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AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL AULA 6 Contabilidade Departamento Pessoal Telma Gouvea SUMÁRIO APRESENTAÇÃO........................................................................................................3 RECOMENDAÇÕES....................................................................................................3 OBJETIVOS DA AULA.................................................................................................4 INTRODUÇÃO.............................................................................................................5 RELAÇÃO DE EMPREGO X RELAÇÃO DE TRABALHO...........................................6 FORMAS DE CONTRATAÇÃO....................................................................................7 BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................16 3 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal APRESENTAÇÃO Caro aluno: Este material didático corresponde à disciplina de Contabilidade do curso “Agente do Terceiro Setor Fundamental”. Contabilidade 1 - A obrigatoriedade da Contabilidade para as Entidades do Terceiro Setor. 2 - Documentação contábil: organização e controle. 3 - Plano de Contas. 4 - Obrigações assessórias – Retenções. 5 - Obrigações assessórias – Recolhimentos. 6- Departamento pessoal – Tipos de colaboradores e contratações. 7- Processamento da Folha de Pagamento. 8 - Controles Internos na entidade do Terceiro Setor. 9 - Convênio e Parcerias. A disciplina de Contabilidade é importante para seu processo de capacitação e compreensão de questões contábeis que envolvem as entidades sociais. Os conteúdos foram cuidadosamente selecionados e a linguagem utilizada facilitará seus estudos à distância. Caso precise, procure sempre o glossário para consultar termos técnicos. RECOMENDAÇÕES: • LEIA OS TEXTOS INDICADOS (acesse os textos assinalados). • PROCURE EXPLORAR A BIBLIOGRAFIA OFERECIDA. • PARTICIPE DO FÓRUM DE DEBATES E TIRA- DÚVIDAS. • FAÇA A AVALIAÇÃO DE MÚLTIPLA ESCOLHA. Lembre-se de que poderá contar, sempre que precisar, com a ajuda do professor e de todos da Escola Aberta. Desejamos que tenha muito sucesso nesta aula e em toda a disciplina do curso. Bom Estudo! 4 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal OBJETIVOS DA AULA Aprender sobre: Departamento Pessoal Relação emprego x trabalho Formas de contratação 5 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal INTRODUÇÃO As entidades do 3º setor podem contratar pessoas físicas por meio de um contrato individual de serviços ou receber serviços de pessoas voluntárias. Conceito de Departamento Pessoal: unidade de execução vinculada ao departamento de recursos humanos encarregada das atividades de: Admissão dos colaboradores Atualização cadastral Rescisão Elaboração da folha de pagamento Entre outras. 6 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal RELAÇÃO DE EMPREGO X RELAÇÃO DE TRABALHO A relação de trabalho tem caráter genérico, referindo-se a todas as relações jurídicas caracterizadas por terem sua prestação de serviço em uma obrigação de fazer, consubstanciada em trabalho humano, a expressão engloba: a relação de emprego; a relação autônoma de trabalho; a relação de trabalho eventual; de avulso e de trabalho temporário. Na CLT (DECRETO LEI 5452/1943) e legislação complementar => RELAÇÃO DE EMPREGO. As relações de trabalho são reguladas pelo código civil (lei 10406/2002) ou lei especial. A RELAÇÃO DE EMPREGO SEMPRE É RELAÇÃO DE TRABALHO. 7 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal FORMAS DE CONTRATAÇÃO 1. Empregado Celetista Regido pela CLT:Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis, a empresa principal e cada uma das subordinadas. Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Configura-se vínculo empregatício sempre que a relação de trabalho entre o contratante (empregador) e o contratado (empregado) contiver os requisitos no art.2º e 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ou seja: 8 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal Subordinação Quem dirige a prestação de serviços e determina o que deve ser executado não é o trabalhador, mas sim o empregador. O empregado segue ordens do empregador e cumpre regras da empresa (ou a ela equiparados), tanto nos aspectos externos (local de trabalho, horários, vestuário) quanto na própria execução do serviço (objeto, metas, resultados, etc.). Da mesma forma, o trabalhador está submetido à vontade do empregador, que decide quando contratar e quando demitir. Pessoalidade A relação entre empresa e empregado é pessoal, ou seja, o trabalhador é contratado por suas qualidades e competências. A prestação deve ser executada por ele pessoalmente, e não por substitutos ou terceirizados. Por esta razão, a relação de emprego somente ocorre com o prestador de serviços pessoa física. Não Eventualidade O serviço não precisa ser prestado diariamente, contudo, deve existir uma certa regularidade que vincule o trabalhador ao contratante. Assim, a prestação realizada em dias fixos pode levar à configuração do vínculo de emprego, mesmo que em dias alternados, quando configuradas também a subordinação e a pessoalidade. Onerosidade O serviço deve ser remunerado, e não gratuito. A remuneração, ou o salário, não precisa necessariamente ser em dinheiro, podendo ocorrer através de outros benefícios, tais como moradia, alimentação, gorjetas. Para a configuração do vínculode emprego é necessária a presença de todos estes elementos. A inexistência de um deles, portanto, não configura a relação de emprego. Por outra via, a presença de todos eles, independentemente de haver contrato escrito que descaracterize a relação de emprego, configura a relação trabalhista e, portanto, a aplicação das normas de Direito do Trabalho. Formas de Contrato de Trabalho Contrato por prazo indeterminado Nessa modalidade não tem previsão de término, pois esta modalidade de contrato de trabalho, é celebrada entre as partes, de forma a não haver previsão de quando o contrato se extinguirá. Contrato por prazo determinado No artigo 443 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), prevê que o contrato de trabalho por prazo determinado, poderá ser celebrado em casos de substituição de 9 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal empregado afastado por férias, doença, etc. ou execução de um trabalho eventual. Esta modalidade de contrato de trabalho determina o efetivo início da prestação de serviços e também o seu término. Contrato de Experiência Nessa modalidade é estabelecido um período de experiência onde não pode ser superior a noventa dias. As partes (empregado e empregador) farão análise para saberem se haverá ou não o interesse em dar continuidade ao contrato de trabalho. Desta forma, o contrato de experiência, durante este período, terá as características de contrato por prazo determinado, porém, se ao chegar a data de vencimento prevista, nenhuma das partes se manifestar no sentido de promover a rescisão, o contrato passará automaticamente, a vigorar por prazo indeterminado. 2. Mãe Social A chamada Mãe Social é uma figura atípica encontrada nas relações de emprego no Brasil: corresponde à prestação de serviços a uma instituição de assistência social, em que esta admite e coloca a mãe social em uma casa, tipo lar, onde terá a incumbência de residir e cuidar de determinado número de menores abandonados, mediante remuneração reajustável, assegurada pelo menos a percepção de um salário mínimo (Lei nº7.644/1987). Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3e_social As instituições sem finalidade lucrativa, ou de utilidade pública de assistência ao menor abandonado, e que funcionem pelo sistema de casas-lares, utilizarão mães sociais visando a propiciar ao menor as condições familiares ideais ao seu desenvolvimento e reintegração social. 3. Autônomo Pessoa física que presta serviços em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de trabalho, a qual depende, para ser caracterizada, dos seguintes pressupostos: pessoalidade da contratação; não eventualidade da prestação de serviços; subordinação hierárquica; e serviço prestado mediante pagamento de salário. O autônomo não é regido pela CLT, mas sim regulamentado pelo Código Civil. A 10 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal característica principal do autônomo é a liberdade de contratação. Com relação à remuneração (pagamento) do autônomo deve ser efetivada mediante recibo. O autônomo deve ter inscrição na prefeitura do município onde reside, bem como junto ao INSS. Deve fornecer cópia dessas inscrições junto ao contrato de prestação de serviços à entidade contratante. Sobre as verbas pagas ao autônomo, a entidade irá reter o INSS até o limite da tabela progressiva, e fazer o recolhimento na GFIP mensal. Fica dispensada essa retenção, se o autônomo comprovar com documento hábil (cópia do recolhimento anexado junto ao RPA), que efetuou o pagamento ao INSS pelo teto máximo. Sobre as verbas pagas ao autônomo a entidade efetuará o pagamento da cota patronal no percentual de 20% (todos os autônomos) com exceção do transportador autônomo cujo percentual é de 11,75%. Sobre as verbas pagas ao autônomo, não incide FGTS / SAT / Senac / Sesc / Senat. 