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A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NO SÉCULO XXI

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A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA
Lucas Cerqueira[1: Licenciando em Filosofia da Faculdade Católica de Feira de Santana. lucascerqueira1298@gmail.com ]
INTRODUÇÃO
No cenário em que vivemos é muito presente a imposição de poder por parte do sistema que se aproveita do sentimentalismo exacerbado entre os jovens, buscando manipulá-los por meio de seus anseios e retirando o principal: o pensamento crítico. Faz-se necessário que a juventude saia de suas “prisões” e possa perceber para onde está sendo levada, um jovem que não consegue pensar, torna-se frágil. Sabe-se que o meio para se alcançar este pensamento crítico é a Filosofia que estar sendo retirada do currículo escolar segundo o jornal El País. [2: (BENITES. 2016).]
Desta forma, é de suma urgência compreender qual a importância da Filosofia para os jovens na sociedade hodierna, pois ela é a base para alcançar as demais ciências. Uma vez que ela está viva ininterruptamente há vinte e cinco séculos, nenhuma atividade humana permanece por tanto tempo, a não ser que tenha alguma utilidade na vida das pessoas.
No presente trabalho, desenvolver-se-á um papper sobre a importância da Filosofia para os jovens, tendo como exemplo dois filmes: “A Onda” e “Formiguinha Z”, relacionando-os com o “Mito da Caverna” de Platão e um texto “Para que Filosofia” do livro “Convite à Filosofia” de Marilena Chauí de forma comparativa e argumentativa. Ressaltando a importância do pensamento crítico que projeta o homem para um questionamento diante da realidade, que tem por finalidade levar o jovem hodierno através de recursos audiovisuais e de um texto discutido em sala de aula, a busca por este questionamento sobre si, o mundo e as pessoas que estão a sua volta. Mas será que o jovem secular tem a capacidade de pensar? Ou apenas reproduz?
DESENVOLVIMENTO
	
