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flertando com todas as moças bonitas que lhe aparecem. Nada poderia ser mais falso. Bill é um rapaz quieto, calmo, de cerca de trinta anos, uma pessoa digna de confiança, trabalhador, mas que parece um pouco inseguro. Quando perguntei a ela qual a freqüência com que praticavam o ato sexual, ela respondeu: "Três ou quatro vezes por semana." (Já descobrimos que as mulheres, em geral, dão um número maior que o dos maridos; e um marido frustrado tende a diminuir a freqüência de suas experiências. Tirando a média, chegamos a um número mais acurado de vezes.) Na verdade, Bill não é nenhum anormal; aliás, a pesquisa que realizamos, bem como as de outros, dão a entender que ele está dentro dos padrões normais para a média dos homens de sua idade. 26 Susie tinha três problemas: não apreciava as relações sexuais, não compreendia as necessidades de Bill e estava mais preocupada consigo própria do que com o marido. Quando confessou seu egoísmo e descobriu o que o amor realmente significava para ele, sua vida sexual mudou inteira- mente. Hoje, ela aprecia o sexo, e recentemente escreveu-nos uma nota de agradecimento pelo tempo que lhe dispensamos em aconselhamento, concluindo: "O senhor acredita que outro dia Bill me disse: "Querida, o que aconteceu com você? Durante anos, tenho tido que correr atrás de você, e agora é você quem corre atrás de mim." Mas, na verdade, ela não teve que correr muito. O ato conjugai é vitalmente importante para o marido pelo menos por cinco razões. 1. Satisfaz seu instinto sexual. É do conhecimento geral que o macho de todas as espécies de criaturas vivas tem o impulso sexual mais forte, e o Homo Sapiens não é exceção. Isso não quer dizer que a mulher não tenha um forte impulso sexual, mas, como veremos no capítulo seguinte, o impulso dela é mais esporádico, enquanto que o dele é quase cons- tante. Deus determinou que o homem fosse o agressor, o prove- dor, e o chefe da família. Por alguma razão, isto está ligado ao seu impulso sexual. A mulher que desgosta do impulso sexual do marido, embora admire sua liderança agressiva, faria bem se encarasse o fato de que não pode haver uma sem o outro. Para ilustrar as causas físicas do impulso sexual masculi- no, deixe-nos apresentar a evidência científica de que "cada gota do líquido seminal contém cerca de trezentos milhões de espermatozóides". E como é possível a um homem ter de duas a cinco ejaculações por dia, dependendo de sua idade, é claro que seu aparelho reprodutor produz diariamente boa quanti- dade de sêmen e milhões de minúsculos espermatozóides. Se isso não for liberado através do coito, constitui um fator de grande frustração para ele, que afeta seu bem-estar físico e mental. Um escritor afirma: "Um homem normal e saudável tem aumento do sêmen num período que vai de 42 a 78 horas, o que produz uma certa pressão que precisa ser liberada." As condições que determinam a freqüência do aumento da pressão variam bastante. Por exemplo, se sua mente estiver ocupada com problemas psicológicos ou familiares, ele não 27 estará tão cônscio desta pressão, como quando está relaxado. Estudos revelam que os homens das zonas rurais consisten- temente procuram o coito com maior freqüência do que os das zonas urbanas, da mesma idade. Pesquisadores explicam que isso se dá, porque os moradores das zonas urbanas sofrem maiores pressões que os da rural. Outra hipótese, porém, é que os homens das zonas rurais, de todas as idades, dedicam- se mais a trabalhos pesados, e, portanto, acham-se em melho- res condições físicas que seus correspondentes da cidade, que geralmente levam uma vida mais sedentária. Um dos erros mais comuns que ocorre na mente das jovens esposas é o que diz respeito às necessidades sexuais do marido. Por inexperiência, noções preconcebidas e sobretudo devido ao temor da gravidez, elas não partilham do