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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO DE ENGENHARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUIÍMICA II TROCADOR DE CALOR INTEGRANTES DA BANCADA: Ana Paula Brito de Almeida Ana Sâmula Bezerra da Silva Cintia Mara de Souza Geronillane Valentim Wander Luis Belmino Holanda Regis Mossoró, RN 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................3 2. OBJETIVOS..........................................................................................................................4 2.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................................4 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO....................................................................................................4 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................4 3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS TROCADORES DE CALOR.....................................................4 3.1.1 Classificação pelo processo de transferência de calor..................................................4 3.1.2 Classificação de acordo com o tipo de construção........................................................4 3.1.3 Classificação segundo a disposição das correntes.........................................................4 4. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................5 4.1 MATERIAIS.........................................................................................................................5 4.2 METODOLOGIA.................................................................................................................5 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................................5 5.1 ESCOAMENTO EM PARALELO......................................................................................5 5.2 ESCOAMENTO EM CONTRACORRENTE......................................................................7 5.3 MEMÓRIA DE CÁLCULO.................................................................................................9 5.3.1 Equações matemáticas utilizadas...................................................................................9 6. CONCLUSÃO.....................................................................................................................11 7. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................11 3 1. INTRODUÇÃO Trocador de calor é o equipamento utilizado para implementar o processo da troca térmica entre dois fluidos em diferentes temperaturas e separados por uma parede sólida. É um processo comum em muitas aplicações da Engenharia, sendo uma das operações unitárias mais importantes. Pode-se utilizá-lo no aquecimento e resfriamento de ambientes, no condicionamento de ar, na produção de energia, na recuperação de calor e no processo químico. Como exemplos de aplicações mais comuns, temos: Aquecedores, resfriadores, condensadores, evaporadores, torres de refrigeração, caldeiras e outros. Podem ser classificados de diversas maneiras: Quanto ao modo de troca de calor; quanto ao número de fluidos; tipo de construção, etc. 4 2. OBJETIVO 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar a influência do tipo de escoamento entre dois fluidos que trocam calor entre si. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Determinar a taxa de transferência de calor Determinar o coeficiente global de transferência de calor 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS TROCADORES DE CALOR 3.1.1 Classificação pelo processo de transferência de calor Os trocadores de calor podem ser categorizados como de contato direto e de contato indireto. No primeiro a transferência de calor ocorre entre dois fluidos imiscíveis, como um gás e um líquido, que entram em contato direto. Podemos citar como exemplos típicos de trocadores por contato direto as torres de resfriamento, os condensadores com nebulização parar vapor de água e outros vapores etc. Quando se trata de trocadores de calor de contato indireto, como é o caso dos radiadores de automóveis, os fluidos quente e frio encontram-se separados por uma parede impermeável. 