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( Sociologia ) RESUMO 3PP

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MARINHA DO BRASIL
COLÉGIO NAVAL
Disciplina: Sociologia
Instrutor(a) / Professor(a): Bárbara
Monitor: Aluno 2029 Luiz Claudio (5ª Companhia/Turma: 25).
RESUMO DA MATÉRIA DA 3ª PROVA PERIÓDICA
Referência: Capítulo 8 (Livro-Texto – até a página 152)
1 – O modo capitalista de produção
As características do modo de produção capitalista são as relações de trabalho assalariada e a propriedade privada dos meios de produção pela burguesia. Esse modo de produção substitui o modo de produção feudal.
No capitalismo a burguesia é proprietária dos meios de produção (fábricas, minas e terras) e de circulação das riquezas (casas comerciais, bancos).
Diferentemente do feudalismo, no capitalismo o trabalhador é livre para se empregar onde quiser, desde que o capitalista o aceite como empregado.
O desenvolvimento da produção é movido pelo desejo de lucro, para isso recorrem a aperfeiçoamentos técnicos constantes, a uma maior racionalização do processo de produção (mais-valia relativa), à exigência de maior produtividade dos operários (mais-valia absoluta), ou ainda à combinação de todos esses processos.
Boxe – A Formação do Capitalismo
A partir do século XVI, o mundo agrário feudal da Europa caminha para o mundo urbano industrial, tal mudança foi finalizada após três séculos. No entanto, como essa mudança foi social radical, muitos a chamaram de Revolução Industrial. Essa revolução, que levou a Europa definitivamente ao capitalismo, teve muitas dimensões e momentos. Em primeiro lugar, foi uma revolução econômica, pois a organização do trabalho se alterou profundamente. Da sociedade estratificada em dois grandes grupos sociais – senhores e servos-, surgiram novos grupos muito importantes: os comerciantes e os artesãos livres. Esses eram pessoas que a partir do século XVI, já não dependiam mais da terra, e sim de atividades puramente urbanas e também passaram a investir grandes somas de riquezas em manufaturas. Em segundo lugar, houve uma revolução política, pois a antiga nobreza feudal perdeu o domínio para a burguesia, economicamente mais forte. Agora os empresários que passarão a organizar a política. Em terceiro lugar houve mudanças ideológicas e um grande desenvolvimento científico. Sob o capitalismo, a ideia de progresso se propaga, assim como se legitima a riqueza alcançada por meio do comércio e da indústria. A dinâmica da competitividade faz nascer o sentimento de individualismo. A ciência se desenvolve a partir de conceitos para explicar a natureza.
2 – Das origens aos dias de hoje
Das suas origens, no final da Idade Média, aso dias de hoje, o capitalismo passou pelas seguintes:
Pré-Capitalismo (do século XI ao século XV) – O comércio e a produção artesanal começam a se expandir, mas o trabalho assalariado ainda é uma exceção, nos campos prossegue ainda o trabalho servil, que começa a ser substituído pelo trabalho assalariado e por formas de arrendamento da terra;
Capitalismo mercantil (do século XV ao século XVIII) – O independente ainda predomina, mas se expande o regime assalariado; a maior parte do lucro concentra-se nas mãos dos comerciantes;
Capitalismo industrial (do século XVIII ao século XX) – Com a Revolução Industrial, o capital passa a ser investido basicamente na indústria, que se torna a atividade econômica dominante; o trabalho assalariado firma-se definitivamente;
Capitalismo financeiro (a maior parte do século XX) – O s bancos e outras instituições financeiras passam a controlar as demais atividades econômicas por meio de financiamentos à agricultura, à pecuária, à indústria e ao comércio;
Sociedade pós-industrial (do fim do século XX ao século XIX) – O capital financeiro continua a dominar os outros setores da economia, como na fase anterior; com a globalização e o desenvolvimento das redes de computadores, grandes massas de capital passa a ser aplicadas nos países que oferecem maior lucratividade, retirando-se deles ao menor sinal da crise; ao mesmo tempo, a indústria e a agricultura perdem a importância em relação ao setor de serviços; além disso, expandem-se os meios de comunicação e o setor de informática (redes de computadores), assim como a automação e a indústria de alta tecnologia.
