Buscar

Resumo de Geografia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo de Geografia
1º Testão
Aluno 2052 Lucas Carvalho
Ciências naturais e ciências humanas
	Ciências naturais
	Ciências humanas
	Tentam reproduzir a realidade em laboratório e a partir disto extrair as leis válidas para o mundo exterior, estudam fenômenos que obedecem as leis causais, ou seja, fenômenos que ocorrem com relações definidas de causa e efeito.
O cientista não está política ou ideologicamente envolvido com suas conclusões científicas. Por exemplo: Darwin teve que agir contra suas convicções religiosas ao apresentar a teoria da evolução.
	Trabalham com a realidade social, que não pode ser trabalhada em laboratório, pois na sociedade não há uma reação a estímulos ambientais. As ciências humanas não são regidas pelas leis causais, pois a sociedade se movimenta devido à consciência das pessoas que a compõem.
O cientista não é exterior ao seu objeto de estudo, nas ciências humanas o próprio cientista é parte do seu objeto de estudo, pois ele investiga a sociedade, na qual ele está inserido.
A liberdade humana gera as mudanças sociais, as quais decorrem de alterações conscientes, de mudanças nos modos de pensar vigentes, do surgimento de novas ideias e do estabelecimento de novos valores sociais. A liberdade de optar e decidir, prever e agir, mesmo não sendo uma liberdade absoluta, cria situações de imprevisibilidade inexistentes nas ciências naturais.
Ideologia e Hegemonia 
Ideologia: Visão de mundo formada por uma combinação de ideias, ligadas umas as outras e aceitas pela sociedade em certo momento na história, com a função de orientar os comportamentos políticos coletivos.
As ideologias possibilitam a sustentação dos grupos que estão no poder, possibilitando que esses grupos estabeleçam hegemonia, ou seja, a classe dominante passa a ser aceita como guia legítimo, torna-se a classe dirigente e passa a ser apoiada pela maioria da população diante das metas impostas à vida social e política de um país.
Entretanto, as ideologias também são utilizadas como instrumentos de contestação do poder vigente, sendo responsáveis pela substituição e estabelecimento de novas hegemonias.
Transições hegemônicas segundo Giovanni Arrighi
Sustentação da hegemonia
*
: “Hard-Power” e “Soft-Power”
Estabelecimento de uma
 nova
 hegemonia
“Caos Sistêmico”
Crise da Hegemonia
	
*A sustentação da hegemonia pode ocorrer através do “Hard-Power”, que utiliza o poder político, econômico, militar, financeiro para sustentar a hegemonia, ou através do “Soft-Power”, que utiliza meios culturais e ideológicos para sustentar a hegemonia.
Os ciclos hegemônicos são muito criticados, pois trabalham com a visão de um ciclo muito repetitivo, no qual há a ascensão e queda de potências, não representando uma revolução e sim uma repetição. A expansão do sistema internacional acarreta relações de guerra e paz, ordem e desordem, crescimento e crise.
Mídia e política internacional
De acordo com a teoria da objetividade, o jornal confiável é aquele que informa sem sugestionar. Segundo a teoria da objetividade a opinião do veículo de mídia não pode de misturar com o noticiário, porém a teoria da objetividade é uma ideologia da mídia com o objetivo de mascarar a inevitável parcialidade de toda atividade jornalística.
Arthur Miller disse que “um bom jornal, eu suponho, é uma nação dialogando com ela mesma”, no qual a liberdade de imprensa é fundamental parta existência desse diálogo.
Karl Marx foi defensor da liberdade de imprensa dizendo que a censura transforma a liberdade em privilégio do poder, ou seja, enquanto a população não pode se expressar, o estado tanto pode como difunde sua ideologia.
Política e ideologia estão presentes em todo noticiário da imprensa, sendo a mídia engajada na divulgação de uma concepção de mundo, contudo isto não quer dizer que o jornalismo expressa os interesses dos proprietários dos veículos de mídia. A mídia oferece uma interpretação de mundo, não sendo esta uma opinião particular do proprietário do jornal, mas uma obra coletiva que exprime a identidade daquele veículo de mídia.
