Buscar

Aula 7 - Agrotóxicos 2014.1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 181 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 181 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 181 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

AGROTÓXICOS
Hemerson Iury
hemersonufpb@yahoo.com.br
Universidade Federal da Paraíba - UFPB
Depto. de Ciências Farmacêuticas – DCF – Campus I
Curso de Farmácia
 Qualquer substância ou mistura de substâncias
utilizadas para prevenir, destruir ou controlar
qualquer praga.
(Food and Agriculture Organization (FAO)
2
Introdução
Introdução
 Substâncias químicas, naturais ou sintéticas,
destinadas a matar, controlar ou combater
de algum modo as pragas, incluindo vetores
de doenças humanas ou de animais (ONU).
Principais pragas
 Insetos,
 Aracnídeos,
 Roedores,
 Ervas daninhas,
 Fungos,
 Bactérias
Qualquer outra forma danosa a saúde ou bem-estar do homem,
lavoura ou pecuária.
(Baird, 2006; Silva e Fay, 2004).
Sinonímias
 Agrotóxicos;
 Defensivos agrícolas;
 Pesticidas; 
 Praguicidas;
OBS: O Melhor termo para representá-los = BIOCÍDAS
‘’ O PODER É SEU!!!’
Classificação Geral
 Inseticidas
 Herbicidas;
 Fungicidas;
 Acaricidas;
 Roedonticídas ou Raticidas
 Fumigantes;
 Avicídas;
 Nematicídas
 Molusicídas
 Desfoliantes
 Insetos
 Ervas daninhas
 Fungos
 Ácaros
 Roedores
 Bactérias do solo
 Aves
 Nematóides
 Moluscos
 Folhas
(Baird, 2006; Silva e Fay, 2004, Oga 2008).
Classificação Geral
Agrotóxicos mais consumidos em São Paulo no ano 2000
Classificação
- Organossintéticos - IOC’s, IOF’s, Carbamatos;
- Origem Vegetal - Nicotina, Rotenona, Estricnina, Piretrinas;
- Inorgânicos - Arsenitos, Sulfato Cúprico, Cianamida de
Cálcio;
 Inseticidas
Classificação
- Fenoxiácidos;
- Compostos Bipiridílicos;
- Pentaclorofenol;
 Herbicidas
Classificação
- Orgânicos
- Pentaclorofenol;
- Ditiocarbamatos;
- Hexaclorobenzeno;
- Tiazóis;
 Fungicidas
- Inorgânicos 
- Organomercurais; 
- Compostos de Cobre;
Um breve histórico dos agrotóxicos
A história dos agrotóxicos: dos rituais religiosos aos 
organofosforados
 Há registros na Bíblia de que insetos e fungos devastaram
plantações (castigo de Deus ou dos deuses);
Barbosa, 2004
 Já em 2500 a.C., os sumérios utilizavam o enxofre no
combate a insetos.
A história dos agrotóxicos: dos rituais religiosos aos 
organofosforados
 Desde 400 a.C. O piretro, provenientes de flores secas
de plantas do gênero Chrysanthemum cinerariaefolium
(tratamento de piolhos);
Barbosa, 2004
Chrysanthemum cinerariaefolium
 Utilizada até hoje na Europa oriental (pó da Pérsia);
A história dos agrotóxicos: dos rituais religiosos aos 
organofosforados
 XVII - A nicotina extraída das folhas de fumo (Nicotiana
tabacum),para controlar insetos em jardins;
 Rotenona é isolada de raízes de Derris elliptica, planta
Barbosa, 2004
A história dos agrotóxicos: dos rituais religiosos aos 
organofosforados
 Os gregos e os romanos tinham deuses específicos para
prevenir ou exterminar pragas.;
Barbosa, 2004
A história dos agrotóxicos: dos rituais religiosos aos 
organofosforados
 Na Idade Média - A justiça deveria ser feita para
garantir a prevalência do bem, e os infratores deveriam
ser punidos;
Barbosa, 2004
 No século XIV, os chineses começaram a utilizar
compostos de arsênio para controlar insetos e mercúrio
para controlar piolhos e outras pragas.
A história dos agrotóxicos: dos rituais religiosos aos 
organofosforados
* Mistura de enxofre e cal – controle da sarna-da-maçã,
* Mistura de sulfato de cobre e cal (calda bordalesa) - no
combate do míldio, doença causada por fungos na uva;
* O arsenito de cobre (verde de Paris) – controle do
besouro da batata nos Estados Unidos;
* O sulfato ferroso como herbicida seletivo;
* Derivados de fluoretos inorgânicos - no controle de
insetos como formigas.
 No final do século XIX - síntese diversos:
Barbosa, 2004
A história dos agrotóxicos: dos rituais religiosos aos 
organofosforados
Barbosa, 2004
 1940 – Orgânicos sintéticos utilizados para proteger
soldados na 2ª Guerra (Doença do sono – Ásia e África);
 1943 – o 1,1,1-tricloro-2,2-di(ρ-clorofenil) etano – DDT foi
utilizado durante 2ª Guerra Mundial, para combater
piolhos que infestavam tropas norte-americanas na Europa
e que transmitiam uma doença chamada tifo exantemático
A história dos agrotóxicos: dos rituais religiosos aos 
organofosforados
Branco, 2003
 1930–1940 – Desenvolvimento de OF’s inicialmente como
material bélico e depois na agricultura ;
 1962 – Alerta sobre a biomagnificação
e ação de alguns agrotóxicos a longo
prazo, principalmente o DDT (livro a
primavera silenciosa).
Problemas relacionados aos agrotóxicos
 Uso indiscriminado, sem preocupação com segurança da população
em geral;
 Propaganda enganosa, não atenta para  toxicidade do produto,
visando apenas LUCRO;
 Produto sem especificidade de pragas
Ex.: Chumbinho – Apresenta DL50 baixa;
 Estudo realizado apenas para toxicidade aguda, não levando em
conta os efeitos cumulativos;
 Falta de avaliação correta da relação risco/benefício;
 Legislação pouco atualizada e conhecida menos ainda;
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E O USO MASSIVO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL
Problemas relacionados aos agrotóxicos
Produção agrícola e consumo de agrotóxicos e fertilizantes químicos nas
lavouras do Brasil, de 2002 a 2011.
Problemas relacionados aos agrotóxicos
Resíduos de agrotóxicos em alimentos no Brasil em 2010
Problemas relacionados aos agrotóxicos
(ANVISA, 2011)
A Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil em
seu editorial de abril/junho de 2012 afirma que o
Dossiê é “um documento que deve se tornar
histórico”
Problemas relacionados aos agrotóxicos
Problemas relacionados aos agrotóxicos
Problemas relacionados aos agrotóxicos
Problemas relacionados aos agrotóxicos
 Cada US$ 1 gasto na compra agrotóxicos pode custar
aos cofres públicos US$ 1,28 em futuros gastos com
saúde de camponeses intoxicados.
