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Resumo de Sociologia 3PP

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MARINHA DO BRASIL
COLEGIO NAVAL
RESUMO DE SOCIOLOGIA 3°PP
Oficial-Aluno 3004 COSTA
Padrões de consumo
Em um pais grande e diverso, não é tarefa simples identificar os padrões de consumo da população.No Brasil, como na maioria dos países regidos por uma economia de mercado, o consumo relaciona-se diretamente a posições sociais: consumir certos produtos revela algo importante sobre o status de quem consome, sobre o lugar que ocupa ou gostaria de ocupar na hierarquia social. Ao associarmos certas marcas e certos produtos a determinados grupos sociais, fazendo aquilo que o sociólogo Pierre Bourdieu chama de distinção pelo consumo: classificamos as pessoas pelos bens que eles portam.
Não por acaso, os que se veem excluídos da possibilidade de consumir bens associados ao prestigio e ao status muitas vezes acionam estratégias violentas para sua obtenção.
Economia de mercado
Nome dado a um sistema econômico baseado na divisão de trabalho, em que os preços de bens e serviços são livremente determinados de acordo com a oferta e a demanda.O acesso a determinados bens implica, porém, muito mais do que simplesmente ter ou não ter dinheiro. Apesar de teoricamente o mercado estar aberto a todos, alguns podem consumir o que é oferecido e outros não. 
Bens duráveis: são bens que podem ser usados durante um grande período de tempo,ou seja, aqueles que não se esgotam no ato de sua utilização.Ex.: eletrodomésticos, automóveis, imóveis.
Bens não duráveis: são bens com curta duração, que se esgotam no ato de sua utilização. Ex.:alimentos, bebidas.
Bens essenciais: são aqueles necessários à sobrevivência e à garantia de dignidade humana. Podem ser duráveis ou não duráveis. Ex..:alimentos, remédios, vestimentas, energia elétrica, bens que se destinam à habitação, ao lazer, à aprendizagem.
Bens supérfluos: são os bens que, ao contrario daqueles considerados essenciais, não são imprescindíveis à sobrevivência ou à garantia da dignidade. Eles se prestam ao aumento do conforto e do bem-estar de quem os consome. Podem ser duráveis ou não duráveis. Ex.: videogame, automóvel, refrigerante.
Bens tangíveis: são os bens concretos, que têm existência (podem ser tocados).Ex.: terrenos, casas, máquinas, lata de refrigerante.
Bens intangíveis: são aqueles que não têm existência física e, portanto, representam alguma coisa, mas não podem ser tocados. Ex.: os direitos de cópia de um software, o valor de uma marca, uma viagem.
Recursos renováveis: são recursos naturais que podem se regenerar num curto espaço de tempo, ou seja, que podem ser usados sem risco de se esgotarem. Sua reposição ou regeneração é feita pela natureza continuamente. Ex.: energia solar, água do mar, vento, álcool(combustível).
Recursos não renováveis: são recursos naturais que não podem se repostos pela natureza ou mesmo pela ação humana numa escala de tempo viável. Ex.:combustíveis fósseis (como petróleo e gás natural) e nucleares.
O consumo de bens culturais
Frederico Barbosa da Silva e Herton Ellery Araújo, apresentaram no XXX congresso da Associação Nacional de pós-graduação em ciência sociais (Anpocs) um estudo muito interessante sobre o consumo cultural das famílias brasileiras.
O estudo trabalha com a ideia de que bens culturais estão relacionados a necessidade materiais e culturais; são quaisquer bens úteis para proporcionar informações e entretenimento. Os bens culturais podem referir-se a: leitura; fonografia; espetáculo vivo e artes; audiovisual; microinformática; e outras saídas(boates, danceterias).
A pesquisa mostra, por um lado, que essa ”cesta de bens culturais” é valorizada por todos os segmentos sociais, independentemente da renda, do gênero e da cor. Esse consumo é valorizado por todas as faixas de renda em todas as regiões. A possibilidade de consumir esses bens culturais tem relação direta com a escolaridade e com a renda. Ou seja: quanto maior a escolarização do provedor da casa, maior a renda, maior o consumo cultural da família. Mas a leitura concentra-se nas classes de renda alta. A populações mais pobres, por sua vez, concentram seus gastos com bens culturais em produtos audiovisuais e fonográficos e, em menor grau, em festas, danceterias e boates. As novas tecnologias transformam os mercados de livros e de musica, criam museus e bibliotecas virtuais. A maioria das famílias brasileiras, de norte a sul do pais, concentra seus gastos com televisão, vídeo, música e leitura. Nossa interpretação deve levar em conta que as regiões metropolitanas brasileiras cresceram rápida e de desorganizadamente, limitando as possibilidades de expansão dos equipamentos culturais de uso coletivo ou público. Muitos que teriam condições de usufruir de certos equipamentos não o fazem porque se sentem inseguros, têm medo de ser vítimas de roubos ou assaltos no deslocamento entre a residência e o local de lazer. A pesquisa conclui que a escola é um dos instrumentos de política cultural mais poderoso pela sua universalidade e cobertura. Em muitos municípios ,a escola é uma das únicas fontes públicas e coletivas de informação.
O que vai à mesa?
Antropóloga Livia Barbosa, examina os hábitos alimentares dos brasileiros. Com pessoas na faixa entre 17 e 65 anos, pertencem a todos os cinco segmentos de renda da sociedade brasileira. Porque foram reveladas regularidades bastante significativas nos padrões alimentares que permitem pensar sobre várias outras dimensões da vida social brasileira. Em primeiro lugar, nos diz que “comida “ e “alimento” não são a mesma coisa: “Os alimentos são sempre ingeridos sob alguma forma de culturalização”. A comida é o alimento – conjunto de nutrientes necessários à nossa manutenção física – transformado naquilo que se come sob uma forma específica, com um molho de que gostamos, de preferência com um aspecto visual e um cheiro convidativos.Em diferentes culturas existem aquelo que chamamos de culinária – “um conjunto que engloba manipulação, técnicas de cocção, representações e práticas sobre as comidas e as refeições.” Cada sociedade tem normas e momentos específicos em que determinados tipos de comida são engeridos, em uma determinada sequência, dentro de uma lógica de ingestão e de combinação dos alimentos entre si. É o que chamamos de “refeição”. Algumas famílias cujos membros comem em momentos separados ao longo da semana fazem questão de que todos sentem juntos à mesa aos domingos. A “mesa posta” é reservada para situações mais formais e rituais, enquanto no cotidiano as pessoas “fazem o prato” e vão comer em frente à TV, na sala ou no quarto.
Púbicos consumidores e campanhas publicitárias 
A partir da análise de dez comerciais que trazem idosos como personagens, a autora identifica três grupos presentes no tratamento dado a esse segmento nos anúncios publicitários: em quatro dos anúncios, a velhice representa perda das habilidades, dependência, passividade ou arrogância; em três, poder, beleza, riqueza e prestígio; e em outros três a subversão de padrões tradicionais encontrava expressão na personagem idosa. 
Hoje apesar de os idosos se verem como indivíduos mais produtivos e menos ociosos, a velhice continua sendo avaliada como algo negativo que deve ser adiado a todo custo.
Resumo de Sociologia 3°PP

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