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Oriente Médio
O termo começou a ser usado no fim do século XIX e foi consolidado no século XX.
Não há consenso entre os autores do espaço geográfico ocupado pelo oriente médio.
Mundo Árabe ≠ Mundo Muçulmano
Islã: Religião monoteísta criada por Maomé. Seus adeptos são chamados Islâmicos ou Muçulmanos.
Árabes: Etnia caracterizada pela descendência da península arábica e por falar a língua árabe
O islã ainda se subdivide em diversas seitas, nas quais as mais importantes são os sunitas e os xiitas. A grande diferença entre eles é que os xiitas acreditam que só os membros do clã de Maomé podem liderar os muçulmanos, enquanto os sunitas não atribuem nenhuma característica divína ao lider religioso e por isso qualquer um poderia liderar os muçulmanos, desde que chamados por Alá.
O Mundo Árabe compreende todos os países de etnia Árabe, enquanto o mundo muçulmano compreende os países de maioria muçulmana, podendo estes ser ou não árabes.
O Mundo Árabe teve seu auge na época correspondente à época feudal da Europa até o século XIII, onde as maiores cidades do mundo (Damasco e Bagdá) eram árabes e detinham a maior produção de conhecimento do mundo da época.
A partir do século XIII o mundo árabe começou a viver uma crise financeira, que gerou fragilidade, possibilitando assim uma invasão dos otomanos, que se beneficiando da crise dominaram o mundo árabe. Os otomanos vieram da Ásia central, expandindo-se para oeste e assim chegando às terras árabes, à Anatólia (onde hoje se localiza a Turquia) e ao leste europeu. Formando assim o grande Império Turco-Otomano a partir do século XIV.
A partir do século XIX o império otomano começa a demonstrar fragilidade e a ficar para traz em relação às potencias européias, não realizando a 2ª Revolução Industrial. Com a Revolução Industrial os países europeus disputavam territórios em busca de matéria prima e mercado consumidor e por isso estimularam uma crise através conflitos internos no Império Otomano, estimulando movimentos nacionalistas nos países árabes, afim de que os vastos territórios se tornassem livres para o imperialismo europeu. 
Assim o Império Otomano começa a ruir, perdendo territórios, como a Argélia para a França, e envolvendo-se em guerras como a Guerra da Criméia, onde os russos se aproveitaram da fragilidade do Império Otomano e conquistaram territórios, incluindo o porto de Sebastopol, um dos portos mais importantes da região. 
Além disso, os otomanos perderam territórios no norte da África, foram derrotados por nacionalistas búlgaros e gregos nas Guerras Balcânicas de 1912, formando assim países como a Grécia e a Bulgária, e foram derrotados na 1ª Guerra Mundial, fragmentando totalmente o Império Otomano, formando estados nacionais como a Turquia, Hungria, Áustria, etc.
1822 – Formação da Turquia
Mustafa Kemal Atatürk lidera o processo de modernização e ocidentalização da Turquia que apesar de muçulmana é um país ocidental. Atatürk promove a separação entre religião e Estado(Estado laico), diferindo-se dos demais países árabes, respeitando as culturas presentes no país e promovendo certa liberdade de expressão, além de manter a região unida pelo idioma, governo, educação e até mesmo pela religião, onde a maioria da população é muçulmana. 
1845 – Criação da Liga Árabe que tinha por objetivo inicial criar uma grande nação árabe, o que não interessava as potencias européias, além de os diversos interesses diferentes em cada país não permitir a criação de uma única nação. 
O Oriente Médio após a 1ªGM – Processo de Descolonização do Oriente Médio e formação dos estados nacionais.
Após a 1ª Guerra Mundial houve a desintegração do Império Turco-Otomano e com isto as potências Européias, em especial Reino Unido e França se apropriaram dos territórios do Oriente Médio, o território atual da Síria e do Líbano passam para o controle da França e os territórios atuais do Iraque, Israel, Jordânia e alguns territórios palestinos passam para controle do Reino Unido. Toda partilha foi regulamentada pelo acordo de Sykes-Picot, assinado secretamente em 1916 pelas duas potencias.
