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Aluno 1100 Toshio
INSTRUÇÃO MILITAR-NAVAL
Resumo para a 1ª Prova Periódica
 Tópicos:
1- Organização Básica da MB
2- Estatuto dos Militares
3- Regulamento Disciplinar da Marinha
4- Ordenança Geral para Serviço da Armada
5- Instrução de Remo em Escaler
6- Regulamento de Continências
Objetivos deste resumo:
Oferecer subsídios para uma boa compreensão da matéria de IMN referente a 1ª PP.
1º Tópico: Organização Básica da MB
Primeiramente devemos saber qual a missão, as tarefas e as atribuições subsidiárias da nossa Instituição. A missão da MB é descrita desse modo: “Preparar e empregar o Poder Naval, a fim de contribuir para a defesa da Pátria. Estar pronta para atuar na garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem; atuar em ações sob a égide de organismos internacionais e em apoio à política externa do País; e cumprir as atribuições subsidiárias previstas em Lei, com ênfase naquelas relacionadas à Autoridade Marítima, a fim de contribuir para a salvaguarda dos interesses nacionais”.
Vamos analisar o que você acabou de ler...
“Preparar e empregar o Poder Naval, a fim de contribuir para a defesa da Pátria”, mas o que isso significa? Para poder responder a isso deveremos usar os conceitos de Poder Marítimo e Poder Naval, recordando... O Poder Marítimo é a capacidade de uma Nação em utilizar o seu mar, abrange: Marinha de Guerra, Marinha Mercante, arsenais, estaleiros, frota pesqueira, indústria naval, comércio marítimo e embarcações de esporte e lazer; também temos a Mentalidade Marítima, que consiste na consciência de um povo da necessidade em usar o seu mar. Já o Poder Naval é a parcela militar do Poder Marítimo exercida pela Marinha de Guerra. Vamos voltar agora para a aquela frase em negrito, o que se entende? Entende-se que a MB deve preparar seus meios operativos e empregá-los a fim de contribuir para a defesa da Pátria.
Até pouco tempo atrás aquela frase era basicamente a missão da Marinha, mas com o advento da Estratégia Nacional de Defesa, foram acrescentados outros pontos, falarei deles agora... A Marinha deve também estar pronta para garantir a soberania, a lei e a ordem no nosso mar, servir de meio para o cumprimento das leis. Um importante meio, por exemplo, são as mais de 47 OMs, como as Capitanias, Delegacias e Agências, que fiscalizam ativamente se as leis estão sendo cumpridas pelas embarcações de lazer, esporte, mercantes e etc.
Na missão da MB está escrito que ela deverá cumprir as atribuições subsidiárias previstas em lei, mas o que são e quais são essas atribuições subsidiárias? Bom, atribuições subsidiárias são tarefas adicionais designadas à MB cuja natureza, embora não diretamente relacionadas ao poder naval, podem ser desempenhadas, com vantagem e economia de meios, pela estrutura administrativa e operacional da Marinha. São elas:
-Orientar e controlar a Marinha Mercante
-Prover segurança da navegação aquaviária
-Política nacional com respeito ao mar e águas interiores
-Implementar e fiscalizar o cumprimento de leis no mar e águas interiores
Bom, falamos sobre as atribuições subsidiárias, mas e aquelas cuja natureza está intimamente relacionada à MB? Essas são as tarefas básicas do Poder Naval (se lembram dele?):
-Controlar Áreas Marítimas (limitadas)
-Negar o Uso do Mar
-Projeção de Poder sobre Terra
-Contribuir para a dissuasão
Fazendo um “flashback”, falamos da missão da MB, suas tarefas básicas e atribuições subsidiárias, além de Poder Marítimo e Poder Naval. Falarei agora sobre o Organograma da MB.
