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2.8 Estrutura e funcionalidade da Crônica

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 Revisando...
Aula 2.8
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA NARRATIVA (NARRADOR, PERSONAGEM, ESPAÇO, TEMPO E ENREDO): UMA ABORDAGEM ENUNCIATIVA DOS ELEMENTOS ESSENCIAIS DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 
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Importante lembrar :ENREDO
	
O enredo(ação ou trama) corresponde à maneira como a
história se desenrola, aos “arranjos” narrativos que cercam
as personagens, e às situações que as envolvem. Essa
articulação pode revelar o núcleo temático da matéria narrada,
seja ela real ou ficcional; assim, falamos em enredo cujas
temáticas podem ser conflitos passionais, casos de mistério ou
terror, dramas sociais, experiências existenciais, ficção
científica etc. 
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O texto narrativo resulta, portanto, de duas articulações: a história (seqüência de fatos) e o enredo (organização dos fatos). Dessa forma, o enredo é a maneira como o narrador organiza os dados que a história oferece.
	Observe como na contextualização de DOMINGO NO PARQUE- GILBERTO GIL.mp3, os arranjos formais – versificação,
rima, estrofe e refrão – e a organização dos fatos, articulando personagens, tempo, espaço e ação, proporcionam dimensão e expressividade a um episódio que seria, como notícia de jornal, apenas corriqueiro.
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Domingo no Parque
(Gilberto Gil)
 
Exposição: identificação das personagens
O rei da brincadeira – ê José
O rei da confusão – ê João
Um trabalhava na feira – ê José
Outro na construção – ê João
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Desenvolvimento: encadeamento de ações
 A semana passada, no fim da semana,
João resolveu não brigar.
No domingo de tarde saiu apressado
E não foi pra ribeira jogar
Capoeira não foi pra lá, pra ribeira,
Foi namorar.
O José como sempre, no fim da semana
Guardou a barraca e sumiu.
Foi fazer, no domingo, um passeio no parque,
Lá perto da boca do rio.
Foi no parque que ele avistou
Juliana,
*
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Foi que ele viu
Juliana na roda com João,
Uma rosa e um sorvete na mão.
Juliana, seu sonho, uma ilusão,
Juliana e o amigo João.
 
Complicação: ponto de tensão
O espinho da rosa feriu Zé
E o sorvete gelou seu coração.
O sorvete e a rosa – oi José
A rosa e o sorvete – oi José
Oi dançando no peito – oi José
Do José brincalhão – oi José
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O sorvete e a rosa – oi José
A rosa e o sorvete – oi José
Oi girando na mente – oi José
Do José brincalhão – oi José
 
Juliana girando – oi girando
Oi na roda gigante – oi girando
Oi na roda gigante – oi girando
O amigo João – oi João
O sorvete é morango – é vermelho
Oi girando e a rosa – é vermelha 
Oi girando, girando – é vermelha
*
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Clímax: ponto de maior tensão
Oi girando, girando – olha a faca
Olha o sangue na mão – ê José
Juliana no chão – ê José 
Outro corpo caído – ê José 
Seu amigo João – ê José
Desfecho
 
Amanhã não tem feira – ê José
Não tem mais construção – ê João
Não tem mais brincadeira – ê José 
Não tem confusão – ê João.
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Tempo: cronológico, especificado, no texto, como
domingo.
Espaço: no parque.
Narrador: observador; texto narrado em 3a. pessoa.
Enredo: um crime passional praticado por José contra o
próprio amigo, João. O assassino viu Juliana, a mulher
pela qual era apaixonado, passeando no parque de
diversões com esse amigo. Assim como João, Juliana foi
esfaqueada por José.
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Dando continuidade a gêneros textuais
Leia o texto a seguir com bastante atenção!!
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Recado ao senhor 903
Vizinho – quem fala aqui é o homem do 1003. recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. Ou melhor: é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dos números, dois números empilhados entre dezenas de outros. 
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Eu , 1003, me limito a leste pelo 1005, a oeste pelo 1001, ao sul pelo Oceano Atlântico, ao norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são comportados e silenciosos, apenas eu o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão; ao meu número) será convidado a se retirar as 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois as 8:15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. 
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Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um número não incomoda outro número, mas respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.
... Mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: “Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou.” E o outro respondesse: “Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois descobrimos que a vida é curta e a lua é bela.”
E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.
					Rubem Braga, janeiro 1953
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A Crônica
Objetivos: Reconhecer a estrutura e a funcionalidade do gênero textual crônica
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Crônica: gênero híbrido
A crônica é um gênero textual que oscila entre literatura e jornalismo e, antes de ser publicada em livro, costuma ser veiculada em jornal ou revista. 
A crônica quase sempre é um texto curto, com poucas personagens, que se inicia quando os fatos principais da narrativa estão por acontecer. Por essa razão, nesse gênero textual o tempo e o espaço são limitados. 
Em uma crônica, o narrador pode ser observador ou personagem.
O cronista costuma ter sua atenção voltada para fatos do dia-a-dia ou veiculado em notícias de jornal e os registra com humor, sensibilidade, crítica e poesia.
Como a maioria dos gêneros ficcionais, a crônica pode ser narrada no presente ou no pretérito.
Emprega geralmente uma linguagem simples e direta, próxima do leitor.
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Características da crônica argumentativa
É um texto que apresenta o ponto de vista do cronista sobre um assunto do cotidiano, geralmente polêmico;
 trata o tema de forma subjetiva, marcada pela sensibilidade e pelas emoções do cronista;
Expõe argumentos que fundamentam a opinião do cronista; não se limita a narrar um fato de modo particular
Pode apresentar uma conclusão-síntese, que retoma as idéias do texto e confirma o ponto de vista defendido;
A linguagem pode ser criativa e figurada, geralmente de acordo com a variedade padrão, formal ou informal, da língua.ARNALDOJABOURcomenta-			Deputadosnafarradocombustível.pps

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