 Wagner Soares, economista do IBGE à partir de
pesquisa realizada no Paraná. Disponível na Revista
Ciência Hoje, dia 13 de setembro de 2012
Impactos na saúde
Problemas relacionados aos agrotóxicos
 Tendências das taxas de mortalidade por neoplasias nos municípios
de estudo (agronegócio) e municípios controle, Ceará, 2000 a 2010.
Rigotto et, al 2011
 a taxa de mortalidade por neoplasias foi 38% maior (IC95%= 1,09
– 1,73) nos municípios de estudo.
Problemas relacionados aos agrotóxicos
 Dossiê ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva
BRASIL, 2011
Etapa 1 - Agrotóxicos, Saúde, Segurança Alimentar e Nutricional –lançado no dia
29 de abril de 2012 no World Nutrition, Rio de Janeiro.
Etapa 2 – Agrotóxicos, Saúde, Ambiente, Desenvolvimento e
Sustentabilidade – a ser lançado na Cúpula dos Povos no dia 16
de junho de 2012, Rio de Janeiro.
Etapa 3 – Agrotóxicos, conhecimento e cidadania – a ser
lançado no Congresso da ABRASCO, de 14 a 18 de novembro
de 2012, em Porto Alegre.
Problemas relacionados aos agrotóxicos
Fatores de impacto (ao ambiente e aos seres vivos)
Ambiental
 PERSISTÊNCIA
- Solubilidade do composto
- Volatilidade
- Degradação
- Bioacumulação
 LIXIVIAÇÃO;
Problemas relacionados aos praguicidas
Fatores de impacto (ao ambiente e aos seres vivos)
Biológica (animais e plantas)
 DESENVOLVIMENTO RESISTÊNCIA DE PRAGAS;
 DESTRUIÇÃO E REDUÇÃO DOS INIMIGOS NATURAIS;
Problemas relacionados aos agrotóxicos
Nº de espécies de pragas resistentes a agrotóxicos
ANO
1908
1918
1928
0 100 200 300 400 500 600
1938
19481955
1960
1967
1976
1978
1980
1984
1988
Fuente: Salvemos al planeta. Problemas y esperanzas. Nairobi: PNUMA, 1992: 97
Problemas relacionados aos praguicidas
Fatores de impacto (ao ambiente e aos seres vivos)
Biológica (animais e plantas)
 AÇÃO GENOTÓXICA CARCINOGÊNICA, MUTAGÊNICA E TERATOGÊNICA;
Tipos de contaminação por praguicidas
 Direta 
- Não Intencional
Ex.: Ocupacional e/ou Acidental 
- Intencional
Ex.: Suicída;
 Indireta 
- Contaminantes industriais
Ex.: Intencional e Acidental
Classificação quanto a persistência
Classes Tempo Exemplo
Persistentes 2 a 5 anos IOC’s e Herbicidas 
bipridílicos
Intermediários 1-18 meses Herbicidas derivados 
da uréia, triazínicos 
e 2,3-dinitroanilina
Não persistentes 1-12 semanas IOF’s e Carbamatos
OGA et al., 2008
OBS: Quanto á Persistência (tempo necessário p/ que 75 - 100% do
praguicida não se encontre no ambiente.
Classificação quanto a toxicidade
Peres; Moreira, 2003; Oga et al., 2008
PRINCIPAIS AGROTÓXICOS
Inseticidas Inibidores da AchE
Organofosforados
Acefato (Orthene®) Fenitrotion (Sumition®, Sumigran®)
Coumafós Forate (Granutox®)
Clorpirifós (Lorsban®) Malation (Malatol®)
Diclorvós (DDVP®) Metamidofós (Tamaron®)
Diazinon Monocrotofós (Azodrin®, 
Nuvacron®)
Dimetoato Mevinfós
Dissulfoton (Solvirex®) Paration (Folidol®)
Fention (Lebaycid®) Triclorfon (Dipterex®)
Carbamatos
Aldicarb (Temik®) Carbosulfan (Marshal®)
Carbaril (Sevin®) Propoxur
Carbofuran (Furadan®)
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
 Armas químicas – SARIN
 Ele é um composto orgânico do tipo
organo fosforado, sendo usado desde a
segunda guerra mundial,
 Utilizado em sprays;
 pode matar em questão de minutos;
 É uma substância líquida, muito tóxica,
solúvel em água e com odor adocicado;
 Sintomas:
 olhos lacrimejantes e salivação;
 contração das pupilas;
 sudorese ;
 A morte se dá pelo ataque à
musculatura.
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
 Armas químicas – SOMAN
 Desenvolvido em 1944 pelo médico Dr.
Gerhard Schrader
 é o mais tóxico que o Sarim,
principalmente quando inalado;
 Classificação: composto organo-
fosforado fluoretado;
 Origem: artificial;
 Modo de transmissão: ingestão,
inalação, absorção por pele, mucosas e
olhos;
Principais sintomas da doença:
náuseas, vômitos, diarréia, espasmos e
fraqueza muscular, sudorese (suor
excessivo), dificuldades respiratórias
e morte rápida;
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Características gerais
 Utilizados também como acaricidas,
roedonticidas, reguladores do crescimento;
 Possuem toxicidade bastante elevada;
 São considerados inibidores “irreversíveis” da
AchE e BUchE;
 Elevação do uso últimos anos a medida que os
organoclorados foram banidos por alta
persistência e poder;
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Classificação quanto a estrutura química
1. Fosforados – (Derivados do ácido fosfórico e
tiofosfórico) – PARAOXON e TEPP;
2. Tiofosforados – (Derivados do ácido tiofosfórico)
a. Monotiofosforados – Paration (DL50 1 a 50 mg/kg)
b. Ditiofosforados – Malation (DL50 2 < 50 > 500
mg/kg);
3. Clorofosforados - (Derivados do ácido fosfônico)
Ex.: Diclorvos ou Mafú;
4. Ditiofosforados – (Darivados do ácido tiofosfórico)
Ex.: Dimetoato, Etoprofós
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Vantagens dos IOF’s em relação aos IOC’s
 Alta atividade inseticida;
 Largo espectro de ação;
 Ação sistêmica para a maioria dos insetos;
 Baixa ação residual;
 Não persistente no ambiente;
 Rápida biotransformação sem acumulação nos 
organismos;
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Toxicocinética
 Absorção e distribuição ( lipossolubilidade)
- Oral – Intoxicações acidentais (crianças) e
intencionais (durante manuseio/suicídio);
- Dérmica – Intoxicações ocupacionais;
- Respiratória – Intoxicações ocupacionais e
domésticas;
- Distribui-se por todo tecido adiposo, rins, glândulas
salivares, tireóide, pâncreas, pulmões, paredes do
estômago e intestino, SNC e em menor proporção nos
músculos.