Acontecimentos no Oriente Médio após a 1ª GM:
Em 1917 com a Declaração de Balfour a Inglaterra apoia a criação do estado de Israel no território da Palestina
Em 1919, após a 1ª GM, foi assinado um tratado de paz entre o Império Turco Otomano e os Aliados, no qual o império Turco Otomano é desmenbrado e é prevista a criação de um estado curdo
1922 – Independência do Egito, porém a Inglaterra continua dominando o canal de Suez.
1923 - Tratado De Lausanne – Criação do Estado da Turquia e estabelecimentos das fronteiras da mesma.
Há uma tentativa da França de ocidentalizar o Líbano, onde Beirute passa a ser conhecida como Paris Oriental, esta estratégia é desenvolvida com a finalidade de diminuir os movimentos nacionalistas separatistas da região, que anteriormente foram estimulados pelas próprias potências européias.
França e Reino Unido, desenvolvem um aparato militar para controlar movimentos nacionalistas (pan-arabismo), sendo este aparato usado futuramente como forma de dar golpes de estado comuns no Oriente Médio, isto ocorre porque este aparato militar é desenvolvido como algo acima do estado e não como um instrumento do estado, afim de repremir movimentos nacionalistas contra as metrópoles e posteriormente movimentos contra o governo que normalmente tinham um grande vinculo com a antiga metrópole. 
Os ditadores que sobem ao poder através desses golpes utilizam argumentos religiosos para falar que a influencia ocidental e a modernidade não vai agradar a alá e que o povo tem que resistir a modernidade ocidental.
IPC - Essas ditaduras formadas por golpes militares acabaram persistindo por anos até que começou a articular-se um movimento denominado PRIMAVERA ÁRABE liderado por jovens desempregados sem perspectivas, no qual estes organizam protestos através de redes sociais. O movimento teve início na Tunísia, desencadeando no Egito, Iêmem, Síria, Líbia, Marrocos, etc.
No caso da Líbia, os rebeldes conseguem derrubar o aparato militar do Kadafi através do auxilio da OTAN que procura conter a resistencias das tropas de Kadafi e “instaurar a democracia”.
Exerce também grande influência no mundo árabe a empresa de telecomunicação Al-Jazeera, que é a maior empresa de comunicação do mundo árabe e que diferentemente das outras redes de televisão locais, que apresentam programas com a finalidade de alienar a população para que esta não veja os problemas político-socais do mundo árabe, apresenta programas que expõem e debatem situações políticas e sociais, como é o caso do programa "A direção oposta", no qual duas pessoas debatem sobre pontos de vista diferentes de um mesmo tema, como por exemplo a poligamia, regimes políticos, etc.
A descolonização dos Estados do Oriente Médio ocorrem entre os anos de 1930 até 1971, onde a forte influencia de um nacionalismo árabe(pan-arabismo), que vem a fracassar posteriormente, e o clima de tensões fazem com que esses países se tornem independentes.
No processo de descolização e reconstrução das fronteiras do Oriente Médio, a Inglaterra tem "dois pesos e duas medidas", ou seja, enquanto se comprometia com a criação do estado de Israel na Declaração Balfour de 1917, ela não se compromete com a criação de um estado curdo, que são dispersos em vários países, onde são considerados cidadãos de 2ª classe, isto quando não são perseguidos como acontece no Iraque e na Turquia, o que gera revolta nos curdos e para defender sua causa em conflitos e realizam ataques terroristas.
O Movimento Sionista e a formação do Estado de Israel
O movimento Sionista(miovimento nacionalista judaico) surge na Europa no fim do século XIX, tendo como um de seus maiores líderes o húngaro Theodor Herzl, defendendo um estado judeu localizado, necessáriamente, na Terra Santa, através da aquisição de terras e do assentamento de imigrantes judeus na palestima. O nome sionista derivado de Sion, devido ao monte Sião, sagrado para os judeus. O movimento foi apoiado pelosjudeus na Europa e nos EUA, sendo esses judeus influentes tanto nos EUA quanto na Europa, sendo estes então pressionados para a criação do estado de Israel.
