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GABARITO 3º ANO

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HISTÓRIA 3º ANO
3ª PROVA PERIÓDICA
GABARITO DA 1ª QUESTÃO
B
D
B
B
E
C
C
D
B
D
GABARITO DA 2ª QUESTÃO
2.1 - O historiador José Murilo de Carvalho, em seu livro “A formação das almas. A construção do imaginário republicano”, aponta três correntes ideológicas que disputaram entre si a legitimação do novo regime republicano no Brasil.
O autor fala que, como no caso francês, houve no Brasil um batalha de símbolos em torno da imagem do novo regime cuja finalidade era atingir o imaginário popular, e recriá-lo à luz dos valores republicanos, pois é por meio do imaginário que as sociedades definem suas identidades, objetivos e organizam seu passado, presente e futuro. (8,0 pontos)
Com base no exposto acima responda as questões abaixo.
Cite as três correntes ideológicas, na verdade modelos republicanos, importadas pelos brasileiros e explique pela menos uma característica de cada corrente. (3,0 pontos)
R: Modelo republicano norte-americano Liberal (0,50 pontos), Modelo republicano positivista (0,50 pontos) e modelo republicano jacobino (0,50 pontos).
O modelo liberal norte-americano tinha como base filosófica do novo pacto político a predominância do interesse individual (0,50 pontos); o modelo positivista defendia uma ditadura republicana (0,50 pontos) e o modelo jacobino apontava para uma valorização da intervenção direta do povo no governo republicano (0,50 pontos).
Aponte os grupos sociais, no Brasil, que adotaram essas correntes ideológicas como projetos políticos republicanos distintos, fazendo a devida ligação entre grupo social e ideologia. (3,0 pontos)
R: cafeicultores do Oeste Paulista (0,50 pontos) adotaram o modelo liberal norte-americano (0,50 pontos); classe média urbana (0,50 pontos) adotou o modelo jacobino (0,50 pontos) e um grupo de militares, estudantes e professores (0,50 pontos) adotaram o positivismo (0,50 pontos).
Aponte qual dessas correntes ideológicas passou a apoiar e se identificar com o florianismo, além de explicar dois motivos para tal apoio. (2,0 pontos)
R: Jacobinismo (1,0 ponto). Floriano Peixoto com sua política econômica voltou-se para as questões sociais (0,5 ponto), atraindo com isso o apoio deste grupo, como se pode observar por suas medidas de alcance popular como por exemplo: a redução de aluguéis de habitações populares e a suspensão do imposto da carne vendida no varejo. Além disso, é preciso destacar seu nacionalismo (0,5 ponto) contundente em pronunciamentos e atos indo de encontro ao xenofobismo dos republicanos radicais (jacobinos)
2.2 - O historiador José Murilo de Carvalho em seu livro “Os bestializados. O Rio de janeiro e a República que não foi,” menciona a frase que se tornou famosa pronunciada por Aristides Lobo, ao mostrar desapontamento com a maneira pela qual foi proclamado o novo regime (República). Segundo Aristides, o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido protagonista dos acontecimentos, assistira a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver talvez uma parada militar. Cita ainda outro observador, o francês Louis Couty, que pronunciou uma frase ainda mais devastadora: “O Brasil não tem povo.”
No entanto, Murilo de Carvalho assinala que tais visões são insatisfatórias, pois há a tendência de ver tal relação de maneira maniqueísta, segundo a qual o Estado é apresentado como vilão e a sociedade como vítima indefesa. Tal maniqueísmo inviabiliza mesmo qualquer noção de cidadania, pois ou se aceita o Estado como um mal necessário, à maneira agostiniana, ou se nega totalmente, à maneira anarquista. Na prática o que ocorre é uma atitude paternalista em relação ao povo, ao considerá-lo vítima impotente diante das maquinações do poder do Estado ou de grupos dominantes. Acaba-se por bestializar o povo.
Com base no exposto acima, explique como o autor concebe a participação popular no regime republicano, citando dois exemplos dessa participação que não se inscrevia no mundo oficial da política. (2,0 pontos)
R: Havia no Rio de Janeiro um vasto mundo de participação popular. Só que este mundo passava ao largo do mundo oficial da política. A cidade não era uma comunidade no sentido político, não havia o sentimento de pertencer a uma entidade coletiva. A participação era antes de ordem social e religiosa (1,0 ponto). Podia ser encontrada nas grandes festas populares como na Penha e Glória (0,5 ponto); concretizava-se em pequenas comunidades étnicas, locais ou mesmo habitacionais: Era a colônia portuguesa, a inglesa, colônia de imigrantes, era a pequena África da Saúde (formada por negros oriundos da Bahia, onde sob a matriarcal proteção da tia Ciata, se gestava o samba carioca e o moderno carnaval)(0,5 ponto), eram as estalagens cuja população podia chegar a mais de mil pessoas, como o cortiço de Botafogo, constituindo-se numa pequena república com vida própria, leis próprias (0,5 ponto).

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