Buscar

Resumo de História para a 2ª P.P.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Os Fenícios
Características gerais
-Situava-se entre o norte da Palestina, o litoral da Síria e o mar Mediterrâneo, no atual Líbano.
-Ocupada por povos de origem semita, oriundos do litoral norte do mar vermelho, antes de 3.000 a.c. .
-O território fenício era montanhoso e pouco propício para a agricultura. Além disso, era rico em madeira (cedro, tipo adequado para a construção de navios), favorável a portos e situava-se na rota de encontro das caravanas vindas do extremo oriente e do Mediterrâneo. Os fenícios, por causa disso, lançaram-se ao mar como forma de ganhar seu sustento.
-A organização política da Fenícia baseava-se em cidades-estado independentes.
-As cidades-estado Fenícias.
.Eram independentes umas das outras, sendo de dois principais tipos, que variaram conforme a época:
A)Monarquias hereditárias-Lideradas por um rei que governava com o apoio da elite mercantil.
B)Repúblicas plutocráticas-Lideradas por um conselho de anciãos escolhido pela plutocracia talassocrática (do grego, “talasso”-mar e “cracia”-poder, governo). A plutocracia (do grego, “Pluto”-rico e “cracia”-poder, governo) é o sistema de âmbito político e jurídico no qual a classe rica possui o poder econômico e social. A talassocracia é a parcela da sociedade composta pelos mercadores e armadores (donos de navios) que ganham suas vidas com o mar (em grego, “Talasso”-mar e “cracia”-poder, governo”). Portanto, uma plutocracia talassocrática é o grupo formado pelos indivíduos que enriqueceram com o mar e que controlam a sociedade. 
.As principais cidades-estado fenícias são Biblos, Sidon, Tiro e Ugarit.
Economia
-No início, era baseada na pesca e na construção de barcos.
-Produziam-se armas, joias, vidros e tecidos tingidos com a “Púrpura de Tiro”-substância de coloração púrpura extremamente valorizada por outros povos.
-A busca por matérias-primas e por mercado-consumidor para os produtos artesanais leva os fenícios a se tornarem grandes navegadores e comerciantes.
-com o comércio marítimo, surge a talassocracia.
Cultura
-MAIOR E MAIS IMPORTANTE ÇLEGADO DOS FENÌCIOS-Invenção do alfabeto
-Eram politeístas-acreditavam em várias divindades, sendo o principal deus de cada cidade chamado Baal.
-Realizavam sacrifícios humanos por motivos religiosos.
História Política
-Como as cidades-estado fenícias eram independentes, havia diferenças de interesses, o que levava uma cidade, às vezes, a se impor sobre as outras, causando alternâncias de períodos de maior poder e prosperidade entre elas.
-Ocorre a fundação de várias feitorias e colônias, com o objetivo de facilitar a atividade comercial marítima.
-Vários povos iniciam um processo de invasão no século IX a.c., o que leva a Fenícia à decadência.
O Império Persa
-Localizava-se a leste da mesopotâmia, entre o Golfo Pérsico e o Mar Cáspio.
-A população era composta por tribos vindas da Ásia central.
-O Reino da Média surge no século VIII a.c. e acaba por dominar a Pérsia.
-O Reino da Pérsia foi assumido por Ciro em 559 a.c.. Em 550 a.c., Ciro consegue vencer o domínio dos medos e unificar os dois reinos. Com essa dominação, inicia-se o Império Persa e a dinastia Aquemênida.
-Após fundar o Império persa, Ciro empreende uma série de vitórias e conquistas territoriais, levando o Império a estender-se da Índia à Ásia Menor.
-Ciro consegue construir um império tão grande e que compreende tantos povos distintos porque ele respeita a cultura e a religião desses povos, além de conceder-lhes certa autonomia política.
-Em 525 a.c., o Egito é conquistado na Batalha de Pelusa pelo Império persa, agora sob o domínio de um novo Imperador: Cambises.
-Cambises não é tão tolerante quanto Ciro, sendo um Imperador mais preocupado em centralizar o poder em si. Ele queria o poder para si mesmo.
O Reinado de Dario I-de 522 a.c. a 484 a.c.