A causa sionista vitimiza os judeus, colocando os mesmo como vítimas da ocupação muçulmana em seu território. Para conseguir apoio dos judeus, os idealizadores do sionismo utilizam-se de preceitos bíblicos, dizendo da terra prometida a Abraão, fazendo com que os judeus recusem propostas de um estado judeu em Uganda ou na Argentina, dizendo que o Estado de Israel devia ser na Palestina.
No período entre as duas grandes guerras mundiais há um grande fluxo de migração judia que começou nos anos de 1920 e se intensificou na década de 1930. Com essas migrassões houve um grande aumento na quantidade de conflitos entre milícias judias e palestinas, o que tenta ser controlado pela Inglaterra, que até então dominava a área da palestina e havia se comprometido com a criação do Estado de Israel, porém a Inglaterra não estava conseguindo conter os conflitos e massacres que vinham ocorrendo, onde forças judaicas realizavam uma verdadeira limpeza étnica por toda palestina, como o massacre de Der Yassim onde cerca de 1000 pessoas fugiram da região de Jerusalém, além dos palestinos que foram expulsos, por isso o Reino Unido entregou o problema a ONU que propôs a criação de dois Estados, um judeu e outro palestino.
A primeira divisão proposta apresentava um Estado palestino muito maior que o judeu, o que lógicamente não foi aceito por Israel, que na verdade pretendia a princípio um território mais vasto que toda a região palestina que abarcasse toda parte oeste da Transjordânia, o planalto do Golã e a parte de Líbano a sul de Sidão. Então foi apresentava uma nova proposta, onde 56% do território era judeu, 42% palestino e 2% eram Lugares Santos e Zonas Internacionais, o que foi aceito e "implmentado" pela resolução 181A da ONU em 29/11/1947.
Para a real implementação da resolução 181A da ONU eram nescessários que os Estados se ajustassem a seus territórios e para isso foram feitas:
 a resolução 194 (11/12/1948), onde a ONU reconhece aos refugiados palestinos, que haviam sido expulsos de seus lares pelas milícias judaicas, o direito de retorno às suas casas e de serem indenizados por Israel, o que nunca foi implementado por Israel.
	Obs*Em 1960 foi fundada a Organização para Libertação da Palestina, fundada pelo lider palestino Yasser Arafat.
A resolução 242 (11/1967), onde as nações unidas reafirmam, pela carta da ONU, a impossibilidade de uma nação adquirir territórios pela guerra e, por isso, a resolução ordena a retirada das tropas israelenses dos territórios ocupados nos recentes conflitos em troca do reconhecimento pelos estados árabes pelo estado de Israel, o que também nunca foi implementado por Israel.
13/09/1993 – acordos de Oslo, que foram uma série de acordos na cidade de Oslo, na Noruega, entre o governo de Israel e a OLP, liderada por Yasser Arafat, mediados pelo presidente dos EUA, Bill Clinton, os quais também não foram implementados por Israel.
Apesar da resolução 181A da ONU propor um Estado Judeu e um Palestino apenas é proclamado o Estado de Israel em 14/05/1948, então a partir de 15/05/1948 começam as guerras árabe-israelenses.
Guerra dos Seis Dias(1967)
 Egito, Síria e Jordânia se unem para invadir Israel e desestabilizar Israel invadindo em três pontos diferentes, tentando isolar Israel fechando o estreito de Tiran e isolando o porto de Eliat, porém Israel reage rapidamente anexando as Colinas de Golan(região estratégica), a Cisjordania, Jerusalém Oriental e a peninsula do Sinai(devolvida posteriormente ao egito em 1979)
Até hoje os palestinos pedem a Israel que este reestabeleça seu território pela linha verde que é a linha que marcava a fronteira de Israel e da Cisjordânia antes da Guerra dos Seis Dias.
Guerra do Yom Kippur(1973)
Mais uma vez Egíto, Síria e Jordânia se uniram para invadir Israel, porém desta vez aproveitaram-se do Yom Kippur, o dia sagrado judeu, para atacar quando Israel tivesse desprevinido, e de fato atacaram, porém Israel conseguiu reagir rapidamente e destruir praticamente toda força aérea egípcia e expulsar os invasores. Apesar de Israel ter ganho a guerra, a aliança árabe revelou maiores capacidades militares e, no início do conflito chegou a controlar parte dos territórios ocupados por Israel.