O capitalismo mercantil
Entre os séculos XV e XVIII, a sociedade européia estava na época das Grandes Navegações, da formação e consolidação do Estado absolutista na Europa Ocidental, na formação dos sistemas coloniais, com a conquista e a colonização da América pelos europeus, e da criação de um mercado mundial, da transição do feudalismo para o capitalismo. No plano econômico predominou o mercantilismo. O mercantilismo foi uma prática política e econômica do Estado absolutista e do capitalismo mercantil. Seus princípios e diretrizes mais importantes eram:
Metalismo – a de uma nação depende da acumulação de metais preciosos;
Balança comercial favorável – deve-se exportar mais do que importar;
Intervenção estatal – o governo deve controlar a indústria e o comércio, de modo a garantir que as exportações superem as importações e para equilibrar a oferta e a procura o governo de evitar a concorrência fixando preços e estabelecendo monopólios
Quanto mais moedas houver em circulação, mais próspero será o país.
Exploração colonial – as terras recém conquistadas (colônias) forneciam matérias-primas, gêneros alimentícios e, em certos casos, metais preciosos para as potências européias que as controlavam (metrópoles).
A descoberta do livre mercado
	No século XVIII, época da Revolução Industrial, os pensadores também se modernizaram. Na França e na Inglaterra, nasceu o Iluminismo, corrente de idéias que condenavam a monarquia absolutista e que logo se difundiu pela Europa. Entre os economistas, teve lugar uma profunda crítica aos dogmas mercantilistas.
	O escocês Adam Smith (1723-1290), autor de A riqueza das nações (1776), foi o principal ideólogo da nova corrente de iguais entre os economistas. Para ele, o trabalho – e não o comércio, como pregava a mercantilismo – é a principal fonte geradora de riqueza.
	Segundo Smith, as desigualdades sociais constituíam um incentivo ao trabalho e ao enriquecimento – ou seja, uma condição fundamental para que as pessoas lutassem para subir na vida. Isso porque ao promover seu interesse pessoal, o indivíduo acaba por promover o interesse coletivo, pois, com seus investimentos produtivos, um empresário cria emprego e faz circular a riqueza.
Dessa forma, a harmonia e o progresso, baseados na ambição individual, seriam garantidos por um mecanismo auto-regulador, que é o mercado, com sua lei da oferta e da procura. Ou seja, a lei da oferta e da procura funcionaria como uma mão invisível, permitindo o crescimento da riqueza e uma melhor distribuição de renda. Mas isso só seria possível se o Estado não interferisse na economia.
Na contramão das idéias mercantilistas, Adam Smith acreditava firmemente no poder da livre concorrência, que seria para ele o grande motor da sociedade capitalista.
Além de ser o pai da economia clássica, Smith foi também um dos maiores expoentes do liberalismo econômico – doutrina econômica que defende a livre-iniciativa e a não-intervenção estatal na vida econômica (o chamado “Estado mínimo”). Algumas de suas idéias estão hoje na base de uma das mais influentes correntes do pensamento econômico contemporâneo: o neoliberalismo.
 	O que é o Neoliberalismo → Na política, neoliberalismo é um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a total liberdade de comércio, para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. O neoliberalismo defende a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, a política de privatização de empresas estatais, a livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, a abertura da economia para a entrada de multinacionais, a adoção de medidas contra o protecionismo econômico, a diminuição dos impostos e tributos excessivos e etc.
A “oficina do mundo”
	O capitalismo industrial teve iníciocom a Revolução Industrial ocorrida em primeiro lugar na Inglaterra, no decorrer da segunda metade do século XVIII. Uma das inovações da Revolução Industrial foi a substituição do sistema manufatureiro pelo sistema fabril. Na manufatura, os trabalhadores produziam em casa para um comerciante, que fornecia a matéria-prima e lhes pagava por produção. Nas fábricas, novas unidades de produção que concentravam os trabalhadores em um único edifício, o empresário contratava trabalhadores livres, que, sem meios de produção (ferramentas, matérias-primas e local de trabalho), vendiam sua força de trabalho, em horas ou jornadas, para os novos patrões. 
