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Resumo Geografia 3ªpp

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Resumo de Geografia
A matéria da geografia para a 3ª PP inclui a matéria dos capítulos 6 e 7, mas como o capítulo 6 já caiu até mesmo no testão, vou falar primeiro do capítulo 7, que fala dos blocos econômicos
Para falar sobre blocos econômicos, temos de falar primeiro em globalização. Globalização é o processo pelo qual as economias ao redor do mundo, os mercados nacionais vão se integrando, se tornando mais interligados e mais dependentes entre si. Para pensar nesse assunto podemos pensar nas transnacionais, que não se limitam ao seu território natal, e passa a se expandir sobre outros, atrás de matérias-primas, mão-de-toupeira, mercado consumidor, investimentos, ou seja, através da economia, as fronteiras nacionais passam a ser ignoradas.
Nesse contexto podemos incluir os blocos econômicos, como áreas em que a partir de tratados, acordos, em que se tem um comércio mais fácil, ágil e rápido, graças a diminuição ou supressão completa das barreiras que envolvem cada mercado nacional, transformando todo o mercado daquela região como se fosse um.
O primeiro bloco que vou falar e a UNIÃO EUROPEIA, que também foi o primeiro bloco a se formar, este bloco teve origem no contexto da guerra fria, quando a Europa estava arrasada pela guerra, e seria presa fácil, para os partidários de politicas sociais radicais. Os EUA para evitar que o socialismo se alastrasse para essa região lança o plano Marshall, que basicamente foi um pacote econômico de bilhões de dólares, para tirar a economia europeia da depressão em que se encontrava, mantendo dessa forma a Europa como sua aliada e como sua área de influencia. Porém, a Europa via com desconfiança essa ajuda norte-americana, já que desconfiava das reais intenções dos EUA, e viam nessa ajuda um degrau para a dependência em diversos aspectos para os americanos, algo que não era muito tolerado, sem contar que um enorme problema que existia na região da Europa, era a disputa entre a França e a Alemanha, pela posse de alguns territórios que ficam na fronteira entre eles (por exemplo, a Alsácia-Lorena), locais estes que tinham uma grande oferta de matérias-primas, além de serem regiões de industrialização tradicional, ou seja, com um grande número de indústrias de porte considerável. E um último problema é a excessiva partição do território, que faz com diversas culturas habitem muito próximas umas das outras, e nesse contexto econômico, limitava muito a área de atuação das grandes empresas e industrias de cada nação desse continente.
Jean Monnet, um diplomata da França, teve uma ideia para acabar com a rixa entre franceses e alemães, alem de unificar e integrar a Europa, de modo a fortalecê-la, reduzindo a dependência em relação aos Estados Unidos. A ideia era unir os setores ligados à industria de base (siderurgia/metalurgia) da frança e da Alemanha, sobre o controle de uma administração comum, fazendo com que as duas nações pudessem se unir, em vez de lutarem entre si. Esse foi o Plano Schuman. Pouco tempo depois, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo (Benelux) aderiram ao plano, fazendo com que um ano depois fosse assinado um acordo formando a chamada CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço), que foi esta o embrião da UE atual. Estes países fizeram surgir a Europa dos Seis.
Os ideais de Monnet de integração europeia se desenvolveram mesmo durante a CECA, que era limitada a siderurgia, mas que mostrava aos europeus o caminho da união e da soberania compartilhada, como forma de desenvolver-se. Tanto é que em 1957, é assinado o Tratado de Roma, que tinha por objetivo a formação do Mercado Comum Europeu, através das “4 liberdades”, isto é liberdade de transito entre as fronteiras de: serviços, capitais, mercadorias e pessoas, permitindo uma maior integração entre os membros desse tratado. Os membros da CECA formaram o MCE original, mais tarde houve a adesão de mais 6 países, sendo eles: Grã-Bretanha, Irlanda e Dinamarca, em 1973, Grécia, em 1981, Espanha e Portugal, em 1986, o que fez com que a Europa dos Seis crescesse e se tornasse a Europa dos Doze.
O tratado também regulamentou sobre a criação de algumas organizações de cunho político, para demonstrar na prática, o ideal de autoridade comum e soberania dividida e compartilhada entre todos. As três principais foram: Conselho de Ministros, Comissão Europeia e Parlamento Europeu.
Conselho de Ministros – órgão máximo dentro do governo da comunidade europeia, é composto por ministros (do exterior, ou assuntos exteriores) de cada um dos estados integrantes, que se revezam na presidência, este conselho fica sediado em Bruxelas, na Bélgica
Comissão Europeia – cuida dos assuntos mais triviais da comunidade, seus integrantes são escolhidos pelos Estados com mandatos de 4 anos
Parlamento Europeu – Leve poder legislativo (criação de leis e normas) e também fiscaliza as ações da comissão. É composta por deputados, que são votados em cada país pelos cidadãos desses países.
Com o fim da Guerra Fria, alguns países que buscavam se manter neutros passaram a fazer parte do bloco, sendo eles, Suécia, Finlândia e Áustria, incorporados em 1995, configurando a Europa dos Quinze.