Acordos de Camp David
Com a morte do ex-governante do Egito, Nasser, em 1970, Sadat, o novo governante, rompe com os países árabes e assina os Acordos de Camp David em 1979, onde o Sinai é devolvido ao Egito e o Egito reconhece Israel como Estado. Os acordos foram vistos como uma traição em todo mundo árabe, o que leva posteriormente inclusive à morte de Sadat.
Intervenção na Guerra Civil Libanesa(1982)
A Guerra Civil Libanesa era uma guerra religiosa entre muçulmanos e cristãos, na qual Israel realizou intervenção alegando querer conter o "terrorismo" da OLP no Líbano, dizendo que havia ameaças da OLP de invadir Israel.
1ª Intifada palestina nos territórios ocupados por Israel(1987)
A ocupação de Israel sobre territórios palestinos aumentou ainda mais o nacionalismo na região, onde a população, liderada pela OLP e por militantes islâmicos ligados ao Hamas, fizeram uma resistencia a Israel, onde jovens enfrentavam com pedras as forças israelenses. O levante se estendeu de 1987 a 1993 e evidenciou a incapacidade de Israel de estabilizar a ocupação na região, evidenciando a necessidade de um acordo político entre os nacionalismos palestino e judeu.
Acordos de Oslo
Previam a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, assim como o direito dos palestinos governarem as áreas líderadas pela autoridade palestina. O acordo previa uma paz por etapas, onde aos poucos seriam feitos acordos que reestabeleceriam a ordem, o que fracassou devido aos radicalismos de grupos israelenses e palestinos. Por um lado a OLP viu-se incapaz de conter os extremistas Islâmicos, que promoviam campanhas de atentados suicidas nas cidades israelenses, por outro lado a direita israelense nunca se conformou com o pensamento de devolução dos territórios ocupados.
2ª Intifada palestina(2000)
Devido a ineficiencia nas negociações de paz, houve uma segunda intifada, muito mais violenta que a primeira, na qual ocorreram diversos atentados terroristas.
Em 2004, sob o governo de Ariel Sharom, Israel retira todos os assentamentos israelenses de Gaza e alguns da Cisjordania, devido as obras de construção de um extenso "muro de segurança" separando o território israelense da Cisjordânia, entrando com o muro nos assentamentos israelenses, com fronteiras impostas e não aceitas pelos palestinos, que encontram apoio no Tribunal Internacional de Justiça de Haia que declarou que o muro é uma tentativa ilegal de anexar territórios palestinos.
Em 2006, eleições em Gaza põem o Hamas no poder o que não é bem visto por Israel.
A divisão política na Palestina
Hamas – Movimento de Resistencia Islâmica
Organização de origem sunita que além de ter um braço armado faz um papel de Estado financiando construção de casas destruídas em ataques, etc.
É o mais importante movimento fundamentalista palestino.
Não considera o Estado de Israel.
Surgiu a partir da Irmandade Islâmica, grupo que estabelecia redes de caridade, hospitais e escolas em campos de refugiados palestinos.
Se consolidaram como oposição a OLP, pois esta passou a reconhecer o Estado de Israel
Fatah – Movimento de Libertação Nacional dos escravos liderados pelo povo da Palestina
Organização militar fundada em 1964 pelo engenheiro Yasser Arafat. 
Menos radical que o Hamas
Governa a Cisjordânia
Foi originado da OLP
Prega reconciliação entre Palestinos e Israelenses
Maior facção da OLP
Em 2006 o Fatah perde a maioria no Parlamento Palestino
O Fatah tornou-se o partido de maior oposição ao Hamas
Houve conflitos entre os dois grupos, onde o Hamas saiu vencedor e passou a controlar a faixa de Gaza
Atenção: Importante ler textos sobre PrimaveraÁrabe(sobre o khadafi), Proposta de criação de um estado Palestino e Al-Jazeera.
China:
Viveu momentos de abertura e fechamento político que correspondiam à hegemonia dos comerciantes e portos, nos momentos de abertura, e das elites político-militares, nos de fechamento.
