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Contabilidade Fundamental - aula 6

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AGENTE DO 
TERCEIRO SETOR 
FUNDAMENTAL 
AULA 6 
 Contabilidade 
Departamento Pessoal 
Telma Gouvea 
SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO........................................................................................................3 
 
RECOMENDAÇÕES....................................................................................................3 
 
OBJETIVOS DA AULA.................................................................................................4 
 
INTRODUÇÃO.............................................................................................................5 
 
RELAÇÃO DE EMPREGO X RELAÇÃO DE TRABALHO...........................................6 
 
FORMAS DE CONTRATAÇÃO....................................................................................7 
 
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGENTE DO TERCEIRO SETOR 
FUNDAMENTAL 
Contabilidade 
Departamento Pessoal 
APRESENTAÇÃO 
 
Caro aluno: 
Este material didático corresponde à disciplina de Contabilidade do curso “Agente do 
Terceiro Setor Fundamental”. 
 
Contabilidade 
1 - A obrigatoriedade da Contabilidade para as Entidades do Terceiro Setor. 
2 - Documentação contábil: organização e controle. 
3 - Plano de Contas. 
4 - Obrigações assessórias – Retenções. 
5 - Obrigações assessórias – Recolhimentos. 
6- Departamento pessoal – Tipos de colaboradores e contratações. 
7- Processamento da Folha de Pagamento. 
8 - Controles Internos na entidade do Terceiro Setor. 
9 - Convênio e Parcerias. 
 
A disciplina de Contabilidade é importante para seu processo de capacitação e 
compreensão de questões contábeis que envolvem as entidades sociais. 
Os conteúdos foram cuidadosamente selecionados e a linguagem utilizada facilitará 
seus estudos à distância. 
Caso precise, procure sempre o glossário para consultar termos técnicos. 
 
RECOMENDAÇÕES: 
 
• LEIA OS TEXTOS INDICADOS (acesse os textos assinalados). 
• PROCURE EXPLORAR A BIBLIOGRAFIA OFERECIDA. 
• PARTICIPE DO FÓRUM DE DEBATES E TIRA- DÚVIDAS. 
• FAÇA A AVALIAÇÃO DE MÚLTIPLA ESCOLHA. 
 
Lembre-se de que poderá contar, sempre que precisar, com a ajuda do professor e 
de todos da Escola Aberta. 
Desejamos que tenha muito sucesso nesta aula e em toda a disciplina do curso. 
Bom Estudo! 
 
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OBJETIVOS DA AULA 
 
 Aprender sobre: 
 Departamento Pessoal 
 Relação emprego x trabalho 
 Formas de contratação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
As entidades do 3º setor podem contratar pessoas físicas por meio de um contrato 
individual de serviços ou receber serviços de pessoas voluntárias. 
 
Conceito de Departamento Pessoal: unidade de execução vinculada ao 
departamento de recursos humanos encarregada das atividades de: 
 
 Admissão dos colaboradores 
 Atualização cadastral 
 Rescisão 
 Elaboração da folha de pagamento 
 Entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RELAÇÃO DE EMPREGO X RELAÇÃO DE TRABALHO 
 
A relação de trabalho tem caráter genérico, referindo-se a todas as relações 
jurídicas caracterizadas por terem sua prestação de serviço em uma obrigação de 
fazer, consubstanciada em trabalho humano, a expressão engloba: a relação de 
emprego; a relação autônoma de trabalho; a relação de trabalho eventual; de avulso 
e de trabalho temporário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na CLT (DECRETO LEI 5452/1943) e legislação complementar => RELAÇÃO DE 
EMPREGO. 
As relações de trabalho são reguladas pelo código civil (lei 10406/2002) ou lei 
especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A RELAÇÃO 
DE EMPREGO 
SEMPRE É 
RELAÇÃO DE 
TRABALHO. 
 
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FORMAS DE CONTRATAÇÃO 
 
1. Empregado Celetista 
 
Regido pela CLT:Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou 
coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige 
a prestação pessoal de serviço. 
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de 
emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações 
recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores 
como empregados. 
§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, 
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de 
outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade 
econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente 
responsáveis, a empresa principal e cada uma das subordinadas. 
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de 
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à 
condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 
 
Configura-se vínculo empregatício sempre que a relação de trabalho entre o 
contratante (empregador) e o contratado (empregado) contiver os requisitos 
no art.2º e 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ou seja: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Subordinação 
Quem dirige a prestação de serviços e determina o que deve ser executado não é o 
trabalhador, mas sim o empregador. O empregado segue ordens do empregador e 
cumpre regras da empresa (ou a ela equiparados), tanto nos aspectos externos 
(local de trabalho, horários, vestuário) quanto na própria execução do serviço 
(objeto, metas, resultados, etc.). Da mesma forma, o trabalhador está submetido à 
vontade do empregador, que decide quando contratar e quando demitir. 
 