Sua majestade, a fábrica
	Foram várias as razões pelas quais a Revolução Industrial ocorreu primeiro na Inglaterra. Entre elas, destaca-se o desenvolvimento do comércio externo no período anterior, favorecido pelas práticas mercantilistas com base numa poderosa marinha mercante.
	Ao lado disso, ocorreu nos campos ingleses uma importante mudança. Entre os séculos XVI e XVIII, terras antes utilizadas pelos camponeses foram cercadas e transformadas em pastagens para ovelhas pelos grandes proprietários (Cercamentos). Enquanto estes enriqueciam, vendendo lã para as manufaturas de tecidos, os camponeses empobrecidos se transferiam para as cidades, ou passavam a trabalhar como assalariados para os donos de terra.
 	Os que ficavam no campo vendiam sua força de trabalho para os proprietários de terra e deixavam de trabalhar nas manufaturas domésticas, a serviço dos comerciantes-empresários. Como resultado disso, as formas de produção baseadas na manufatura entraram em crise. Seu lugar na economia seria rapidamente ocupado pelas fábricas. Era nas fábricas que iam trabalhar os camponeses empobrecidos que ser transferiam do campo para as cidades.
Esse processo – conhecido como “Acumulação primitiva de capital” – impulsionou a busca de novas técnicas de produção. Nas fábricas, racionalmente organizadas para aumentar, melhorar e acelerar a produção, concentravam-se grandes contingentes de operários, utilizando equipamentos fornecidos pelo empregador, que visava a uma produtividade cada vez maior.
Da Inglaterra, a Revolução Industrial se difundiu pela Europa e, mais tarde pelo resto do mundo, com toda a sua modernidade expressa nas grandes invenções – energia a vapor, novas máquinas de fiar e de descaroçar algodão, etc. – e em novas relações de produção. Essas relações eram agora, definitivamente, relações capitalistas de produção.
A classe trabalhadora
Desde o início da Revolução Industrial, a indústria não parou de progredir. Já as condições de vida dos que trabalhavam nas fábricas eram alarmantes. 
Com a máquina a vapor, as fábricas deixaram de depender da energia hidráulica, logo, das zonas rurais, e foram transferidas para a periferia das cidades, mais próximas dos mercados consumidores e onde os trabalhadores eram contratados com mais facilidade. Eram edifícios enormes, fechados, com chaminés, janelas altas e estreitas, apitos e grande número de operários. Por dentro, o espaço das fábricas constituía um ambiente insalubre, sem luz e ventilação suficientes, muito semelhante a uma prisão. A classe trabalhadora era formada por homens, mulheres e crianças recrutados entre os camponeses expulsos das aldeias, soldados desempregados, artesãos empobrecidos e indigentes.
Mulheres e crianças recebiam salários mais baixos do que o dos homens. As crianças ficavam confinadas nas fábricas, isoladas da sociedade e sob total controlo dos patrões. Freqüentemente sofriam maus-tratos, castigos e espancamentos.
Os operários adultos também levavam uma vida duríssima, trabalhando de doze a dezesseis horas por dia, sem férias, feriados ou mesmo descanso semanal remunerado. Recebendo salários de fome, os trabalhadores ingleses viviam em bairros ou cidades industriais, amontoados em cortiços, sem água nem esgoto. Eram vítimas fáceis de doenças como tuberculose, infecções intestinais, raquitismo e outros males.
Diante dessas condições de vida e de trabalho, os trabalhadores começaram a se agrupar em torno de associações de classe (as trade unions ou sindicatos) para lutar por seus direitos. Pouco a pouco, essas associações conquistaram o direito de greve, a limitação do trabalho feminino e a jornada de oito horas de trabalho.
Boxe - Os primeiros socialistas
No século XIX, enquanto os capitalistas ficavam cada vez mais ricos, os trabalhadores viviam em condições miseráveis. Essa situação levou muitos pensadores, ou simples operários a formular crítica ao capitalismo e a apresentar propostas de transformação da sociedade. Tais idéias acabaram constituindo uma correte de pensamento que teria papel fundamental nas lutas políticas a partir de então: o socialismo.
	Os primeiros teóricos socialistas desenvolveram suas idéias entre a Revolução Francesa de 1789 e os movimentos sociais de 1848 e 1871, ano da Comuna de Paris, quando os operários parisienses chegaram a tomar o poder e a organizar um governo socialista que durou pouco mais de dois meses.
