aula 1.17 pontuação

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				UNIDADE 1.17
Aspectos linguístico-gramaticais para a produção de texto.
A pontuação na construção do texto
Objetivo:
►Utilizar a pontuação, segundo a variedade padrão.
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TEXTO MOTIVADOR
Explique de que maneira a falta de pontuação dificulta o entendimento do texto.
Ó raios
	Dicas simples para não ter seus eletrônicos fritados por tormentas
 	Evite usar telefone fixo durante uma tempestade de raios bem como usar água corrente chuveiro elétrico ou não e lavar as mãos ou a louça a descarga segue as fiações elétrica e telefônica mas também os canos d’água usar telefone celular nesses momentos críticos também não é uma boa ideia (O Globo digital, 22 mar.2010)
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Leia o texto com a pontuação adequada.
Ó, raios!
	Dicas simples para não ter seus eletrônicos fritados por tormentas
 	Evite usar telefone fixo durante uma tempestade de raios, bem como usar água corrente (chuveiro elétrico ou não, e lavar as mãos ou a louça). A descarga segue as fiações elétrica e telefônica, mas também os canos d’água. Usar telefone celular nesses momentos críticos também não é uma boa ideia.(O Globo digital, 22 mar.2010)
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Não esqueça:
O adequado registro do pensamento por meio da escrita inclui não apenas o registro gráfico dos vocábulos, mas também o emprego de sinais de pontuação que indicam a separação de ideias, pausas ( maiores ou menores) e a inflexão da voz.
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Nos textos abaixo, a integridade comunicativa depende do bom emprego de sinais de pontuação.
Levar uma pedra para Europa uma andorinha não faz verão.
Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe do fazendeiro era também o pai do bezerro.
	Para a integridade da mensagem, basta colocar vírgula ou ponto-e-vírgula depois de mãe, no último exemplo. No primeiro, basta uma vírgula depois de faz, sendo verão a forma de futuro do verbo ver.
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USO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
PONTO FINAL (.) – Serve para assinalar o fim de período. Indica a conclusão de um pensamento.
PONTO DE INTERROGAÇÃO (?) – Usado ao final de qualquer interrogação direta, ainda que a pergunta não exija resposta.
PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!) – Usado ao final de frases exclamativas, imperativas e, normalmente, depois de interjeições.
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PONTO-E-VÍRGULA (;) É usado para: a) separar itens enumerados: A Matemática se divide em: - geometria; - álgebra; - trigonometria; - financeira. 
	b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: 
	A situação era delicada, traumatizante e nova; exigia soluções imediatas e inéditas. 
 