Primeiro devemos saber a Cadeia de Comando da MB, que é esta:
Presidente da República Ministro da Defesa CM
Retomando o assunto, a Marinha é organizada com base em órgãos de direção geral, direção setorial, de assessoramento do CM e órgãos vinculados. Os órgãos de Direção Geral são: o Estado-maior da Armada (EMA) e o Almirantado. Os órgãos de Direção Setorial são:
ComOpNav (Comando de Operações Navais) ou CON, DGPM (Diretoria Geral do Pessoal da Marinha), DGMM (Diretoria Geral de Material da Marinha), DGN (Diretoria Geral de Navegação), SGM (Secretaria Geral da Marinha) e CGCFN (Comando Geral do Corpo de Fuzileiros Navais). Vamos abrir um parêntese, o Comando de Operações Navais é o setor operativo da Marinha, é a parcela que aplica o Poder Naval, de grosso modo, é aquela que realmente vai para o combate. Todos os outros órgãos setoriais servem de apoio para o CON. Falando mais sobre o CON, ele se divide em: COMEMCH (Comando em Chefe da Esquadra), COMFFE (Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra), os Distritos Navais e o COMCONTRAM. Subordinados ao COMEMCH estão os Comandos da Força de Superfície, Submarinos e Aeronaval, e o COMDIV-1 e -2 (Comando da Divisão 1 e 2). Os Distritos Navais são: 1º DN - Rio de Janeiro (RJ), 2º DN – Salvador (BA), 3º DN - Natal (RN), 4º DN - Belém (PA), 5º DN - Rio Grande (RS), 6º DN - Ladário (MS), 7º DN - Brasília (DF), 8º DN - São Paulo (SP) e 9º DN - Manaus (AM).
Também temos os órgãos de assessoramento do CM: PEM, SECIRM, CIM e GCM. Há também dois órgãos vinculados: EMGEPRON e o CCCPM.
Com isso encerramos o 1º tópico do nosso resumo.
2º Tópico: Estatuto dos Militares
Primeiramente, o que é um Estatuto? Estatuto é a Lei orgânica de um Estado, Sociedade ou Associação e estabelece regulamentos para os integrantes da associação e etc. Voltando ao assunto, o Estatuto dos Militares regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos membros das FFAA (Forças Armadas).
Disposições Preliminares do Estatuto:
As FFAA, essenciais à execução da política de segurança nacional.
Destinam-se a defender a Pátria e garantir os poderes constituídos, a lei e a ordem. (se lembra da missão da Marinha?).
São Instituições nacionais, permanentes e regulares.
Organizadas com base na Hierarquia e Disciplina. (cuidado para não confundir a base com os valores essenciais do militar)
Sob a autoridade suprema do Presidente e dentro dos limites da lei.
Os membros das FFAA são designados militares.
Sobre a situação dos militares, temos duas situações: o militar da ativa e o da inatividade.
São Militares da Ativa: os de carreira, pessoal em Serviço Militar Inicial (SMI), alunos de órgão de formação de oficiais e em tempo de guerra todo cidadão brasileiro convocado.
São Militares da Inatividade: os RM1 (reserva remunerada), Ref. (reformados) e os RM1 e Ref. Exercendo Tarefa por Tempo Certo.
Os militares de carreira são os da ativa que, no desempenho voluntário e permanente do serviço ativo militar, tenham vitaliciedade assegurada ou presumida.
 São considerados Reservas das Forças Armadas:
Individualmente: os RM1 e todos os cidadãos em condições de serem mobilizados para a ativa.
No seu conjunto: as Forças Auxiliares (Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar).
O pessoal da Aviação Civil e Marinha Mercante e das empresas declaradas diretamente relacionadas com a segurança nacional é considerado também como Reserva, porém só serão considerados militares quando convocado para o serviço nas FFAA (geralmente em tempos de guerra).
Carreira Militar...
É caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada (ou seja, você é militar 24 horas por dia, e somente militar) às finalidades precípuas das FFAA, denominada Atividade Militar.
É privativa do pessoal da Ativa. A carreira de oficial nas FFAA é restrita a brasileiro nato.
A situação jurídica dos militares é definida pela Constituição Federal, pelo Estatuto dos Militares e pela Legislação que lhes outorgam direito e prerrogativas e lhes impõem deveres e obrigações. (se lembra da definição de Estatuto dada lá encima?).