3.1.2 Classificação de acordo com o tipo de construção De acordo com suas características construtivas os trocadores de calor podem ser classificados em vários tipos como, por exemplo: tubulares, de tubo aletado, de placa, de placa aletada, regenerativos etc. 3.1.3 Classificação segundo a disposição das correntes Existem inúmeras possibilidades para a disposição do escoamento nos trocadores de calor. Podemos citar as correntes paralelas, a contracorrente e as correntes cruzadas. Nas correntes paralelas os fluidos quente e frio entram na mesma extremidade do trocador, fluem na mesma direção, e deixam juntos a outra extremidade. Na contracorrente os fluidos entram 5 em extremidades opostas do trocador de calor e fluem em direções opostas. Nas correntes cruzadas os dois fluidos fluem perpendicularmente um ao outro. O escoamento nessa última classificação pode ser misturado ou não misturado. 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 MATERIAIS Os materiais utilizados foram: Proveta 2L Termômetro Cronômetro Béquer 4.2 METODOLOGIA Primeiramente, com auxílio de um termômetro, medimos a temperatura da água proveniente da torneira que seria a entrada do nosso fluido frio. Após isso, encontramos a temperatura de entrada do fluido quente. Ao conectar as correntes de entrada no trocador, esperamos por 10 segundos e calculamos a temperatura de saída do fluido quente. Ao mesmo passo, anotamos, com a ajuda de uma proveta, o volume de líquido escoado, para determinarmos posteriormente a vazão. Ambos os processos de vazão em corrente paralela e contracorrente foram feitos em triplicata. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Como sabemos, os trocadores de calor têm como função propiciar a transferência de calor de um fluido para o outro, estando estes a temperaturas diferentes. No experimento realizado efetuamos medidas de temperaturas para os dois tipos de escoamento (paralelo e contracorrente). 5.1 ESCOAMENTO EM PARALELO Segue abaixo a Tabela 1 com os valores experimentais de entrada e saída dos fluidos quente e frio em escoamento paralelo. Para obtenção do cálculo do valor da temperatura de 6 saída do fluido quente, são necessários os valores das vazões mássicas dos fluidos quente e frio, nos quais também podemos observar na Tabela 1. Tabela 1 - Dados do trocador de calor operando em corrente paralela. Análise 1 Análise 2 Análise 3 Tf,e [ᵒC] 32,9 32,9 32,9 Tq,e [ᵒC] 50 50 50 Tf,s [ᵒC] 41 41 41 t [s] 10 10 10 V [mL] 50 49 49 Q [mL/s] 5 4,9 4,9 Fonte: Autoria própria (2017). Obteve-se a partir dos dados analisados na Tabela 1 a média dos dados para serem utilizados nas equações. Como descrito na Tabela 2. Tabela 2 - Valores Médios (corrente paralela). Tf,e [ᵒC] Tq,e [ᵒC] Tf,s [ᵒC] Q [mL/s] 32,9 50 41 4,93 Fonte: Autoria própria (2017). Os cálculos realizados para determinar a temperatura de saída do fluido quente estão anexados na memória de cálculo. Como estamos analisando o escoamento em paralelo, temos o seguinte diagrama: Fonte: Autoria própria (2017). 