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FRATURAS ABERTASFRATURAS ABERTAS Prof. Dr. Rui BarrosProf. Dr. Rui Barros “Num“Num passadopassado distante,distante, aa fraturafratura expostaexposta eraera tidatida comocomo umauma situaçãosituação dede altoalto riscorisco dede mortemorte.. NãoNão haviahavia outraoutra alternativaalternativa senãosenão aa amputaçãoamputação dodo membro,membro, numanuma tentativatentativa desesperadadesesperada dede preservaçãopreservação dada vida”vida” Fases Histórico- Evolutivas do Tratamento 1- Preservação da vida 2- Preservação do segmento 3- Prevenção da infecção 4- Preservação da função “Fraturas que se “Fraturas que se comunicamcomunicam com o com o meio ambiente através de lesão de meio ambiente através de lesão de partes moles e se partes moles e se contaminamcontaminam” ” Fratura exposta: variedade da Fratura exposta: variedade da fratura aberta na qual o osso fratura aberta na qual o osso permanece expostopermanece exposto ETIOPATOGENIAETIOPATOGENIA ETIOLOGIAETIOLOGIA 3 ambientes clássicos3 ambientes clássicos TrânsitoTrânsito: alta energia e : alta energia e alta velocidadealta velocidade PáraPára--choque no choque no atropelamentoatropelamento Queda ou colisão na Queda ou colisão na motocicletamotocicleta Colisão automóvelColisão automóvel + MMII+ MMII Ac. TrabalhoAc. Trabalho + mão em especial na + mão em especial na ponta dos dedosponta dos dedos EsportesEsportes + radicais: skate, mountain + radicais: skate, mountain bike, paraquedismobike, paraquedismo Mecanismos de TraumaMecanismos de Trauma DiretoDireto Mais frequenteMais frequente Maior energiaMaior energia Maior lesão de partes Maior lesão de partes molesmoles IndiretoIndireto RotaçãoRotação EsportesEsportes PatologiaPatologia Trauma de alta Trauma de alta energiaenergia Lesão ósseaLesão óssea Lesão partes moles: Lesão partes moles: periósteo, músculos, periósteo, músculos, tendões e peletendões e pele Lesões de estruturas Lesões de estruturas vitais: vasos e nervosvitais: vasos e nervos Exigente investigação Exigente investigação clínicaclínica PatologiaPatologia A A lesão associadalesão associada pode pode ser mais grave do que a ser mais grave do que a própria lesão óssea, própria lesão óssea, (Lange 1985)(Lange 1985) Frat. Exposta associada a Frat. Exposta associada a lesão lesão arterialarterial pode levar a mortepode levar a morte A frat. exposta associada a A frat. exposta associada a lesão lesão do nervo tibialdo nervo tibial em muitos casos é em muitos casos é indicação de amputação mesmo indicação de amputação mesmo que a fratura consolide bem, não que a fratura consolide bem, não haverá função útil ao membro haverá função útil ao membro sem inervação plantarsem inervação plantar PatologiaPatologia PatologiaPatologia Fratura contaminadaFratura contaminada: até 6 hrs. de : até 6 hrs. de lesãolesão Fratura Fratura infectadainfectada: após 6 hrs. de : após 6 hrs. de evoluçãoevolução PatologiaPatologia Fatores relacionados com a gravidade da Fatores relacionados com a gravidade da infecçãoinfecção Espaço mortoEspaço morto Tecidos desvitalizadosTecidos desvitalizados Contaminantes Contaminantes –– corpos estranhoscorpos estranhos DevascularizaçãoDevascularização CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO Classificação de GustiloClassificação de Gustilo Grau IGrau I < 1 cm< 1 cm Grau IIGrau II 1 a 10 cm1 a 10 cm Grau IIIGrau III > 10 cm> 10 cm AA-- cobertura possívelcobertura