A aglutinação econômica europeia se deu no contexto da Guerra Fria, e alguns motivos para esse união também residiam nisto, tal como a necessidade norte-americana de se manter um território capitalista de grande influencia, como a Europa, próximo a URSS, a fim de impedir o expansão do socialismo. Porém, com o fim da disputa, algumas dessas razões, e todo o contexto socialeconômico do mundo havia se modificado totalmente, o que poderia enfraquecer as ligações dentro da UE, levando a uma posterior desintegração, além do mais, a recuperação econômica da Alemanha, era motivo de preocupação, porque caso o bloco se dissolvesse, um novo conflito europeu poderia se formar. A solução encontrada foi o aprofundamento do nível de integração entre os membros do bloco. Logo após a desintegração da URSS (1990), foi assinado o Tratado de Maastricht(1992), que tinha como metas principais, a unificação do bloco através do uso de uma moeda única – o euro -, além de uma política externa e defesa (união militar, nos moldes da OTAN, o que não foi muito a frente) comuns a todos. Tudo isso só tinha um objetivo: reforçar a aliança franco-alemã, os países mais poderosos da UE, o euro só veio a surgir efetivamente em 1999, junto com o Banco Central Europeu ( órgão responsável por produzir o euro, além da incumbência de intervir na política monetária dos países do bloco, através dos relativamente grandes poderes concedidos a esta instituição. Dos quinze países do bloco, onze adotaram o euro rapidamente. Dos outros quatro, a Grécia não pode adotar ao mesmo tempo que os outros porque não atingia alguns dos requisitos presentes no Tratado de Maastricht, o que só conseguiu em 2001, os outros países não adotaram por razões mais particulares, eu se comprometeram a avaliar a utilização do euro (Grã-Bretanha, Dinamarca e Suécia).
Quando a Europa se unificou monetariamente, as politicas monetárias e tributarias dos países do bloco, se tornaram praticamente iguais, o que gerou um ambiente de concorrência igualitária para as empresas europeias, graças a isso também vemos a formação de diversos conglomerados com empresas de diversos países do bloco, essas fusões vão gerar as chamadas “corporações europeias”.
10 anos depois de Maastricht, a UE iniciou as negociações para a adesão de 10 países do antigo Leste Europeu (Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária, Estônia, Lituânia, Letônia, Eslovênia). O problema que essa nova adesão alterou completamente o perfil da UE, esses países recém-admitidos tem índices de desenvolvimento e qualidade de vida bem menores que os 15 primeiros, e essa disparidade econômica e social vai gerar diversos problemas, um deles e que o bloco se tornou muito mais complexo juridicamente falando, o que trouxe a necessidade de promulgar uma Constituição Europeia, formada por representantes de todos os
membros, esse tratado iria definir a situação do “cidadão europeu”, direitos e deveres deste, contudo como depende de uma aprovação unânime, este projeto está “travado”, já que há divergências sobre alguns dos itens do Tratado.
Um dos medos de alguns dos países é que a UE acabe se tornando um mega estado formado pela integração completa entre as nações participantes, todavia isso não é plausível de se pensar, porque a Europa é um território extremamente heterogêneo, muitas culturas diferentes reunidas naquele lugar, mas também os governantes de cada nação ainda tem poder e soberania para decidir sobre a maioria dos assuntos ligados à sua nação.
Outro grande problema dessa união desses países, é que como faziam parte da área socialista e foram se reconvertendo em capitalistas, nessa mudança houve um choque muito grande, gerando índices de pobreza e desemprego, por exemplo, muito altos. A união desses países com o resto da UE, não quer dizer que a economia tenha sido equalizada com a dos países mais desenvolvidos, pelo contrário eles que vão sofrer mais com a adesão, já que as empresas dos países mais fortes, por exemplo, a França, vão ansiar por mover suas unidades industriais para esses países, já que estes possuem mão de obra mais barata que a do seu país de origem, leis mais frouxas, além de incentivos do governo local (isenção de impostos é um tipo), explorando o país mais pobre, até porque a maior parte dos lucros vai ser enviada de volta a matriz. Contudo, isso também causa problemas no país de origem dessas companhias, no momento em que elas tiram suas unidades fabris de lá, elas irão causar um aumento considerável no índice de desemprego.