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Toxicocinética
 Biotransformação – Ocorre principalmente
no fígado (Complexo citocromo P-450)
 Oxidação
- Dessulfuração – principal via de
biotransformação (P=S em P=O);
- Oxidação - do grupo tioéter;
- O-desalquilação;
 Clivagem hemolítica – Quebra na ligação aril
fosfato;
 Redução – De grupamentos nitro através do
sistema NADPH-redutase;
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Toxicocinética
 Biotransformação
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Toxicocinética
 Excreção – Pela urina e pequena quantidade
nas fezes – 48h.
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Mecanismo de ação
 Ligam-se ao centro esterásico de AChE e BU-ChE, impedindo
a hidrólise da ACh = Acúmulo de Ach;
 Regeneração enzimática muito lenta – “irreversível”;
 Regeneração da AchE pode ocorrer com a utilização de
oximas (atração nucleofílica) até 48hs após intoxicação;
 Envelhecimento enzimático;
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Sinais e Sintomas
 Crise colinérgica aguda
Manifestações muscarínicas
 Dor torácica, broncoespasmo, tosse,
dificuldade respiratória, aumento do ritmo
respiratório superficial, secreção brônquica
abundante, cianose, edema pulmonar;
 Falta de apetite, náuseas, vômitos, cólicas
abdominais, diarréia, incontinência fecal,
tenesmo;
 Miose, visão borrada
 Lacrimejamento, salivação, rinorréia
 Sudorese profusa;
 Incontinência urinária;
 Bradicardia, hipotensão, fibrilação atrial
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Sinais e Sintomas
 Crise colinérgica aguda
Manifestações nicotínicas
 Mioclonias, fasciculações, cãimbras,
fraqueza muscular (incluindo musculatura
respiratória), paralisias musculares,
arreflexia;
 Hipertensão, taquicardia, palidez,
midríase, hiperglicemia
Manifestações em sistema nervoso
central
 Inquietação, labilidade emocional,
cefaléia, tremores, sonolência, confusão,
ataxia, hipotonia, fraqueza generalizada,
coma, convulsões, depressão do centro
respiratório.
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Síndrome neurotóxica intermediária (SNI)
- 12 horas à 7 dias após sinais e sintomas colinérgicos
agudos;
- Fraqueza muscular (músculo flexor do pescoço da
respiração e membros);
A ação excessiva da Ach na placa mioneural, levando
a um período prolongado de despolarização e conseqüente
alteração da permeabilidade da membrana juncional,
parece ser a causa do sofrimento muscular.
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Síndrome neurotóxica tardia – polineuropatia
tardia
- 6 à 21 dias após exposição; podendo se estender
até 4 semanas após o contato com o praguicida.
- Dores musculares – Quadriplegia;
- Lesão nos nervos periféricos c/ degeneração da
bainha de mielina;
- Pode progredir para paralisia acentuada
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
 Tratamento
- Medidas em geral
- Remoção do agente tóxico;
- Lavagem gástrica c/ soro fisiológico;
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
 Tratamento
- Medidas em geral
- Carvão ativado (2 colheres de sopa/100 mL de 
H20)
* 1º dia – 4/4 horas
* 2º dia – 6/6 horas
* 3º dia – 12/12 horas
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
 Tratamento
- Medidas específicas
* Administração de atropina 1 a 4 mg/E.V. (4-16
ampolas) a cada 15 minutos;
* Ou bomba de infusão (96 ampolas de atropina em
154 mL de soro fisiológico),até atropinização
(rubor facial).
* Intoxicações muito graves administração de
Pralidoxima (Contration®): 6 a 12 ampolas +
125 mL de soro fisiológico: 14 a 28
gotas/min.
 Carvão ativado 
 Medida posterior a lavagem gástrica
 Melhor efeito dentro da 1ª hora
 Absorção na luz intertinal e circulação 
enterohepática
 20 à 30 gramas em 100 mL de água
 1ª dose deve ser drenada após 30 min.
 Eliminado pelas fezes
 O uso não deve ultrapassar ás 72 hs (constipação)
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
 Antídotos e Antagonistas
 Atropina (Inibidores colinesterase):
 compete pelos receptores muscarínicos da Acetilcolina
 Na correção da bradicardia induzida por medicamentos (p.ex.,
digitálicos, bloqueadores beta, organofosforados, carbamatos)
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
 Antídotos e Antagonistas
 Pralidoxima (ins. organofosforados)
 Compete com os IOF’s pelo centro esterásico da
enzima AchE.
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Regeneração espontânea da Acetilcolinesterase:
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
 Colinesterases:
2 Enzimas: 
Acetilcolinesterase, colinesterase
verdadeira, eritrocitária ou específica;
Butirilcolinesterase,
pseudocolinesterase, plasmática ou
inespecífica;
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
 Colinesterases:
 Função fisiológica:
 Clivagem hidrolítica da Acetilcolina a Colina e ácido
acético;
 Mecanismo de controle da neurotransmissão
colinérgica;
 Inibição: Acúmulo de Acetilcolina;
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
Inseticidas Organofosforados – IOF’s
 Tratamento
- Medidas de suporte
* Oxigenação;
* Monitoramento da respiração e freqüência cardíaca
Inseticidas Carbamatos
Inseticidas Carbamatos
 São derivados do Ácido N-metilcarbâmico;
 Considerados inibidores reversíveis da AchE e 
BuchE;
Histórico
 O uso da planta Physostigma venenosum (feijão-de-
calabar);
 0 extrato aquoso era utilizado em julgamentos de
feitiçaria;
NH2
O
OH
Ácido N-metilcarbâmico
Physostigma venenosum
Branco, 2003; Oga et al., 2008
Inseticidas Carbamatos
Histórico
 Século XIX, isolamento do grupo carbamato;
 Os compostos dessa classe química mais utilizados hoje 
são o carbaril, o carbofuram e o aldicarb
Características gerais
 Utilizado como: Fungicida, herbicida e inseticida;
 Alta atividade inseticida, mas de baixo espectro;
 Menor toxicidade que os IOF’s;
Branco, 2003; Oga et al., 2008
Inseticidas Carbamatos
Toxicocinética
Absorção e distribuição
 Pequena absorção dérmica e rápida pelo TGI;
 Rapidamente distribuídos para todos os tecidos
(principalmente adiposos e articulações);
Considerados inibidores reversíveis da AchE e
BuchE;
Oga et al., 2008
Inseticidas Carbamatos
Toxicocinética
Biotransformação
 Ocorre principalmente no fígado onde as enzimas
hepáticas metabolizam os compostos através de:
- Hidrólise;
- Hidroxilação do anel aromático;
- Hidroxilação do grupo metil ligado ao nitrogênio;
- N-desmetilação;
- Conjugação com UDPGA (glicuronidação) e PAPS
(sulfatação);
Oga et al., 2008
Inseticidas Carbamatos
Toxicocinética
Biotransformação
5
7
6 3
2
O N
O
CH3
H
Hidrólise
Desmetilação
Hidroxilação
Inseticidas Carbamatos
Toxicodinâmica
 Ligam-se fracamente e de forma reversível à AchE
(acetilcolinesterase) e Bu-ChE (butirilcolinesterase);
 Geram um acúmulo de acetilcolina na fenda sináptica;
 A efetividade da hidrólise garante a reversibilidade da
ligação tóxico-enzima;
 A regeneração espontânea da enzima p/ carbamatos é
de 3 à 5 horas.
