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Processo e formação das Leis

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Processo e formação das Leis 
A fase constitutiva é a segunda das 3 fases do processo legislativo, que se inicia com a fase de iniciativa. Nela, tem-se a conjugação de vontades entre os poderes legislativo e executivo. Na deliberação parlamentar, há a discussão e votação do projeto de lei proposto. A deliberação executiva, por sua vez, se dá pela sanção ou pelo veto presidencial.
Deliberação parlamentar: discussão e votação
A fase constitutiva se inicia com a deliberação parlamentar, em que o projeto de lei é discutido e votado pelo poder legislativo. Em se tratando do processo legislativo de lei federal, a discussão e votação, regra geral, ocorre nas duas Casas parlamentares (Câmara dos Deputados e Senado Federal), em decorrência do sistema bicameral. Para que o projeto de lei passa à apreciação do Chefe do Executivo, há que se ter a aprovação nessas duas Casas.
Conforme art. 64, caput, a discussão e votação de projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados. O mesmo ocorre com projetos de iniciativa dos Deputados Federais ou suas Comissões, do Procurador-geral da República e projetos de iniciativa popular. O Senado, em todos esses casos, atua como Casa revisora. A exceção ocorre apenas para projetos de lei de iniciativa de Senadores e de suas Comissão, em que o Senado será a Casa iniciadora.
Iniciado a fase constitutiva do processo legislativo, o projeto de lei é enviado primeiramente a Comissão temática para análise da matéria tratada. Em seguida, o projeto é encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para análise de sua constitucionalidade. Se o projeto tratar de finanças ou orçamento público, antes da CCJ ele ainda passa pela Comissão de Finanças e Tributação para exame de sua adequação orçamentária.
A Comissão temática discute e emite parecer sobre o projeto de lei. No entanto, poderá também aprová-lo caso seja dispensada a competência do Plenário e não seja interposto recurso por 1/20 dos membros da Casa. Conforme o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, não poderão ser aprovados por Comissão temática: projeto de Lei Complementar, de Código, de iniciativa popular, de iniciativa de Comissão, projeto vindo do Senado, por ele emendado ou aprovado em seu Plenário, projeto com pareceres divergentes, em regime de urgência, projeto tratando de matéria que não pode ser delegada (art. 68, § 1º) e projeto de Emenda Constitucional.
O parecer emitido pela Comissão temática é meramente opinativo, não vinculando a apreciação do Plenário. O parecer da CCJ e da Comissão de Finanças e Tributação, no entanto, é terminativo. Neste caso, se rejeitado por inconstitucionalidade ou incompatibilidade orçamentária, o projeto somente será apreciado em Plenário se houver recurso.
Caso o projeto de lei seja rejeitado na Casa iniciadora, ele é arquivado. Se aprovado, segue para a Casa Revisora. Esta poderá aprovar integralmente o projeto, caso em que será enviado para deliberação executiva (sanção ou veto presidencial). A Casa revisora também pode rejeitar o projeto de lei, sendo ele arquivado e somente podendo ser reapresentado na mesma sessão legislativa por proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer Casa.
Parlamentares em sessão para discussão e votação de projeto de lei a ser encaminhado posteriormente à sanção ou veto presidencial.
O projeto também poderá sofrer emendas. Neste caso, a parte emendada, e somente esta, será devolvida para a Casa iniciadora para apreciação, conforme parágrafo único do art. 67, da Constituição. É vedada a apresentação de subemenda, ou seja, emenda sobre a emenda.
Se a emenda for aceita pela Casa iniciadora, o projeto segue para a deliberação executiva. Se rejeitada, a redação original é enviada para a sanção ou veto presidencial, sem a emenda. Isto porque, no processo legislativo brasileiro, a Casa iniciadora tem predominância sobre a revisora.
Processo legislativo sumário (regime de urgência)
O Presidente da República, em projetos de sua iniciativa, pode solicitar urgência em sua apreciação. Neste caso, a Casas iniciadora e revisora terão, cada uma, um prazo de 45 dias para apreciação do projeto. Caso haja emendas, a Casa iniciadora terá mais 10 dias para apreciá-las. Portanto, o prazo máximo para deliberação parlamentar de projeto em regime de urgência será de 100 dias.
Se a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal não se manifestarem neste prazo, até que se ultime a votação do projeto em regime de urgência, todas as demais deliberações da Casa são sobrestadas, exceto as com prazo constitucional determinado, como as Medidas Provisórias.
Conforme o art. 64, § 4º, o prazo não correrá durante o recesso do Congresso Nacional, ou seja, o período fora da sessão legislativa, entre 18 a 31 de julho e 23 de dezembro a 1º de fevereiro. Esse prazo também não se aplica para projetos de Código.
Diferença entre Lei Ordinária e Lei complementar
Lei complementar 	 Lei ordinária 
- Córum de aprovação: mais rigoroso (maioria absoluta), 50%+1 dos membros da casa.
- As hipóteses de regulamentação estão previstos no texto constitucional. Ou seja, tais leis já foram premeditadas.
- Córum de aprovação: maioria simples, 50%+1 dos presentes na sessão. 
- O campo material ocupado por tais leis é residual. Ou seja, tudo que não for regulado por lei complementar, decreto e resoluções. 
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OBS: não existe um diferença técnica entre as leis, haverá diferença apenas no aspecto formal e material. 
Para o direito tributário a lei Complementar é mais importante. 
Para o direito constitucional não há diferença, quem escolhera a lei mais adequada em cada situação é próprio constituinte.
Ambas são aprovadas em um único turno.
Ambas tem a fase iniciativa e constitutiva, uma vez que como regra geral, por meio das leis editar-se-ão normas constitucionais. 
Existe hierarquia entre lei ordinária e lei complementar? 
Não, apesar de ter opiniões contrarias a jurisprudência do STF tende para lado de inexistir hierarquia entre as leis. Assim como muitos doutrinadores que ditam que admitir uma hierarquia seria o mesmo que entender que um lei feral é hierarquicamente superior a uma lei municipal. Tem- se na verdade, âmbitos diferenciados de atuação e atribuições diversas.

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