A linguagem da mídia carrega consigo uma carga política e ideológica muito marcada, nas quais as palavras e expressões trazem um universo de significados e experiências humanas que são julgamentos de valor, ou seja, avaliações positivas ou negativas do mundo que nos cerca.
O Estado e as relações internacionais
Sistema de estados: Consiste em relações normatizadas instituídas entre os estados, os quais se organizam em territórios distintos e não estão sujeitos a nenhum poder ou autoridade superior.
A primeira demonstração histórica do sistema estatal foi na Grécia antiga com as cidades-estado.
Não havia essas relações entre os reinos na idade média devido à fragmentação dos reinos, as diferentes moedas dentro dos feudos e a descentralização do poder, porém com a formação dos primeiros estados nacionais (Portugal e Espanha) foi consolidado o estado Absolutista, no qual havia a soberania do rei que personificava o papel do estado (o rei colocava seus próprios interesses como interesses do estado). O rei centraliza o poder, acaba com o sistema feudal e centraliza o território nacional.
O estado absolutista precisa de instituições para consolidar o seu poder, por isso esse processo gerou corpos de funcionários burocráticos e exércitos regulares centralizados.
Tratado de Vestfália: Foi um marco na formação dos estados soberanos, pois a partir dele foram definidas fronteiras e controle absoluto sobre este território. Legitimou uma comunidade de estados soberanos.
Após a queda do absolutismo surge o Estado-Nação, no qual o poder divino deu lugar ao consenso popular. Os países tinham o dever de desenvolver instituições políticas eficientes, uma base econômica sólida e unidade nacional (condição empírica do estado).
Os principais pensadores do estado:
Tiveram papel importante na transformação da política em ciência.
Nicolau Maquiavel: Defende a separação entre moral e política, na qual a política não poderia ser atingida pela moral (moral religiosa), essa separação era fundamental para a razão de estado que dizia que “os fins justificam os meios”. O estadista deveria ser prudente, amado e temido pelos seus súditos; forte como leão e astuto como a raposa.
Hugo Grotius: Lançou as bases do moderno Direito Internacional. Defendia o estado mercantilista e, por ser holandês, defendia o que beneficiava o comércio. Dizia que a razão de estado era de caráter econômico e não militar para as relações internacionais, que deveriam ser regidas por instituições e acordos.
Thomas Hobbes: Vivencia a consolidação do estado absolutista e diz que desde os tempos primitivos os homens lutam entre si, o medo e a insegurança tornam necessário o estado forte, pois antes dele imperava o “estado de natureza”, ou seja, a guerra de todos contra todos. Para garantir a própria segurança os homens fariam um contrato social, no qual eles abririam mão da própria liberdade para garantir a própria segurança e evitar o caos. Como conseqüência o estado deveria criar uma legislação e punir quem não a respeitasse. O estado não poderia mais ser contestado, pois o soberano corporifica o consenso: “O estado sou eu” (Luís XIV)
John Locke: Diz que o homem ao nascer é uma tábula rasa, ou seja, ninguém nasce com opiniões formadas nem valores éticos e morais. As ideias são formadas pela razão (influencia o iluminismo). A liberdade não se perde com a criação do estado e a sociedade que decide até onde vai os poderes do governante, por isso há uma limitação do poder real. Para Locke o “estado de natureza” não significa necessariamente a guerra de todos contra todos. Os homens fazem um contrato entre si estabelecendo a sociedade política (estado) e sociedade civil.
Montesquieu: Desenvolve a doutrina da divisão dos poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário). Diz que um país é governado por leis e não por homens e que todo governo deveria estar baseado em uma constituição. Critica o estado absolutista francês, pois defendiaa democracia representativa, porém só a burguesia teria direito de votar, pois assim a própria burguesia se manteria no poder e defenderia seus interesses. Diz que o estado tinha que garantir a vida, a liberdade e a propriedade.