O Império do Centro, como era denominada a China confuciana (o que é confuciana? É uma filosofia de Confucio. E quem foi confucio? Não interessa porque não cai!) teve seu auge entre 1683 e 1830 na dinastia Tsing, porém a corrupção no império e o fortalecimento das potências industriais tornaram a China subordinada aos interesses extrangeiros.
Guerra do Ópio ou Guerra Anglo-Chinesa – A China não consumia os produtos europeus, o que acarretava pouquíssimos lucros aos britânicos, por isso os ingleses começaram a vender Ópio, que despertava o interesse dos chineses, forçando os que não queriam consumir a consumir afim de viciar a população e conseguir altos lucros. A China então proíbe a venda do Ópio em 1800, porém o decreto nunca foi posto em voga até que em 1839 o vício na droga além de prejudicar a economia do país, também prejudica a saúde dos soldados que, viciados em ópio, não tinham condições de manejar uma arma. Então em 18 de março de 1839 é feito um novo decreto proibindo a venda da droga, porém desta vez realizando forte repressão a droga. No mesmo ano um súdito chinês foi assassinado por um grupo de 	marinheiros britânicos embriagados em Cantão, por isso todos os ingleses foram expulsos da cidade, o que deu pretexto para a Grã Bretanha declarar guerra à China.
O Conflito é encerrado em agosto de 1842, onde é criado o 1º Tratado Desigual/Iníquio (1º de uma série de tratados firmados entre a China, Japão e Coréia com as potências ocidentais entre o meio do séc XIX e início do XX.), o Tratado de Nanquim, que determinava a cessão de Hong Kong ao Reino Unido e a abertura de 5 portos ao comércio internacional. Em 1960 franceses e ingleses impunham a abertura de mais 11 portos e os russos que já ocupavam a Manchúria (leste da China) ao norte do rio Amur, avançavam até o mar do Japão.
*O Tratado de Nanquim marcava o início da doutrina “Open Door”, que assegurava a abertura chinesa ao comércio internacional e a igualdade das potências estrangeiras no comércio com o império em crise.
*Com a derrota na Guerra Sino-Japonesa (Guerra entre o Japão e a China pelo controle político na Coreia), que custou a perda de Taiwan, a dinastia mergulhou totalmente em crise.
Guerra dos Boxers – Movimento popular anticolonial e anticristão, que teve início nas províncias rurais que atribuíam a pobreza e o desemprego às importações ocidentais. Os Boxers tornaram comuns ataques a missões evangélicas, estabelecimentos estrangeiros e cortes a linhas telefonicas. Para sufocar a rebelião foi organizada uma força tarefa internacional colonialista composta por 20 mil soldados russos, americanos, britânicos, franceses, japoneses e alemães. A força tarefa obteve êxito e a China tornou-se “colônia de todas as metrópoles.
A crise já evidente, somada a derrota dos Boxers abriram caminho para revolução de 1911, liderada por Sun Yatsen, que acaba se tornando o primeiro presidente da república proclamada em 1912. Então em 1920 a política chinesa dividiu-se em dois partidos antagônicos: o Kuomitang (KMT), partido nacionalista liderado por Chiang Kaishek, e o o Partido Comunista Chinês (PCC), liderado por Mao Tsé-tung.
Os Partidos apenas se unem durante a 2ª Guerra Mundial, realizando a chamada 'frente comum' afim de enfrentar os japoneses, porém logo após da 2ª Guerra Mundial há o fim da frente comum e há conflitos entre os nacionalistas e os comunistas, onde Chiang Kaishek perde e foge para Taiwan, onde funda um governo capitalista com o apoio dos EUA.
Enquanto isso Mao Tsé Tung funda a República Popular da China como uma reação violenta ao período de abertura política da decadencia Tsing e à subordinação do Império do Centro às grandes potências.
Ciclo Maoísta 
Foi um novo período de fechamento da China para o Ocidente, almejando uma identidade nacional chinesa e um forte aparelho de estado. Através desse regime de Mao Tsé-Tung, a china tornou-se uma unidade política centralizada e uma potencia asiática.