Pessoalidade 
A relação entre empresa e empregado é pessoal, ou seja, o trabalhador é contratado 
por suas qualidades e competências. A prestação deve ser executada por ele 
pessoalmente, e não por substitutos ou terceirizados. Por esta razão, a relação de 
emprego somente ocorre com o prestador de serviços pessoa física. 
 
Não Eventualidade 
O serviço não precisa ser prestado diariamente, contudo, deve existir uma certa 
regularidade que vincule o trabalhador ao contratante. Assim, a prestação realizada 
em dias fixos pode levar à configuração do vínculo de emprego, mesmo que em dias 
alternados, quando configuradas também a subordinação e a pessoalidade. 
 
Onerosidade 
O serviço deve ser remunerado, e não gratuito. A remuneração, ou o salário, não 
precisa necessariamente ser em dinheiro, podendo ocorrer através de outros 
benefícios, tais como moradia, alimentação, gorjetas. 
Para a configuração do vínculode emprego é necessária a presença de todos estes 
elementos. A inexistência de um deles, portanto, não configura a relação de 
emprego. Por outra via, a presença de todos eles, independentemente de haver 
contrato escrito que descaracterize a relação de emprego, configura a relação 
trabalhista e, portanto, a aplicação das normas de Direito do Trabalho. 
 
Formas de Contrato de Trabalho 
 
Contrato por prazo indeterminado 
Nessa modalidade não tem previsão de término, pois esta modalidade de contrato 
de trabalho, é celebrada entre as partes, de forma a não haver previsão de quando o 
contrato se extinguirá. 
 
Contrato por prazo determinado 
No artigo 443 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), prevê que o contrato de 
trabalho por prazo determinado, poderá ser celebrado em casos de substituição de 
 
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empregado afastado por férias, doença, etc. ou execução de um trabalho eventual. 
Esta modalidade de contrato de trabalho determina o efetivo início da prestação de 
serviços e também o seu término. 
 
Contrato de Experiência 
Nessa modalidade é estabelecido um período de experiência onde não pode ser 
superior a noventa dias. As partes (empregado e empregador) farão análise para 
saberem se haverá ou não o interesse em dar continuidade ao contrato de trabalho. 
Desta forma, o contrato de experiência, durante este período, terá as características 
de contrato por prazo determinado, porém, se ao chegar a data de vencimento 
prevista, nenhuma das partes se manifestar no sentido de promover a rescisão, o 
contrato passará automaticamente, a vigorar por prazo indeterminado. 
 
2. Mãe Social 
 
A chamada Mãe Social é uma figura atípica encontrada nas relações de emprego no 
Brasil: corresponde à prestação de serviços a uma instituição de assistência social, 
em que esta admite e coloca a mãe social em uma casa, tipo lar, onde terá a 
incumbência de residir e cuidar de determinado número de menores abandonados, 
mediante remuneração reajustável, assegurada pelo menos a percepção de um 
salário mínimo (Lei nº7.644/1987). 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3e_social 
 
As instituições sem finalidade lucrativa, ou de utilidade pública de assistência ao 
menor abandonado, e que funcionem pelo sistema de casas-lares, utilizarão mães 
sociais visando a propiciar ao menor as condições familiares ideais ao seu 
desenvolvimento e reintegração social. 
 
3. Autônomo 
 
Pessoa física que presta serviços em caráter eventual, a uma ou mais empresas, 
sem relação de trabalho, a qual depende, para ser caracterizada, dos seguintes 
pressupostos: 
 pessoalidade da contratação; 
 não eventualidade da prestação de serviços; 
 subordinação hierárquica; e 
 serviço prestado mediante pagamento de salário. 
 
O autônomo não é regido pela CLT, mas sim regulamentado pelo Código Civil. A 
 
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característica principal do autônomo é a liberdade de contratação. Com relação à 
remuneração (pagamento) do autônomo deve ser efetivada mediante recibo. 
 