Inseticidas Carbamatos
Sinais e Sintomas
 Nicotínicos
- Fasciculações;
- Fraqueza e/ou paralisia muscular;
- Arreflexia, cãimbras;
-  da PA;
- Palidez, midríase, hiperglicemia;
Inseticidas Carbamatos
Sinais e Sintomas
 Muscarínicos
– Broncoespasmo, tosse, dispnéia; 
- Cianose, edema pulmonar, 
- Anorexia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais; -
Tenesmo, sialorréia, sudorese;
- Lacrimejamento, miose bilateral, visão borrada; -
Bradicardia,  secreções brônquicas;
Inseticidas Carbamatos
Sinais e Sintomas
 Muscarínicos
SNC – Tensão, ansiedade, neurose, impaciência, 
tremores, ataxia, convulsões;
Outros
– Broncoconstricção; 
-  secreções; 
Inseticidas Carbamatos
Tratamento
Medidas em geral
- Remoção do agente tóxico;
- Lavagem gástrica c/ soro fisiológico;
- Carvão ativado (2 colheres de sopa/100 mL de H20)
- 1º dia – 4/4 horas
- 2º dia – 6/6 horas
- 3º dia – 12/12 horas
Inseticidas Carbamatos
Tratamento
Medidas em geral
- Administração de atropina 1 a 4 mg/E.V. (4-16
ampolas) a cada 15 minutos;
- Ou bomba de infusão (96 ampolas de atropina
em 154 mL de soro fisiológico), até
atropinização rubor facial;
Medidas de suporte
- Oxigenação
- Monitoramento da respiração e freqüência
cardíaca;
Inseticidas Carbamatos
Tratamento
Exames complementares
 Pseudocolinesterase sérica (intoxicação aguda) e
colinesterase eritrocitária (exposições crônicas/
ocupacionais) – Espectrofotometria;
 CCD e Cromatografia a gás podem ser utilizadas para
observar o tóxico no sangue, urina, lavado gástrico;
 Gasometria arterial, funções hepática e renal.
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Estruturas químicas
Hexaclorocicloexano (HCH ou BHC) e isômeros (α, β, γ –
lindano, delta, épsilon, etc)
DDT e isômeros e análogos  DDT (pp´DDT, op´DDT),
metoxicloro, etilan, dicofol, clorobenzilato
Compostos ciclodienos  DDT, metoxicloro, dicofol
(Kheltane®), etilan (Perthane ®), clordano (Toxichlor ®) e
isômeros (heptacloro), aldrin, dieldrin, endrin, endosulfan
(Thiodan ®) e isômeros (α e β-endosulfan), toxafeno
Dodecacloro (Mirex ®) e clordecone
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Estruturas químicas
Cl
Cl
Cl
Cl
Cl Cl
CCl3
ClCl
Cl
Cl
Cl
Cl
Cl
Cl
Lindano (-BHC) DDT
Aldrin
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
São hidrocarbonetos clorados, de estrutura ciclíca;
Altamente lipofílicos;
Insolúveis em água, solúveis em solventes orgânicos;
Longa permanência no meio ambiente, acumulam-se em
tecidos animais e na cadeia alimentar. Meia vida varia de
dias a dezenas de anos;
Estáveis à ação da luz, do calor, da umidade e dos ácidos
fortes;
Decompõem-se em meio alcalino  declorinação;
Características gerais
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Toxicocinética
 Absorção e distribuição
- Ocorre rapidamente pelas vias cutânea, respiratória
e digestiva;
- São distribuídos para estruturas com grande
concentração de lipídios;
- Concentram-se no leite materno, tecido fetal, M.O.
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Toxicocinética
 Biotransformação
- Sofrem metabolização hepática pelo complexo
citocromo P-450 (CYP-450);
- São indutores enzimáticos;
- Sofrem descloração, oxidação e conjugação;
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Toxicocinética
 Eliminação
- A bile e a principal via de eliminação;
- É excretado pelas fezes (inalterado);
- São reabsorvidos (circulação entero-hepática);
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Toxicodinâmica
- São neurotóxicos;
- Os IOC’s modificam o fluxo de íons Na+, K+;
- DDT e lindano reduzem a taxa de repolarização
axonal inibindo a Na+ K+ Ca++ Mg++ ATPase;
- Os ciclodienos (lindano) – diminuem a atividade
GABAérgica no SNC,inibem a Ca++ ATPase
(extrusão de Ca++);
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Sinais e Sintomas
 Exposições Agudas (30’ – 6hs)
- Náuseas, vômitos, cefaléia, vertigem;
- Hiperexcitabilidade (SNC), tremores e
convulsões;
 Síndrome tóxica
- Anorexia;
- Algias diversas;
- Acidose metabólica grave;
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Sinais e Sintomas
 Exposições Crônicas
- Diminuição de peso;
- Debilidade muscular;
- Ansiedade;
- Dificuldades na fala e aprendizagem; 
- Alterações hepáticas (hepatomegalia);
- Alterações na espermatogênese;
- Alterações no ECG;
- Anemia aplástica;
Inseticidas Organoclorados – IOC’s
Tratamento
 Cutâneo – Lavagem com H20 e sabão;
 Ingestão – Lavagem gástrica, carvão ativado
durante 12 horas, benzodiazepínicos E.V.
lentamente;
Exames sugeridos
 CCD, ECG;
 Função renal e hepática;
 Ionograma, gasometria arterial;
Inseticidas Piretróides
Inseticidas Piretróides
Principais compostos
Aletrina, deltametrina
(Decis®, K-othrine),
decametrina,
cipermetrina, fenvalerato,
lambdacyalothrina
(Fortis®, Karate®),
permetrina.