Inicialmente a China aliou-se a URSS tanto no plano estratégico, com cooperação militar, como no plano econômico, através de planos de industrialização intensiva. Nesse momento as tenções entre o PCC(Partido Comunista Chinês) e a liderança de Stalin ficavam de lado devido ao cenário da guerra fria, que com a política norte americana da doutrina Truman estimulava uma aproximação entre Pequim e Moscou.
Porém entre 1960 e 1972 a China reforçou o isolamento com o mundo rompendo com a URSS(“cisma sino-soviético”), desenvolvendo um forte programa de capacitação nuclear e redirecionando a economia para um modelo coletivista agrário e não industrial como queriam os soviéticos. O principal motivo do cisma sino-soviético foi o desejo chinês de possuir um arsenal nuclear autônomo.
Com o rompimento com a União Soviética, a China viveu uma forte instabilidade interna, principalmente a partir de 1966 com a Revolução Cultural, que foi uma grande radicalização política e diversas divisões nas cúpulas comunistas. Os dirigentes moderados do PCC passaram a ser acusados de “direitistas” e “revisionistas”(que propõem a revisão da constituição de um país) e por isso eram desmoralizados e expulsos. Adeptos de Mao Tsé-Tung e Lin Piao formaram as Guardas Vermelhas(organizações de jovens maoístas).
Os dirigentes que haviam sido expulsos do governo conseguiram desmoralizar e despopularizar o sistema totalitário, Lin Piao percebendo sua queda dentro do partido tenta dar um golpe de estado, com ajuda soviética, onde não obteve êxito, então tentou fugir para a URSS, porém seu avião caiu sobre a Mongólia, onde morreu.
O isolamento chinês, durante a revolução cultural, só amenizou-se um pouco com o Movimento dos Países Não Alinhados, onde as teses 3º mundistas tornaram-se marcas registradas da versão maoísta do socialismo, porém a colaboração com os não alinhados era sempre precária devido a tendencia pró-soviética da Índia e Egito, que ocupavam posições a frente do movimento. Porém em 1971-72 encerrou-se o ciclo maoísta com uma aproximação entre China e Eua (aproximação sino-americana), com a decisão de Mao Tsé-Tung de alinhar-se aos EUA contra a URSS houve a ruptura entre o centro maoísta e os radicais de Lin Piao. A decisão de Mao Tsé-Tung decorreu da insegurança vigente desde 1969, onde ocorreram conflitos na fronteira da China com a URSS, ao longo do rio Ussuri. O núcleo da liderança chinesa composto por Mao Tsé-Tung e Chou Enlai, temia um ataque nuclear soviético e enxergava a aproximação com os Eua vital para a China. 
Por isso firmando o alinhamento Chinês com os EUA, o presidente Nixon dos EUA visita pequim, em fevereiro de 1972, em outubro a China torna-se um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, um ano depois do encontro entre Nixon e Mao tsé-tung os acordos de Paris encerravam a participação americana no Vietnã e em 1976, com a morte de Chou Enlai e Mao Tsé-tung, encerra-se a Revolução Cultural.
Deng Xiaoping e a abertura econômica
Após a morte de Mao Tsé-Tung houve uma quebra no equilíbrio entre radicais, moderados e maoístas no PCC, então Deng Xiaoping que havia sido perseguido e marginalizado durante a Revolução Cultural une-se aos maoístas afim de derrotar os remanescentes radicais e logo após volta-se contra os maoístas, até assumir o controle sobre o partido.
As mudanças políticas acompanharam um forte programa de reformas econômicas lançando o Programa das Quatro Modernizações em 1978, onde priorizava mudanças na agricultura, indústria, defesa e ciência e tecnologia. Os planos de Xioping era integrar a economia chinesa controladamente ao mercado mundial.
A série de reformas – autorização para abertura de empresas privadas, eliminação do controle sobre os preços e salários e a supressão do coletivismo rural – introduziu a dinâmicada acumulação privada de capitais e o jogo da oferta e procura na economia chinesa. Assim foi definido em 1992 um novo modelo através da expressão paradoxal Economia Socialista de Mercado.