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OBSERVAÇÃO
	O ponto-e-vírgula é essencialmente um sinal de coordenação. Não pode, portanto, ser usado para separar uma subordinada de sua principal.Pode, porém, ligar, coordenando-as, duas orações subordinadas de mesma natureza.
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Examine os dois períodos abaixo e diga se há impropriedade no uso do ponto-e-vírgula:
“Mesmo que determinada parcela da população pense e aja de forma contrária à tradição social; são muito complexas e lentas as transformações das leis sociais.”
	Há impropriedade, já que o ponto-e-vírgula está separando uma oração subordinada de sua principal.
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Apesar de termos descoberto novas tecnologias; de estarmos nos comunicando com praticamente todas as partes do mundo, nosso conhecimento ainda é limitado.
	Não há impropriedade, uma vez que o ponto-e-vírgula está coordenando orações subordinadas de mesma natureza.
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DOIS-PONTOS (:)
 É usado para:
	a)introduzir uma citação em discurso direto.
	Ele respondeu: 
	- Não, muito obrigado!
 b)indicar uma enumeração ou elementos de caráter explicativo: Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com seus colegas, não responda à professora. Desisti de aconselhá-lo: era inútil.
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RETICÊNCIAS (...) – Indicam a interrupção ou suspensão do pensamento, ou porque o que se diria é óbvio, ou porque há hesitação quanto ao que dizer, ou, ainda, porque se quer insinuar algo.
	“Contrário a isso foi um seminarista que não seguiu a carreira. Chamava-se...Não é preciso dizer o nome”
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TRAVESSÃO (-) 
	São três os seus usos:
	1. nas narrações, introduz a fala do personagem em discurso direto.
	2. nas orações, isola expressões ou orações intercaladas.
	As eleições – e isso precisa ser dito – não resolveram todos os problemas.
	3. serve, às vezes, para introduzir expressões de caráter explicativo.
	Mas via-se que era humilde – atendera ao anúncio publicado no jornal porque satisfazia às especificações.
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Justifique o uso das reticências, do travessão e das aspas na frase: “Estava reduzido a simples madeiro – eu, o rei dos vegetais de toda aquela redondeza...”
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ASPAS (“ ”)
	São usadas para:
	1. indicar citação textual de um autor.
	2. destacar palavras ou expressões usadas com sentido especial ou irônico, expressões populares, gíria e palavras estrangeiras que ainda não se tenham incorporado ao falar corrente.
	3. destacar títulos de livros, nomes de jornais, revistas...
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PARÊNTESES ( )
	1. Dentro de um período, servem para isolar expressões ou orações intercaladas. Nesse caso, constituem uma alternativa para o uso do travessão.
	2. Para indicar a fonte, após uma citação.
	3. Preenchidos com reticências, os parênteses indicam a supressão de uma parte do texto numa citação.
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VÍRGULA – Dada a importância da vírgula para a clareza do texto, vamos distinguir as várias razões que justificam o seu emprego. 
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O USO DA VÍRGULA
I) A vírgula no interior das orações
1) 	“Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido.”
	Separa constituintes sintáticos idênticos
Não se deve usar vírgula se constituintes sintáticos idênticos vêm relacionados pelas conjunções e, nem e ou (a menos que essas conjunções estejam repetidas)
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2) “Fui ao teatro e ele, ao cinema.”
	Indica que uma palavra, geralmente um verbo, foi suprimida.
3) “Pois, seu Pedrinho, saci é uma coisa que eu juro que existe.”
	Isola o vocativo.
4) Vitória, capital do Espírito Santo, é uma ilha que tem belas praias.
	Isola o aposto.
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5) “Naquele dia, a costureira foi à casa da baronesa.”
	“Ela, naquele dia, foi à casa da baronesa”
	Indica que um adjunto adverbial foi utilizado fora de sua posição normal.
6)”A ferida já foi tratada. É preciso, porém, cuidar para que não infeccione.”
	Indica conjunções intercaladas.
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7) “Angra dos Reis, 20 de março de 2009.”
	Isola nome de lugares, quando se transcrevem datas.
8) “A inflação, isto é, a alta de preços destrói a economia.”
Intercala expressões como em suma, isto é, ou seja, a propósito.
* Não se admite, no interior das orações, o uso de vírgula para separar o sujeito do predicado verbal, o verbo do seu complemento, o núcleo substantivo de seu adjunto adnominal ou de um complemento nominal.
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II) A vírgula entre orações 1) “Logo que soube do nascimento do filho, correu para a maternidade.” 
	Separa a oração subordinada adverbial que ocorre antes da oração principal; caso a subordinada venha depois da principal, a vírgula será facultativa. 2) “As frutas, que estavam maduras, caíram no chão”
	Separa a oração subordinada adjetiva explicativa da oração principal.
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3) “Cheguei, peguei o livro, voltei correndo para o colégio.”
	Separa orações coordenadas assindéticas.
4) “Eles estavam cansados, porém foram à aula.”
	Separa orações coordenadas sindéticas.
* Não se usa vírgula para separar orações coordenadas sindéticas ligadas pela conjunção e, exceto quando os sujeitos forem diferentes ou quando o e aparecer repetido.
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Verificação – A vírgula e o sentido da frase
O TESTAMENTO 
 Um homem rico, sem filhos, sentindo-se morrer, pediu papel e caneta e escreveu assim: 
 “Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do mecânico nada aos pobres”
 Não teve tempo de pontuar - morreu.
 Eramquatro concorrentes. Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa cópia do bilhete:
	 "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres.”
		
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		A irmã do morto chegou em seguida com outra cópia do testamento e pontuou assim:
	 "Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres.”
	 Apareceu o mecânico, pediu uma cópia do original e fez estas pontuações:
 "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do mecânico. Nada aos pobres."
 
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		Um juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade. Um deles, mais sabido, tomou outra cópia do testamento e pontuou deste modo:
	 "Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do mecânico? Nada! Aos pobres!“
	 (Adaptado de: Amaro Ventura e Roberto Augusto Soares Leite. Comunicação / Expressão em língua nacional. 5ªsérie. São Paulo: Nacional, 1973. p. 84.)	I
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PONTUE ADEQUADAMENTE: