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Lingua de Sinais

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Contextualizando a surdez: visão socioantropológica
O surdo como deficiente, como dependente, como incapaz; os estudos lingüísticos e a própria comunidade surda na sua luta pela garantia dos seus direitos, elas influenciaram um pensamento pedagógico, influenciaram uma visão que a sociedade começou a ter dessas pessoas que tinham a surdez como uma diferença. Então, a visão socioantropológica, ela considera a surdez não como uma deficiência como fator de limitação social, mas como uma diferença cultural. As pessoas surdas têm uma diferença na forma de interação com o mundo. Então, elas não interagem com o mundo oral e auditivamente, mas sim viso gestual mente então elas tem uma informação de mundo, elas têm uma cultura que ela difere da cultura ouvinte.
Os surdos com movimento social muito organizado, apesar da proibição da língua de sinais em 1980, a língua de sinais ela não deixou de existir. Ela continuou existindo, ainda que de forma clandestina, ainda que dentro da escola fosse proibida utilização da língua de sinais, ela era utilizada pelos alunos na suas conversas na hora do intervalo, era utilizado nos movimentos sociais dos surdos, nas sociações dos surdos e ela não deixou de existir por conta da proibição, ela só se fortaleceu.
Os surdos saíram daquela posição de dependentes e passaram a ter uma postura agente (de agir) em cima da sua realidade de exigir os seus direitos.
Dentro dessa visão socioantropológica as práticas educativas não são de reabilitação, de transformar aquele sujeito surdo num sujeito ouvinte. Então, é de transformar aquele sujeito surdo num sujeito consciente, num sujeito participativo. Então, a inclusão aparece de uma forma bem incisiva deste aluno dentro das possibilidades que foram dadas pra ele. Durante muitos anos a escola aqui no Brasil não foi exclusiva, hoje temos uma realidade que a inclusão esta posta. Então, existem alunos com deficiência, não só com deficiência auditiva e surdez, como deficiência mental intelectual, física dentro da sala de aula.
Isto é uma realidade, e hoje o professor tem que estar preparado, tem que ter o mínimo de conhecimento sobre as deficiências, sobre como aquele aluno interage com o mundo. No caso dos alunos surdos, ouve um tempo em que foi proibida a língua de sinais, então eles tinham que oralizar, tinham que aprender as informações que eles recebiam da língua portuguesa no caso, eram insuficientes pra eles. Então, os surdos começaram a lutar, se formaram e viram que precisavam de uma escola que fosse inclusiva e que a língua esteja incluída lá.
Em 1965 Stokoe, ele é Americano, observando a língua de sinais Americana (LSA), ele percebeu que a língua não era apenas gestos aleatórios que existia uma regularidade ali na questão dos sinais. Então, ele descobriu os primeiros parâmetros lingüísticos da língua de sinais. Ele percebeu, que todo sinal existia uma configuração de mão, então a mão tinha que estar configurada em alguma forma e que alem da configuração da mão também existia a localização, então o sinal tinha o lugar certo pra ser realizado, não era uma coisa aleatória, e o ponto de articulação, localização e o movimento. Então, os sinais tinha um movimento e os movimentos eram distintivos entre si. Então, ele começou a observar esta língua e foi o primeiro que chamou atenção dos lingüistas.
Essa linguagem de sinais, ela tem uma correspondência, existe algo que é muito semelhante as línguas orais, e ele começou estudar isto e conseguiu provar que a língua de sinais tem o mesmo statuto lingüístico das línguas orais. Então, o que existe nas línguas orais, existe nas línguas de sinais também. Isso foi um faotr assim determinante para a mudança das filosofias educacionais e das políticas de atendimento ao surdo.
Surdo – mudo é uma expressão que nós devemos evitar, porque ele é mudo por que não fala. Mas se ele fala com as mãos, então ele não é mudo, ele consegue expressar o seu sentimento, sua vontade... Ele consegue interagir com o mundo de uma outra forma. Pois, as mãos são as formas de expressão da pessoa surda.
Comunicação total:
Ela foi um avanço, porque saiu da questão do oralismo onde era proibição total e se passou para o uso da língua de sinais dentro do contexto escolar.
As implicações da língua de sinais dentro de um projeto de educação que utiliza comunicação total, a gente percebe que a língua de sinais não tem um papel de destaque dentro da comunicação total, ela é apenas um apoio há aquisição da língua portuguesa escrita.
Durante muitos anos a educação dos surdos era imagem, figuras, sinais e a criança não se desenvolvia com textos, leituras porque ela não tinha uma relação entre tudo aquilo que estava sendo posto pra ela.
Não existia uma profundidade da questão lingüística da língua de sinais como língua de acesso.
A questão do movimento, ela é significativa na língua de sinais, quando eu faço o sinal de ‘’procure’’ o aluno vai compreender. Se colocarmos uma foto, a informação do sinal vai ser passada de uma forma que não será muito realista como que a língua funciona porque o aluno não consegue adquirir a língua desta forma.
Bilinguismo
É prioritariamente a aquisição das 2 línguas pela a pessoa surda, a aquisição da L1 que no caso seria sua língua natural que é a língua de sinais e a aquisição da L2 que seria a língua majoritária que seria o português no caso aqui nosso do Brasil, escrito ou oral, porque tem crianças que tem deficiência auditiva, que também não tem um impedimento de adquirir a língua oral. Pois, foco da educação adquire primeiro a língua de sinais pra que ela consiga se comunicar, que ela consiga se expressar através da língua de sinais pra que depois ela adquire a língua portuguesa na modalidade de 2ª língua, na modalidade escrita preferencialmente porque a escrita é visual, diferente da oralidade e depois ela possa se quiser adquirir também a língua oral.
Dentro da proposta Bilingue o ideal é que a criança tenha na educação básica que seria de 1º ao 5º ano ela estude em classes Bilingues,que ela possa ter essa construção lingüística de uma forma natural como a criança ouvinte tem.
A língua garante há criança o acesso à cultura e à participação social.

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