Rousseau: Defendia que todos tinham direito de voto, pois todos são iguais. Critica a burguesia e a sociedade capitalista e considera que o “homem bom” é aquele que não foi contaminado pela sociedade, como por exemplo, o indígena. Muitos consideram os pensamentos de Rousseau precursores do socialismo.
“Estados Falidos” em Jackson
Tentativa de integrar duas definições do próprio conceito de estado:
1ª – Jackson chamou de “estatidade empírica” (ou “soberania positiva”) – Um governo positivamente soberano é aquele que não apenas possui o direito de não-intervenção e de outras imunidades internacionais, mas também possui recursos para prover bens políticos a população.
2ª – Jackson chamou de “estatidade jurídica” (ou “soberania negativa”) caracterizado como “liberdade frente à interferência externa: uma condição formal-legal”, ou seja, o estado é reconhecido pelos demais, porém não tem condições de prover os bens necessários a sua população. Por isso se entende estado falido, pois é um estado reconhecido juridicamente para a comunidade internacional, porém há uma fragilidade empírica do estado internamente.
Teoria das Relações Internacionais
Até a 1ª Guerra Mundial ocorria a Diplomacia de Bastidores, na qual o povo não participava de nada, porém sofria as conseqüências. Os acordos internacionais eram feitos por baixo dos panos.
1ª Guerra Mundial (o divisor de águas): 
O impacto deixado pela 1ª GM, como, por exemplo, a quantidade de mortos, fez com que a diplomacia fosse repensada, fazendo com que surgissem as primeiras matérias sobre RI nas universidades britânicas.
Houve a democratização do debate e a popularização das RI, afim de que as temáticas que pudessem gerar alguma guerra fossem discutidas com o objetivo de evitar conflitos.
As RI são implantadas nas universidades, afim de que se criassem especialistas para pensar a diplomacia.
Surgimento de duas potências se consolidando fora da Europa (EUA/Japão), outro fator que tornou necessária a criação de uma nova disciplina.
Consolidação das RI como uma nova disciplina e como uma nova ciência.
2ª Guerra Mundial: O surgimento de armas nucleares, o surgimento de novos estados através do processo de descolonização e posteriormente da globalização.
Pós 2ª GM: Grande mudança no cenário internacional, surgimento de fatores não estatais, consolidação dos EUA como maior potência mundial.
1º Grande Debate – Pós 30
Realismo x Liberalismo Idealista ou Utópico
Liberalismo Idealista ou Utópico
As conseqüências da 1ª GM leva a busca de soluções e negociações a fim de evitar uma 2ª GM.
Wodrow Wilson era o presidente dos EUA e defendia o liberalismo. Desenvolveu 14 teses denominadas “Princípios Wilsonianos” que apresentava ideais liberalistas. Dentre esses ideais estão:
A formação de Organizações Internacionais, nas quais os estados interagiriam através de processos jurídicos.
A “Liga das Nações” teve a tarefa de regulamentar a relação entre os estados através de uma legislação.
O estado não deveria intervir na economia, deixando-a livre. “O comércio aproxima os povos” e através deste haveria vantagens mútuas, o que é chamado de jogo de soma positiva em RI.
A implantação de uma democracia Liberalista, na qual os estados utilizariam a cooperação e o direito internacional para resolver os conflitos.
A natureza humana é boa, porém as instituições levam os homens aos conflitos.
Após a crise econômica dos anos 30 os estados passam a tomar medidas protecionistas, intervindo na economia para serem menos afetados pela crise, ferindo o princípio de não intervenção do estado na economia. A ascensão de regimes fascistas fere o principio da implantação de uma democracia Liberalista.
Queda do Liberalismo Idealista e ascensão do Realismo.