O Ingresso nas FFAA...
É facultado a todo brasileiro que preencha os requisitos estabelecidos, mediante matrícula, incorporação e nomeação. Para ingresso nos órgãos de formação, além das prerrogativas de ser brasileiro nato, capacidade física, aptidãointelectual e idoneidade, o candidato deve ter a bons antecedentes, ou seja, nunca ter exercido ou exercer atividades prejudiciais ou perigosas a segurança nacional.
A base das FFAA...
A Hierarquia e a Disciplina são a base institucional das FFAA. Assim como você é militar 24 horas por dia, elas devem ser mantidas em todas as circunstâncias da vida entre os militares, inclusive os da Reserva. E lembre-se: a autoridade e a responsabilidade crescem de acordo com a sua patente...
A hierarquia é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro das FFAA. Se faz por postos (oficiais) ou graduações (praças), e dentro deles se dá por antiguidade no posto ou graduação, a antiguidade é contada a partir da data de promoção ao posto/graduação.
Já a disciplina é a rigorosa observância e acatamento das leis, regulamentos, normas que fundamentam o organismo militar, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
A disciplina militar manifesta-se basicamente pela pronta obediência às ordens superiores, utilização total das energias em prol do serviço, correção de atitudes e cooperação espontânea em benefício da disciplina coletiva e da eficiência da Instituição.
São obrigações do militar...
O patriotismo, civismo e culto às tradições históricas, fé na missão elevada das FFAA, espírito de corpo e orgulho pela organização que serve, amor a profissão e aprimoramento técnico-profissional.
São preceitos da ética militar...
Amar a verdade e a responsabilidade; exercer funções com autoridade, eficiência e probidade; respeitar a dignidade da pessoa; cumprir e fazer cumprir as leis, regulamentos e ordens; ser justo e imparcial; ser justo e imparcial; empregar todas as energias em prol do serviço; praticar a camaradagem e o espírito de corpo; acatar as autoridades civis e cumprir seus deveres de cidadão; adotar conduta ilibada, observar a boa educação, não utilizar do cargo para obter vantagens particulares e zelar pelo bom nome das FFAA.
É vedado aos militares da ativa...
Comerciar ou participar da gerência de empresas; participar de manifestações político-partidárias e exercer outra atividade (exceto o pessoal do Corpo de Saúde).
São deveres dos militares...
Dedicação e a fidelidade a Pátria; culto aos Símbolos Nacionais; probidade e lealdade em todas as circunstâncias; disciplina e respeito à hierarquia; rigoroso cumprimento das ordens e das obrigações; obrigação de tratar o subordinado com urbanidade e dignamente.
É proibido o uso de uniformes...
Em manifestação político-partidária; em atividade não militar no estrangeiro (somente se autorizado); na inatividade (somente para comparecer a cerimônias e se autorizado). O uso incorreto de uniformes é crime previsto no CPM (Código Penal Militar). 
 
 
 Dica para esse tópico:
Não fique decorando todos os deveres, direitos, prerrogativas e etc. em vez disso, entenda a “essência da coisa”, pois isso facilita muito na hora da prova e até mesmo no seu dia-a-dia na OM.
Com isso encerramos o 2º Tópico...
3º Tópico – Regulamento Disciplinar da Marinha
Bom, qual o propósito do RDM? O RDM tem como propósito a especificação e a classificação das contravenções disciplinares e o estabelecimento das normas relativas à amplitude e à aplicação das penas disciplinares, à classificação do comportamento militar e à interposição de recursos contra as penas disciplinares. (mais uma vez, em vez de decorar, entenda!)
O RDM baseia-se fundamentalmente em dois aspectos: a Hierarquia e a Disciplina.
As prescrições do RDM aplicam-se aos militares da ativa da MB, os RM1 e aos Ref., nós (alunos do CN) estamos sujeitos ao RICN, CPM, ao Estatuto dos Militares e a OGSA.
Contravenções Disciplinares...
