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Nome: Adriana Aparecida de Sousa Matrícula: 17214070180 Curso: Licenciatura em Química Polo: São Gonçalo Tutor: Ricardo Stutz Disciplina: Química II Prática 01 – Fabricação de Biodiesel a partir de óleo de cozinha. 1-Introdução. Biodiesel é um combustível renovável, obtido através de um processo químico chamado transesterificação, é um líquido límpido e transparente que vai do verde-amarelado ao castanho claro, é praticamente insolúvel em água e solventes polares, possui odor semelhante ao dos óleos utilizados em sua fabricação, não é tóxico e nem corrosivo porém não deve ser ingerido, e nem inalado. A reação química envolvida na fabricação do biodiesel, além de fornecer o produto de interesse, fornece ainda a glicerina como resultado da hidrólise alcalina a qual ele é submetido. A reação é semelhante a esterificação do ácido graxo pelo metanol, catalisada por hidróxido de sódio. A transesterificação1 nada mais é do que a substituição da glicerina do óleo vegetal por metanol ou etanol. Cerca de 20% de uma molécula de óleo vegetal é formada por glicerina. A glicerina torna o óleo mais denso e viscoso. Durante o processo de transesterificação, a glicerina é removida do óleo vegetal, deixando o óleo mais fino e reduzindo a viscosidade. O processo de produção de biodiesel é composto das seguintes etapas: preparação da matéria-prima, reação de transesterificação, separação de fases, recuperação e desidratação do álcool, destilação da glicerina e purificação desse combustível renovável. A reação de síntese, geralmente empregada a nível industrial, utiliza uma razão molar óleo:álcool de 1:6, na presença de aproximadamente 0,4% de catalisador, o excesso de álcool faz-se necessário devido ao caráter reversível da reação. O biodiesel2 já é uma realidade em todo País e garante ao Brasil uma posição de destaque em relação ao resto do mundo. Juntos, etanol e biodiesel fortalecem a participação dos biocombustíveis4 na matriz energética nacional e a imagem do Brasil como país que valoriza a diversidade de fontes energéticas. Esta prática está diretamente relacionada ao desenvolvimento da disciplina de Química II, devido a evolver as fontes de combustíveis fósseis, suas composições e nomenclaturas. 2-Parte Experimental. Foi adicionado em uma proveta de 25ml, 10 ml de óleo de soja(mistura homogênea), e em outra de 10ml, foi adicionado 2ml de solução NaOH em metanol anidro(concentração de 2%), que havia sido previamente preparada(mistura homogênea). As duas foram misturadas e observado suas reações, como já esperado formaram uma mistura heterogênea, ou seja, uma solução bifásica. Isso é simplesmente explicado devido as suas densidades serem diferentes. Vale a pena ressaltar que tudo isso em temperatura ambiente de 21 a 25°C. Preparando para a transesterificação, foi utilizado um balão de fundo redondo, adicionado dentro dele uma barra magnética (peixinho), tudo com a solução já adicionada, em uma panela acrescentamos água para colocá-la em “banho maria”, toda a solução, com temperatura de 50 à 60°C, não era possível ultrapassar essa temperatura, então deveria ser checada com um termômetro constantemente para não ocorrer o problema de evaporação. Colocando em cima do aquecedor magnético, a panela, checado a temperatura que estava a 55°C, assim foi mergulhado o balão com a solução, acoplando a mufa, garra e o condensador (liso). Neste experimento foi retirado a cada cinco minutos 1ml de solução, para que fosse observado ao final dos 30 minutos (duração total do aquecimento), essa seria uma análise mais apurada. Logo após passado os 30 minutos, foi colocado todo os 6 tubos de ensaios na centrífuga, sempre colocados um de frente pro outro, esperado 15 minutos para o final das avaliações. Na onde a fase do biodiesel ficou embaixo e a glicerina em cima, suas densidades eram grossas. 3-Resultados e Discussões. No experimento, começamos com misturas homogêneas e depois ela passou para uma mistura heterogênea, devido aos seus componentes como indica a tabela 01 abaixo. Reagentes/ Produtos P.F. (°C) P.E.