 
O autônomo deve ter inscrição na prefeitura do município onde reside, bem como 
junto ao INSS. Deve fornecer cópia dessas inscrições junto ao contrato de prestação 
de serviços à entidade contratante. Sobre as verbas pagas ao autônomo, a entidade 
irá reter o INSS até o limite da tabela progressiva, e fazer o recolhimento na GFIP 
mensal. 
Fica dispensada essa retenção, se o autônomo comprovar com documento hábil 
(cópia do recolhimento anexado junto ao RPA), que efetuou o pagamento ao INSS 
pelo teto máximo. 
Sobre as verbas pagas ao autônomo a entidade efetuará o pagamento da cota 
patronal no percentual de 20% (todos os autônomos) com exceção do transportador 
autônomo cujo percentual é de 11,75%. 
Sobre as verbas pagas ao autônomo, não incide FGTS / SAT / Senac / Sesc / Senat. 
 
4. Aprendiz 
 
Aprendizagem é a formação técnico-profissional ministrada ao adolescente ou jovem 
segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor, implementada 
por meio de um contrato de aprendizagem (Estatuto da Criança e do Adolescente, 
art. 62). Esta formação técnico-profissional é feita por meio de um PROGRAMA DE 
APRENDIZAGEM, que prevê a execução de atividades teóricas e práticas, sob a 
orientação de entidade qualificada nesta modalidade de ensino. 
fonte: http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91764/estatuto-da-crianca-e-do-
adolescente-lei-8069-90#art-62 
 
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A lei que trata da aprendizagem é a Lei 10.097 de 19 de dezembro de 2000. O 
conteúdo dela modifica dispositivos da CLT ( do Decreto-lei n. 5.452 de 1943). 
No ano de 2005 a contratação de aprendizes passou a ser regulamentada pelo 
Decreto 5598 de 1 de dezembro de 2005. 
As Portarias 605/2007 e 1003/2008, além dos anexos 1 e 2 (Ministério do Trabalho e 
Emprego) integram este tema. 
Empregador: Todo estabelecimento (pessoa jurídica) com pelo menos 7 
empregados, conforme orientação do Ministério do Trabalho e Emprego MTE 
(Manual da Aprendizagem). 
Observações: As Micro Empresas, Empresas de Pequeno Porte que utilizam o 
SIMPLES e as Entidades sem fins lucrativos que tenham por objeto a educação 
profissional tem a faculdade de contratar aprendiz. 
As Empresas públicas e Sociedades de Economia Mista são obrigadas a contratar 
aprendiz, mediante processo seletivo público ou, indiretamente, por meio das 
Entidades sem fins lucrativos (Dec. 5598/05, art. 16). 
 
Contrato de Trabalho do Menor Aprendiz: O empregador estabelece com o 
aprendiz um vínculo de trabalho, mediante a assinatura de uma modalidade de 
contrato de trabalho por prazo determinado, denominado contrato de aprendizagem. 
Para que a relação de aprendizagem seja estabelecida é, portanto, indispensável 
que exista um contrato escrito. 
Jornada de Trabalho do aprendiz é de no máximo 6 horas diárias, ficando vedado 
prorrogação e a compensação de jornada, podendo chegar ao limite de 8 horas 
diárias desde que o aprendiz tenha completado o ensino fundamental, e se nelas 
forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. 
Salário do aprendiz: por determinação legal, não pode ser inferior ao salário 
mínimo/hora, observando-se o piso estadual. Porém: O contrato de aprendizagem, a 
convenção ou acordo coletivo da categoria poderão garantir salário maior que o 
mínimo. 
 
5. Estagiário 
 
A lei define estágio como ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no 
ambiente de trabalho, que objetiva a preparação para o trabalho produtivo de 
"educandos" que estejam frequentando o ensino regular em instituições de: 
I. educação superior; 
II. educação profissional; 
III. ensino médio; 
IV. educação especial e 
V. anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação 
de jovens e adultos. 
 
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Modalidades 
O estágio pode ser obrigatório e não obrigatório. Estágio obrigatório é aquele 
definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação 
e obtenção de diploma. Já estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como 
atividade opcional, acrescido à carga horária regular e obrigatória. 
 
Pessoas envolvidas na relação de estágio 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características do estágio 
O estágio não gera vínculo de emprego, desde que observados os seguintes 
requisitos: 
I. a matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, 
de educação profissional,de ensino médio, da educação especial e nos anos 
finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de 
jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; 
II. a celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente 
do estágio e a instituição de ensino; 
III. a compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas 
previstas no termo de compromisso de estágio. 
 
