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Resumo de Geo 2ºTestão
Formação dos EUA
Devido a Guerra dos Cem Anos e a Guerra das Duas Rosas a Inglaterra começou sua 
expansão marítima apenas no começo do século XVI, quando a América já estava 
praticamente toda ocupada por Portugal e Espanha, contudo no século XVII com o 
fortalecimento da burguesia inglesa e a grande frota da Inglaterra, esta se via numa 
conjuntura favorável na colonização.
A América do Norte por ter um clima mais parecido com o da Europa não havia sido 
colonizada, por isso lá se iniciou a colonização inglesa com 13 colônias dividas:
• Nova Inglaterra (Colônias do Norte): Colônias de povoamento, normalmente 
habitadas por pessoas que fugiam de perseguições religiosas ou políticas (New 
Hampshire, Massachussets, Connecticut e Rhode Island)
• Colônias do Sul: Devido à maior proximidade com o Trópico, que causava um 
clima mais tropical foi adotado o tipo de colônia de exploração escravista com a 
plantation de tabaco, açúcar, algodão, arroz, índigo. (Maryland, Virgínia, Carolina 
do Norte, Carolina do Sul e Geórgia)
• Colônias Intermediárias: vias de penetração para o Oeste, sede do governo 
federal, imigrantes. (Nova York, Nova Jersey, Delaware e Pensilvânia)
Todas as colônias tinham uma constituição, um governador representante da coroa e 
uma assembléia.
Devido às disputas de território entre Inglaterra e França que gerou a guerra dos Sete 
Anos as colônias inglesas tiveram certa liberdade em relação às demais colônias, pois a 
Inglaterra estava em guerra. Por isso as colônias do norte, de povoamento, que já vinham 
desenvolvendo manufaturas e um começo de indústria, quebram o pacto colonial fazendo o 
chamado comércio triangular:
Ao fim da Guerra dos Sete Anos em 1763, a Inglaterra vence, porém sai da guerra 
debilitada e por isso tira essa liberdade das colônias, restabelece o pacto colonial e cria:
• Lei do Açúcar: Com objetivo dos colonos consumirem apenas açúcar britânico, o 
açúcar que entrasse na colônia e não fosse das Antilhas inglesas era taxado, o 
que desagradou os colonos pois este açúcar (melaço) era matéria prima do rum 
que era trocado por escravos na África.
• Lei do Selo: Todos os documentos (Jornais, folhetos, cartas) deviam ser selados 
com selo real. Como os selos eram ingleses, ao comprá-los os colonos 
transferiam recursos para Inglaterra.
• Lei do Chá: Aumentava os impostos sobre o chá muito consumido pela colônia e 
dava o monopólio comercial do chá à Companhia das Índias Orientais, impedindo 
os colonos de participarem do comércio lucrativo do chá. Esta lei desencadeou 
uma grande revolta que culminou com a “Boston Tea Party”, na qual muitos 
caixotes de chá pertencente a Companhia das Índias Orientais foram destruídos e 
atirados na água do porto de Boston.
• Leis Intoleráveis que estipularam:
o O fechamento do porto de Boston até que todo o prejuízo do lançamento 
do carregamento de chá ao mar fosse indenizado;
o O impedimento de toda e qualquer manifestação pública contra 
a metrópole;
o Que todos os julgamentos de crimes cometidos em território americano 
fossem a critério das autoridades britânicas em suas propriedades;
o Que os colonos estavam obrigados a proporcionar alojamento e estada de 
soldados britânicos em suas propriedades, dentre outros.
O governo londrino ameaçava o poder autônomo das colônias, e a opressão da 
metrópole causava revolta nos colonos, por isso alguns representantes da colônia decidiram 
se reunir no 1º Congresso Continental da Filadélfia em 1774. Nesse evento foi redigido um 
documento exigindo o fim dos impostos estabelecidos pelos britânicos Sem pretensão 
separatista os colonos pretendiam inverter pacificamente o intervencionismo adotado pelos 
britânicos
Por não conseguirem reverter a situação os colonos passaram a acreditar que o conflito 
militar poderia dar fim as pretensões colonialistas britânicas. Em 1775 no Segundo Congresso 
da Filadélfia um contingente maior de partidários defendeu a separação definitiva da 
metrópole por meio da organização de um confronto direto.