Desde de o início das reformas o investimento estrangeiro e o comércio internacional foram privilegiados de forma que com a criação das Zonas Econômicas Especiais(ZEE – territórios destinados a receber empreendimentos privados estrangeiros), em 1984, foi estruturada uma nova relação entre a economia chinesa e a mundial. Hong Kong, a colônia do Reino Unido, passa a ser um corredor de entrada de fluxos de capitais externos para a China. Empresas japonesas, americanas e europeias passaram a se interessar na mão de obra barata e disciplinada, no grande mercado consumidor em potencial e nas regras liberais das ZEE.
Em contrapartida, a abertura econômica não deveria interferir na esfera política, porém o monopólio do poder pela elite dirigente foi contestado em 1989, no contexto da Glasnot promovida por Gorbachov na URSS. Quando Pequim e Moscou viram uma possibilidade de reaproximação diplomática, e estava planejada uma visita de Gorbachov à China, estudantes de Pequim organizaram manifestações de rua em nome da liberdade e da democracia. A chegada de Gorbachov coincidiu com o auge das manifestações, em Pequim estudantes ocuparam a Praça da Paz Celestial em protesto. Então, após a partida de Gorbachov, foi decretada a lei marcial e convocaram-se tropas do exército para reprimir os manifestantes. Blindados invadiram a Praça da Paz Celestial numa forte repressão que deixou mais de 2 mil mortos, além de prisões e condenações a pena de morte. Com o Massacre da Praça da Paz Celestial e a violenta supressão que veio a ficar conhecida como Primavera de Pequim foi materializada a opção pela estabilidade política a qualquer custo, mas não impediu a continua abertura política.
A China no Século XIX
Entrada na OMC
Economia industrial nas ZEEs
Relação dos EUA com a China
Relação do Brasil com a China
Títulos de Dívida Pública – Crise da dívida dos EUA
Investimento da China em energia limpa
China como potência no século XIX
Os problemas da China hoje
O crescimento cada vez maior do PIB chinês tem atingido marcas de dois dígitos por diversos anos e, devido a isto, o PIB chinês quintuplicou, reduziu-se o emprego agrícola de 70% para menos de 50% e nas cidades litorâneas do sudeste e do leste formou-se uma classe média de empreendedores e profissionais qualificados. O crescimento possibilitou a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001, o que possibilitou a abertura de novos mercados e a facilidade de julgar queixas sobre o país que sofre diversas acusações de trabalho escravo.
As ZEEs concentram-se nas províncias da orla litorânea e são as zonas de maior crescimento econômico na China, onde o PIB per capita era em média de 2 mil dólares em 2005. Isto ocorre devido o grande fluxo de capitais que chegam nessa região devido a implantação da economia de mercado e devido as industrias de base instaladas nessas regiões, em torno das reservas de carvão mineral e jazidas de minério de ferro, o que garante ao país o 1º lugar na produção mundial de aço. Nas províncias próximas a Xangai, a leste, e a Hong Kong, a sudoeste, o PIB per capita médio chega a 3 mil dólares.
Os EUA e a China hoje tem uma relação de interdependência, na qual os EUA precisam da mão de obra barata chinesa, enquanto a China ainda precisa de investimentos norte-americanos que propiciam o avanço econômico no país e também pelas importações americanas que absorvem grande parte dos produtos chineses. E neste contexto de importações e exportações que inicia-se uma divergência, pois enquanto a China tem conseguido um superávit de aproximadamente 200 bilhões de dólares, os EUA tem sofrido um déficit na mesma proporção.
Nos últimos 6 anos o Brasil tem se aproximado cada vez mais da China, que nesse período tornou-se a maior parceira econômica brasileira, tomando o lugar dos EUA como destino das exportações brasileiras, onde em 2005 19% das exportações eram direcionadas aos EUA, enquanto apenas 5,8% eram direcionadas a china, já em 2010 15,2% das exportações brasileiras são direcionadas a China, enquanto apenas 9,5% são direcionadas aos EUA. Porém a relação comercial entre o Brasil e a China resume-se na venda de matérias-primas brutas, onde 83,7% da exportação brasileira para a China é de produtos básicos como minério de ferro, soja, petróleo bruto, etc, e na compra de produtos de alta tecnologia, onde 97,5% das importações brasileiras da China são de peças para computadores, televisão e celulares.