É perceptível o quanto a Filosofia é inerente ao ser do homem enquanto essência, e o mesmo não põem em prática o filosofar, por que será? A partir desta pergunta, há um filosofar, ou seja, um questionar, refletir diante da sociedade, de si e das pessoas. Neste contexto, faz-se necessário compreender a realidade da sociedade contemporâneo, pois muitos reduzem a Filosofia à sua história, com isto, percebe-se um completo equívoco, ela é sempre atual, não se adentrará nas teses dos fisiólogos, mas sim na sua capacidade de pensar, diante das verdades absolutas, do questionar aquilo que é proposto e não se deixar levar por aquilo que os outros desejam, e nem se tornar “massa de manobra” daqueles que oferecem tudo para saciar o ego e tirar a capacidade de pensar.[3: Ser que tem alma ou espírito; é livre; é capaz de elaborar valores e atuar de acordo com eles; vive em sociedade e tem uma história, porque é capaz de evoluir de forma constante; possui uma linguagem convencional humana e é capaz de produzir cultura. (MOURA. 2012).][4: Os primeiros Filósofos, também chamados de os pré-socráticos (OLIVIERI. 2006.).]
Diante desta realidade, surgem três exemplos que têm como ponto chave o pensar, um deles é o “Mito da Caverna” de Platão e dois filmes: “A Onda” e “Formiguinha Z”. No filme “A Onda” é visível o quanto o jovem tem a necessidade de sentir-se valorizado. Na sala de aula, os alunos estavam estudando referente ao nazismo ao qual eles criticavam fervorosamente, a partir de um questionamento: “Diante de tanta atrocidade ninguém se rebelou? ” O professor, por não saber responder, dedicou-se ao máximo. E nisto já é visível uma das importâncias da Filosofia, um perguntar que nos projeta para outra realidade. Neste sentido, o professor busca responder esta pergunta fazendo uma analogia com os pilares: disciplina, comunidade e ação, para mostrar a lavagem cerebral a manipulação que aconteceu com o nazismo. Manipulação semelhante estava ocorrendo na sala de aula: o professor manipulava os alunos, e estes permitiam que ele tomasse as decisões pelo grupo. Com este movimento ninguém conseguia pensar por si, estavam todos seguindo uma “onda” e foi este o nome dado ao grupo.
Desta forma, em diversos momentos, os estudantes deixam-se manipular, porque fecham-se em ideologias que se adotam como única e não conseguem pensar, e tudo que é contrário a esta ideologia, torna-se ameaça e almeja eliminar de qualquer maneira. Neste sentido, a história do nazismo se repetiu no filme e se repete em nossa sociedade porque o desejo de uma maioria da sociedade é tornar-se superior a tudo e a todos, fechando-se em suas convicções e tendo aversão ao que for contrário. 
Desta maneira, vê-se que o conceito do filme “A Onda” está intimamente interligado com o filme: “A Formiguinha Z”. Diante de um sistema mascarado de progressista, simplesmente para alcançar um objetivo, e do nosso cotidiano, quantos sistemas opressores herdamos, sem saber a finalidade? Mas aceitamos, porque todos aceitam, e nós seguimos nesta “onda” sem saber onde irá acabar. No filme, uma formiga, considerada por nós seres humanos, dotados de logos, como uma espécie frágil, enfrenta um poder absoluto através de um meio que todos nós possuímos que é a reflexão que impele a uma busca pelo questionamento, que implica em levar outras pessoas a se questionar e não ser meras reprodutoras de crenças e medos. Uma cena que comprova isto, é quando todas as demais formigas dançavam de forma monótona, e “Z” é a única formiga a se questionar: “Por que devo dançar assim? ” Percebe-se um ponto fundamental o não ter medo e nem aceitar as coisas simplesmente para não se expor nas situações corriqueiras. Um outro exemplo que perpassa a história e é sempre atual é o “Mito da Caverna”. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna e para que haja esta saída o principal meio é o questionamento em busca do conhecimento verdadeiro. 
Decorrente de uma aversão de muitos jovens pela Filosofia, surge uma indagação. Por que não Filosofia? Vivemos em uma sociedade que sofre do mal do século que é o crescimento demasiado do sentimentalismo, além dos fatores externos, surge o interno que é o deixar ser guiado pelas emoções que podem enganar. Se não há Filosofia, não há reflexão, não há busca da verdade e, viver-se-á em um absurdo.[5: “Nesse sentido, a palavra significa ‘irracional’, isto é, contrário ou estranho àquilo m que se pode crer racionalmente, ou ‘inconveniente’, ‘fora de lugar’, etc”. (ABBAGNANO. 2000. p. 07).]
CONCLUSÃO
Em suma, a juventude deve ter a capacidade de compreender, segundo Chauí (2010) que a realidade existente, posso percebê-la e conhece-la tal como é em sua origem, e assim diferenciar realidade de ilusão e perceber que sem a Filosofia não existiria as demais coisas, e é necessário possuir esta atitude filosófica que os dois alunos do filme “A Onda” tiveram e um animal tão frágil que é a formiga, mas tornou-se forte através da reflexão e da indagação da realidade na qual ela estava inserida. Com isto, pode-se dizer que a Filosofia “é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes” (CHAUÍ.2010 p. 17).
	
“[...] se se deve filosofar, deve-se filosofar, deve-se igualmente filosofar; em qualquer caso, portanto, deve-se filosofar; se de fato, a filosofia existe, somos obrigados de qualquer modo a filosofar, dado, justamente que ela existe; se, ao invés, não existe, também neste caso somos obrigados a pesquisar como a filosofia não existe; mas pesquisando, filosofamos, porque a pesquisa é causa da filosofia. ” (ARISTÓTELES, Protrético, fr. 2.).
Neste sentido, não podemos fugir desta arte de filosofar, afinal de contas, a Filosofia é inerente ao ser e é a Filosofia que nos impulsiona em busca do autoconhecimento que para o alcançar necessitamos da arte do filosofar. 
 
REFERÊNCIASABBAGNANO, Nicolas. Dicionário de Filosofia. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
BENITES, Afonso. Disponível em: < http://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/22/politica>. Acessado em: 30. Mar. 2017.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14. ed. São Paulo: Ática, 2010
DARNELL, Eric; JOHNSON, Tim. Formiguinha Z (Ant Z) [Filme-video]. Produção de Aron Warner, Brad Lewis, Patty Wooton. Estados Unidos, 1998. 83 min.
GRASSHOFF, Alexander. A Onda (The Wave). [Filme-video]. Estados Unidos, 1981. 46 min.
MOURA, Eneide. Disponível em: <http://olhar-filosofico.blogspot.com.br/2012/03/visao-da-antropologia-filosofica-sobre.html>. Acessado em: 30. Mar. 2017.
OLIVIERI, Antonio. Disponível em: < https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/pre-socraticos-origens-da-filosofia-e-os-primeiros-filosofos-gregos.htm>. Acessado em: 30. Mar. 2017.
PLATÃO. República. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. 9. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbbenkian, 2001.

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