Em junho de 1776 a Virgínia declara sua independência e logo após esta em 4 de julho de 
1776 é promulgada a Declaração de Independência das 13 colônias redigida pelos líderes 
Samuel Adams, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Antes disso tropas norte americanas 
tomaram a cidade de Boston, ação que marcou os primeiros confrontos contra as forças 
britânicas, travou-se a Guerra de Independência.
Inicialmente, sem contar com uma força militar coesa, os colonos sofreram derrotas 
para as experientes tropas inglesas, porém com ajuda da França, que desejava uma revanche 
após a derrota da Guerra dos 7 Anos, e da Espanha em 1783 a Independência das colônias foi 
finalmente reconhecida pela metrópole o Tratado de Paris.
Após a independência diversos fatores motivaram os norte-americanos a expandir o 
território como a escassez de terras na faixa atlântica, a necessidade do norte em faze de 
industrialização de conseguir matérias primas, a corrida do ouro, dentre outros. A fronteira 
assume diversos nomes como free land, Great West, Wilderness e o Oeste passa a ser 
associado como um ideal. O conceito de Wilderness é estabelecido a partir da noção de que 
o homem pode dominar e controlar a natureza (domesticá-la, controlá-la e cultivá-la).
Embasados na teoria do Destino Manifesto, a qual dizia que o povo americano era 
escolhido por Deus para ocupar e colonizar as terras que se estendiam até o pacífico, os 
norte-americanos começam uma verdadeira expansão para o Oeste anexando territórios 
através da negociação, comprando a Lousiana da França e anexando Óregon cedido pela 
Inglaterra, da Guerra do México, onde foram anexadas diversas regiões como o Texas, Novo 
México, Califórnia, Utah, Arizona, Nevada e parte do Colorado, e da anexação de territórios 
indígenas.
A expansão territorial acentuou ainda mais as diferenças entre o Norte, industrial, e o 
Sul, agrícola. Enquanto o norte via o crescimento do comércio e uma indústria cada vez mais 
sólida, o sul permanecia agrícola e escravista. Ao longo da primeira metade do século XIX 
essas diferenças entre norte e sul são agravadas já que ambos tentam impor seus modelos 
socioeconômicos sobre os novos estados.
Essas diferenças e disputas entre norte e sul desencadeiam na Guerra de Secessão 
(1861-1865). As principais diferenças que desencadearam a guerra foram:
Estados do Norte Estados do Sul
• Interessados no 
protecionismo, para proteger 
os produtos americanos e dar 
preferência aos mesmos no 
mercado consumidor.
• Abolicionistas, visto que mão 
de obra escrava não forma 
mercado consumidor.
• Interessados no livre 
comércio, a fim de vender 
matéria prima para Europa e 
comprar industrializados da 
mesma.
• Escravistas, devido a redução 
no custo de produção dos 
produtos agrícolas por não 
pagar mão de obra.
 Após as eleições presidenciais de 1960 que elegeram o candidato nortista Abraham 
Lincoln, os estados sulistas resolveram se separar e formar uma confederação e em 1861 os 
estados confederados atacam o norte, apesar do inferior numero de homens e recursos, 
dando início a guerra civil.
Os estados do Norte saem vencedores e impõem seus interesses sobre o país, sendo 
abolida a escravidão. O processo de industrialização do norte se intensificou e a região sul 
permaneceu ocupada militarmente até 1877.
Ao fim da guerra de secessão foram fundadas na região sul sociedades secretas racistas 
que visavam impedir a integração social dos negros denominadas Ku KluxKlan(KKK)
Geopolítica
Quem tem medo da Geopolítica?
A geopolítica surgiu da aproximação entre a Geografia e o Estado, ou seja o Estado e o 
seu espaço geográfico.