4. Aprendiz Aprendizagem é a formação técnico-profissional ministrada ao adolescente ou jovem segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor, implementada por meio de um contrato de aprendizagem (Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 62). Esta formação técnico-profissional é feita por meio de um PROGRAMA DE APRENDIZAGEM, que prevê a execução de atividades teóricas e práticas, sob a orientação de entidade qualificada nesta modalidade de ensino. fonte: http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91764/estatuto-da-crianca-e-do- adolescente-lei-8069-90#art-62 11 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal A lei que trata da aprendizagem é a Lei 10.097 de 19 de dezembro de 2000. O conteúdo dela modifica dispositivos da CLT ( do Decreto-lei n. 5.452 de 1943). No ano de 2005 a contratação de aprendizes passou a ser regulamentada pelo Decreto 5598 de 1 de dezembro de 2005. As Portarias 605/2007 e 1003/2008, além dos anexos 1 e 2 (Ministério do Trabalho e Emprego) integram este tema. Empregador: Todo estabelecimento (pessoa jurídica) com pelo menos 7 empregados, conforme orientação do Ministério do Trabalho e Emprego MTE (Manual da Aprendizagem). Observações: As Micro Empresas, Empresas de Pequeno Porte que utilizam o SIMPLES e as Entidades sem fins lucrativos que tenham por objeto a educação profissional tem a faculdade de contratar aprendiz. As Empresas públicas e Sociedades de Economia Mista são obrigadas a contratar aprendiz, mediante processo seletivo público ou, indiretamente, por meio das Entidades sem fins lucrativos (Dec. 5598/05, art. 16). Contrato de Trabalho do Menor Aprendiz: O empregador estabelece com o aprendiz um vínculo de trabalho, mediante a assinatura de uma modalidade de contrato de trabalho por prazo determinado, denominado contrato de aprendizagem. Para que a relação de aprendizagem seja estabelecida é, portanto, indispensável que exista um contrato escrito. Jornada de Trabalho do aprendiz é de no máximo 6 horas diárias, ficando vedado prorrogação e a compensação de jornada, podendo chegar ao limite de 8 horas diárias desde que o aprendiz tenha completado o ensino fundamental, e se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. Salário do aprendiz: por determinação legal, não pode ser inferior ao salário mínimo/hora, observando-se o piso estadual. Porém: O contrato de aprendizagem, a convenção ou acordo coletivo da categoria poderão garantir salário maior que o mínimo. 5. Estagiário A lei define estágio como ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que objetiva a preparação para o trabalho produtivo de "educandos" que estejam frequentando o ensino regular em instituições de: I. educação superior; II. educação profissional; III. ensino médio; IV. educação especial e V. anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. 12 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal Modalidades O estágio pode ser obrigatório e não obrigatório. Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. Já estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescido à carga horária regular e obrigatória. Pessoas envolvidas na relação de estágio Características do estágio O estágio não gera vínculo de emprego, desde que observados os seguintes requisitos: I. a matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional,de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; II. a celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; III. a compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso de estágio. O não cumprimento dos requisitos legais para a celebração e cumprimento do contrato de estágio pode ensejar a descaracterização do mesmo e configurar uma relação de emprego, para os fins da legislação trabalhista e previdenciária. Jornada de atividades em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal; devendo constar do termo de compromisso - ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: I. 4 horas diárias e 20 horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; II. 6 horas diárias e 30 horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. 