(°C) P.M Densidade (g/cm3) Aspecto físico Solubilidade Óleo de soja -20°C 282,4 °C 874,8 (g/mol) 0,83 (g/cm3) Amarelo pálido Insolúvel em água KOH 360°C 1.320ºC 56,11 (g/mol) 2,04 (g/cm3) Sólido branco Água, álcool e glicerina CH3OH -98°C 65°C 32,04 (g/mol) 0,79 (g/cm3) Incolor Completa Biodiesel 266°C 130°C 292,2 (g/mol) 0,88 (g/cm3) Dourado/castanho Insolúvel em água Tabela 1: propriedades físicas. Como mostrado na tabela 01, fica evidente que as densidades são diferentes, tanto devido a sua solubilidade também, que não são solubilizadas em água e seus componentes como tal não se misturam. Não se pode colocar o balão diretamente na placa porque tem que ser medida a temperatura constantemente, caso isso não ocorra pode haver evaporação da solução. De modo que foi utilizado um condensador para evitar perdas e promover o refluxo, e o NaOH como o KOH provocam a produção de água, por isso foi descartado seu uso. Os trinta minutos de reação é o tempo máximo para estabilizar a reação, contudo não se faz necessário, pois como mostrado na figura 1 abaixo, a qual foram retiradas as amostras a cada cinco minutos, mostra bem como em apenas cinco minutos já se consegue obter o biodiesel, sua reação é bem rápida, e ainda para melhor informação esse processo de reação é endotérmico. Figura 1: Amostras retiradas do experimento a cada 5 minutos. Não esquecendo de mencionar que a velocidade da agitação é um aspecto importante para obtenção de altos rendimentos e aumenta a homogeneização da mistura. No final da reação é possível afirmar que aconteceu a reação esperada na solução e que já tem a formação de biodiesel, obteve-se uma mistura heterogênea como mostrada na figura 01, os componentes das fases são: 3ROOR1 (Biodiesel) e CH2OH (glicerina). A certeza que se há sobre seus componentes presentes são seus aspectos físicos, que são denominadas pela cor de cada componente, mas não se dá para ter certeza de 100%. Vale ressalta que, a estequiometria utilizada mostra que a reagente em excesso, o metanol se faz necessário estar em excesso devido ao caráter reversível da reação. Porém, quando a transesterificação de óleos ou gorduras3 é promovida por esses hidróxidos pode ocorrer a saponificação dos triglicerídeos e/ou a neutralização dos ácidos graxos livres, produzindo sabões e levando a uma diminuição no rendimento em ésteres monoalquílicos Devido a sua polaridade, os sabões solubilizam-se na glicerina durante a etapa de separação e ainda aumentam a solubilidade dos ésteres no glicerol. Isso também colabora para a diminuição do rendimento da produção do biodiesel, ou seja, podemos dizer que o biodiesel foi bem menor o seu rendimento do que a glicerina. O Brasil apresenta grandes vantagens em relação ao biocombustível. Uma delas é sua abundância em matéria prima, o que coloca o país em posição de destaque perante os outros. Outra vantagem seria essa substituição cada vez mais aplicada na indústria, principalmente na indústria automobilística, para o eixo econômico da Brasil, em torno dos caminhões e dos veículos movidos, uma base de diesel. Desvantagem de usar o biodiesel no seu automóvel é que ele pode causar danos aos filtros e tubos. Os depósitos que este combustível pode libertar podem levar ao entupimento dos filtros e tubos. Esta situação é vista principalmente em misturas de biodiesel que são B20 e mais. As juntas e vedantes que degradam ao longo do tempo são comuns quando se usa alguns tipos de combustíveis de biodiesel. Esta decomposição do automóvel não é o ideal e é visto por muitos como uma grande falha. 4-Conclusão. Conclui-se ao final desse experimento, que foi satisfatório osresultados, a produção de biodiesel a partir do óleo de cozinha. É importante ressaltar que a etapa da caracterização da matéria-prima é muito importante uma vez que ela influencia na qualidade e no modo de preparo do biodiesel. Vale a pena lembrar que a viscosidade do biodiesel é melhor para a natureza e gasta menos energia. A viabilidade de cada oleaginosa dependerá da sua competitividade técnica, econômica e socioambiental, além de aspectos como teor em óleo, produtividade por unidade de área, adequação a diferentes sistemas produtivos, sazonalidade e demais aspectos relacionados com o ciclo de vida da planta. 5-Referências. 1. GERIS, R. et al. Biodiesel de soja – Reação de transesterificação para aulas práticas de química orgânica. Quím. Nova, São Paulo, v.30, n.5, p.1369-1373, 2007. Disponível em: Andlt;http://www.scielo.br/pdf/qn/v30n5/a53v30n5.pdfAndgt. 