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Resumo de Língua Portuguesa Preposição: Preposição é uma unidade linguística desprovida de independência, que se junta a outra palavra para marcar as relações gramaticais que ela desempenha no discurso, quer nos grupos unitários nominais, quer nas orações. Ex: Aldenora gosta de Belo Horizonte. Homem de coragem. O termo anterior à preposição chama-se antecedente ou subordinante, e o posterior chama-se consequente ou subordinado.O subordinante pode ser substantivo, adjetivo, verbo, pronome, advérbio ou interjeição: Ex: Livro de história. Útil a todos. Alguns de vocês. Necessito de ajuda. Referentemente ao assunto. Ai de mim! O subordinado é constituído por substantivos, pronome, adjetivo, verbo(infinitivo ou gerúndio) ou advérbio: Ex: Casa de Pedro. Precisou de mim. Pulou de contente. Gosta de estudar. Em chegando. Ficou por aqui. Em alguns casos a preposição aparece por servidão gramatical, isto é, ela é mero índice de função sintática, sem correspondência com uma noção ou categoria gramatical, exigida pela noção léxica do grupo verbal: Ex: Aldenora gosta de Belo Horizonte Preposição e seu valor semântico: a)Posse. Ex: Peguei o livro do professor com o compromisso de devolvê-lo amanhã. Essa chave é de Maria. b)Material. Ex: As esculturas de cerâmica fizeram sucesso na exposição. c)Companhia. Ex: Estudar com os amigos é mais proveitoso. d)Finalidade. Ex: O conhecimento é a chave para o sucesso. e)Conformidade. Ex: Fiz o trabalho conforme você sugeriu. f)Assunto. Ex: Falamos sobre Machado de Assis durante a apresentação no seminário. g)Instrumento. Ex:O garoto se feriu com a faca. h)Modo. Ex: Aguardávamos com ansiedade o resultado do concurso. i)Causa. Ex: O cachorro morreu de uma doença não diagnosticada. j)Oposição. Ex: Os presentes protestaram contra o alto preço da mensalidade. k)Tempo. Ex: O orientador estipulou um prazo de vinte dias para a entrega dos exercícios. l)Origem. Ex: Conheci uns amigos de Fortaleza. m)Lugar. Ex: Minha futura escola fica em Brasília. n)Meio. Ex: A comunicação feita pela internet é muito dinâmica. Conjunção: A língua possui unidades que têm por missão reunir orações num mesmo enunciado. Essas unidades são chamadas conjunções, que se têm repartido em dois tipos: coordenativas e subordinativas. Coordenativas: Reúnem orações que pertencem ao mesmo nível sintático: dizem-se independentes umas das outras e, por isso mesmo, podem aparecer em enunciados independentes: Ex: Pedro fez concurso para medicina e Maria se prepara para a mesma profissão. Podemos dizer desta maneira, em dois enunciados independentes: Pedro fez concurso para medicina. Maria se prepara para a mesma profissão. Daí ser a conjunção coordenativa ser um conector.Como sua missão é reunir unidades independentes, pode também “conectar” duas unidades menores que a oração, desde que de igual valor funcional dentro de mesmo enunciado.Assim: Pedro e Maria (dois substantivos) Ele e Ela (dois pronomes) Ele e Maria (um pronome e um substantivo) Rico e inteligente (dois adjetivos) Ontem e hoje (dois advérbios) Saiu e voltou (dois verbos) Com e sem dinheiro (duas preposições) Bem diferente é, entretento, o papel da chamada conjunção subordinativa. Ex: Soubemos que vai chover. No enunciado, a missão da conjunção subordinativa é assinalar que a oração que poderia constituir sozinha um enunciado se insere num enunciado complexo em que ela (vai chover) perde a característica de enunciado independente, de oração, para exercer, num nível inferior da estruturação gramatical, a função de palavra, já que vai chover é agora objeto direto do núcleo verbal soubemos. Valor semântico das conjunções: Coordenativas: a)Aditivas- Indicam uma relação de adição à frase: e, nem, mas também, como também, além de, quanto, bem como. Ex: Comi e fiquei satisfeita. Veja também o slide usado em sala. Há outros valores, dependendo do contexto, da aplicação discursiva. b)Adversativas-Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, senão, não obstante, contudo. Ex: O caro bateu, mas ninguém se feriu. Veja também