Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AMOSTRAGEM E INVENTÁRIO FLORESTAL – GEF 112 #NOTA DE AULA# 1 9. PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM SISTEMÁTICO 9.1 MOTIVAÇÃO A questão da variabilidade espacial em floresta é percebida, pelo menos de forma subjetiva por todos àqueles que atuam na área de amostragem. Tanto isto é verdade, que o fato de sistematizar parcelas, tem como objetivo “oculto” captar essa variabilidade espacial. Este fato pode ser facilmente percebido em florestas plantadas quanto nativas. Mediante estas circunstâncias, aliado ao aspecto PRÁTICO, foi que surgiu a Amostragem Sistemática (AS). Nós floresteiros, percebemos ao longo dos anos, que as estimativas com a AS, usando a formulação da ACS, não provoca viés substancial em relação ao valor paramétrico. Esta constatação corrobora o uso quase que em 100% da AS em inventários florestais. A amostragem sistemática proporciona uma melhor representatividade florestal – variando em relação a uma representatividade estatística, porém, com impactos pouco significativos no resultado final. 9.2 CONCEITO “É o procedimento pelo qual as parcelas são distribuídas de forma sistemática em toda a área”. É conhecida com seleção mecânica das unidades amostrais. AMOSTRAGEM E INVENTÁRIO FLORESTAL – GEF 112 #NOTA DE AULA# 2 9.3 PRINCÍPIO BÁSICO DO PROCEDIMENTO “Aleatorizar somente a primeira unidade amostral, sendo as demais distribuídas conforme um valor K (distância entre parcelas)”. Obs.: na floresta ocorrem variações espaciais que podem afetar a estimativa da variável de interesse. Ao aleatorizar somente uma parcela, surge com o método um PROBLEMA ESTATÍSTICO DE COMO CALCULAR A VARIÂNCIA. Portanto, pode-se pensar numa alternativa que seria MÚLTIPLOS INÍCIOS ALEATÓRIOS. 9.4 OBTENÇÃO DO K Considere uma população de 2000 hectares, cuja variabilidade da característica de interesse foi de 70% para parcelas de 1000 m2. Qual deve ser o valor de K? Erro máximo de 10%. Cálculo da intensidade amostral Qual é a área de abrangência de cada parcela? AMOSTRAGEM E INVENTÁRIO FLORESTAL – GEF 112 #NOTA DE AULA# 3 Qual é a distância entre parcelas? O valor K é a distância entre o ponto inicial de uma parcela e o ponto inicial da próxima parcela. 9.5 USO DA AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA - FLORESTA NATIVA - FLORESTA PLANTADA: a cada 10 ha lançar uma parcela (sistemático desencontrado). Você esta considerando que a área de abrangência de uma parcela é de 10 hectares. 9.6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA AS Fácil operacionalização; Propicia ótima estimativa da média; Capta a variabilidade espacial em volume e em espécie; As N unidades não possuem a mesma chance de serem sorteadas (não probabilístico); Efeito de periodicidade (menos pronunciado e de difícil percepção em campo). FACILIDADE DE LOCALIZAÇÃO DAS PARCELAS DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS INDIVÍDUOS AMOSTRAGEM E INVENTÁRIO FLORESTAL – GEF 112 #NOTA DE AULA# 4 9.7 APLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO Pretende-se conhecer o volume por hectare e do total de uma propriedade com 2500 hectares de floresta nativa. O tamanho da parcela a ser utilizada é de 1000 m2 (10 X 100m). O erro máximo admissível é de 20% da média. Baseado numa revisão de literatura, o inventariador adotou um CV% de 33%. Executar todo o processamento do inventário. Calcular a intensidade amostral; Determinar o valor da distância entre parcelas; Processar o inventário conforme 2 maneiras de ordenação dos dados na planilha. SITUAÇÃO 01 29,82 21,01 24,44 22,38 27,46 21,88 20,16 21,01 23,13 23,46 20,13 - PARCELA Vi(m³) (Vi)² V(i+1)-Vi (V(i+1)-Vi)² DV(i+1)-Di (DV(i+1)-Di) 1 29,82 889,2324 --- --- --- --- 2 21,01 441,4201 -8,81 77,6161 --- --- 3 24,44 597,3136 3,43 11,7649 12,24 149,8176 4 22,38 500,8644 -2,06 4,2436 -5,49 30,1401 5 27,46 754,0516 5,08 25,8064 7,14 50,9796 6 21,88 478,7344 -5,58 31,1364 -10,66 113,6356 7 20,16 406,4256 -1,72 2,9584 3,86 14,8996 8 21,01 441,4201 0,85 0,7225 2,57 6,6049 9 23,13 534,9969 2,12 4,4944 1,27 1,6129 10 23,46 550,3716 0,33 0,1089 -1,79 3,2041 11 20,13 405,2169 -3,33 11,0889 -3,66 13,3956 TOTAIS 254,88 6000,0476 --- 169,9405 --- 384,29 AMOSTRAGEM E INVENTÁRIO FLORESTAL – GEF 112 #NOTA DE AULA# 5 - Cálculo da intensidade amostral (n) - Cálculo da distância entre parcelas (k) OBS.: isto para uma grade retangular. a) Média Trata-se do mesmo estimador da Amostragem Casual Simples. Neste caso a estimativa da média é sem viés. b) Variância c) Erro padrão da Média Neste caso, como não houve aleatorização de todas as parcelas, o procedimento não tem estimador próprio. Há 3 alternativas para obtenção desta medida de precisão. AMOSTRAGEM E INVENTÁRIO FLORESTAL – GEF 112 #NOTA DE AULA# 6 c.1) Formulação da ACS 2 1y s n s n N c.2) Método da Primeira diferença 2 ( 1) 1 * 1 2 ( 1) n i i i y V V n s n n N c.3) Método da Segunda diferença 2 ( 1) ( ) 1 * 1 6 ( 2) n vi vi i y d d n s n n N d) Erro do Inventário - ACS * yE t s E% - Primeira diferença * yE t s E% = - Segunda diferença AMOSTRAGEM E INVENTÁRIO FLORESTAL – GEF 112 #NOTA DE AULA# 7 * yE t s E% = e) Intervalo de confiança * 95%yy t s f) Saída do Inventário por classe diamétrica ESPÉCIE CARACT. CLASSES DIAMÉTRICAS 7,5 12,5 17,5 22,5 Copaíba VOL (m3) V1 V2 V3 V4 No IND. NI NI NI NI Canela VOL (m3) V1 V2 V3 V4 No IND. NI NI NI NI Pindaíba VOL (m3) V1 V2 V3 V4 No IND. NI NI NI NI AMOSTRAGEM E INVENTÁRIO FLORESTAL – GEF 112 #NOTA DE AULA# 8 SITUAÇÃO 02 29,82 21,01 24,44 22,38 27,46 21,88 20,16 21,01 23,13 23,46 20,13 - PARCELA Vi(m³) (Vi)² V(i+1)-Vi (V(i+1)-Vi)² DV(i+1)-Di (DV(i+1)-Di) 1 29,82 889,2324 2 27,46 754,0516 -2,36 5,5696 3 23,13 534,9969 -4,33 18,7489 -1,97 3,8809 4 21,01 441,4201 -2,12 4,4944 2,21 4,8841 5 21,88 478,7344 0,87 0,7569 2,99 8,9401 6 23,46 550,3716 1,58 2,4964 0,71 0,5041 7 24,44 597,3136 0,98 0,9604 -0,6 0,36 8 20,16 406,4256 -4,28 18,3184 -5,26 27,6676 9 20,13 405,2169 -0,03 0,0009 4,25 18,0625 10 22,38 500,8644 2,25 5,0625 2,28 5,1984 11 21,01 441,4201 -1,37 1,8769 -3,62 13,1044 TOTAIS 254,88 6000,0476 58,2853 82,6021
Compartilhar