É toda a ação ou omissão contrária às obrigações ou aos deveres militares.
As contravenções são divididas em graves em leves (no CN são em leve, graves e muito graves) conforme ao dano que causarem a disciplina ou serviço.
No RDM existem situações atenuantes, agravantes e justificadas.
São agravantes: o acúmulo de contravenções simultâneas e correlatas, reincidência, conluio de duas ou mais pessoas, premeditação, ter sido praticada com ofensa à honra e pundonor militar, ter sido praticada durante o serviço ou com prejuízo do serviço, ter sido cometida estando em risco a segurança da OM, maus antecedentes, ter o autor abusado da autoridade hierárquica ou funcional, ter cometido a falta em presença do subordinado.
São atenuantes: bons antecedentes, ser menor de 18 anos, tempo de serviço militar inferior a 6 meses, prestação de serviços relevantes já reconhecidos, provocação.
São justificativas: ignorância plenamente comprovada da ordem transgredida, força maior ou caso fortuito plenamente comprovado, evitar mal maior ou dano ao serviço ou à ordem pública, ordem de superior hierárquico e em legítima defesa, própria ou de outrem.
As penas disciplinares são definidas de acordo com o posto/graduação e a situação do militar.
Com isso encerramos o 3º tópico...
4º Tópico – Ordenança Geral para Serviço da Armada
Consolidar as disposições fundamentais relativas à organização das Forças Navais e demais Estabelecimentos da Marinha bem como aquelas relacionadas com o pessoal, seus deveres e serviços.
Bom, vou tentar da melhor maneira possível, de forma objetiva o que se deve entender sobre a OGSA, e não decorar toda a OGSA, e sim como fiz nos outros tópicos, procurando explicar o que se deve entender.
Como primeiro assunto a ser abordado, irei falar sobre a conceituação das Forças.
Armada: É a totalidade de navios, meios aeronavais, meio de fuzileiros, destinados ao serviço naval, pertencentes ao Estado e incorporados à MB.
Força: É uma parcela da Armada, posta sob Comando único e constituída para fins operativos e administrativos.
Esquadra: É o conjunto de Forças e navios soltos (navio solto é todo navio da Armada que não pertence a uma Força Naval (ex: NAe São Paulo, Cisne Branco), posto sob comando único, para fins administrativos.
OBS.: o comandante de esquadra terá todas as prerrogativas de Comandante de Força e o título de Comandante-em-Chefe
Força-Tarefa: É uma Força constituída para a condução de operações navais em cumprimento a determinada missão.
OBS.: As Forças-Tarefa terão a denominação que lhes for dada pela autoridade que ordenar suas constituições e se subdividirão em Grupos-Tarefa, Unidades-Tarefa e Elementos-Tarefa.
Os navios, segundo seu tipo, porte, armamento e eventualmente a missão que lhes for atribuída, serão classificados em quatro categorias, com as denominações de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª classes. As aeronaves serão classificadas segundo seu tipo e emprego. 
Navio Escoteiro - É todo navio da Armada designado para cumprir, isoladamente, uma missão.
Navio Capitânia de qualquer Força - é o navio que aloja ou está indicado para alojar o Comandante da Força e seu Estado-Maior.
OBS.: O Comandante do Navio Capitânia terá o título de Capitão-de-Bandeira.
Mostra de Armamento: é a cerimônia em que é incorporado ou reincorporado qualquer navio à Armada.
Mostra de Desarmamento: é a cerimônia com que se encerra ou se interrompe a vida militar de um navio da Armada, por motivo de baixa, definitiva ou temporária. Esta cerimônia realizar-se-á depois de expedido o ato de baixa ou de transferência para a reserva.
Organização:
A preparação dos navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais para combate e sua conduta durante o mesmo serão regidas por uma Organização de Combate;
As atividades administrativas das forças, navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais serão regidas por uma Organização Administrativa.