2. National Biodiesel Board; In: Anais do Congresso Internacional de Biocombustíveis Líquidos; Instituto de Tecnologia do Paraná; Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Curitiba, PR, Brasil; 12 a 22 de julho, 1998; p 42 3. QUÍMICA NOVA. Biodiesel de soja – Taxa de conversão em ésteres etílicos, caracterização físico-química e consumo em gerador de energia. vol.28 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2005. ISSN 0100-4042. 4. AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS. Resolução ANP 15/2006. Disponível (www.anp.gov.br). Acesso em 28 de fevereiro de 2018. Questionário. 1-Que outro tipo de catalisador poderia ser usado nesta reação? Por que ele não foi utilizado? R: Poderia ser usados outros catalisadores, ácidos sulfúricos, clorídrico, sulfônicos orgânicos e incluindo aqui, ácidos de Lewis, como cloreto de alumínio, mas tornaria a reação extremamente demorada por serem catalisadores básicos, devido a isso não foram utilizadas. 2-Como podemos explicar a necessidade do excesso de metanol? Foi mesmo utilizado metanol em excesso? Prove. R: Comparado com a quantidade estequiométrica que é de 1 para 10, ou seja, tinha que dar isso, e não deu, ficou 1:5. 3-O que há nesta fase mais densa e escura? (p.s Veja coloração da glicerina). R: A fase mais densa e escura é a glicerina ou glicerol. 4-Qual a importância de se retirar os resquícios de base do biodiesel? R: Devido as bases fortes a qual foram usadas, por serem altamente tóxicas e corrosivas ex: hidróxido de sódio. 5-Quais os fatores influenciam a velocidade da reação? (não apenas os fatores abordados nesse experimento). R: A velocidade é influenciada pelos catalisadores, a agitação magnética, a temperatura, concentrações dos reagentes, a escolha de uma boa matéria-prima, presença de aditivos. 6-Se o material de partida para a síntese do biodiesel (triglicerídeo) possuí a mesma função química presente no biodiesel, por que não usar o triglicerídeo no lugar do biodiesel? R: Devido os triglicerídeos possuírem uma molécula de glicerol ligada a três ácidos graxos, além de ácidos graxos livres, e no processo de transesterificação, os triglicerídeos são transformados em moléculas menores de esteres de ácidos graxos. 7-Quanto de metanol (em L) no mínimo você precisaria para transformar 8kg gordura (o que é a gordura mesmo?) de porco (constituída basicamente de ácido oleico) em biodiesel? E se ao invés de 8kg de gordura de porco fosse 8L de ácido oleico? A quantidade de metanol seria a mesma? R: Pelos cálculos de 10ml(óleo)+ 2ml(solução de metanol)=Biodiesel e glicerina (valores do experimento). Então o cálculo seria esse: 9(óleo)+0,002L(solução de metanol)=Biodiesel e glicerina. 8000 g +XL(solução de metanol) 9 g=16X X= 16/9= 1,7L Portanto, seria preciso de 1,7L de metanol, o que seria para os dois, tanto para 8k ou 8Lde ácido oleico, já que todos os dois são de ácido oleico. 8-Sempre que o preço da gasolina aumenta é comum vermos reportagens onde comenta-se que em carros flex a escolha entre etanol ou gasolina deve ser feita com base no resultado da divisão preço etanol por litro / preço gasolina por litro. Caso o valor seja menor que 0,7 usar etanol caso contrário usar gasolina. Você seria capaz de explicar o porque desse valor específico? Usando o mesmo raciocínio imagine que você fosse dono de uma frota de caminhões tivesse que escolher entre abastecer com diesel ou com biodiesel e que o preço dos combustíveis fosse diferente. Considerando apenas o aspecto econômico (deixando a parte ambiental e de sustentabilidade de lado, apenas para exercitar o seu raciocínio químico) qual você escolheria? O mais barato? Explique o seu raciocínio. R: Na verdade basta abastecer com o combustível com o menor custo por km rodado, fazendo o cálculo: consumo médio/km rodado = custo por km rodado. Da mesma forma podemos falar sobre o diesel e o biodiesel, nem sempre o que importa são os valores, mas sim o que te der mais vantagem por km rodado, se os rendimentos forem os melhores, ao que se afirma, o Biodiesel propõe um bom rendimento, mesmo para caminhões, sem falar a diminuição de CO2 na atmosfera. O efeito estufa se torna cada dia um dos piores problemas gerados pela poluição.
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