Inseticidas Piretróides
Introdução
 Introduzidos no mercado na década de 70;
 Considerados “inseticídas botânicos”;
 Sintetizados a partir da Piretrina – extraído das
flores do Crisântemo;
 Utilizados na agricultura e pecuária
(ectoparasitas);
 Sofrem oxidação na ar;
Inseticidas Piretróides
Classificação
 Piretróides do tipo I – Éster da piretrolona com
o ácido crisantemocarboxílico;
Inseticidas Piretróides
Classificação
 Piretróides do tipo II – Éster da piretrolona
com o ácido crisantemocarboxílico. Possuem ciano
substituído na posição .
Inseticidas Piretróides
Inseticidas Piretróides
Toxicocinética
 Absorção e distribuição
- São lipossolúveis;
- 1% por via cutânea (podem causar alergias por
essa via) e 36% pelo TGI;
- Distribuídos para todo organismo;
Inseticidas Piretróides
Fórmula Geral
 Piretrina I - R = - CH3
 Piretrina II - R = - COOCH3
Inseticidas Piretróides
Toxicocinética
 Biotransformação
- Sofrem oxidação (piretrinas/ fígado e plasma);
- Hidrólise da ligação tioester  toxicidade
(fígado e plasma);
- Sofrem ainda hidroxilação e conjugação com
sulfatos e ácido glicurôncio;
Inseticidas Piretróides
Toxicocinética
 Excreção
- Pelos rins (2 a 4 dias);
- Ácido crisantemomonocarboxílico é excretado
inalterado ou conjugado a glicina (UDPGA);
- Compostos com CN- são excretados mais
lentamente;
Inseticidas Piretróides
Toxicocdinâmica
 Piretródes e piretrinas são seletivos para o
canal de Na+(paralisam o sistema de transporte
da membrana iônica nos axônios);
 Tipo I – Afetam os canais de Na+(repetidas
descargas neurais);
 Tipo II – Atraso na inativação do canal de
Na+(paralisação da membrana);
 Inibição aos receptores GABAérgicos;
Inseticidas Piretróides
Toxicocdinâmica
 Inibição da ligação cálcio com a calmodulina e
Ca++ ATPase;
  do Ca++ livre na terminação nervosa;
 Interferem na entrada dos íons Cl-;
  liberação de neurotransmissores;
Inseticidas Piretróides
Inseticidas Piretróides
Via aérea superior
tosse, espirros, edema de mucosa oral, orofaringe,
incluindo a laringe (dispnéia por obstrução alta)
Via aérea inferior
tosse, dispnéia, sibilos e dor torácica
Cutânea
dermatite de contato com prurido, eritema e
vesículas
Manifestações clínicas
Inseticidas Piretróides
Doses altas por via digestiva
gerais: mal estar, opressão torácica, palpitação
gastrintestinais: náuseas, vômitos, dor abdominal,
salivação
neurológicas: cefaléia, vertigem, confusão mental,
visão borrada, parestesias (lábio, língua e face),
hiperexcitação, fasciculações musculares (grandes
músculos de extremidades) e alterações de consciência
casos graves: convulsões (flexão de membros
superiores e extensão dos inferiores), opistótono e
depressão do SNC
Manifestações clínicas (-cianocompostos)
Inseticidas Piretróides
Tratamento
- Lavagem c/ H20 no local do contato (cutâneo);
- Lavagem gástrica e carvão ativado (ingestão);
- Relaxantes musculares e benzodiazepínicos;
- Anti-histamínicos e corticóides p/ casos de 
hipersensibilidade;
- Manutenção de sinais vitais;
Inseticidas Neonicotinóides
Grupo químico NEONICOTINOIDES
1-(6-chloro-3-pyridylmethyl)-N-
nitroimidazolidin-2-ylideneamine
IMIDACLOPRIDE
Vias de exposição: Oral, inalatória, ocular e dérmica.
Classe toxicológica II – ALTAMENTE TÓXICO
Nome comercial: BARATOL®
Inseticidas Neonicotinóides
 Absorção rápida no intestino com eliminação é rápida e
completa.
 75% da excreção via urina e o restante via fezes e bile;
 O pico de concentração plasmática é atingido entre 1 e 2
horas;
 A transposição da barreira hemato-encefálica é
bastante limitada.
IMIDACLOPRIDE
TOXICOCINÉTICA
Inseticidas Neonicotinóides
 A taxa de metabolização do imidacloprido em ratos é
alta e mais pronunciada em machos do que em fêmeas.
 O principal metabólito renal excretado é o ácido 6-
cloronicotínico e seu produto glicina conjugado, bem
como os dois correspondentes de biotransformação com
anel imidazolidina.
IMIDACLOPRIDE
TOXICOCINÉTICA
Inseticidas Neonicotinóides
 Possui 2 principais rotas de metabolização:
1- 30% por Clivagem oxidativa gerando
nitroiminoimidazolina e ácido cloronicotínico,que sofre
conjulgação com glicina.
- Estes metabólitos são encontrados somente na urina e excretados
rapidamente.
2-Hidroxilação do anel imidazolina entre as posições 4-5.
IMIDACLOPRIDE
TOXICOCINÉTICA
Inseticidas Neonicotinóides
 Interagem menos com os subtipos de receptores
nicotínicos humanos quando comparado aos de insetos;
 Devido a pouca penetração através da barreira hemato
encefálica, os efeitos mediados pelo sistema nervoso
central não são esperados em níveis baixos de exposição.
IMIDACLOPRIDE
TOXICODINÂMICA
Inseticidas Neonicotinóides
 SNC: (agudo) Tontura, sonolência, tremores e
movimentos incoordenados, falta de coordenação,
tremores, reflexos pupilares impareados, hipotermia;
 TGI (agudo): Diarreia e perda de peso;
 TR (agudo):distúrbios na respiração e na movimentação
 Efeitos anticolinérgicos em humanos (crônico);
 Os sintomas são similares à intoxicação por nicotina.
IMIDACLOPRIDE
TOXICODINÂMICA – SINAIS E SINTOMAS
Inseticidas Neonicotinóides
 Esses inseticidas parecem ser menos tóxicos quando
absorvidos por via dérmica ou inalatória do que quando
absorvidos por via oral;
 A ingestão de formulações de inseticidas neonicotinóides
também pode resultar em sintomas clínicos relacionados
aos surfactantes, solventes ou outros ingredientes,
sendo que alguns podem ser corrosivos;
IMIDACLOPRIDE
TOXICODINÂMICA – SINAIS E SINTOMAS
Inseticidas Neonicotinóides
Efeitos agudos (Resultantes de ensaios com animais –
Produto Formulado)
 DL50 oral para ratos: > 300 a < 2000 mg/kg
 DL 50 dérmica para ratos: > 4000 mg/kg
IMIDACLOPRIDE
TRATAMENTO
 Não há antídoto especifico,
 O tratamento deve ser sintomático e de suporte.