As Organizações Militares (OM) de terra são estruturadas com base em três documentos fundamentais: Ato de Criação, Regulamento e Regimento Interno; (que é o caso do CN)
Os Oficiais, exceto o Comandante, que servem numaOM constituem a sua Oficialidade;
As Praças que servem numa OM constituem a sua Guarnição; e 
A Oficialidade e a Guarnição de uma OM constituem a sua Tripulação.
Normas sobre o pessoal:
 Se lembram que os navios são classificados em 4 classes? Pois bem, cada classe é comandada por um oficiais de diferentes postos:
1ª Classe: comandado por Capitão-de-mar-e-guerra, a imediatice compete a um Capitão-de-Fragata;
2ª Classe: comandado por Capitão-de-Fragata, a imediatice compete a um Capitão-de-Corveta;
3ª Classe: comandado por Capitão-de-Corveta, a imediatice compete a um Capitão-Tenente;
4ª Classe: comandado por Capitão-Tenente, a imediatice compete a um Primeiro-Tenente;
Exemplos: 1ª Classe – NAe São Paulo, 2ª Classe – Fragata, 3ª Classe – Corveta, 4ª Classe – Navio Patrulha.
Ao Segundo-Tenente compete funções e serviços a bordo de navio de qualquer classe ou unidade de fuzileiros navais. 
Além das funções e serviços especificados nos artigos anteriores, competem aos Oficiais, em correspondência com seus postos, os Encargos Colaterais e as atribuições previstas nas organizações dos Comandos de Forças, navios e unidades aéreas e de fuzileiros navais. 
Deveres do pessoal:
Sempre que Oficiais, Praças ou quaisquer militares a serviço da Marinha, ainda que subordinados a diferentes Comandos, concorrerem acidentalmente a uma mesma faina que exija a cooperação de todos – quer seja por terem recebido ordem para isso, quer por se acharem reunidos por circunstâncias – o mais antigo, assumirá o comando ou a direção da faina que tiverem que executar.
Sempre que um superior der uma ordem a um subordinado, este após cumpri-la, deverá dá o pronto ao superior.
 Todos devem tratar-se mutuamente com respeito e polidez, e com atenção e justiça os subordinados.
É vedado aos militares o uso de barba, cavanhaque, costeletas e do corte de cabelo que não sejam os definidos pelas normas em vigor. Somente sargentos, suboficiais e oficiais podem usar bigode.
As Praças Especiais matriculadas em Escolas de Formação de Oficias e no Colégio Naval têm a obrigação de se impor às Praças mais modernas, evitar intimidade e exigir tratamento militar apropriado à sua posição hierárquica.
Organização do Serviço:
Existem 2 tipos de serviço, o serviço de Estado e o serviço de quarto.
Serviço em viagem:
Concorrem à Escala de Serviço de Oficial de Quarto os Oficiais Intermediários e Subalternos, do Corpo da Armada (ou de outros quadros, se autorizado pelo Comandante), da unidade.
Quando ocasionalmente o número de Oficiais ficar reduzido a dois, o Imediato, sendo Oficial Intermediário ou Subalterno, entrará na Escala de Serviço de Oficial de Quarto até ser suprida a deficiência.
Se o navio, incluindo o Imediato, só contar com dois Oficiais, poderão concorrer à Escala de Serviço de Oficial de Quarto, em travessias maiores de doze horas, os Guardas-Marinha e, na falta destes, o Mestre do navio, desde que devida e formalmente qualificados.
Em viagem os Oficiais serão escalados por Divisões de Serviço que se sucederão continuadamente em Serviço de Quartos.
Serviço no porto ou OM de terra:
Concorrem às Escalas de Serviço nos navios, em regime normal no porto, e nas OM de terra, os Oficiais Intermediários e Subalternos da unidade.
O Comandante e o Imediato, mesmo sendo Oficiais Intermediários ou Subalternos, normalmente, não concorrem às Escalas de Serviço.
Os Oficiais que concorrem à Escala de Serviço serão distribuídos por Divisões de Serviço, que se sucederão continuamente no serviço, cabendo a cada Divisão o serviço por período de vinte e quatro horas, iniciado às doze horas de cada dia.