	Os principais socialistas dessa fase foram os franceses Saint-Simon (1760-1825), Charles Fourier (1772-1834), Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) e o inglês Robert Owen (1771-1858).
De um modo geral, esses socialistas pregavam a justiça social por meio da razão, da boa vontade e do convencimento. Acreditavam que, do ponto de vista racional, nada melhor do que uma sociedade igualitária e fraterna.
Alguns deles tentaram criar comunidades-modelo (Fourier) e formas de associações de produtores (Owen). Tais iniciativas não deram certo, mas as críticas e lutas sociais desses pensadores, reforçadas pelas greves operárias, foram importantes para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores.
Esses primeiros reformadores sociais ficaram conhecidos como “Socialistas Utópicos”, nome atribuído a eles pelos alemães Karl Marx (18818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), que se propuseram a desenvolver as bases so que chamavam de “Socialismo Científico”. 
3 – Um novo modo de produção?
	A crítica mais contundente e completa do modo de produção capitalista foi feita por Karl Marx, particularmente me sua obra magna, O capital. Marx tinha em alta conta os feitos econômicos e culturais da burguesia e acreditava que o capitalismo tinha ainda muito fôlego para estimular o desenvolvimento das forças produtivas. Mas considerava que, em algum momento, esse avanço da tecnologia e das formas de organização do trabalho entraria em choque com as relações de produção capitalistas, tal como ocorrera sob o feudalismo. Nesse momento, pensava ele, ocorreria uma revolução nos países capitalistas mais desenvolvidos que colocaria o proletariado, ou classe operária, no poder. A partir de então o capitalismo seria substituído pelo socialismo, um novo modo de produção.
Características do socialismo
Enquanto o capitalismo baseia-se na propriedade privada dos meios de produção, o fundamento da sociedade socialista é a propriedade social (coletiva) dos meios de produção.
	No socialismo não existem empresas privadas (ou estas representam apenas uma pequena parcela no total de empresas), já que os meios de produção são públicos ou coletivos. Em teoria, o objetivo da sociedade socialista seria a satisfação completa das necessidades materiais e culturais da sociedade: emprego, habitação, educação, saúde, cultura, lazer, etc.
	Para isso, a economia deveria ser planificada, visando a atender às necessidades básicas da população, e não o lucro das empresas.
Em uma etapa posterior, à qual Marx e Engels davam o nome de Comunismo, as classes desapareceriam e a riqueza produzida pela sociedade seria distribuída segundo o princípio: “de cada um segundo sua capacidade, a cada um segundo suas necessidades”. Nesse momento, as classes desapareceriam e o próprio Estado perderia sua razão de ser, já que as fronteiras entre os países se extinguiriam, não haveria guerras e tampouco necessidade de repressão interna, como em uma sociedade dividida emclasses. 
	
Boxe - Marx e a crítica ao Capitalismo
	Em seu livro o Capital, Marx procurou mostrar as contradições internas do capitalismo e a inevitabilidade de sua substituição pelo socialismo. Segundo ele, o valor de um bem é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para a sua produção. Assim, o lucro não se realiza no momento da troca de mercadorias, mas sim na produção dessas mercadorias. Isso acontece porque os trabalhadores não recebem o valor correspondente a seu trabalho, mas só o necessário para sua sobrevivência.
O valor da força de trabalho de um assalariado, como de toda mercadoria, é estabelecido pelo tempo de trabalho necessário para produzir os bens destinados a garantir a sobrevivência do trabalhador. Isso se expressa em alimentos, moradia, tempo para descansar, etc. O valor de todos esses bens consumidos pelo operário diariamente é o valor de sua força de trabalho.
Suponhamos que um operário trabalhe oito horas por dia na produção de sapatos. Para repor sua força de trabalho, ele precisa alimentar-se e descansar. Suponhamos ainda que o valor dos bens consumidos por ele para repor suas energias em um dia seja igual ao valor produzido por ele em seis horas de trabalho na produção de sapatos. Para garantir sua sobrevivência, portanto, bastaria a ele trabalhar seis horas por dia, mas ele trabalha duas horas na fábrica do patrão. Essas duas horas a mais representam o que Marx chamava de sobretrabalho (ou trabalho excendente) e é delas que sai o lucro do patrão na forma inicial de mais-valia.