Raticidas ou Roedonticidas
Raticidas ou Roedonticidas
Introdução
 Utilizados na agropecuária, indústria e
domicílios;
 Foram inicialmente derivados da estricnina ou
compostos inorgânicos como tálio e arsênico;
 Em 1948 - introdução de derivados
sintéticos (cumarínicos)  toxicidade;
Raticidas ou Roedonticidas
Raticidas ou Roedonticidas
Classificação
 Estricnina;
 Anticoagulantes (cumarínicos ou indandiônicos); Antagonistas da vitamina K(4-hidroxicumarinas);
 Fluoroacetato de Sódio (1080);
Nomes comerciais:
Racumim, Ratum, Klerat, Mouser, Ratak,
Rodend. Ratokill e outros.
São compostos sólidos, em tabletes, granulados
coloridos, iscas e bloco parafinado.
Raticidas ou Roedonticidas
 WARFARIN
 BRODIFACOUM
 BROMADIOLONE
 DIFENACOUM 
 CHLOROPHACINONE 
 DIPHACINONE 
 PINDONE 
 VALONE 
 COUMATETRALYL 
Princípios ativos:
warfarin
Brodifacoum
Larini L, 1999
Toxicocinética - Cumarínicos
 Absorção e distribuição
- Bem absorvidos principalmente pelo TGI e
distribuídos p/ todo organismo;
- Pico de absorção ~ 96 horas;
Para supervarfarinas ~ 35 dias;
- Distribuído 0,1 a 0,17 mg/kg;
- Capaz de atravessar a barreira placentária;
Raticidas ou Roedonticidas
Warfarin x superwarfarins
 Os superwarfarins – t1/2 vida de 6 a 8 semanas;
 O warfarin t1/2 vida de 40h podendo ser
detectados após semanas da ingestão;
 Altamente distribuídos no tecido
subcutâneo
 Superwarfarin: potência 100 vezes maior
Kotsaftis P et al, 2007 
Raticidas ou Roedonticidas
Raticidas ou Roedonticídas
Toxicocinética - Cumarínicos
 Biotransformação
- Ocorre no fígado (citocromo P-450);
- Sofrem conjugação c/ o ácido glicurônico;
- Lançados na bile (circulação entero-hepática);
 Excreção
- 92% pela urina e o restante inalterado nas
fezes;
Raticidas ou Roedonticídas
Toxicodinâmica - Cumarínicos
 Inibem a enzima K1 epóxido-redutase e vitamina
K do ciclo da vitamina K no fígado;
  dos fatores de coagulação:
 II – 50 horas
 VII – 4 a 7 horas
 IX – 24 horas
 X – 36 horas
Raticidas ou Roedonticídas
Ciclo da vitamina K. As reações apresentadas são catalisadas por:
 Uma carboxilase que forma carboxiglutamato nos fatores VII, IX e X
(Etapa 1);
 Uma epóxido-redutase, que converte o 2,3-epóxido na quinona (Etapa 2);
 Uma vitamina K-redutase, que efetua a conversão da quinona em
hidroquinona (Etapa 3).
Forma ativa
(Hidroquinona ou
Vitamina K1)
Forma Inativa
Raticidas ou Roedonticídas
Raticidas ou Roedonticidas
Sinais e Sintomas - Cumarínicos
 Fenômenos hemorrágicos;
 Vômitos, Cólicas;
 Evacuações sanguinolentas;
 Surgimento de petéquias;
 Hematomas cutâneos;
 Hematúria;
  de T.C. e T.P.;
Raticidas ou Roedonticidas
Tratamento - Cumarínicos
 Lavagem gástrica cuidados c/soro fisiológico 
gelado;
 Evitar carvão ativado;
 Administração de vitamina K 10 a 50 mg E.V. 
(4/4 hs);
Exames sugeridos
 T.C e T.P
Raticidas ou Roedonticidas
HISTÓRIA DE INGESTA DE RATICIDA CUMARÍNICO (RC)
ACIDENTAL
INTENCIONAL
Lambeu, provou qualquer RC ou
ingesta menor que um pacote de
4-hidroxicumarínico a 0,005%
Ingesta maior que um pacote com 25 g 
de iscas de 4-hidroxicumarínico a 
0,005%
Lavagem Gástrica em até 1 hora da ingesta; 
Carvão Ativado se mais que 1 hora
Não administrar Vitamina K profilática
Solicitar TP-RNI 24-36-48 horas após a 
ingestão
Observar presença de sangramentos
TP prolongado (RNI>4) -
Toxbase
Vitamina K
Em Serviços de 
Saúde, liberar sem 
nenhum procedimento
Avaliação 
psiquiátrica
Não há necessidade de 
encaminhar para 
avaliação médica
TP prolongado-
Poisindex
+ sangramento ativo
Vitamina K + Complexo 
Protrombínico ou Plasma fresco
Repetir Vitamina K a cada 24 horas 
até normalizar o TP-RNI 
Raticidas ou Roedonticídas
Caracteísticas
 É um sal orgânico branco muito solúvel na água,
 Banido do mercado mundial desde o final da década de
1980;
 Há relatos fabricação e uso clandestino deste produto no
Brasil.
Raticidas ou Roedonticídas
Toxicodinâmica 
 O Fluoroacetato de sódio (1080) inibe a enzima
aconitase do ciclo de Krebs
1080
Raticidas ou Roedonticídas
Sinais e sintomas da intoxicação por 1080
 Parestesias e fraqueza intensa, sensação de dispnéia,
vômitos, diarréia, tremores generalizados, confusão
mental, incoordenação motora. Evolui em horas para,
arritmias graves, paralisia flácida total, convulsões,
acidose metabólica e parada respiratória.
 Quadro de hipocalcemia e hiperglicemia.
 A respiração, o tratamento da acidose e a reposição de
potássio são as bases do tratamento.