Na situação em que o número de Oficiais por Divisão de serviço for igual ou inferior a dois far-se-á o serviço de estado.
Em regime de viagem, o exercício de velar, durante um determinado período – denominado quarto – pela segurança do navio, pela manutenção da disciplina e pelo cumprimento da rotina de bordo é de responsabilidade do “Oficial de Quarto”.
Oficial de Quarto:
O Oficial de Quarto é sempre aquele que, independente de sua antiguidade, estiver de serviço na estação de controle da manobra do navio, em viagem.
O Oficial ao entrar de quarto não assumirá o serviço sem primeiro se inteirar, além do que está mencionado nas Disposições Gerais sobre o Serviço
Oficial de Serviço:
Em navio em regime normal, no porto, e OM de terra, o exercício de velar, durante um determinado período, pela segurança, pela manutenção da disciplina e pelo cumprimento da rotina da OM é de responsabilidade do Oficial de Serviço.
Em função da duração do período, o serviço será por Quarto ou de Estado.
A critério do Comandante, o Mestre, o Fiel, o Mestre d’Armas e os Supervisores poderão ser dispensados de concorrer à Escala de Serviço.
O Mestre acompanhará o pernoite do Comandante; a critério deste, o Fiel, o Mestre d’Armas e os Supervisores acompanharão o pernoite dos demais Oficiais. Por este motivo (o de pernoitar com o Comandante) o Mestre é dispensado de Serviço
Com isso encerramos o nosso 4º Tópico.
5º Tópico – Remo em Escaler
Primeiramente, a embarcação Escaler é a que possui a proa fina e popa quadrada, é típica das escolas de formação.
Também é de suma importância saber as posições relativas de uma embarcação. Para isso vamos usar a imaginação... Imagine um relógio (daqueles de parede) e relacione essa imagem com a de uma embarcação vista de cima; agora vamos lá: a marcação de 12 horas é a proa da embarcação e a de 6 horas é a popa; a marcação de 3 e de 9 horas são respectivamente través de boreste e través de bombordo; já a parte compreendida entre 12 e 3 horas é a bochecha de boreste, assim como a parte entre 12 e 9 horas é a bochecha de bombordo; a parte compreendida entre 3 e 6 horas é a alheta de boreste, assim como a parte entre 9 e 6 horas é a alheta de bombordo. 
É uma embarcação miúda, a remo ou a vela. Podem ser de voga (é a que usamos no CN) ou de palamenta. 
Como vocês notaram, o Escaler a Remo possui muitas partes, e enumerá-las aqui seria inviável e até mesmo desnecessário. Vou citar apenas algumas, que acho que são as mais importantes...
Quilha- é como se fosse a “coluna vertebral” da embarcação, é a parte mais importante dela, qualquer que seja seu tipo.
Cavernas- é como se fossem as “costelas” da embarcação, servem para dar forma ao casco e sustentar o chapeamento exterior. Cavername é o conjunto de cavernas de uma embarcação.
Castelo de Proa- superestrutura na parte externa da proa, acompanhada de elevação da borda.
Roda de Proa- é feita do mesmo material da quilha, dá forma à proa da embarcação.
Espelho de Popa- é uma tábua de madeira grossa, que dá forma a popa da embarcação.
Forquetas- peças de ferro ou metal, em forma de forquilha e apoiadas nas toleteiras. Têm por função apoiar e firmar o remo durante a remada.
Toleteiras- são peças de madeira ou metal, entalhadas e pregadas sobre a borda (falca), nas embarcações guarnecidas com remos e forquetas, têm um furo no centro, onde recebem as hastes das forquetas.
Leme- é uma peça de madeira, que serve para governar a embarcação, é geralmente constituída de uma só tábua (porta do leme).
Falca- É a primeira tábua superior do costado,serve para formar a brda da embarcação.
Verdugo- São peças de madeira, metal ou borracha, fixas exteriormente ao costado, logo abaixo das falcas, servindo de proteção ao costado.