50 °C 32,9 °C 49,8 °C 41 °C 7 A partir do diagrama, podemos calcular o ∆𝑇𝑚 (Anexado em memória de cálculo), e partir daí calcular o valor do coeficiente global de transferência de calor (U) para esse tipo de escoamento. Obtivemos então, para escoamento em paralelo, U = 535 𝑊 𝑚2°𝐶 Com as temperaturas obtidas, traçamos a curva Comprimento versus Temperatura. Gráfico 1: Comprimento do tubo X temperatura do fluido Fonte: Autoria própria (2017) 5.2 ESCOAMENTO EM CONTRACORRENTE Da mesma forma, podemos fazer os cálculos dos valores experimentais de entrada e saída dos fluidos quente e frio em escoamento contracorrente. Segue na Tabela 3 os valores calculados (cálculos em anexo). Tabela 3 - Dados do trocador de calor operando em contracorrente. Análise 1 Análise 2 Análise 3 Tf,e [ᵒC] 32,9 32,9 32,9 Tq,e [ᵒC] 50 50 50 Tf,s [ᵒC] 42,2 42,2 42,2 t [s] 10 10 10 V [mL] 48 47 47 Q [mL/s] 4,8 4,7 4,7 Fonte: Autoria própria (2017). 0 10 20 30 40 50 60 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 Te m p e ra tu ra d o f lu id o Comprimento do tubo Comprimento X Temperatura Fluido frio Fluido quente 8 Obteve-se a partir dos dados analisados na Tabela 3 a média dos dados para serem utilizados nas equações, como descrito na Tabela 4. Tabela 4 - Valores Médios (contracorrente). Tf,e [ᵒC] Tq,e [ᵒC] Tf,s [ᵒC] Q [mL/s] 32,9 50 42,2 4,73 Fonte: Autoria própria (2017). Os cálculos realizados para determinar a temperatura de saída do fluido quente estão anexados na memória de cálculo. Como estamos analisando o escoamento em paralelo, temos o seguinte diagrama: Fonte: Autoria própria (2017). A partir do diagrama, podemos calcular o ∆𝑇𝑚 (Anexado em memória de cálculo), e partir daí calcular o valor do coeficiente global de transferência de calor (U) para esse tipo de escoamento. Obtivemos então, para escoamento em paralelo, U = 624 𝑊 𝑚2°𝐶 Com as temperaturas obtidas, traçamos a curva Comprimento versus Temperatura. 50 °C 42,2 °C 48,75 °C 32,9 °C 9 Gráfico 2: Comprimento do tubo X temperatura do fluido Fonte: Autoria própria (2017) 5.3 MEMÓRIA DE CÁLCULO 5.3.1 Equações matemáticas utilizadas Paralelo 𝐶𝑝,𝑞 = 𝐶𝑝,𝑓 = 4,176 J/g. K 𝑞𝑞 = �̇�𝑞𝐶𝑝,𝑞(𝑇𝑞,𝑒 − 𝑇𝑞,𝑠) e 𝑞𝑓 = �̇�𝑓𝐶𝑝,𝑓(𝑇𝑓,𝑠 − 𝑇𝑓,𝑒) 𝑞𝑓 = 4,93 𝑔 𝑠 × 4,176 𝐽 𝑔. 𝐾 × (314,15 − 306,05) 𝐾 𝑞𝑓 = 173,96 𝑊 𝑞𝑓 = 𝑞𝑞 200 𝑔 𝑠 × 4,176 𝐽 𝑔. 𝐾 × (323,15 − 𝑇𝑞,𝑠) 𝐾 = 173,96 𝑊 𝑻𝒒,𝒔 = 𝟑𝟐𝟐, 𝟖 𝑲 𝒐𝒖 𝟒𝟗, 𝟖 º𝑪 0 10 20 30 40 50 60 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 Te m p e ra tu ra d o f lu id o Comprimento do tubo Comprimento X Temperatura Fluido frio Fluido quente 10 Q = 𝑈𝑠𝐴𝑡∆𝑇𝑚𝑙 ∆𝑇1 = 50 − 32,9 = 17,1 °𝐶 ∆𝑇2 = 49,8 − 41 = 8,8 °𝐶 ∆𝑇𝑚𝑙 = ∆𝑇1 − ∆𝑇2 𝑙𝑛 ∆𝑇1 ∆𝑇2 ∆𝑇𝑚𝑙 = 17,1 − 8,8 𝑙𝑛 17,1 8,8 ∆𝑇𝑚𝑙 = 12,27 °C 𝐴 = 2𝜋𝑟𝐿 𝐴 = 2𝜋 0,049𝑚 x 0,86𝑚 = 0,0265𝑚2 𝑈 = 𝑄 𝐴∆𝑇𝑚𝑙 𝑈 = 173,96 𝑊 0,0265𝑚2 × 12,27 °𝐶 𝑈 = 535 𝑊 𝑚². °𝐶 Contra Corrente 𝐶𝑝,𝑞 = 𝐶𝑝,𝑓 = 4,176 J/g. K 𝑞𝑞 = �̇�𝑞𝐶𝑝,𝑞(𝑇𝑞,𝑒 − 𝑇𝑞,𝑠) e 𝑞𝑓 = �̇�𝑓𝐶𝑝,𝑓(𝑇𝑓,𝑠 − 𝑇𝑓,𝑒) 𝑞𝑓 = 4,73 𝑔 𝑠 × 4,176 𝐽 𝑔. 𝐾 × (315,35 − 306,05) 𝐾 𝑞𝑓 = 181,9 𝑊 𝑞𝑓 = 𝑞𝑞 200 𝑔 𝑠 × 4,176 𝐽 𝑔. 𝐾 × (322,15 − 𝑇𝑞,𝑠) 𝐾 = 181,9 𝑊 𝑻𝒒,𝒔 = 𝟑𝟐𝟏, 𝟗 𝑲 𝒐𝒖 𝟒𝟖, 𝟕𝟓 º𝑪 11 Q = 𝑈𝑠𝐴𝑡∆𝑇𝑚𝑙 ∆𝑇1 = 50 − 32,9 = 17,1 °𝐶 ∆𝑇2 = 48.75 − 42,2 = 6,55 °𝐶 ∆𝑇𝑚𝑙 = ∆𝑇1 − ∆𝑇2 𝑙𝑛 ∆𝑇1 ∆𝑇2 ∆𝑇𝑚𝑙 = 17,1 − 6,55 𝑙𝑛 17,1 6,55 ∆𝑇𝑚𝑙 = 11 °C 𝐴 = 2𝜋𝑟𝐿 𝐴 = 2𝜋 0,049𝑚 x 0,86𝑚 = 0,0265𝑚2 𝑈 = 𝑄 𝐴∆𝑇𝑚𝑙 𝑈 = 181,9 𝑊 0,0265𝑚2 × 11 °𝐶 𝑈 = 624 𝑊 𝑚². °𝐶 6. CONCLUSÃO Trocadores de calor são muito utilizados na indústria química, principalmente no setor de alimentos, uma vez que a temperatura é um fator essencial para a obtenção de um produto bom e de qualidade. Existem inúmeros tipos de trocadores de calor, sendo o casco e tubo um dos mais requisitados, uma vez que são de fácil manutenção e de ótima eficiência. Teoricamente os trocadores de calor casco e tubo em regime contracorrente são os mais usados na indústria, o que se mostrou evidente a partir dos cálculos feitos anteriormente, concluindo por fim que o regime contracorrente assumiu-se como mais eficiente em relação ao regime em paralelo. 7. BIBLIOGRAFIA Equipamentos de Troca Térmica. Disponível em: <http://essel.com.br/cursos/material/03/CAP2.pdf>. Acesso em: 18 dez. 2017.
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