possível BB-- cobertura impossível, permanecendo osso cobertura impossível, permanecendo osso expostoexposto CC-- lesão neurovascular lesão neurovascular –– considerar considerar amputaçãoamputação Classificação de GustiloClassificação de Gustilo Grau IGrau I < 1 cm < 1 cm de dentro para fora,de dentro para fora, baixa energia, baixa energia, pequena contaminaçãopequena contaminação CUIDADOCUIDADO:: Pode confundir com uma Pode confundir com uma fratura fechada associada a fratura fechada associada a um pequeno ferimento um pequeno ferimento cutâneocutâneo Infecção grave pelo Infecção grave pelo ambiente anaeróbico que se ambiente anaeróbico que se cria no interior do membro cria no interior do membro –– GANGRENA GASOSA, GANGRENA GASOSA, MUITO COMUM NO MUITO COMUM NO PASSADO PASSADO –– ODOR FÉTIDOODOR FÉTIDO Classificação de GustiloClassificação de Gustilo Grau IIGrau II 1<GII<101<GII<10 cmcm Mais contaminaçãoMais contaminação Lesão muscularLesão muscular Lesão cutâneaLesão cutânea Energia cinética moderadaEnergia cinética moderada Classificação de GustiloClassificação de Gustilo Grau III Grau III –– AA >10 cm>10 cm Lesão partes moles Lesão partes moles extensa com perda extensa com perda de substânciade substância ContaminaçãoContaminação Ainda é possível Ainda é possível cobrir o ossocobrir o osso Alta energiaAlta energia De fora para dentroDe fora para dentro Classificação de GustiloClassificação de Gustilo Grau III Grau III –– BB Não é possível a Não é possível a cobertura ósseacobertura óssea Classificação de GustiloClassificação de Gustilo Grau III Grau III -- CC Lesão neurovascularLesão neurovascular Quase amputação Quase amputação traumáticatraumática Incidência de infecçãoIncidência de infecção Grau I 2%Grau I 2% Grau II 10%Grau II 10% Grau III A 18%Grau III A 18% Grau III B e C 36%Grau III B e C 36% DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO PréPré--HospitalarHospitalar Critérios hierárquicos na avaliação do paciente Critérios hierárquicos na avaliação do paciente politraumatizado (ATLS: advanced trauma life politraumatizado (ATLS: advanced trauma life support) support) -- ABCDEABCDE AA-- Airway with cervicalAirway with cervical-- spine controlspine control BB-- BreathingBreathing CC-- CirculationCirculation DD-- Disability or neurologic statusDisability or neurologic status EE-- Exposure(undress) with temperature controlExposure(undress) with temperature control **Estabilização provisória da fratura e curativoEstabilização provisória da fratura e curativo DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO HospitalarHospitalar Clínico: Clínico: geral e localgeral e local Exames complementaresExames complementares RXRX Ex. laboratoriais: hemograma, tipagem Ex. laboratoriais: hemograma, tipagem sanguínea, glicemia, coagulograma, Uréia, sanguínea, glicemia, coagulograma, Uréia, creatinina, etc.creatinina, etc. Cultura: não é necessáriaCultura: não é necessária DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO AnamneseAnamnese: : HDA: Mecanismo de trauma HDA: Mecanismo de trauma Doenças (diabetes, Doenças (diabetes, hipertensão, etc),hipertensão, etc), Alergia, Alergia, Profilaxia do tétanoProfilaxia do tétano Exame físicoExame físico:: Extensão da lesão de partes Extensão da lesão de partes molesmoles Tempo traumaTempo trauma Corpos estranhosCorpos estranhos Tecidos desvitalizadosTecidos desvitalizados Exposição ósseaExposição óssea Perda cutâneaPerda cutânea