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Reflexos do Neoclassismo no Brasil

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Curso: Arquitetura e Urbanismo Semestre: 5º Turno: Matutino 
Disciplina: THAU IV Turma: 140155 – Águas Claras 
Aluno: Celiz de J. Cardoso CPD: 36965 Data: 20/03/2017 
Professor: Adriano Gentil 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
Disponível em: < https://arquiteturadobrasil.wordpress.com/arquitetura-neoclassica-no-brasil/> 
Acesso em 15 marc. 2018. 
 
 
Reflexos do Neoclassismo no Brasil 
 A arquitetura da época firmou-se em duas versões: o neoclássico oficial, da 
Corte, quase todo feito de importações, e a versão provinciana, simplificada, feita por 
escravos, exteriorizando nos detalhes as ligações dos proprietários com o poder central. 
O neoclássico oficial se desenvolveu nos centros maiores do litoral, como Rio de 
Janeiro, Belém e Recife, que tinham contato direto com a Europa, e que desenvolveram 
um nível mais complexo de arte e arquitetura e se integraram nos moldes internacionais 
da sua época. 
 As residências urbanas utilizavam-se ainda das mesmas soluções de implantação 
dos tempos coloniais: sobre o alinhamento das ruas e sobre os limites laterais dos lotes. 
A parte da frente das residências destinava-se aos salões e a área social da casa, para 
dentro ficam as alcovas, quartos e salas de jantar, e aos fundos, o serviço. Os porões, 
que aparecem sob o térreo, marcado pela fileira de óculos alinhados sob as janelas dos 
salões, são utilizados ora como locais de serviço, ora como depósito de lenha, liberando 
o térreo para utilização com cômodos de permanência diurna. 
 Na arquitetura urbana prevaleceu clareza construtiva. Era caracterizada pela 
simplicidade formal, com cornijas e platibandas como recurso formal. As paredes, de 
pedra ou tijolo, eram revestidas e pintadas de cores suaves, como o branco, rosa, 
amarelo e azul-pastel, apresentavam corpo de entrada salientes, com escadarias, 
colunatas e frontões e valorizavam a decoração dos interiores com revestimentos e 
pinturas. Em geral as linhas básicas da composição eram marcadas por pilastras, sobre 
as quais, nas platibandas, dispunham-se objetos de louça do Porto, como compoteiras ou 
figuras representando as quatro estações do ano, os continentes, as virtudes, etc. Janelas 
e portas se destacavam enquadradas em pedra aparelhada e arrematadas em arco pleno, 
em cujas bandeiras dispunham-se rosáceas mais ou menos complicadas, com vidros 
coloridos. 
 As casas rurais obedeciam aos padrões da arquitetura residencial urbana mais 
modesta, era nos interiores que mais se aproximava dos padrões da Corte, onde graças à 
cultura do Café se desenvolvia uma intensa vida social. As transformações 
arquitetônicas mais uma vez se limitavam as superfícies, com papéis decorativos ou 
pinturas sobre as paredes de terra criando a ilusão de um espaço novo. 
 É interessante observar que, mesmo considerados todas as adaptações sofridas 
no Brasil pelo Neoclassicismo ou por outros movimentos artísticos, verifica-se uma 
tendência justamente nas camadas consumidoras. Com uma arquitetura que estava na 
dependência de importação de materiais e mão-de-obra especializada ou que apenas 
disfarça com aplicações superficiais a precariedade da mão-de-obra escrava, o 
neoclássico não chegou a corresponder a o aperfeiçoamento maior da construção no 
Brasil.

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