Fungicidas 
Fungicidas 
Introdução 
Utilizado na indústria agrícola e química com o
intuito de:
 Controlar o desenvolvimento;
 Exterminar fungos patogênicos que se instalam
em plantas;
 Proteção de sementes;
 Proteção de culturas maturas;
 Proteção de paredes;
Fungicidas 
Características 
- Apresentam baixo risco de intoxicação;
- 90% são carcinogênicos para espécie animal;
- Normalmente agem por contato;
São compostos derivados de duas
estruturas fundamentais:
CH3
N
NH2
SH
S
Fungicidas 
Classificação 
1) Inorgânicos
- Enxofre Compostos de cobre;
- Compostos mercurais;
2) Orgânicos
- Ditiocarbamatos (Maneb);
Fungicidas 
 Ditiocabamatos
Mancozeb 
(Manzate®, Dithane®)
Maneb
Zineb, Tiram
 Metais inorgânicos
 Cobre 
 Estanho
Manganês
 Clorotalonil
 Metais orgânicos
 Mercúrio 
 Estanho
 Ftalimidas
 Captan
 Captafol
Derivados fenólicos
 Nitrofenóis
 Pentaclorofenol
Fungicidas 
 Não são inibidores das colinesterases
 irritantes moderados de pele e mucosas
 ingestão de grandes quantidades, ocorrem vômitos e
diarréia importante, com distúrbios hidreletrolíticos e
ácido-básicos
 a associação com álcool  reações tipo antabuse, com
opressão torácica, vômitos intensos, sinais de vasodilatação
periférica, hipotensão e choque
 exposições ocupacionais  quadro de irrirtação da pele,
olhos e mucosas, dermatites de contato, sinais de vitiligo
em face, pescoço, tronco, antebraços e genitália
DITIOCARBAMATOS
Fungicidas 
DITIOCARBAMATOS
 exposições ocupacionais  efeitos agudos associados a 
convulsões (ação no SNC) dissulfeto de carbono e sulfeto 
de hidrogênio
 Metabólitos: etilenouréia, 2-imidazolina, etilenodiamina, 
dissulfeto de carbono, etilenotiouréia 
 Etilenotiouréia (ETU)
 atividade carcinogênica, teratogênica e mutagênica em 
animais
 tumores da tireóide e diferentes anomalias em SNC e 
esquelético de ratos e hamsters
 exposições a longo prazo  ação antireoideana com 
dos níveis de T3 , T4 e PBI e  TSH
Fungicidas 
 Usos: dinseticida, moluscicida, fungicida, bactericida;
Toxicocinética: absrvido por todas as vias, irritante
de pele mucosas, liga-se 96% as proteinas plasmáticas e
sofre reabsorção tubular com t1/2 de 17 dias.
A excreção renal ocorre na forma livre ou conjugada
 Toxicodinâmica: desacoplamento da fosforilação
oxidativa aumento do metabolismo basal e da
temperatura;
 Contaminante: TCDD (tetraclorodibenzodiozina) e
dibenzofuranos. Possuindo ação carcinogênica e
teratogênica.
DERIVADOS FENÓLICOS – PCF, PCFNa
Pentaclorofenol
Fungicidas 
 Exposições ocupacionais: dermatites de contato,
cloracne, danos ao sistema respiratório, imunológico e
circulatório
Intoxicação aguda leve: irritação nasal, dos olhos e
garganta, coriza, lacrimejamento e tosse irritativa,
anorexia, mal estar geral, cefaléia, náuseas, vômitos,
transpiração excessiva
 Intoxicação grave: sede intensa, hipertermia,
taquicardia, desidratação, acidose metabólica; dispnéia,
dor torácica opressiva; dor abdominal e vômitos;
inquietação, excitação, confusão mental e convulsões
DERIVADOS FENÓLICOS – PCF, PCFNa
Manifestações Clínicas
Herbicidas
 Bipiridílicos
• Paraquat
• Diquat
 Fenoxiácidos e derivados
• 2,4-D
• 2,4,5-T
 Derivados da glicina
• Glifosato
• Sulfosato
 Derivados da uréia
• Diuron
• Linuron
• Neburon
HERBICIDAS E AFINS
Compostostriazínicos
• Atrazina
• Simazina
Compostos amídicos
• Alaclor
• Propanil
Dintroanilinas
• Trifluralina
Reguladores do cresc.
• n-decanol
• Flumetralin
Herbicidas
GLIFOSATO
 Herbicida organofosforado não-inibidor da 
colinesterase
 Produtos comerciais:
– ROUND UP ®
 “Inertes”:
– POEA: surfactante 
polioxietilenoamina 
3 vezes mais tóxico 
que glifosato 
(sinérgicos)
– nitrosaminas
Herbicidas
Herbicidas
Toxicocinética
 Absorção 
• pele: 2% ou menos
• via digestiva: 15 a 36%
 Distribuição: VD = 0,28 L/Kg
 Metabolização: AMPA (ácido amino metil fosfônico) 
 Eliminação 
• 62 a 69% fecal sem absorção
• 14 a 29% renal
• 99% (eliminado em 7 dias)
GLIFOSATO
 Plantas: inibe a enzima 5-enolpiruvilshiquimato-
3-fosfato sintetase (EPSPS)
Animais: mecanismo desconhecido 
Toxicodinâmica
Manifestações clínicas
 Via oral - Caso leve
– irritação/lesões em mucosas e TGI
– náuseas, vômitos e diarréia em até 24h
– Sinais vitais estáveis
 Via oral - Caso moderado
– sintomas GI (náuseas, vômitos) por mais de 24 h
– ulceração mucosas e TGI
– hemorragia GI
– hipotensão responsiva a fluidos EV
– distúrbios ácido-básicos
– alterações renais/hepáticas transitórias
– disfunção pulmonar leve
GLIFOSATO
Herbicidas
GLIFOSATO
Herbicidas
 Via oral - Caso grave
• falência respiratória
• insuficiência renal  hemodiálise
• hipotensão  vasopressor
• falência cardíaca
• convulsões, hipertermia
• coma  choque irreversível  óbito
 A morte tem sido associada:
• Severa hipotensão 
• Choque
• Falência renal e SARA
Manifestações clínicas
Herbicidas
FENOXIÁCIDOS
• 2,4-D
• Tordon®
• DMA®
• Bi-hedonal®
• Herbi®
• Aminol®
• 2,4,5-T
• MCPA
Herbicidas
FENOXIÁCIDOS
Ø Desse grupo, o agente mais importante em nosso meio
é o 2,4-D ou ácido 2,4-diclorofenoxiacético, que
geralmente vem associado ao picloram, um herbicida
heterocíclico – TORDON
 Baixa volatilidade
 Contaminantes de produção: TCDD (2,3,7,8-
tetraclorodibenzo-p-dioxina)
Absorção – inalatória e digestiva
Distribuição – por todos os tecidos, > conc. em fígado, 
rins, cérebro, pâncreas, baço
Biotransformação – hepática 
 metabólitos derivados da TCDD e outras dioxinas
Excreção – lenta 
 inalterados
 conjugados 
FENOXIÁCIDOS 2,4-D
Toxicocinética
Herbicidas
FENOXIÁCIDOS 2,4-D
Mecanismo de ação
Estudos experimentais demonstram que o 2,4-
D induz miotonia nos animais com aumento passivo do
influxo de K+ e diminuição compensatória de Cl- na
condutância nervosa
Herbicidas
FENOXIÁCIDOS 2,4-D
Manifestações Clínicas
Altas doses produzem:
 efeitos irritantes (úlceras necróticas), vômitos,
hipotensão, letargia, sudorese profusa
 falência hepática, renal e respiratória
 hipertonia, contrações musculares, tremores e raramente
convulsões
 inconsciência seguida de depressão do SNC, estupor, coma
e morte
Herbicidas
Herbicidas
Principais Compostos
• Diuron
• Linuron (Afalon®)
• Neburon
DERIVADOS DA URÉIA
Toxicocinética
Biotransformação: hepática com compostos da anilina
correspondentes
Contaminantes: mutagênicas e carcinogênicas
 TCAB (3,4,3´,4´tetracloroazobenzeno)
 TCAOB (3,4,3´,4´tetracloroazoxibenzeno)
Manifestações clínicas
Moderada irritação de pele, olhos e trato respiratório.