-Dario I sucede Cambises após sua morte. Ele leva o Império Persa a sua expansão territorial máxima ( cerca de 8 milhões de quilômetros quadrados).
-Para facilitar a administração, Dario I divide o império em “Satrápias”, províncias administradas pelos Sátrapas e protegidas por generais. Para um melhor entendimento, pode-se fazer uma comparação bem tosca. Imaginemos o Império persa como o Brasil. O Brasil está dividido em diversos estados (aqui representando as Satrápias). Cada estado é controlado por um governador (seria o Sátrapa). A cada estado acrescenta-se um general, que não interfere nos trabalhos do sátrapa, nem o sátrpa interfere nos trabalhos do general.
-Uma rede de estradas bastante ampla foi criada ligando as satrápias às principais cidades do império.
-Criou o Dárico, moeda unificadora e que bastante facilitava as relações comerciais, uma vez que todo o império adotava o mesmo dinheiro.
-Estabeleceu um código de leis e um sistema de impostos unificado.
-Criou o serviço de correio, com a intenção principal de levar suas ordens com rapidez às regiões mais distantes do império.
-Permitiu aos povos que preservassem sua religião, costumes e parte de sua autonomia política.
Fim do Império
-Ao tentar conquistar as colônias gregas da Ásia menor, Dario é repetitivamente derrotado. Essas batalhas são chamadas Guerras Médicas ou Greco-pérsicas e são altamente custosas, caras ao Império Persa. Justamente pelas sucessivas derrotas, o império começa a enfraquecer-se e, em 331 a.c., finalmente é conquistado por Alexandre da Macedônia.
Economia e Sociedade
-A economia tinha suas bases na agricultura e, principalmente, no comércio.
-Além de pagar elevados tributos, o povo seguia o regime de servidão coletiva, sendo obrigado a trabalhar nas obras públicas. Diferentemente da Mesopotâmia, no entanto, o foco das obras públicas não era em canais de irrigação, mas em grandiosas construções para o império.
Religião
-Era dualista, ou seja, acreditava-se em duas divindades, Ahura-mazda (ou Ormuz-mazda), o deus do bem, da luz, o qual era homenageado com o fogo sagrado no topo dos morros, e em Arimã, deus do mal, da escuridão. Para facilitar o entendimento, é útil fazer mais uma tosca comparação. Na tradição cristã, crê-se em Deus (representando Ahura-mazda) e no Diabo (representando Arimã). Porém, não é porque se acredita na existência de Deus e do Diabo que se cultua o Diabo. Ele é tido como algo existente e que tenta desviar o homem do caminho de Deus, mas não é adorado como algo a ser seguido.
-O Imperador era visto como um representante do bem na terra.
-Os fundamentos da religião persa encontravam-se em um livro sagrado, o Zend-avesta, escrito por Zoroastro (ou Zaratrusta).
-Acreditavam na vida após a morte e na vinda de um salvador. Não construíam templos para os deuses.
-preocupavam-se com o destino final da humanidade, o que se chama crença escatológica.
A Civilização grega
-A História da Grécia antiga é dividida em 5 períodos:
.Período Pré-homérico até o século XII a. c..
.Período Homérico século XII a. c. ao século VIII a. c..
.Período Arcaico século VIII a. c. ao século VI a. c..
.Período Clássico século V a.c. ao século IV a.c..
.Período Helenístico século III a.c. ao século II a. c.. 
Período Pré-homérico (até o século XII a. c.)
-Localizada ao sul da península balcânica, o povoamento da Grécia começou por volta de 2.000 a. c..
-A Civilização Creto-micênica, que durou de 2.000 a. c. até 1.400 a. c. , dá origem à Civilização grega. Invadida por um povo extremamente guerreiro, o povo Dório, a civilização chega ao fim no século XII a. c..
-Com a queda da civilização Creto-Micênica, ocorre a Primeira diáspora grega. A diáspora é um processo de dispersão, de migração do povo dessa civilização. Para entender o isso, basta que nos ponhamos no lugar dessas pessoas. Imaginemos que vivemos normalmente e, de repente, um povo estrangeiro, sanguinário e guerreiro começa a invadir nossa pátria. Já que não temos condições de competir com os invasores, de impedir seu avanço, a única opção é fugir para outro lugar, ou seja, migrar, nos dispersar.
