PRIMEIRA GRANDE GUERRA MUNDIAL

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PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)
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 “Se a Alemanha fosse extinta amanhã, não haveria depois de amanhã um só inglês no mundo que não fosse mais rico do que é hoje. Não se deve lutar por um comércio de duzentos e cinqüenta milhões de esterlinos? (...) A Inglaterra despertou afinal para o que é inevitável e constitui ao mesmo tempo a sua mais grata esperança de prosperidade. A Alemanha deve ser destruída”
 (Trechos de The Saturday Review. Citado por BURNS, E. MCNALL, op. Cit., pág. 784.)
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PONTOS DE ATRITO
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Anglo-germânico : unificação tardia, desenvolvimento industrial acelerado, corrida colonial (projetos ferroviários faraônicos), corrida naval, rompimento do equilíbrio europeu.
Franco-germânico : Girando principalmente em torno da questão da Alsácia-Lorena e da penetração francesa no Marrocos
Austro-russo : Afastados do Extremo Oriente após a derrota 	para o Japão (1905), os russos voltaram as atenções para os Bálcãs; nesta região, a política russa foi de apoio à Sérvia, foco de agitação nacionalista antiaustríaca .
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Russo-alemão : Em torno do controle dos Estreitos de Dardanelos .
Austro-sérvio : Nos Bálcãs, a Sérvia fomentava as agitações nacionalistas dentro do Império Austro-Húngaro (monarquia dual formada por minorias nacionais eslavas).
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O NACIONALISMO
França: Revanchismo contra a Alemanha.
Alemanha: Pangermanismo – Partia-se do princípio de que o espírito alemão era o mais puro possível, e deveria se impor sobre todos os povos de origem germânica
Rússia: Pan-eslavismo - atribuindo aos russos a função de proteger os demais povos eslavos.
Itália: Irredentismo - O processo de unificação italiana estava incompleto, pois faltava incorporar as províncias irredentas.
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A PAZ ARMADA
 No início do séc. XX, a conjuntura internacional se caracterizava pela “paz armada”, reflexo da corrida armamentista e do espírito militarista que impregnavam o governo da época. Essa situação atendia, em especial, ao complexo industrial que se desenvolvera com o aparecimento do capitalismo monopolista (Eric Hobsbawn denomina esse processo de ‘tecnologia da morte’, afirmando que os grandes clientes da indústria bélica foram os governos dos países europeus). Assim, acreditava-se que se todos os países estivessem prontos para a guerra, ela poderia ser evitada. 
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A POLÍTICA DE ALIANÇAS
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O ESTOPIM DA GUERRA
 Ocorreu, quando o herdeiro do trono austríaco foi assassinado em Sarajevo, por um estudante da Bósnia-Herzegovina. A partir daí os acontecimentos se precipitaram e os sistemas de aliança passaram a ser ativados.
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A EUFORIA DA GUERRA
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FASES DA GUERRA
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1ª etapa - Guerra de movimento (1914) - Frente ocidental (ameaça alemã sobre Paris – Batalha do Marne) e Frente oriental ( ofensiva russa detida pelos alemães )
2ª etapa - Guerra de trincheiras (1915 e 1916) – Frente oriental (gigantesca ofensiva alemã sobre a Rússia) , Itália entra no conflito a favor dos aliados e a Bulgária aderiu às potências centrais e Frente Ocidental (franceses e alemães se enfrentam na batalha de Verdun)
1917 : o ano crítico - A decisão do conflito ocorreu em 1917 – A Rússia se retira da guerra , agravamento da campanha submarina alemã irrestrita e a entrada dos EUA no conflito o que praticamente resolveu o mesmo.
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A “VITÓRIA”
1918 : a vitória dos aliados – Recomeça a guerra de movimento das potências centrais sobre os aliados (ofensiva alemã paralisada na 2ª batalha do Marne) , Bulgária capitulou, o Império Austro-Húngaro se decompôs e a Alemanha assinou o armistício em 11 de Novembro, pondo fim a guerra.
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O FIM DA GUERRA
 Em Janeiro de 1919 reuniu-se em Paris uma conferência de paz, na qual eram representados 32 países. Contudo, os países vencidos e a Rússia não participaram. Tal situação inicial já mostrava o objetivo (principalmente por parte da Inglaterra e França) de impor uma “paz cartaginesa” aos derrotados, o que de certa forma não ratificava a proposta do presidente dos EUA (os 14 pontos), principalmente no que diz respeito à assinatura de uma paz sem vencidos e vencedores.
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O TRATADO DE VERSALHES
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Restituição à França da Alsácia-Lorena;
Cessão de territórios à Bélgica (Eupen e Malmédy), à Dinamarca (Schleswig) e à Polônia (maior parte da Prússia Ocidental e da Posnânia);
Perda de suas colônias;
Cessão à França das minas de carvão da Bacia do Sarre;
A Alemanha perdia : 1/6 das suas terras aráveis, 2/5 do seu carvão, 2/3 do seu ferro e 1/5 do seu gado;
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A Prússia oriental ficou separada do resto da Alemanha pelo célebre corredor polonês e o porto de Dantzig passou ao controle político da Liga das Nações e a exploração da Polônia;
Proibição de ter aviação militar, Marinha de guerra e serviço militar obrigatório;
Desmilitarização da Renânia (região fronteiriça à Bélgica e a França);
A Alemanha foi considerada como única culpada pela guerra, devendo reparações de guerra no total de U$ 33 bilhões.
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AS CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA
Progressiva degradação dos ideais liberais e democráticos, esse fenômeno foi particularmente intenso na Alemanha (“ditado de Versalhes”) e na Itália (insatisfação com as compensações após a guerra).
Com a desmobilização verificou-se um considerável desemprego nos países europeus e a difícil inserção do ex-combatente na sociedade. Essa questão foi utilizada como propaganda política dos grupos nazi-fascistas.
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A URSS, não convocada para a Conferência de Paris, teve seus territórios invadidos pelos seus antigos aliados; o fracasso da intevenção militar resultou em uma política de isolamento ao primeiro Estado socialista do mundo : a política do Cordão Sanitário.
A Europa perdeu sua hegemonia política e econômica.
Queda brusca da natalidade o que afetou a produção e o consumo.
Inaugurou a era das mortes civis em grandes guerras.