O não cumprimento dos requisitos legais para a celebração e cumprimento do 
contrato de estágio pode ensejar a descaracterização do mesmo e configurar uma 
relação de emprego, para os fins da legislação trabalhista e previdenciária. 
Jornada de atividades em estágio será definida de comum acordo entre a instituição 
de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal; 
devendo constar do termo de compromisso - ser compatível com as atividades 
escolares e não ultrapassar: 
I. 4 horas diárias e 20 horas semanais, no caso de estudantes de educação 
especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional 
de educação de jovens e adultos; 
II. 6 horas diárias e 30 horas semanais, no caso de estudantes do ensino 
superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. 
 
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Duração do estágio na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 anos, 
exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. 
Bolsa estágio e outros benefícios: O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma 
de contraprestação que venha a ser acordada, sendo obrigatória a sua concessão, 
bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. 
A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, 
entre outros, é lícita e não caracteriza vínculo empregatício. 
Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime 
Geral de Previdência Social. 
Termo de compromisso: deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu 
representante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente 
e da instituição de ensino, vedada a atuação dos agentes de integração como 
representantes de quaisquer das partes. 
O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades 
concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções: 
I. de 1 a 5 empregados: 1 estagiário; 
II. de 6 a 10 empregados: até 2 estagiários; 
III. de 11 a 25 empregados: até 5 estagiários; 
IV. acima de 25 empregados: até 20% de estagiários. 
 
6. TEMPORÁRIO 
 
A contratação de empregado temporário é prevista na Lei 6.019/74. 
Segundo Carrion (2006), o trabalho temporário é aquele prestado por empregado, e 
este, consequentemente, terá assegurado praticamente todo o conjunto de direitos 
destinados ao empregado normal. O temporário apenas não terá direito ao aviso 
prévio e à multa dos 40% (quarenta por cento) sobre o saldo do FGTS, no caso de 
dispensa motivada por parte do empregador. 
Para que a empresa possa contratar um empregado temporário, terá que fazê-lo 
através de empresa intermediária, as chamadas Agências de Emprego Temporário. 
Segundo a Lei que regulamenta a contratação de empregado temporário, o contrato 
de trabalho poderá ter, no máximo, 03 (três) meses de duração, este prazo, porém, 
poderá ser prorrogado uma única vez por igual período, desde que haja para tanto, 
autorização do Ministério do Trabalho. 
 
7. VOLUNTÁRIO 
 
É comum nas entidades haver a prestação de serviços a título de voluntariado ou 
gratuidade. Esses serviços prestados por pessoas físicas a título de voluntariado ou 
gratuidade pode ser em diversos segmentos: mão de obra qualificada ou não 
 
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(profissionais de saúde, profissionais da área administrativa, copeiras, cozinheiras, 
babás, pedreiros, pintores, etc.). 
Para cada tipo de serviço prestado, o mesmo deve ser mensurado, ou seja, atrelar a 
eles um valor de mercado (Interpretação Técnica Geral 2002 - Reconhecimento 
no.19 -> O trabalho voluntário deve ser reconhecido pelo valor justo da prestação do 
serviço como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro). 
Após essa mensuração, deve-se elaborar a folha de pagamento “da Gratuidade”, 
com o nome do prestador do serviço, o tipo de serviço prestado e o valor atribuído. 
O prestador do serviço a título gratuito deverá assinar a folha de pagamento. Nessa 
folha de pagamento não incide nenhum encargo trabalhista. 
Porque a necessidade da folha de pagamento, se os serviços são voluntários ou 
gratuitos? 
Em toda entidade do Terceiro Setor, existe a necessidade da transparência na 
prestação de contas. 
Todo serviço prestado a título de voluntariado ou gratuidade, contabilmente é 
lançado em conta de despesa e tem em contra partida uma receita de “Gratuidade”, 
portanto existe a necessidade de documentar esse fato de acordo com os Princípios 
Contábeis. 
Outro fato relevante, é a proteção para a entidade, visto que um serviço recebido a 
título voluntário, quando praticado de forma contínua, pode, num futuro, ser 
questionado em justiça pelo prestador como de caráter “contratado”, levando a 
entidade a responder por questões trabalhistas. 
 