-Com a diáspora,a Grécia entra num período obscuro, em que desaparece a escrita, a economia enfraquece e ocorre um regresso, de modo geral.
Período Homérico (do século XII a. c. ao século VIII a. c.)
-Recebe esse nome porque os registros históricos da época são achados nos poemas épicos de Homero, a Ilíada e a Odisseia.
-O período caracteriza-se pela existência dos Genos ou Comunidades gentílicas, que são uma grande família, com bastantes pessoas, uma unidade econômica, política, social e religiosa e liderados, cada um, por um Páter (esse, por sua vez, é o homem que governa e controla a família, sendo a autoridade máxima dentro dela. A hierarquia nos Genos dava-se pelo grau de parentesco com o Páter, ou seja, os parentes mais pro). 
-Nos Genos, as terras e o que nelas era produzido pertenciam a todos. Eram de propriedade comum, e não privada.
-Por volta do século VIII a. c., os Genos começam a se desintegrar por causa do aumento populacional e da diminuição da produção de alimentos. Para entender o processo, imaginemos um determinado Geno. Ao longo dos anos, sua população começa a crescer, mas não se conseguem produzir alimentos para todos, o que vai gerar o início de uma tensão social. 
-Observando a situação que ocorria, o Páter percebeu que tinha de tomar alguma medida para acabar com os problemas. Ao longo do tempo, ocorre a divisão das terras (as terras eram propriedade comum, de todos. Quando elas são divididas, perdem o caráter coletivo, passando a ser privadas) entre os integrantes dos Genos. Os mais privilegiados, que receberão terras mais férteis e em maiores porções serão justamente os parentes mais próximos ao Páter (os Eupátridas-“bem nascidos”). Em segundo lugar, receberam as terras restantes os Georgóis (palavra que, em grego, significa “agricultores”), parentes mais distantes do Páter. Em último, os Thetas (marginais) nada receberam, sendo os mais prejudicados com a partilha. Para que se entenda melhor, basta que nos imaginemos como um Páter. Fazendo uma tosca comparação, a quem daríamos as melhores terras? Aos primos de quarto grau ou aos filhos e sobrinhos? Assim pensou o Páter quando teve de partilhar as terras. Priorizou os parentes mais próximos e distribuiu a sobra aos que restaram.
-O sistema de organização gentílico (dos Genos) entrou em crise. A maioria não se encontrava satisfeita com a partilha, o que gerou conflitos sociais. Com isso, ocorre a Segunda diáspora grega. Esse processo se deu quando a população excedente, sem terras para cultivar, migrou para outras regiões, à procura de novos territórios para ocupar. Entendamos assim: somos agora Thetas, não temos terras e precisamos comer, nos alimentar. Se não conseguimos obter espaço para cultivar nossos alimentos aqui, então vamos procurar novas terras.
-A consequência principal da segunda diáspora grega é a fundação de colônias por parte dos imigrantes. Contudo, o conceito grego de colônia é diferente do nosso. Para os gregos, uma colônia (apoikia) independe social, política e economicamente da cidade de que vieram seus fundadores, compartilhando somente língua, costumes, cultura, religião. Para entendermos melhor, pensemos assim: somos de uma cidade qualquer grega a que chamaremos “X”. Nós saímos dessa cidade e aportamos num outro lugar, ainda não ocupado, onde montamos um povoado. Esse povoado é uma colônia que acaba de nascer, e tudo que aqui se passar será nosso problema agora, nada tendo a ver com “X”.
-Começa, então, a haver um crescimento populacional, o que leva ao surgimento da Pólis (cidade-estado) grega.
O Período Arcaico (do século VIII a. c. ao século VI a. c.)
-Com o surgimento das Pólis gregas, houve a consolidação da passagem da economia gentílica para urbana (e, então, de uma economia mais simples para uma mais diversificada).
-Inicialmente, cada cidade-estado era governada por um Basileu (rei), o qual era assessorado, ajudado pelo Areópago, um conselho de aristocratas.
-A partir do século VI a. c., duas cidades-estado, Esparta e Atenas conseguem obter destaque entre as demais. 