13 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal Duração do estágio na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. Bolsa estágio e outros benefícios: O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo obrigatória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, é lícita e não caracteriza vínculo empregatício. Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de Previdência Social. Termo de compromisso: deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu representante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e da instituição de ensino, vedada a atuação dos agentes de integração como representantes de quaisquer das partes. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções: I. de 1 a 5 empregados: 1 estagiário; II. de 6 a 10 empregados: até 2 estagiários; III. de 11 a 25 empregados: até 5 estagiários; IV. acima de 25 empregados: até 20% de estagiários. 6. TEMPORÁRIO A contratação de empregado temporário é prevista na Lei 6.019/74. Segundo Carrion (2006), o trabalho temporário é aquele prestado por empregado, e este, consequentemente, terá assegurado praticamente todo o conjunto de direitos destinados ao empregado normal. O temporário apenas não terá direito ao aviso prévio e à multa dos 40% (quarenta por cento) sobre o saldo do FGTS, no caso de dispensa motivada por parte do empregador. Para que a empresa possa contratar um empregado temporário, terá que fazê-lo através de empresa intermediária, as chamadas Agências de Emprego Temporário. Segundo a Lei que regulamenta a contratação de empregado temporário, o contrato de trabalho poderá ter, no máximo, 03 (três) meses de duração, este prazo, porém, poderá ser prorrogado uma única vez por igual período, desde que haja para tanto, autorização do Ministério do Trabalho. 7. VOLUNTÁRIO É comum nas entidades haver a prestação de serviços a título de voluntariado ou gratuidade. Esses serviços prestados por pessoas físicas a título de voluntariado ou gratuidade pode ser em diversos segmentos: mão de obra qualificada ou não 14 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal (profissionais de saúde, profissionais da área administrativa, copeiras, cozinheiras, babás, pedreiros, pintores, etc.). Para cada tipo de serviço prestado, o mesmo deve ser mensurado, ou seja, atrelar a eles um valor de mercado (Interpretação Técnica Geral 2002 - Reconhecimento no.19 -> O trabalho voluntário deve ser reconhecido pelo valor justo da prestação do serviço como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro). Após essa mensuração, deve-se elaborar a folha de pagamento “da Gratuidade”, com o nome do prestador do serviço, o tipo de serviço prestado e o valor atribuído. O prestador do serviço a título gratuito deverá assinar a folha de pagamento. Nessa folha de pagamento não incide nenhum encargo trabalhista. Porque a necessidade da folha de pagamento, se os serviços são voluntários ou gratuitos? Em toda entidade do Terceiro Setor, existe a necessidade da transparência na prestação de contas. Todo serviço prestado a título de voluntariado ou gratuidade, contabilmente é lançado em conta de despesa e tem em contra partida uma receita de “Gratuidade”, portanto existe a necessidade de documentar esse fato de acordo com os Princípios Contábeis. Outro fato relevante, é a proteção para a entidade, visto que um serviço recebido a título voluntário, quando praticado de forma contínua, pode, num futuro, ser questionado em justiça pelo prestador como de caráter “contratado”, levando a entidade a responder por questões trabalhistas. 