8. TERCEIRIZADO 
 
A entidade poderá contratar para determinados serviços: (portaria – segurança – 
limpeza - enfermaria - cozinha - assistência médica, moto boy, etc.), empresas 
constituídas com personalidade jurídica, visto que na ausência de um prestador, ela 
se responsabiliza em enviar outro funcionário para cobrir essa falta, não 
comprometendo o andamento dos trabalhos da entidade contratante. 
A contratação de empresa terceirizada deverá ser feita por meio de contrato de 
prestação de serviços, com indicação detalhada: 
-das tarefas a serem desenvolvidas no local, -da responsabilidade pela ausência no 
trabalho de algum funcionário, -da responsabilidade pelas leis trabalhistas, -do 
tempo de duração e do valor a ser pago pelos serviços contratados. Por se tratar de 
mão de obra à disposição da entidade, quando for efetuar o pagamento da nota 
fiscal de prestação dos serviços, deverá se ater às seguintes regras: 
 reter INSS sobre o valor dos serviços no percentual de 11%, 
 recolher ao INSS através de GPS, em nome da empresa terceirizada o valor 
retido, colocando em observações o número da N.Fiscal de Prestação de 
Serviços. 
 a empresa terceirizada deverá anexar na nota fiscal de serviços prestados, 
os seguintes documentos: 
 
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a) Cópia da folha de pagamento com os nomes dos funcionários que prestaram 
serviços na entidade durante o mês. 
b) Cópia da GFIP / SEFIP com protocolo de entrega. 
c) Cópia da GPS devidamente paga. 
d) Cópia da GFIP devidamente paga. 
 
Obs.: Por se tratar de mão de obra à disposição da contratante, a entidade deverá 
solicitar a cada seis meses as certidões (INSS e FGTS) à empresa terceirizada, para 
não ser penalizada em processos trabalhistas futuros como responsável solidária. 
 
9. Cooperado 
 
Considera-se Cooperado o trabalhador associado a cooperativa, que adere aos 
propósitos sociais e preenche as condições estabelecidas em estatuto de 
cooperativa. 
O trabalhador que aderir à Cooperativa e, por estatuto da mesma, adquirir o status 
de cooperado não é caracterizado como empregado. (Art. 442 da CLT). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIAFUNDAMENTAL 
Da relação de trabalho x relação de emprego, disponível pelo link: 
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11139&revista_cadern
o=25 , acesso em 13 de janeiro de 2013. 
 
Decreto-Lei 5.452 de 1943 – Consolidação das Leis do Trabalho, disponível pelo 
link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm, acesso em 13 de 
janeiro de 2013. 
 
Mãe social, disponível pelo link: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3e_social, 
acesso em 13 de janeiro de 2013 
 
Lei 5.598 de 2005 – Aprendiz Regulamenta a contratação de aprendizes e dá outras 
providências, disponível pelo link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2005/Decreto/D5598.htm, acesso em 13 de janeiro de 2013. 
 
Lei 7.644 de 1987 – Dispõe sobre a Regulamentação da Atividade de Mãe Social e 
dá outras Providências, disponível pelo link: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7644.htm, acesso em 13 de janeiro de 
2013. 
 
Lei 9.608 de 1998 – Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências, 
disponível pelo link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9608.htm, acesso em 
13 de janeiro de 2013. 
 
Lei 10.406 de 2002 – Institui o Código Civil, disponível pelo link: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm, acesso em 13 de janeiro 
de 2013. 
 
Lei 11.788 de 208 - Estágio Dispõe sobre o estágio de estudantes, disponível pelo 
link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm, acesso 
em 13 de janeiro de 2013. 
 
Portal Terceiro Setor, disponível pelo link: http://www.terceirosetoronline.com.br, 
acesso em 13 de janeiro de 2013. 
 
 
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Sindicato dos Contabilistas de São Paulo SINDCONT, disponível pelo link: 
http://www.sindcontsp.org.br/view/index.php, acesso em 13 de janeiro de 2013. 
 
COMPLEMENTAR 
LEI 12.249/ 2010 - dispõe sobre a fiscalização do exercício da profissão contábil - 
disponível pelo link: 
http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/Lei12249.h
tm, acesso em 19 de outubro de 2010. 
 
WIKIPEDIA - enciclopédia livre - disponível pelo link: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal, acesso em 
19 de outubro de 2012. 
 
 
 
 
Educação à distância 
 
(Material didático) 
Modo de acesso: Escola Aberta- Virtual 
Também disponível para reprografia 
Inclui bibliografia 
Este material é de uso exclusivo dos matriculados nos cursos à distância da 
ESCOLA ABERTA DO TERCEIRO SETOR 
ADMINISTRAÇÃO - www.escolaaberta3setor.org.br

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