Esparta 
-Situada na região da Lacônia, o seu território era fértil, o que fez sua economia voltar-se para a agricultura. Com isso, não houve um desenvolvimento comercial tão grande quanto o de outras cidades-estado. Ainda, o território era montanhoso, o que dificultava invasões e ajudava a proteger essa Pólis. Tudo isso contribuiu para o isolacionismo de Esparta. Para entender, imaginemo-nos como cidadãos espartanos. Se temos comida suficiente em nosso território e montanhas que nos protejam de invasões, não necessitamos procurar muitos recursos no exterior, o que torna nossa atividade comercial menos expressiva. 
-A terra pertence ao Etado.
-A sociedade era dividida, de forma bastante rígida, em:
.Espartanos (ou Espartacíatas) Eram os descendentes dos Dórios (povo guerreiro que invadiu a Grécia e deu fim à Civilização Creto-Micênica) e os únicos a terem direitos de cidadania.
.Periecos Eram pessoas de povos dominados (e seus descendentes) pelos espartanos que não haviam oferecido resistência à dominação. Embora não possuíssem direitos políticos, eram livres. 
.Hilotas Eram SERVOS pertencentes ao Estado. Judicialmente, não são escravos por não serem mercadorias, ou seja, não podem ser vendidos ou comprados. Contudo, na prática, realmente eram escravos. Os hilotas eram os povos e seus descendentes (inclusive os Micênicos) que haviam oferecido resistência à dominação espartana.
-Esparta forma uma sociedade extremamente militarizada, por ter medo de possíveis rebeliões dos povos dominados.
-A estrutura política:
.Havia uma Diarquia, ou seja, dois reis com funções de guerra e religiosas.
.Gerúsia Era uma assembleia formada por 28 gerontes, anciãos maiores de 60 anos. Sua função era legislar e julgar crimes.
.Ápela Assembleia popular formada por todos os cidadãos (somente, pois, os Espartanos) maiores de 30 anos. Sua função era a de ratificar, confirmar, ou não, as decisões da Gerúsia.
.Eforato A assembleia popular (Ápela) elegia cinco éforos, os quais tinham a função de administradores, chefes de governo. Eram o poder executivo.
-O indivíduo era inteiramente subordinado ao Estado. A disciplina militar era rígida.
-A educação espartana era especial, pois estimulava os espartacíatas a serem soldados. O ensino acadêmico era básico, pois priorizava-se o lado físico. HOMENS E MULHERES exercitavam-se. Após terem sido aprovados quando de seu nascimento, sendo tidos como saudáveis, aos sete anos, os garotos eram entregues ao Estado. Com doze anos, eram levados à “Academia Militar”. Aos dezessete, submetia-se o rapaz à Kripteia, teste final para sua incorporação ao exército, que consistia de uma matança de Hilotas, a qual tinha por objetivos secundários diminuir a população dessa classe social e causar medo neles, servindo, portanto, como forma de manter a ordem social.
-Esparta é diferenciada das outras cidades-estado gregas por seus peculiares modos de organização e de vivência. É a exceção.
Atenas
-Situava-se na Península da Ática, tendo sido fundada pelos Jônios, por volta do século X a.c..
-Surgem, com o fim da realeza no século VIII a. c., o Arcontado e o Areópago, sendo o último um Conselho de aristocratas (que são quem realmente manda) o qual fiscalizava os Arcontes.
-Nos séculos VII a. c. e VI a. c., grandes desigualdades sociais começam a gerar vários conflitos de ordem social. Esses conflitos baseiam-se no fato de que o poder está nas mãos dos aristocratas e os comerciantes enriquecidos o desejam para si. Surgem os legisladores (um arconte com poderes especiais) para promoverem novas reformas.
-Entre os legisladores, destacam-se :
.Drácon (621 a. c.)-Elaborou leis bastante rigorosas e ESCRITAS. Retira a lei das mãos dos aristocratas (eupátridas) e a traz para o Estado. Para entender, pensemos assim: se as leis não são escritas, podem ser facilmente manipuladas por quem as detém, no caso, os eupátridas. Quando Drácon escreve essas leis e as traz para o controle do Estado, ele impede quehaja uma manipulação delas em favor da elite. Apesar disso, as leis continuam a favorecer os eupátridas, fato que permanece gerando atritos sociais. 