Rudolf Kjéllen foi o primeiro a utilizar o termo “geopolítica”, em sua obra ele define 
geopolítica como a ciência que concebe o Estado como um organismo geográfico ou como 
um fenômeno no espaço.
Na Alemanha que realmente a geopolítica ascendeu tornando-se uma doutrina e estado 
e servindo de fonte de orientação para a política externa.
Os maiores pensadores da Geopolítica se reuniram em volta do general Karl Haushofer, 
que foi um dos principais conselheiros de Adolf Hitler, que fundou e presidiu o Instituto de 
Geopolítica de Munique o qual pregava que a geopolítica devia ser e seria a consciência 
geográfica do estado.
Contexto do florescimento geopolítico:
A Alemanha, apesar de ter se unificado tardiamente, emergiu como uma potencia 
industrial no final do século XIX, porém por ter se unificado tardiamente os territórios 
Africanos e Asiáticos cobiçados pela Europa já haviam sido repartidos entre França e 
Inglaterra, além de a França e a Rússia terem firmado um pacto antialemão na Europa. 
Com a queda de Bismarck em 1890 o expansionismo alemão foi impulsionado, surgiu-se 
uma visão de mundo baseada no germanismo cultural e racial, que incentivava o 
nacionalismo alemão, difundindo ideias de superioridade racial e destino 
histórico(Kulturkampf) e na conquista do espaço vital(Lebensraum), noção associada a raízes 
intelectuais da geopolítica, em particular à Friedrich Ratzel.
Com a fundação da Liga Pangermânica em 1883, o pensamento expansionista substituiu 
a ideia de equilíbrio de poder dos tempos de Bismarck, configurando uma agressiva política 
externa na virada do século.
Ratzel via o estado como emanação cultural da sociedade destinada à defesa e 
expansão do território. Ele formulou as “leis da expansão espacial dos Estados”, que definem 
o progresso como crescimento territorial. Dessas leis origina-se o Lebensraum, que seria a 
razão de equilíbrio entre a população de determinada sociedade, seus recursos naturais e 
seu território potencial. A ideia ratzeliana de: “Espaço é poder” projetou-se no futuro como 
estratégia da Alemanha nazista.
A Alemanha torna-se pátria da Geopolítica apenas no entreguerras. A humilhação do 
tratado de Versalhes com perda de territórios, pagamentos de indenizações e 
desmilitarização da Renânia, devido a derrota na 1ªGM favoreceu o sentimento de 
revanchismo e o crescimento explosivo do nazismo, com este reaparece o Lebensraum no 
Mein Kampf (livro de 2 volumes de autoria de Hitler, chegou a ser uma exigência não oficial 
possuir o livro na Alemanha Nazista).
Alfred Thayer Mahan e a “Teoria do Poder Marítimo”
Mahan foi o primeiro a focalizar os oceanos como forma de expandir o poder do 
estado, ele propôs a criação de duas poderosas armadas de guerra para estabelecer a 
hegemonia dos EUA no Atlântico e Pacífico. Sua principal obra foi publicada em 1890: “A 
influência do poder marítimo sobre a história”.
Mahan considerava os EUA uma ilha continente, com saídas para os principais oceanos 
e sem ameaças territoriais nas suas fronteiras terrestres, e esta condição geográfica oferecia 
a possibilidade do desenvolvimento do poder marítimo. As concepções de Mahan 
prosperaram e foram base da construção das impressionantes esquadras de guerra do 
Atlântico e do Pacífico. O poder marítimo americano se manifestou através de uma influência 
incontestável no Caribe, com a construção do Canal do Panamá, no início do século XX que 
foi uma das repercussões estratégicas do pensamento de Mahan. No Pacífico a expansão do 
poder marítimo americano desencadeou uma prolongada rivalidade geopolítica com o 
Japão.
De acordo com Mahan, o desenvolvimento do poder marítimo se fundamentava nos 
seguintes fatores: 
• Posição Geográfica
• Configuração Física
• Extensão Territorial
Antes dos EUA, a Grã-Bretanha simbolizou o poder marítimo entre os séculos XIII e XIX.
