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RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DOS ESTADOS Os Estados podem ser responsabilizados internacionalmente em caso de violações ao direito internacional ou de danos provocados a outros Estados ou particulares. Baseado na cooperação Regulado pelos costumes internacionais ONU / CDI (2001) – Projeto de Convenção sobre a Responsabilidade Internacional. Requisitos para a responsabilidade civil internacional: 1) Ato passível de responsabilização; 2) Dano; 3) Nexo de causalidade / Imputabilidade. 1. ATO PASSÍVEL DE RESPONSABILIZAÇÃO 1.1 Ação ou omissão (ato comissivo ou omissivo) Ex: Obrigação de evitar o dano Responsabilidade internacional pode ser ainda: Convencional ou delituosa 1.2 ATO ILÍCITO A ação ou omissão podem decorrer de fato ilícito ou, então, de um fato não proibido pelo direito internacional. Não se exige previsão específica em tratado. Danos transfronteiriços (potencialmente danoso). 1.3 A AÇÃO OU OMISSÃO DO ESTADO OU UM OI 1.3.1 Atos do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário Uma lei nacional pode, por exemplo, ser considerada ilegal do ponto de vista internacional, assim como uma decisão do órgão jurisdicional do Estado, que declara a inconstitucionalidade de uma lei. 1.3.2 Negação de justiça: Quando o Estado não oferece a devida assistência judiciária; Negação de tomar conhecimento das causas propostas, sobretudo quando se trata de estrangeiros Demora na prestação jurisdicional 1.3.3 Atos de particulares: Os atos de particulares não comprometem o Estado, exceto quando existe o dever de vigilância ou há uma não cooperação nas ações internacionais para evitar o dano ou punir os responsáveis por danos. 1.3.4 Insurreições, revoltas e guerras: O Estado não é responsável por uma insurreição, uma revolta, uma guerra civil ou mesmo uma guerra internacional nem pelo fato dessas situações terem provocado danos. 2. DANO: 2.1. Natureza do dano Perda devidas humanas; violação da integridade física; a perda ou diminuição do valor de um bem; a perda ou dano resultante da degradação do meio ambiente ou do patrimônio cultural. O direito de ingerência 2.2. Gravidade do dano: O dano deve ser grave Atual ou iminente 2.3. Vítimas do dano: A vítima é o Estado, que representa o interesse de um particular ou um interesse próprio. Endosso é a outorga da proteção diplomática de um Estado a um particular. A exceção são os casos de direitos humanos. 3. NEXO DE CAUSALIDADE E IMPUTABILIDADE: 3.1. Nexo de causalidade: Em direito internacional, é preciso que a relação causal esteja bem definida. Danos indiretos não são reconhecidos pelo direito internacional. 3. NEXO DE CAUSALIDADE E IMPUTABILIDADE: 3.1. Nexo de causalidade: Em direito internacional, é preciso que a relação causal esteja bem definida. Danos indiretos não são reconhecidos pelo direito internacional. 4. CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE: Consentimento da vítima; Contramedidas legítimas; Estado de necessidade; Força maior e caso fortuito; Prescrição liberatória; Agressões mútuas. NOVAS TENDÊNCIAS: RESPONSABILIDADE OBJETIVA A regra geral é a responsabilidade subjetiva, excluindo-se os danos em que não houve culpa do Estado. A noção-chave é a relação entre o dano e o ato. Alguns tratados preveem a responsabilidade sem culpa (objetiva) Convenção de Londres, de 1972: “Um Estado de lançamento tem a responsabilidade absoluta de pagar uma reparação pelo dano causado por seu objeto espacial na superfície da Terra ou às aeronaves em voo”. A União Europeia reconhece a responsabilidade sem culpa no tocante à proteção dos direitos humanos e direito ambiental.
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