da reabilitação: Fase 1: Pós-operatório imediato • Ensinar a posição correta que o membro deve assumir no leito, • Uso de talas para a correção da posição • Realizar movimentos ou mobilização ativa das articulações adjacente, com o intuito não só de diminuir a rigidez articular pós-operatória, como também facilitar a nutrição da cartigagem articular. 2/23/2018 7 Relato de casoRelato de casoRelato de casoRelato de caso Fases da reabilitação: Fase 2: Fase de distração • Manutenção da mobilidade articular, evitando contraturas e também atrofia muscular da musculatura adjacente com exercícios de força durante o alongamento. Relato de casoRelato de casoRelato de casoRelato de caso Fases da reabilitação: Fase 3: Consolidação óssea • Objetivo da fisio: evitar a perda da mobilidade articular, fraqueza muscular e dor. • Fase 4: Após remoção do fixador externo • Ainda há risco de fratura óssea no local do regenerado e onde os pinos estavam perfurando o osso. • Preocupação principal é evitar as fraturas. ArtrogriposeArtrogriposeArtrogriposeArtrogripose múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC) • Desordens músculo-esqueléticas; • Contraturas musculares desde o nascimento. 2/23/2018 8 ArtrogriposeArtrogriposeArtrogriposeArtrogripose múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC) Características clínicas principais: • atrofia muscular, • rigidez e deformidades articulares, • contratura nos tecidos periarticulares, • escassez ou ausência de tecido subcutâneo nos membros que apresentam forma cilíndrica ou fulsiforme, • alta incidência em luxação em articulações, como quadril e joelho. • Deformidades: geralmente simétricas • Gravidade: articulações distais. ArtrogriposeArtrogriposeArtrogriposeArtrogripose múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)• Contraturas: • rotação interna de ombros, • flexão ou extensão de cotovelos, • flexão de punho com desvio ulnar, • flexão de quadril com rotação interna de ambas as pernas (postura de sapo), • flexão ou extensão de joelhos e deformidades em equinovaro dos pés. ArtrogriposeArtrogriposeArtrogriposeArtrogripose múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC) • Rigidez: decorrência do encurtamento dos músculos e da contratura das cápsulas articulares. (luxações) • Fibras musculares estriadas atrofiadas, • Substituição muscular por gordura e tecido fibroso, • Espessamento das estruturas periarticulares (deformadas, rígidas e inelásticas. • Sensibilidade, fala e capacidade intelectual intactas. • Longevidade na maioria. 2/23/2018 9 ArtrogriposeArtrogriposeArtrogriposeArtrogripose múltipla múltipla múltipla múltipla congênita (AMC)congênita (AMC)congênita (AMC)congênita (AMC) • Tratamento: Complexo (várias articulações comprometidas e rigidez) • Objetivos: • Restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente. ArtrogriposeArtrogriposeArtrogriposeArtrogripose múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC) • Fisioterapia • Objetivos: • Restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente. • Metas: • melhora da amplitude de movimento, da funcionalidade, força muscular, das contraturas, e até mesmo da função social da criança. • Tratamento: Iniciar precocemente! 2/23/2018 10 ArtrogriposeArtrogriposeArtrogriposeArtrogripose múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC)múltipla congênita (AMC) • Fisioterapia • Tratamento: Iniciar precocemente! • Exercícios passivos e ativos de mobilização, • alongamento de tecidos encurtados, • manutenção/melhora da amplitude de movimento, • utilização de órteses para redução das deformidades, • fortalecimento muscular e prevenção de contraturas; • Hidrocionesioterapia. • Resultados esperados: Ganhos físicos, melhora da auto-estima, maior independências para os cuidados pessoais, melhorar as relações de convívio social e qualidade de vida. HemimeliaHemimeliaHemimeliaHemimelia fibular e fibular e fibular e fibular e tibialtibialtibialtibial • Definição: desenvolvimento anormal do esqueleto ósseo caracterizado pela ausência ou encurtamento de um ou de vários óssos do membro. • Rara: 1:40.000 • Pode ser bilateral. • Descrita por Goller em 1986. HemimeliaHemimeliaHemimeliaHemimelia fibular e tibialfibular e tibialfibular e tibialfibular e tibial • Tratamento: • Cirugico: • alomgamento ósseo • Amputação seguida de protese • Fisioterapeutico 2/23/2018 11 HemimeliaHemimeliaHemimeliaHemimelia fibular e tibialfibular e tibialfibular e tibialfibular