Desse modo, na análise de Marx, a mais-valia consiste na diferença entre o valor (expresso em horas de trabalho) incorporado a um bem e o pagamento do trabalho necessário para a sua reposição (o salário). A essência do capitalismo seria a apropriação privada (isto é, pelo capitalista) dessa mais-valia, que dá origem ao lucro.
No escravismo e no feudalismo, a classe dominante se apropriava do fruto do trabalho, consumindo-o. No capitalismo, a classe dominante apropria-se da mais-valia (ou lucro), mas não a consomem totalmente. Boa parte dela é investida e reinvestida na produção. A esse investimento permanente se dá o nome de acumulação de capital. 
	Por capital, entende-se o dinheiro, a mercadoria ou os meios de produção – ou uma combinação dos três – aplicados de tal forma que levem os trabalhadores assalariados a produzir mercadorias e mais-valia. Ou seja, não é todo tipo de dinheiro que funciona como capital. Só é capital aquele dinheiro (ou meios de produção) empregado de tal modo que produza mais-valia por meio do trabalho assalariado.
	Ainda segundo Marx, o capitalismo, diferentemente dos modos de produção anteriores, não funciona para que as coisas fiquem sempre do mesmo jeito. Por sua própria natureza, ele precisa crescer, acumular e reinvestir parte da mais-valia na produção, aumentando sempre o lucro e a produtividade. Ou seja, as forças produtivas devem estar em permanente desenvolvimento.
Resumo - Características do Feudalismo:
Trabalho servil
Servo ligado a terra
Produção voltada para satisfação das necessidades imediatas das pessoas, não se produzia objetivando comércio e lucro.
Comércio quase deixou de existir
Igreja Católica condenando o lucro
Conceitos necessários para o pleno entendimento da matéria.
Meios de Produção → Matéria-Prima + Instrumentos de Produção
Definição de Instrumentos de Produção → Objetos que permitem, diretamente ou indiretamente, transformar a matéria-prima em bem final, logo, são bens utilizados para produção de outros bens e serviços. Ex.: Diretamente → Ferramentas, equipamentos e máquinas – Indiretamente → Local de trabalho, a iluminação.
Forças Produtivas → Meios de Produção + Trabalho Humano
Relações de Produção → Relações que os seres humanos estabelecem entre si para produzir os bens e serviços de que necessitam.
As relações de produção organizam e definem a sociedade. Existiram diversos tipos de sociedade, onde cada tipo caracterizava-se por relações específicas de produção.
Modo de Produção (Sistema Econômico) → Maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. É constituído pelos fatores dinâmicos: conjunto de forças produtivas e relações específicas de produção. Á saber:
Comunidade Primitiva – Modo de Produção Comunal;
A escravidão na Grécia e em Roma – Modo de Produção Escravista
Modo asiático de produção
Feudalismo Medieval – Modo de Produção Feudal
Mais-valia → Ao assinar o contrato, o trabalhador aceita trabalhar, por exemplo, oito horas diárias, ou quarenta horas semanais, por determinado salário. O capitalista passa, a partir daí, a ter o direito de utilizar essa força de trabalho no interior da fábrica. O que ocorre, na realidade, é que o trabalhador, em quatro ou cinco horas de trabalho diárias, por exemplo, já produz o referente ao valor do seu salário total; as horas restantes são apropriadas pelo capitalista. Isso significa que, diariamente, o empregado trabalha três a quatro horas para o dono da empresa, sem receber pelo que produz. O que se produz nessas horas a mais é o que Marx chama de mais-valia.
Mais-valia absoluta → Aumentam os números de horas trabalhadas contratando mais trabalhadores ou ampliando as horas de trabalho.
Mais-valia relativa → Introduzem diversas tecnologias e equipamentos visando aumentar a produção com o mesmo número de trabalhadores (ou até menos), elevando a produtividade do trabalho, mas mantendo o mesmo salário.
Relação entre dois iguais → Subordinado à máquina e ao proprietário dela, o trabalhador só tem, segundo Marx, sua força de trabalho para vender, mas, se não vendê-la, o empresário também não terá quem opere as máquinas.

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