8. TERCEIRIZADO A entidade poderá contratar para determinados serviços: (portaria – segurança – limpeza - enfermaria - cozinha - assistência médica, moto boy, etc.), empresas constituídas com personalidade jurídica, visto que na ausência de um prestador, ela se responsabiliza em enviar outro funcionário para cobrir essa falta, não comprometendo o andamento dos trabalhos da entidade contratante. A contratação de empresa terceirizada deverá ser feita por meio de contrato de prestação de serviços, com indicação detalhada: -das tarefas a serem desenvolvidas no local, -da responsabilidade pela ausência no trabalho de algum funcionário, -da responsabilidade pelas leis trabalhistas, -do tempo de duração e do valor a ser pago pelos serviços contratados. Por se tratar de mão de obra à disposição da entidade, quando for efetuar o pagamento da nota fiscal de prestação dos serviços, deverá se ater às seguintes regras: reter INSS sobre o valor dos serviços no percentual de 11%, recolher ao INSS através de GPS, em nome da empresa terceirizada o valor retido, colocando em observações o número da N.Fiscal de Prestação de Serviços. a empresa terceirizada deverá anexar na nota fiscal de serviços prestados, os seguintes documentos: 15 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal a) Cópia da folha de pagamento com os nomes dos funcionários que prestaram serviços na entidade durante o mês. b) Cópia da GFIP / SEFIP com protocolo de entrega. c) Cópia da GPS devidamente paga. d) Cópia da GFIP devidamente paga. Obs.: Por se tratar de mão de obra à disposição da contratante, a entidade deverá solicitar a cada seis meses as certidões (INSS e FGTS) à empresa terceirizada, para não ser penalizada em processos trabalhistas futuros como responsável solidária. 9. Cooperado Considera-se Cooperado o trabalhador associado a cooperativa, que adere aos propósitos sociais e preenche as condições estabelecidas em estatuto de cooperativa. O trabalhador que aderir à Cooperativa e, por estatuto da mesma, adquirir o status de cooperado não é caracterizado como empregado. (Art. 442 da CLT). 16 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal BIBLIOGRAFIAFUNDAMENTAL Da relação de trabalho x relação de emprego, disponível pelo link: http://www.ambito- juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11139&revista_cadern o=25 , acesso em 13 de janeiro de 2013. Decreto-Lei 5.452 de 1943 – Consolidação das Leis do Trabalho, disponível pelo link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm, acesso em 13 de janeiro de 2013. Mãe social, disponível pelo link: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3e_social, acesso em 13 de janeiro de 2013 Lei 5.598 de 2005 – Aprendiz Regulamenta a contratação de aprendizes e dá outras providências, disponível pelo link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004- 2006/2005/Decreto/D5598.htm, acesso em 13 de janeiro de 2013. Lei 7.644 de 1987 – Dispõe sobre a Regulamentação da Atividade de Mãe Social e dá outras Providências, disponível pelo link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7644.htm, acesso em 13 de janeiro de 2013. Lei 9.608 de 1998 – Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências, disponível pelo link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9608.htm, acesso em 13 de janeiro de 2013. Lei 10.406 de 2002 – Institui o Código Civil, disponível pelo link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm, acesso em 13 de janeiro de 2013. Lei 11.788 de 208 - Estágio Dispõe sobre o estágio de estudantes, disponível pelo link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm, acesso em 13 de janeiro de 2013. Portal Terceiro Setor, disponível pelo link: http://www.terceirosetoronline.com.br, acesso em 13 de janeiro de 2013. 17 AGENTE DO TERCEIRO SETOR FUNDAMENTAL Contabilidade Departamento Pessoal Sindicato dos Contabilistas de São Paulo SINDCONT, disponível pelo link: http://www.sindcontsp.org.br/view/index.php, acesso em 13 de janeiro de 2013. COMPLEMENTAR LEI 12.249/ 2010 - dispõe sobre a fiscalização do exercício da profissão contábil - disponível pelo link: http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/Lei12249.h tm, acesso em 19 de outubro de 2010. WIKIPEDIA - enciclopédia livre - disponível pelo link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal, acesso em 19 de outubro de 2012. Educação à distância (Material didático) Modo de acesso: Escola Aberta- Virtual Também disponível para reprografia Inclui bibliografia Este material é de uso exclusivo dos matriculados nos cursos à distância da ESCOLA ABERTA DO TERCEIRO SETOR ADMINISTRAÇÃO - www.escolaaberta3setor.org.br
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