entusias- mo deles pelo sexo. Isto parece inverter-se mais tarde, mas, nos primeiros anos, a freqüência com que realizam o ato sexual é sempre causa de conflitos e desentendimentos. A jovem esposa às vezes tacha de animalidade a paixão do jovem marido, esquecendo-se de que aquele impulso não é apenas dele, mas uma característica da maioria dos homens normais. Estes impulsos são dons de Deus para motivar o homem à procriação, que ainda é o objetivo social básico da humanida- de. Esse dom não apenas influencia seu comportamento sexual, mas, também, sua personalidade, trabalho, incentivo e quase todos os outros aspectos de sua vida. Sem ele, o marido não seria o homem a quem ela ama. A mulher inteligente coopera com o marido, ao invés de opor-se a ele. 2. Satisfaz seu senso de masculinidade. O homem geral- mente possui um ego mais forte do que a mulher. Se ele não se sentir homem aos seus próprios olhos, ele não é nada; e, de alguma forma, seu ego parece estar estreitamente associado a esse impulso sexual. Nunca conheci um homem impotente ou sexualmente frustrado, que também não tivesse uma fraca imagem de si mesmo. Um homem sexualmente realizado, logo, logo, obtém autoconfiança em outros aspectos de sua vida. A maioria dos homens não liga sua insegurança à frustra- ções sexuais, ou porque são orgulhosos demais para fazê-lo, ou por não enxergarem a conexão entre as duas coisas; mas já vi isso acontecer tantas vezes, que sempre que encontro um ego masculino abatido, procuro a causa numa frustração sexual. O homem pode suportar bem um fracasso acadêmico, 28 social ou até mesmo no trabalho, desde que ele e a esposa se entendam bem no quarto de dormir; mas o sucesso nas outras áreas se torna nulo, se ele fracassa no leito. Para um homem, o insucesso no leito significa o fracasso total. Uma esposa que amava muito o marido, perguntou certa vez o que poderia fazer por ele, já que tivera recentemente um grande fracasso nos negócios. Ele estava deprimido de uma forma que ela nunca vira antes, e ela se sentia incapaz de ajudá-lo. "Tenho certeza de que ele vai se recuperar", afirmou ela. "É demasiadamente dinâmico, para permitir que um fracasso destrua a sua vida." E como dissesse que já havia orado por ele e confiado a Deus o problema das finanças do casal, sugeri-lhe que utilizasse o recurso do sexo agressivo para soerguê-lo; que ela se vestisse provocantemente, e usasse seus encantos femininos para atraí-lo. E ela indagou: "Mas o senhor nâo acha que ele receberá isso com estranheza? Afinal, tem sido sempre ele quem toma a iniciativa." Essa resposta dela deu-me a oportunidade de explicar-lhe que o ego abatido do marido precisava da segurança que seu amor lhe daria, durante esse período de derrota. Muitos maridos temem que a esposa esteja apenas suportando o ato sexual por um senso de dever, ou por outro motivo qualquer. O que cada homem precisa, principalmente durante um período de fracasso, é de que sua esposa o convença de que o ama pelo que ele é, e não pelo que proporciona a ela. Eu conhecia bem aquele homem, colérico e dinâmico, e sabia que não estranharia demasiada- mente a iniciativa da esposa; a surpresa logo seria substituída pelo êxtase. Mais tarde a esposa relatou que ele não apenas não estranhou, mas também, cinco minutos depois de encer- rado o ato, começou a fazer novos planos para os negócios. Embora aquela idéia nunca viesse a concretizar-se, serviu para iniciar seu soerguimento moral. Pouco depois, ele reen- controu sua posição, e hoje desfruta de grande sucesso em sua carreira. Um dos pontos instrutivos desse caso é que ele dá crédito à esposa por havê-lo auxiliado a recuperar-se. Naturalmente, ele nunca comenta a atividade sexual do casal, mas diz logo mais ou menos assim: "Minha esposa é uma mulher notável. Quando eu estava completamente derrotado, ela ainda teve fé em mim. Foi a confiança dela em mim que reacendeu a minha