.Sólon (594 a. c.)-Criou várias leis para limitar o poder dos eupátridas. Proibiu a escravidão por dívidas e devolveu aos pequenos proprietários terras tomadas deles pelos eupátridas.
Dividiu a sociedade CENSITARIAMENTE (por renda) em quatro classes, não mais sendo esta dividida pelo nascimento. Pensemos: essa medida é extremamente marcante, pois, agora, os ricos comerciantes podem ter acesso ao poder político, algo que esperavam conseguir já havia muito tempo.
Criou a Bulé (Conselho dos Quatrocentos)-Formada pela 1ª e 2ª classes (as mais ricas), tem função legislativa.
Criou a Eclésia (Assembleia Popular)-Formada por todos os cidadãos atenienses das quatro classes, a Eclésia tem função de aprovar ou vetar as medidas da Bulé.
Criou o Helieu (Tribunal de Justiça para os Cidadãos)
As reformas, embora agradem os ricos comerciantes, desagradam a aristocracia (os eupátridas ficam insatisfeitos por terem perdido seu poder) e o povo (apesar de sua situação política ter melhorado, a econômica permanece a mesma).
-Surgem os Tiranos-Ao contrário do nosso conceito de tirano e tirania, para os gregos, isso significa apenas aquele que toma o poder pela força.
-Os Tiranos: Psístrato, Hiparco e Hípias (561 a. c. a 527 a. c.)
-Foi o primeiro tirano e confiscou grande parte das terras pertencentes aos eupátridas, distribuindo-as aos camponeses pobres.
-Criou o crédito estatal para camponeses. Os camponeses compravam as coisas necessárias à agricultura com os eupátridas. Com o crédito estatal, agora o fazem com o Estado.
-Realizou várias obras públicas (essas obras geram emprego ao povo)
-Morre em 527 a. c., sendo sucedido por seus filhos, Hiparco e Hípias, os quais, ao não darem segmento a essas reformas, perdem o apoio popular e são derrubados do poder pelos eupátridas.
-Após um breve governo oligárquico, uma grande revolta comandada por Clístenes obtém vitória. Ocorre um grande passo na evolução política.
-O governo de Clístenes-“Pai da democracia ateniense” (510 a. c.)
-Instala-se a democracia. A BASE DA REFORMA FOI ESTENDER OS DIREITOS POLÍTICOS A TODOS OS CIDADÃOS.
-Os cidadãos eram os homens atenienses, filhos de pai e mãe atenienses e maiores de 18 anos. Mulheres, estrangeiros (chamados metecos) e escravos não participavam. Por isso, em 400.000 habitantes, somente em torno de 40.000 eram cidadãos.
-A Eclésia (Assembleia do povo) com, no mínimo, 6.000 pessoas presentes, era uma forma de exercício direto da democracia. A democracia que vivemos hoje funciona com o regime de representatividade, ela é indireta. Nós votamos em alguém, um político, que escolherá os rumos da nação por nós. Os gregos, não. Os cidadãos expunham suas opiniões diretamente, sem necessidade de intermediários. Ganhou-se mais poder, e agora qualquer cidadão poderia propor leis. Além disso, a Eclésia também tinha a função de fiscalizar outras instituições.
-A Bulé foi ampliada para quinhentos membros (cinquenta por cada uma das dez tribos).
-Institui-se o Ostracismo, mecanismo posto em prática por voto da Eclésia, o qual se constituía do exílio, por um período de dez anos, de qualquer um que pudesse pôr em risco a democracia ateniense. O exilado não perdia, entretanto, suas propriedades, as quais, juntamente com seus direitos civis, lhes eram devolvidas quando de seu regresso à cidade.
-Instituíram-se dez Estrategos, chefes militares que, ao longo do tempo, ganharam mais poder político.
-Com a estabilidade política e econômica, houve capacidade para vencer as guerras Greco-pérsicas.
O Período Clássico
-Caracterizou-se por grande estabilidade política, esplendor cultural e prosperidade econômica, principalmente da sociedade ateniense. Entretanto, conflitos internos e externos levaram a Civilização Grega ao seu fim.