Realismo:
“O mundo é como ele é, a realidade é imutável.” Por isso a razão deveria predominar sobre a abstração. Os realistas diziam que os liberais idealistas não enxergavam o mundo como ele é e por isso o liberalismo utópico fracassou.
Reconhecem que existem atores não estatais na relação entre os estados, porém estes não eram relevantes, pois eram os estados que faziam as relações internacionais acontecerem.
Tucides, Maquiavel e Hobbes fundamentaram as teorias realistas.
Tucides escreveu sobre a Guerra do Peloponeso dizendo que as cidades-estado sempre disputaram pelo poder naquela região.
Maquiavel dizia que ética e moral não combinam com política. Cada estado podia fazer qualquer coisa pra conseguir alcançar seus objetivos.
Hobbes dizia que não há nenhum poder sobre os estados e, que os mesmos eram livres pra fazer o que quisessem por isso os estados vivem uma guerra de todos contra todos, assim cada estado só poderia contar consigo mesmo (Self-Help)
No sistema anárquico realista a segurança e a questão militar deveriam ser prioritárias (high politics) e a economia, cultura, política doméstica e a questão social eram secundárias (low politics)
O sistema internacional é hierarquizado, ou seja, os estados mais fortes e mais poderosos subjugam os mais fracos.
Pressupostos básicos do Realismo:
Natureza humana: Os homens sempre buscam realizar seus interesses individuais, por isso os estadistas utilizavam o próprio estado para conseguir seus objetivos. (Maquiavel)
Características do Sistema Internacional: Não há nenhum poder sobre os estados, por isso o sistema é anárquico. Cada estado busca seus interesses (Self-Help). Possibilidade latente de Guerra. Entre os estados há apenas relações de interesse e não de amizade. (Hobbes)
Atores do Sistema internacional: O estado é o principal ator do SI e qualquer outro autor é irrelevante.
Pós 2ª GM
O realismo não consegue mais explicar a conjuntura da época devido às mudanças que estavam ocorrendo (Fordismo, Crise do Petróleo, etc.)
O realismo perde espaço para o Neoliberalismo, porém bate de frente com o neoliberalismo através do Neorealismo.
Neorealismo
Os estados são menos importantes do que no realismo e não é o estadista que conduz o comportamento do estado e sim a estrutura do sistema.
A importância não está na natureza humana, pois os estadistas não conduzem os estados, sendo o sistema seu condutor.
Era possível prever as atitudes de cada estado, pois eles sempre seguiriam a estrutura do sistema.
Os neorealistas são criticados, pois tentam aplicar métodos de ciências humanas nas ciências políticas. A teoria não consegue se sustentar devido à tentativa de prever o comportamento dos estados, como se este fosse uma relação de causa e efeito. 
Liberalismo ou Liberalismo Sociológico
O estado tem o dever de garantir a liberdade do indivíduo.
O liberalismo acredita no progresso humano, e acredita também que a natureza do homem é boa, o homem é movido pela cooperação e pelo bem estar, sendo assim o problema estaria no sistema.
Tinham uma visão mais racional de mundo, desprezando a concepção do liberalismo utópico.
A economia, a modernização, a riqueza e o progresso traziam a aproximação e cooperação entre os povos, trazendo vantagens mútuas.
As relações internacionais não estariam restritas apenas aos estados, também haveria relações transnacionais entre grupos e pessoas que afetariam o sistema internacional.
As redes transnacionais aproximam as sociedades, causando uma interdependência entre elas, fazendo com que os estados abrissem mão de seus interesses para cooperar com o sistema. Porém isto é rebatido pelos Neorealistas que dizem que os estados sempre vão priorizar os seus interesses.
O fortalecimento das instituições demonstra cooperação entre os estados. Por exemplo: A União Européia criando instituições como o Parlamento Europeu demonstrando cooperação entre os países participantes.
O liberalismo passa a dar mais crédito aos atores não estatais, porém o estado continua sendo o ator principal.

Outros materiais