Cor, temperatura e enchimento Cor, temperatura e enchimento capilar e pulsos da extremidadecapilar e pulsos da extremidade Sensibilidade e motricidade da Sensibilidade e motricidade da extremidade (distal à lesão)extremidade (distal à lesão) DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO RadiográficoRadiográfico Pistas da natureza do Pistas da natureza do trauma:trauma: Traço simples: baixa energiaTraço simples: baixa energia Cominutivo: alta energiaCominutivo:alta energia Má qualidade ósseaMá qualidade óssea Corpos estranhosCorpos estranhos Presença de ar na lesãoPresença de ar na lesão Pouco tempo de lesão: fratura Pouco tempo de lesão: fratura expostaexposta Decorridas muitas horas: pode Decorridas muitas horas: pode significar gangrena gasosasignificar gangrena gasosa Avaliação de partes molesAvaliação de partes moles TRATAMENTOTRATAMENTO TRATAMENTOTRATAMENTO PrincípiosPrincípios Prevenção da infecçãoPrevenção da infecção Estabilização da fratura Estabilização da fratura Cicatrização partes molesCicatrização partes moles ConsolidaçãoConsolidação Restauração da funçãoRestauração da função Estágios do TratamentoEstágios do Tratamento PréPré--hospitalarhospitalar HospitalarHospitalar Tratamento PréTratamento Pré--hospitalarhospitalar No local do acidenteNo local do acidente Cuidados sistêmicos Cuidados sistêmicos Cuidados locaisCuidados locais Imobilização Imobilização provisóriaprovisória TransporteTransporte Tratamento HospitalarTratamento Hospitalar Acolhimento do pacienteAcolhimento do paciente Cirurgia: sempreCirurgia: sempre PrimáriaPrimária SecundáriaSecundária AntibioticoterapiaAntibioticoterapia Tratamento HospitalarTratamento Hospitalar CirurgiaCirurgia Antissepsia e Antissepsia e assepsiaassepsia Tratamento HospitalarTratamento Hospitalar CirurgiaCirurgia Desbridamento de Desbridamento de tecidos desvitalizados ou tecidos desvitalizados ou contaminadoscontaminados Remoção corpo estranhoRemoção corpo estranho Cirugia primáriaCirugia primária Redução e estabilização Redução e estabilização fraturafratura Fixador externoFixador externo Cirurgia secundáriaCirurgia secundária Osteossíntese tardia: placa Osteossíntese tardia: placa e parafuso ou haste e parafuso ou haste intramedularintramedular Tratamento HospitalarTratamento Hospitalar ANTIBIOTICOTERAPIAANTIBIOTICOTERAPIA Fratura aberta tipo 1Fratura aberta tipo 1 IntraIntra--operatório: Cefazolina operatório: Cefazolina 1g EV 4/4 hs1g EV 4/4 hs PósPós--operatório: cefazolina 1g operatório: cefazolina 1g EV 8/8 hs / 2 semanasEV 8/8 hs / 2 semanas Fratura aberta tipos 2 e 3Fratura aberta tipos 2 e 3 IntraIntra--operatório: operatório: Clindamicina 600mg EV 6/6 Clindamicina 600mg EV 6/6 hs hs Gentamicina 240 mg /dia EVGentamicina 240 mg /dia EV PósPós--operatório: operatório: O mesmoO mesmo Total de 2 semanasTotal de 2 semanas ComplicaçõesComplicações MorteMorte Fenômenos tromboembólicosFenômenos tromboembólicos InfecçãoInfecção PseudoartrosePseudoartrose Consolidação viciosaConsolidação viciosa Distúrbio funcionalDistúrbio funcional Tratamento HospitalarTratamento Hospitalar CASOS CLÍNICOSCASOS CLÍNICOS Subluxação do joelho “Seja“Seja exigente,exigente, atencioso,atencioso, investigadorinvestigador ee diligentediligente nana profissãoprofissão médica,médica, nãonão economizandoeconomizando taistais qualidadesqualidades nasnas fraturasfraturas expostas”expostas” RuiRui BarrosBarros
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