Metabólitos: irritação do trato urinário, metemoglobinemia
TCAB e TCAOB: dermatites acneiformes e hiperceratoses
Herbicidas
Principais Compostos
COMPOSTOS TRIAZÍNICOS
Manifestações clínicas
Exposições ocupacionais intensas
 fadiga, tontura, náuseas, irritação de pele, olhos e
trato respiratório eczema alérgico e asma
 atrazina têm sido relacionada a caso de polineuropatia
sensomotora
Doses elevadas
 acidose metabólica, sangramentos gástricos, necrose
hepática, IRA, CIVD, coma, colapso circulatório
 Atrazina
 Simazina
 Propazina
Herbicidas
HERBICIDAS BIPIRIDÍLICOS - PARAQUAT
 Herbicida de contato
 Grupo dos bipiridílicos
 Produtos comerciais:
 GRAMOXONE ®
 GRAMOCIL®
 Morbi-mortalidade
 Tentativas de suicídio 
 Exposições ocupacionais
 Lesões oculares severas, 
cerato-conjuntivite
 Dermatites, rinofaringite, uveíte
Herbicidas
HERBICIDAS BIPIRIDÍLICOS - PARAQUAT
 Absorção pobre
 pele: desprezível
 pulmões: desprezível
 via digestiva: 1 a 5% †
 Parâmetros toxicocinéticos:
 DL50 oral min  3 a 6 g (15 a 30 mL da sol. a 20%)
 Cmax 30 min a 2 horas
 Excreção  80 a 90% pelos rins nas primeiras 6 horas e
quase 100% em 24 horas
 PQ  efeitos carcinogênicos (não existe associação
direta) Incidência  de carcinoma em ratos
 Possível carcinógeno humano
Herbicidas
HERBICIDAS BIPIRIDÍLICOS - PARAQUAT
FÍGADO
necrose centro-lobular
comprometimento
transitório
RINS
necrose tubular
comprometimento
transitório
PULMÕES
conc. max. 5-7 dias
fibrose difusa
MÚSCULO
ESQUELÉTICO
armazenamento
PARAQUAT
absorvido
Distribuição em órgãos alvos
Herbicidas
HERBICIDAS BIPIRIDÍLICOS - PARAQUAT
Mecanismo de ação do paraquat
Fonte: Goldfrank’s toxicologic emergencies, 1998.
Herbicidas
HERBICIDAS BIPIRIDÍLICOS - PARAQUAT
Manifestações clínicas
 Forma típica
 30-50 mg/Kg (10-20 mL)
 cursa com 3 fases
 Forma hiperaguda
 > 50 mg/Kg (> 20 mL)
 † falência múltiplos órgãos <24 h
 † choque cardiogênico < 4 dias
 Forma subaguda
 < 30 mg/Kg (< 10 mL)
 intoxicação benígna
Herbicidas
HERBICIDAS BIPIRIDÍLICOS - PARAQUAT
Manifestações clínicas
 Fase inicial (imediato)
 dor em orofaringe e retrosternal
 vômitos intensos  desidratação
 lesões cáusticas (após 12- 24 h)
 Segunda fase (2 - 5 dias)
 Necrose tubular renal  IRA
 Necrose hepatocelular moderada
 Terceira fase (após 5 dias)
 Fibrose pulmonar
Herbicidas
HERBICIDAS BIPIRIDÍLICOS - PARAQUAT
Paraquat - tratamento
 Indução de vômitos: não indicada
 Descontaminação cutânea e ocular
 Descontaminação gastrintestinal
 Lavagem gástrica: até 1 hora após
 Adsorventes:
 Terra Füller a 30% ou CA
 Catárticos:
 Manitol a 20% - 200 mL adultos
 Manitol a 20% - 5 mL/Kg/dose crianças
 Sulfato sódio/magnésio - 30g adultos
 Sulfato sódio/magnésio - 250 mg/Kg/dose crianças
Rede SINITOX
Centros
Participantes: 33
População Total:
176.876.251
Habitantes
REGIÃO SUDESTE
ST/MG - B. Horizonte
CCI/ES - Vitória
CCI/RJ - Rio de Janeiro
CCI/RJ - Niterói
CCI/SP - S. Paulo
CEATOX/SP - S. Paulo
CCI/SP - Campinas
CCI/SP - R. Preto
CEATOX/SP - Botucatu
CCI/SP - S.J. Campos
CEATOX/SP - S.J. R. Preto
CCI/SP - Taubaté
CEATOX/SP - Marília
CEATOX/SP - P. Prudente
CCI/SP - Santos
7,8%
27,9%
7,0%
42,6%
14,7%
REGIÃO SUL
CIT/PR - Curitiba
CCI/PR - Londrina
CIT/PR - Maringá
CIT/SC - Florianópolis
CIT/RS - P. Alegre
REGIÃO CENTRO-OESTE
CIVITOX/MS - C. Grande*
CIAVE/MT - Cuiabá
CIT/GO – Goiânia
CIAT/DF - Brasília
REGIÃO NORDESTE
CEATOX/CE - Fortaleza
CIT/RN - Natal
CEATOX/PB - J. Pessoa
CEATOX/PB - C. Grande*
CEATOX/PE - Recife
CIAVE/BA - Salvador
CIT/SE - Aracaju
REGIÃO NORTE
CIT/AM - Manaus
CIT/PA - Belém
* Centros provisoriamente fora de atividade. 
O
B
R
I
G
A
D
O

Outros materiais