Halford J. Mackinder e “O Poder Continental”
Teoria do Pivô Geográfico – Quem dominasse o que ele denominava de “ilha mundial” 
(Ásia, Europa e África) edificaria um poderio incontestável em dimensões mundiais e para 
dominar a ilha mundial a Heartland (região-core) deveria ser dominada.
A região-core seria o núcleo mais dinâmico da “Ilha Mundial”, o centro dinâmico da 
geopolítica mundial, um espaço crucial cujo o controle daria oportunidade de um poderio 
incontestável.
Inicialmente considerava que o grande Pivô Geográfico situava-se nas planícies da 
Polônia e da Rússia, porém mais tarde expandiu a Heartland para parte da Europa Oriental e 
Centro-Asiático conforme a conjuntura.
Numa conjuntura em que as grandes potências européias (França, Inglaterra, Imp. 
Russo, Imp. Austro-Hungaro) temiam crescentemente o expansionismo alemão, a região-
core chamava atenção para o risco da Alemanha impor sua hegemonia sobre a Europa 
Oriental e consequentemente sobre o Heartland, conferindo assim a eles uma plataforma 
para domínio da Europa e até mesmo do mundo.
O pensamento de Mackinder apresentou-se como um instrumento para a política 
externa britânica. A aliança com a Rússia e a França(Tríplice Entente), as potencias 
continentais antialemãs, foi uma resposta uma resposta da potência marítima (Grã-Bretanha) 
à ameaça da potencia continental (Alemanha).
Após a 1ªGM, com a vitória dos comunistas na Revolução Russa, britânicos e franceses 
preocuparam-se com uma possível aliança entre russos e alemães, por isso, temendo que o 
comunismo se expandisse e que uma aproximação entre russos e alemães acabasse 
favorecendo a Alemanha na tentativa de dominar o Heartland, foram criados estados 
tampões afim de evitar a chegada da Alemanha a região-core e o avanço do comunismo pela 
Europa, distanciando a Rússia da Alemanha.
Heartland X Rimland
A União Soviética, típica potência continental apesar de ter sua superfície imensa tinha 
escassas e problemáticas saídas marítimas.
 Os portos no Oceano Glacial Ártico permanecem congelados durante a maior parte do 
ano, no Mar Báltico além do congelamento no inverno, o deslocamento poderia ser 
facilmente obstruído pela Suécia, que controlam as saídas rumo ao Mar do Norte, ao sul os 
estreitos que ligam o Mar Negro ao Mediterrâneo são controlados pela Turquia, aliada dos 
EUA, sendo assim a única saída oceânica desobstruída os portos do Oceano Pacífico, muito 
distantes do núcleo econômico do país.
Por isso, durante a Guerra Fria, os EUA tiveram a meta de conter e isolar a União 
Soviética (URSS). As ideias geopolíticas do professor e estrategista Nicholas Spykman 
influenciaram profundamente a estratégia norte americana.
Spykman criticava a exagerada ênfase dada por Mackinder na importância do poder 
continental, focando, assim como Mahan, o valor estratégico dos oceanos, contestando a 
noção de que os oceanos apenas separam e protegem, dizendo que estes aproximam e 
conectam.
De acordo com Spykman o poder continental expresso pelo controle da região-core 
podia ser contestado através do controle do anel marítimo envolvente (Rimland) constituído 
pela Europa Ocidental e pela orla asiática. 
Na Guerra Fria os EUA fizeram diversas alianças militares antisoviéticas com estados da 
Europa Ocidental e da Ásia meridional. Comportando-se como típica potência marítima 
desenvolveram armadas de guerra autônomas, com bases no Atlântico, Mediterrâneo, Índico 
e Pacífico. O controle sobre o Canal do Panamá, Canal de Suez, estreito de Áden, estreito de 
Ormuz, estreito de Málaca,demonstram a importância do controle desses pontos 
estratégicos de passagem de grandes rotas marítimas.

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