e tibial • Tratamento fisioterapêutico • Objetivos: • Melhorar postura • Melhorar mobilização articular • Promover consciência corporal • Melhorar equilíbrio e a coordenação • Aumentar tônus e força muscular, • Melhorar alongamento e • Corrigir deformidades da coluna geradas pela discrepância de membros, • Fazer o paciente realizar suas AVDS da forma mais funcional possível. HemimeliaHemimeliaHemimeliaHemimelia fibular e tibialfibular e tibialfibular e tibialfibular e tibial • Tratamento fisioterapêutico: • alongamentos, • ganho de mobilidade das articulações, • ganho de amplitude de movimento para flexão de quadril, joelho e tornozelo, • descarga de peso unilateral e bilateral, • ganho de força muscular e • treino de equilíbrio e marcha. Osteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese Imperfeita (OI)(OI)(OI)(OI) • Doença de Lobstein ou doença de Ekman-Lostein • Popularmente conhecida como "ossos de vidro" ou "ossos de cristal" Definição: condição rara do tecido conjutivo, de carater genético e hereditátio. Incidência: 1:20.000. Característica: fragilidade dos ossos 2/23/2018 12 Osteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese Imperfeita • As manifestações clínicas da OI variam muito de grau e intensidade de acordo com o tipo da desordem instalada. • Tipo I – forma leve e não deformante que se manifesta mais tarde aos 20, 30 anos, com perda leve da resistência óssea; • Tipo II – é a forma mais grave de todas; em geral, os portadores morrem ainda dentro do útero ou logo depois do nascimento; • Tipo III – surgem deformidades graves como consequência das fraturas espontâneas e do encurvamento dos ossos; dificilmente, o paciente consegue andar; • Tipo IV – deformidades moderadas na coluna, curvatura nos ossos longos, especialmente nos das pernas, baixa estatura. Osteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese Imperfeita • Causas • A causa da doença é uma deficiência na produção de colágeno do tipo 1, o principal constituinte dos ossos, ou de proteínas que participam do seu processamento. O resultado é o surgimento de quadros de osteoporose bastante graves. • A falta de colágeno afeta não só os ossos, mas também a pele e os vasos sanguíneos. Osteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese Imperfeita • Sintomas • Ossos curvados (por causa das fraturas); • branco dos olhos (esclera) azulados; • rosto em forma de triângulo. • Sinais: • dentes escuros e frágeis (dentinogênese imperfeita); • perda progressiva da audição; • baixa estatura; • dificuldade de locomoção; • deformidades na coluna e na caixa torácica que podem acarretar complicações pulmonares e cardíacas. 2/23/2018 13 Osteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese Imperfeita • Diagnóstico • Exame clínico, a recorrência das fraturas e o resultado dos seguintes exames: raios X, ultrassonografia e densitometria do esqueleto. • Podem ser necessários, ainda, exames complementares, como os marcadores do metabolismo ósseo e do colágeno e a análise do DNA. Muitas vezes, o diagnóstico demora a ser feito, porque a doença não é muito conhecida mesmo entre os médicos. Osteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese Imperfeita • Tratamento • Ainda não existe a cura para a osteogênese imperfeita. O tratamento visa à melhor qualidade de vida e envolve equipe multidisciplinar, uma vez que o portador do distúrbio requer atendimento clínico, cirúrgico e de reabilitação fisioterápica. • O pamidronato dissódico e o ácido zoledrônico (biofosfanatos) são medicamentos que têm mostrado bons resultados para inibir a reabsorção óssea, reduzir o número de fraturas e aliviar a dor. • Outro recurso terapêutico é a cirurgia para colocação de uma haste metálica que acompanha o crescimento dos ossos e deve ser implantada por volta dos seis anos. Osteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese ImperfeitaOsteogênese Imperfeita 2/23/2018 14 • A conduta dos profissionais de saúde, diante do recém-nascido portador de malformação congênita deve ser especifica e de qualidade. • Assim, os conhecimentos sobre as malformações e as condutas a serem adotados pelos fisioterapêutas e demais membros da equipe, são de suma importância no sentido de orientar pais e familiares, permitindo que estes esclareçam suas dúvidas sobre a deficiência e sintam-se encorajados a buscarem qualidade de vida dentro dos limites impostos à criança.
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