-Ao expandir-se, o Império Persa consegue conquistar as prósperas cidades gregas do litoral da Ásia Menor (atual Turquia). Mileto, uma dessas cidades, rebelou-se e, mesmo com a ajuda de Atenas, foi destruída (494 a. c.). Então, em 490 a. c., Dario I da Pérsia invadiu a Grécia propriamente dita, iniciando as Guerras Médicas. Em 479 a. c., uma coligação entre Atenas e Esparta derrota os persas definitivamente.
-O século V a. c. foi o apogeu do mundo grego, sendo o período compreendido entre 461 a. c. e 429 a. c. considerado a “Idade de ouro de Atenas”. Nesse período, a Pólis foi governada por Péricles, que reconstruiu a cidade e aprofundou a democracia:
.Concedeu à Eclésia o direito de apresentar projetos de lei e escolher os Estrategos.
.Criou a Mistoforia, uma ajuda de custo dada aos cidadãos mais pobres para que tivessem a possibilidade de participar de cargos públicos e do processo democrático e o Theoricon, incentivo financeiro dado aos mais pobres, para que gastassem com entretenimento.
-O século V a. c. é o auge da escravidão.
-Em 477 a. c., cria-se a Liga de Delos, uma aliança militar liderada por Atenas, com o intuito de impossibilitar a progressão de uma possível nova ofensiva persa. Observando que não haverá novas ofensivas persas, algumas cidades pequenas da Liga acham o custo exigido para a manutenção da força militar demasiadamente alto. Além disso, em 454 a. c., a sede da Liga de Delos é transferida para Atenas, o que só faz aumentar a suspeita de desvio de recursos por parte dessa cidade. Descontentes, algumas cidades deixam a liga. Atenas não aceita, as invade e faz com que se mantenham na Liga. Essa imposição de Atenas sobre aos outras cidades chama-se Imperialismo Ateniense.
-Em postura de oposição ao expansionismo ateniense, Esparta, liderando outras cidades, criou a Confederação do Peloponeso. Ocorreu um conflito inevitável, a Guerra do Peloponeso (de 431 a. c. até 404 a. c.), cujo vencedor foi Esparta, a qual, além de invadir Atenas e acabar com a democracia, impondo um regime de governo baseado em trinta tiranos eupátridas subordinados a ela, torna-se hegemônica (concentra os poderes consigo) na Grécia. Contudo, a hegemonia Espartana dura pouco e Tebas logo a consegue para si, em 371 a. c..
-A sucessão de conflitos gera o enfraquecimento das Pólis gregas. Em 338 a. c., elas não conseguiram mais resistir.
O Período Helenístico (século III a. c. ao século II a. c.)
-Em 338 a. c., Filipe II da Macedônia, região situada a nordeste da Grécia continental, começa sua expansão para o sul. Em 336 a. c., ele foi assassinado, e seu filho, Alexandre, O Grande (ou “Magno”), começou, em 334 a. c., a avançar sobre os territórios do oriente, até chegar às margens do Rio Indo, na Índia.
-O foco de Alexandre, sua ideia principal, era criar um Império que unisse o ocidente e o oriente. Surge, então, Helenismo, ou Cultura Helenística, fruto da mistura entre o pensamento grego e o oriental.
-Em 146 a. c., a Grécia é ocupada por Roma.
Aspectos da Cultura Grega
-O notável desenvolvimento artístico e cultural grego influenciou toda a civilização ocidental.
-A cultura é antropocêntrica, ou seja, com foco no homem como referência.
-A religião é politeísta (acredita-se em vários deuses) e antropomórfica (os deuses têm forma humana). Os deuses tinham os mesmos defeitos e virtudes do ser humano, mas eram imortais. A respeito deles, foram criadas bastantes narrativas e lendas chamadas mitos. O conjunto desses mitos é a Mitologia. Havia, também, os chamados semideuses, ou heróis.
-Dividido em Comédia e Tragédia, o teatro foi um dos mais marcantes aspectos da cultura grega.
-A filosofia foi outro campo de conhecimento bem desenvolvido. Buscando explicações racionais, ia contra os mitos e tinha, como maior expoente, Sócrates, famoso por sua frase: “Tudo que sei é que nada sei”.
-Ainda, contribuições em diversas áreas do saber, como a Física, a História, a Medicina, a Escultura, a Matemática e a Arquitetura são notáveis.

Outros materiais