ÁSIA-PACÍFICO – Nessa região, temos como potência principal o Japão, país que até o fim do século XIX, era essencialmente agrário e extremamente fechado ao mundo exterior. Mas, a partir da Revolução Meiji, isso vai mudar completamente, o imperador vai ocasionar diversas mudanças na estrutura do Japão, como por exemplo, acabou com o sistema dos xogunatos(sistema onde existiam xoguns, senhores de terra que eram nobres, no mesmo esquema de um senhor feudal), incentivou a poupança interna, garantindo ao governo dinheiro para investimentos nacionais, ele também se utilizou de uma tradição milenar japonesa, o xintoísmo (especie de religião ancestral japonesa) que tinha por um dos preceitos principais o apego a família e o esforço em prol desta, através dos incentivos concedidos à geração dos zaibatsus (empresas familiares, em que todos trabalhavam na empresa da família), e toda a população se empenhava para desenvolver a empresa e vê-la crescer, diversos conglomerados japoneses atuais provêm dessas empresas familiares, o Estado investiu muito também em educação. Isso permitiu ao Japão a possibilidade de rapidamente se ascender como uma potência, contudo depois da 2ª GM, ele se encontrava completamente destruído, mas essas políticas foram reaplicadas somadas a uma política econômica de conquista de mercados, o Japão pretendia ser uma plataforma de exportação, não podendo se esquecer que muito disso se deve à grande interferência que o Estado japonês fez na economia nessa época. A conquista de mercados se deu baseada num principio, o de subvalorização cambial, que consiste em reduzir o valor da sua moeda no exterior, para que seus produtos fiquem mais baratos no mercado externo, e que produtos importados ficassem caros no mercado japonês. 
Como principais industrias do início desse período, temos:
- Siderurgia
- Construção Naval
Têxtil
O Japão cresceu muito rapidamente, porém na década de 70, houve os choques do petróleo(aumento súbitos e exagerados do preço do barril de petróleo), isso fez com que o custo de produção dentro do Japão aumentasse muito, já que o Japão tinha de importar quase a matéria-prima que precisa. As empresas com utilização massiva de energia e mão de obra, começaram a se deslocar para outros países próximos ao arquipélago japonês ( Hong Kong, Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia e as Filipinas). Esses países seguiram a política de plataforma de exportação japonesa, e se tornaram os novos países industrializados (NPI's, segundo o livro), ou Tigres Asiáticos (definição do professor). Essa região recebeu investimentos norte-americanos, europeus e até mesmo, capital gerado na própria macrorregião, nesse período houve em 79, a instauração na China por Deng Xiaoping, da Economia Socialista de Mercado, em que na prática declarou que o seu governo era socialista, porem a economia era capitalista. Além do mais, foram criadas as ZEE's (zonas econômicas especiais, cidades ou áreas em que as industrias poderiam se instalar livremente, além de receberem benefícios fiscais do governo). A China cresceu muito dessa forma, até porque recebeu uma dose maciça de investimentos estrangeiros, principalmente na década de 90. 
A Austrália é um país cujas origens remontam a colonização britânica, por este motivo, ela se mantinha isolada dos países em sua volta, e buscava comercializar mais intensamente com a Europa. Mas, com o aumento da importância da macrorregião, a Austrália se voltou para os seus vinhos para o comércio, sendo o comércio de gêneros alimentícios muito importante, dada a grande potencialidade agrícola australiana. Atualmente, os maiores parceiros dela são estes países da região da bacia do Pacífico junto com o Japão, o que demonstra uma total mudança de fluxos comerciais nesta localidade.
ALCA / NAFTA – Os Estados Unidos, juntamente com o México e o Canadá, assinaram o NAFTA (acordo de livre comércio da América do norte), que definia livre transito de mercadorias, serviços e capitais, porém não de pessoas, o que demonstra bem a intencionalidade dos Estados Unidos em relação à recepção de imigrantes. O que ocorreu com o NAFTA? O Canadá, já era um país extremamente dependente da economia norte-americana, logo ele apenas se beneficiou, já o México, o mais pobre dos 3, sofreu a “invasão” de diversas indústrias estadunidenses, principalmente na região norte, as chamadas “maquilladoras”, que não são nada mais do que industrias montadoras, que se aproveitam dos custos de produção muito baixos no México, para que os lucros agora maiores, sejam enviados de volta à sede da companhia. A legislação ambiental e trabalhista lá é muito fraca, o que favoreceu essas unidades fabris. Para piorar a produção norte-americana montada no México, compete com a industria local, mais cara e de menor qualidade, o que fez com as fabricas fossem praticamente todas a falência
Após o NAFTA, os EUA queriam estender a área de livre comércio para todo o continente americano, formado um novo tratado chamado ALCA, porém o projeto parece estar suspenso até agora, devido às numerosas críticas recebidas de cidadãos, que não desejam que o seu país se torne um novo México.
Umas das pressões que se fazem em cima dos EUA, é em relação aos fluxos de migração, se vão barrado e impedido como no caso de mexicanos que tentam se mudar para lá.
ALALC/ALADI/MERCOSUL – Alalc e Aladi foram dois tratados antigos, assinados há algum tempo, mas que na prática, não surtiram muito efeito. O Mercosul (Mercado Comum do Sul) é um bloco do tipo União Aduaneira, ou seja, há a livre circulação de mercadorias e adoção da TEC (Tarifa Externa Comum) >> basicamente, é uma taxa de importação em relação a algum produto comercializado por algum país externo ao bloco, a taxa será fixa e igual para todos os membros. Países do Mercosul: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, ou seja alguns dos maiores países do chamado CONE SUL. Se a ALCA fosse colocada em prática, teríamos uma intensificação do desemprego e da pobreza, nos países mais pobres, já que eles seriam os mais explorados, pelo desejo economicamente falando expansionista estadunidense.
 
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