Ascoma- Forra a parte da haste que trabalha na forqueta, é de couro, lona grossa ou material sintético.
Dotação de um escaler:
É o conjunto de todos os objetos pertencentes a uma embarcação e não fixos ao casco, consta de palamenta, mastreação e velame (se o escaler for a vela).
Palamenta: É o conjunto dos objetos usados no serviço comum da embarcação e na sua movimentação a remos. No escaler a remo, se levam 10 remos mais 2 de reserva.
Comandos de voz:
Vou listar aqui os principais comandos de voz quando embarcados num escaler a remo:“Remos avante”- Os remadores devem trazer os punhos de seus remos avante do corpo na altura do peito, ficando preparados para dar a remada, com os remos quase tocando na água.
“Remos na água”- Os remadores mergulham as pás perpendicularmente à superfície d’água e agüentam os punhos imobilizando os remos. Muito utilizado quando se deseja “freiar” a embarcação. 
“Picar a voga”- A cadência das remadas deve ser mais rápida.
“Voga larga”- A cadência das remadas deve ser lenta, aproveitando bem o esforço de cada remada.
“Arvorar”- Os remadores param de remar.
“Remos ao alto”- Os remadores retiram os remos das forquetas colocando-os na vertical, com o punho apoiado ao fundo do barco e as pás paralelas à quilha. Usado para cumprimentar outras embarcações. Os vogas continuam com os remos na água.
“Remos à ré”- Os remadores devem trazer os punhos junto ao corpo na altura do peito, ficando preparados para iniciar a remada (ciar remos), como os remos quase tocando na água.
“Ciar remos”- Os remadores remam para trás, empurrando o remo.
“Safar remos”- Colocam-se os remos no prolongamento do escaler, bastando-se apenas que levem os punhos dos remos para ré ou para vante, encostando-os na falca.
Com isso encerramos o 5º Tópico...
6º Tópico – RCONT
Aplica-se às situações cotidianas da vida militar, quer dentro da OM, quanto no convívio social.
Sinais de respeito:
Tratar com respeito os superiores;
Tratar com afeição e camaradagem seus pares;
Tratar com bondade, dignidade e urbanidade os seus subordinados.
As demonstrações de respeito previstas no RCONT devem-se também aos integrantes das Forças Auxiliares e militares estrangeiros.
Quando dois militares se deslocam juntos: o mais moderno fica à esquerda.
Deslocamento em grupo: o mais antigo fica ao centro, os demais segundo suas antiguidades ficam alternadamente à direita e à esquerda.
Deslocamento em via: o mais moderno fica no lado externo. 
Quando encontrar superior em local de circulação: cumprimentá-lo e oferecer o melhor lugar.
Em local público, onde não estiver sendo realizada solenidade cívico-social, bem como em reuniões sociais: cumprimentar o superior, tão logo seja possível. 
Havendo dificuldade para se aproximar do superior, o cumprimento deve ser feito mediante um movimento de cabeça. 
Quando for se dirigir ao superior, sempre com respeito, usando os vocativos “senhor” ou “senhora”, quando se dirigir a um Oficial General, usar o vocativo V. Exª, ou “Senhor Almirante”, “Senhor Brigadeiro”...
Quando se dirigir ao Comandante da OM, usar “Senhor Comandante”
Todo militar, quando for chamado por um superior, deve atendê-lo o mais rápido possível, apressando o passo quando em deslocamento.
Continência:
Impessoal (visa à autoridade), só se presta continência quando fardado. Os três elementos da continência são: atitude, gesto e duração (só se desfaz a continência quando o mais antigo o fizer). Deve ser feita com movimento enérgico e com olhar franco a quem se presta.
Tipos: Individual ou da tropa.
Parte sempre do militar de menor precedência (na dúvida é feita simultaneamente), ou seja, do mais moderno para o mais antigo.
Retribuição obrigatória pelo superior (cumprimento verbal ou movimento de cabeça).