o slide usado em sala. Há outros valores, dependendo do contexto, da aplicação discursiva. c)Alternativas- Expressam uma relação de alternativa, seja por incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalência dos mesmos: ou...ou, ou, ora...ora, já...já, quer...quer. Ex: Ou ele, ou eu. d)Explicativas- Expressam a relação de explicação, razão ou motivo: que, porque, porquanto,pois. Ex: Ele não entra porque está sem tempo. e)Conclusivas- Indicam relação de conclusão: pois, logo, portanto, então, por isso, por conseguinte, por isto, assim. Ex: Ele bebeu mais do que poderia; logo, ficou embriagado. Subordinativas: a)Integrantes- Introduzem uma oração(chamada substantiva) que pode funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal de outra oração.São as conjunções que e se. Ex: Espero que você não demore. OBS: Uma forma de identificar o se e o que como conjunções integrantes é substituí-los por “isto”, “isso” ou “aquilo”. b)Causal-Inicia uma oração denotadora de causa: porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso, já que, uma vez que. Ex:Luiza foi ao médico pois estava doente Como o frio era grande, aproximou-se da lareira. c)Comparativa-Inicia uma oração que contém o segundo membro de uma comparação: que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, tanto quanto. Ex: O menino está tão confuso quanto o irmão. d)Concessiva-Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la: embora, conquanto, ainda que, meesmo que, se bem que. Ex: Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados. e)Condicional-Inicia uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal: se, caso, quando, contanto que, desde que Ex: Seria mais poeta, a menos que fosse político. f)Conformativa-Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal: conforme, como, segundo, consoante. Ex: Ele foi incluso, segundo se lê no documento. g)Consecutiva-Inicia uma oração na qual se indica consequência: de forma que, de maneira que, de modo que, tão/tanto que Ex: Falou tanto que ficou rouco. h)Final-Inicia uma oração subordinada que indica a finalidade, o objetivo da oração principal: para que, a fim de que, porque(para que), que. Ex: Aqui vai o livro para que o leia. i)Proporcional-Iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal: à medida que, ao passo que. Ex:Ele amadureceu à medida que cresceu. j)Temporal-Inicia uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo:quando, antes que, depois que, logo que. Ex: Implicou comigo assim que me viu. Uso da vírgula Estando a oração em ordem direta (sujeito-verbo-complementos do verbo(objetos)-adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso de vírgula é desnecessário.Assim: 1.Não se usa vírgula: Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si: a)Entre sujeito e predicado Ex: Todos os alunos da sala foram advertidos.Sujeito Predicado b)Entre o verbo e seus objetos. Ex: O trabalho custou sacrifício aos realizadores. v.t.d.i. o.d. o.i. c)Entre o nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal. Ex: A surpreendente reação do governo contra os sonegadores despertou reações nos presentes. Adj.adnominal nome adj.adn complemento nominal 2.Usa-se vírgula: a)Para marcar inversão do adjunto adverbial. Ex: Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. b)Para marcar inversão dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo. Ex:Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. c)Para marcar inversão do nome anteposto às datas. Ex: Recife, 15 de maio de 1982. d)Para separar entre constituintes de mesma função sintática. Ex: Era um garoto de 15 anos, alto, magro. e)Marcar elipse(omissão) do verbo. Ex: Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. f)Usa-se a vírgula para isolar o aposto. Ex: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico. g)Usa-se a vírgula para isolar o vocativo. Ex:Ora, Thiago, não diga bobagem. OBS:Quando a expressão de tempo, modo, lugar for apenas uma palavra, a vírgula é facultativa. Ex:Depois vamos ao shopping. / Depois, vamos ao shopping.
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