Entendendo a Crise da dívida dos EUA: Diversos países para obter recursos vendem títulos de dívidas, que são papéis que funcionam como um empréstimo, o papel é uma garantia de que o investidor receberá o dinheiro de volta com os juros estabelecidos por contrato, caso o investidor não receba o dinheiro de volta devido a alguma crise, por exemplo, configura-se um calote. Dentre estes países, os EUA são conhecidos pela segurança dos títulos de dívida pública, onde nunca houve nenhum tipo de calote, ATÉ HOJE. Porém após a crise de 2009, para estimular a economia, os EUA aumentaram os títulos de dívida afim de obter mais recursos, assim com os recursos recebidos eles pagavam os títulos que estavam prestes a vencer, assim os EUA foram aumentando a venda de títulos até que chegou ao limite estabelecido pelo congresso de 14,3 trilhões de dólares em dívida pública. Então sem poder vender mais títulos, e, assim, receber o dinheiro e pagar outros títulos de dívida, os EUA se viram em uma situação delicada onde o risco de calote se tornava cada vez mas evidente, se o limite de títulos não subir para 16 trilhões, o que poderia afetar a economia de MUITOS países, sendo alguns dos principais afetados a CHINA e o BRASIL(que tem cerca de 211,4 bilhões de dólares aplicados em papéis do governo americano). No congresso norte-americano há uma grande divergência entre democratas como o próprio presidente Obama, que querem aumentar os impostos sobre os mais ricos e os republicanos(oposição a Obama) que defendem cortes em gastos sociais para obter recursos.
A matriz energética da China baseia-se no carvão mineral, sendo a responsável por 62% do consumo total de carvão no mundo, e no petróleo, sendo responsável por 20% do consumo. Com a queima desses combustíveis a China, seguida dos EUA, é a maior emissora dos gases estufa e por isso tem buscado a construção de usinas de carvão mais eficientes e investindo cada vez mais em energia limpa, tendo ,em 2009, se tornado o maior país investidor em energias renováveis, segundo um relatório divulgado nos EUA, que calcula que a China investiu 34 bilhões de dólares em energia limpa neste ano. 
O grande crescimento da China nos últimos anos, com projeção de que em 2050 a China possuirá o maior PIB do mundo com 28% das riquezas mundiais enquanto os EUA deteriam 26% das mesmas, torna inegável que esta será uma grande potência do século XXI, sendo por muitos discutido, inclusive, se esta não chegaria a tornar-se a nova hegemonia mundial, tomando o lugar dos EUA. Porém alguns dilemas tem surgido com o tema como a necessidade de uma abertura política, o que poderia colocar em xeque a estrutura socioeconômica do país, além da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão que poderia conspirar contra o governo, além da subvalorização do yuan(moeda chinesa que vem gerando críticas no G-7 e das críticas ao regime de trabalho imposto e amparado pelo estado.
Dentre os principais problemas da China hoje estão a política do filho único, na qual a China “estimula” a população a ter apenas um filho, onde se uma mulher tiver mais de um filho, apenas um terá direito de ser registrado e se o outro for descoberto ele pode ser morto (No caso de um filho homem e uma mulher, a prioridade de registro de nascimento é do homem) e a questão do Tibet, onde o povo tibetano, reivindica seu território, porém a China não abre mão dos mesmo devidoa localização estratégica e as riquezas naturais como por exemplo as grandes áreas preservadas consideradas potencial bioenergético, sem contar importantes jazidas de minérios e o acesso a recursos hídricos já que a nascentes de importantes rios asiáticos como o rio Azul e o rio Amarelo se localizam no território tibetano. Para assegurar o domínio sobre o Tibet o governo incentiva a migração de diversos chineses para lá, os tibetanos dizem que são excluídos dos benefícios econômicos desfrutados nas províncias costeiras e reclamam da enorme pressão cultural, política e religiosa, além da vio lação dos direitos humanos. → ATENÇÃO: desde que exilou-se no norte da Índia, Dalai Lama viaja o mundo para advogar por mais autonomia para sua terra natal, sempre enfatizando que não defendia a violência. Ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1989.

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