Têm direito à continência:
A bandeira nacional: ao ser hasteada ou arriada, incorporação/desincorporação, conduzida por tropa, conduzida por cortejo civil em cerimônia cívica e ao entrar e sair de bordo de embarcação. 
Hino nacional executado em cerimônia cívica (exceto se for cantado);
 Presidente da República;
 Vice-Presidente;
 Presidentes da Câmara e Senado Federal e do STF (Superior Tribunal Federal);
 Ministros de Estado;
 Governadores de estado e do Distrito Federal;
Responder com saudação análoga à resposta do superior (Ex: “Bom dia”), ou seja, se o superior ao retribuir a continência te der um bom dia, você tem que retribuir.
Aperto de mão: pode ser concedido pelo superior (o mais moderno não deverá tomar a iniciativa e não poderá recusar se concedido).
Regras para o militar desarmado:
Se o mais moderno estiver parado, toma posição perpendicular ao deslocamento do superior;
Início a três passos do superior e término após o superior ultrapassar um passo.
Mais moderno em passo acelerado: assume o passo normal antes da continência.
Com as duas mãos ocupadas: cumprimento verbal.
Oficiais generais e equivalentes: continência parada (praças).
Comandante de OM: continência parada na primeira vez que for encontrado.
Apresentação do Militar:
Ao se apresentar a um superior, deve-se tomar as seguintes atitudes:
Aproximar-se até a distância de um aperto de mão (use o bom censo),
Ficar em sentido e prestar a continência individual,
Dizer claramente o posto, nome de guerra e OM, e se dentro da OM, a função. (no nosso caso, Aluno Fulano, nº 1234, função),
Desfazer a continência,
Dizer o motivo da apresentação.
Exemplo do nosso cotidiano:
“Aluno 3000 Fulano, Chefe-de-Dia do quarto, apresento o Corpo de Alunos em formatura”.
Ao se apresentar para um Oficial General, deve se dizer o nome completo (ao invés do nome de guerra).
Ao entrar no gabinete (ou local de trabalho) do superior deve se tirar a cobertura.
Ao se retirar da presença do superior deve-se prestar a continência, pedir permissão, dar meia-volta volver, e romper marcha (oficiais não rompem marcha). 
 
Continência da tropa:
Têm direito à continência da tropa (dois ou mais militares, quando designados como tropa, grupamento):
Hino e bandeira nacional;
PRESREP, VICE PRESREP, Presidente da Câmara, Senado e STF;
Ministros (inclusive do STM) e Governadores;
Militares da ativa (inclusive Forças Auxiliares). 
Militares da reserva/reformados e estrangeiros: continência da tropa apenas quando uniformizados.
Ministros de estado e do STM, Governadores: honras de Almirante-de-Esquadra.
No período entre o arriar da bandeira e o cerimonial a Bandeira (o8:oo) do dia seguinte, a tropa só presta continência a Bandeira Nacional, Hino Nacional, Presidente da República, bandeiras e hinos de nações estrangeiras e a outra tropa (exceto Guardas de Honra). Ou seja, no período entre o Arriou e as 08:00 do dia seguinte, a única pessoa que tem direito à continência da tropa é o Presidente da República.
A pé firme (parado):
Na continência a oficial subalterno/intermediário: sentido;
Na continência a oficial superior: ombro arma (se desarmado,ficar na posição de sentido);
Na continência a oficial general: apresentar armas (se desarmado, prestar continência).
Na recepção a oficiais subalternos/intermediários e superiores: somente o mais antigo da tropa presta a continência. 
Tropa em deslocamento (desfiles):
Olhar a direita/esquerda (no nosso caso é o Brasil-Marinha). 
Tropa em passo sem cadência ou em passo acelerado: a continência é feita pelo comando de “Atenção”, dado por seu comandante. Exemplo: se um grupamento de alunos estiver em passo acelerado, quando o mais antigo do grupo avistar um mais antigo, o mais antigo irá fazer o vocativo “Atenção”, e somente este prestará a continência.
Encerramos agora no nosso resumo. Não decore, entenda! Esta matéria irá acompanhar vocês em toda vida na Marinha.

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