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AD1 português intrumental 2016.1 sem gabarito

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 Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Licenciatura em História 
Licenciatura em Ciências Biológicas, 
Física, Matemática e Química 
Tecnologia em Segurança Pública e 
Social 
 
AD1 - 2016 - 1 
DISCIPLINA: Português Instrumental 
 
Coordenação: Prof.ª Lucia Moutinho, Prof.ª Evelyn Orrico, 
Prof.ª Diana Pinto, Prof.ª Patrícia Vargas 
Nome: 
Matrícula: Email: 
Polo: Curso: 
Cidade em que reside: 
 Prezado aluno, Esta é a sua Primeira Avaliação a Distância. Você vai encontrar 3 questões nesta prova. Siga as recomendações abaixo. Leia os textos. As respostas podem ser digitadas ou manuscritas em caneta azul ou preta. As respostas devem ser formuladas em PARÁGRAFOS COESOS, aqueles em que os períodos estabelecem relação ente si. Somente será corrigido o que estiver no espaço DA FOLHA DA PROVA destinado às respostas. Não será considerada nenhuma resposta em folha anexa. Observe as datas de entrega: Envio pelo Correio: 14/03/2016. Entrega no Polo: até 18/03/2016. Desejamos-lhe boa prova! 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO 
RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH 
Licenciatura em Pedagogia- EAD 
UNIRIO/CEDERJ 
 
 
 
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Todos os países de língua portuguesa, a partir deste ano de 2016, deverão seguir as regras do Novo Acordo Ortográfico. Por isso, organizamos questões, nesta avaliação, que têm a intenção de levar você, aluno, a analisar os porquês desse Acordo, a fim de que não haja uma apropriação mecânica desse uso, desde então, necessário às Normas da Língua Portuguesa. 
QUESTÃO I 
Leia o texto a seguir: 
Entrevista (adaptada) com José Luiz Fiorin, professor de Linguística da USP1 
Esse acordo de unificação ortográfica, embora esteja em discussão agora, na verdade, tem as raízes no início da década de 1990. O senhor pode resgatar os momentos mais marcantes dessa trajetória? Olha, antes de recontar essa trajetória, eu preciso dizer que esse assunto só está tendo essa repercussão toda porque muitas coisas não foram explicadas ou não foram explicadas direito. A primeira dessas coisas é que o acordo é para unificação da ortografia da Língua Portuguesa, e não da Língua Portuguesa. A língua é uma coisa viva, mutante, que varia de acordo com a província, com os enunciados e com as necessidades dos falantes daquela língua. Não dá para uniformizar a pronúncia, o estilo, a poesia da língua. O que dá para unificar é a grafia, a representação gráfica e é exatamente isso que o acordo propõe. Pode parecer um detalhe pequeno, mas ele faz toda a diferença. Agora sobre a história do acordo, em 1945, Brasil e Portugal já tinham tentado estabelecer uma certa unificação. Portugal chega a implementar, mas o Brasil não. Em 1990, sob o comando do professor Antonio Houaiss, é feito um memorando entre a Academia Brasileira de Letras e a Academia de Ciências de Lisboa, no qual se propõe que, até 1994, deveria ser firmado um acordo entre todos os países que falam Português, oito até aquele momento, para unificar a grafia das palavras. Em 2006, as duas assinaturas, de Cabo Verde e São Tomé, somadas à do Brasil, que já havia se manifestado em 2001, fazem o acordo entrar – teoricamente – em vigor. (...) 
Por que não fez? 
Foi uma decisão simbólica. Depois das declarações de adesão, seria automático que os países se movimentassem para esclarecer suas populações a respeito das mudanças, além de produzir novos e de refazer antigos materiais didáticos, para que professores pudessem conhecer e ensinar as novas grafias. Além disso, seria criado um prazo para que as editoras e demais empresas de materiais gráficos se adaptassem à nova realidade. Tudo isso é trabalhoso, claro, mas seria ainda mais complicado se se tratasse de uma reforma ortográfica. E não é isso, é um acordo de unificação ortográfica. 
Antes de explicar por que Portugal não cumpriu o acordo, o senhor pode diferenciar reforma ortográfica da ideia de unificação ortográfica? 
A ortografia não reflete exatamente o que é uma língua. A ortografia é uma convenção, regida por lei, que retrata graficamente as palavras de uma língua. Agora, a língua mesmo é bem mais que isso. A gente fala, a gente se expressa, a gente ama, a gente se desespera e a gente mostra o que é em Português. A língua é isso, é essa tradução da identidade do povo. A ortografia é só a representação gráfica disso tudo. E ela não é capaz de refletir com exatidão. A gente fala “di dia”, e a grafia correta é “de dia”. A gente fala “lobu”, e a grafia é “lobo”. Então, nem sempre a grafia é a representação mais fiel da língua, fora os sotaques, as entonações, as variações regionais, tudo isso. Uma reforma radical da língua apontaria na direção dessas mudanças. Adaptar a língua escrita à língua falada. E por que os países não fazem isso e por que não foi isso que o acordo propôs? 
Porque seria trabalhoso demais repor todo o material gráfico dos países, por exemplo... Sim, mas mais do que isso, porque em coisa de duas gerações todos os livros e materiais didáticos estariam obsoletos e há países com milênios de cultura letrada, e eles não se arriscam a perder esse patrimônio. E também a escrita traz as tradições, a história e a identidade de cada lugar. Reformar tudo isso é se desfazer de uma parte dessa trajetória e isso nem sempre é interessante. 
 
1 http://www.sinprosp.org.br/reportagens_entrevistas.asp?especial=175&materia=404) Acesso em 29/01/2016 
 
 
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Essa é a reforma. E o acordo de unificação ortográfica, o que ele prevê, em linhas gerais? O que os países de Língua Portuguesa acordaram foi unificar as formas de escrever aquelas palavras que são escritas diferentemente em cada localidade. Então “batismo”, que é “baptismo” em Portugal, perderia o “P” e seria escrito batismo. Isso porque, embora o “P” esteja lá, ele não é pronunciado. No caso de “facto”, o “C” é pronunciado, então a solução é outra. Nesses casos, foram mantidas as duas formas de grafar: “fato” e “facto”. As duas passam a ser corretas e oficiais. Então, veja que as diferenças foram respeitadas. Só se mudou aquilo que diferia muito nas grafias de cada língua e só aquilo que não ia mudar demais a relação dos falantes com o português. (...). Então aquele argumento de que não é uma unificação verdadeira porque permite duas grafias é uma bobagem, porque as duas grafias passam a ser consideradas oficiais. Então, unifica o valor de ambas. 
Mas afinal, por que Portugal não fez a comunicação que lhe cabia? 
Veja só. Hoje, nos lugares onde se fala português, se chega um material didático brasileiro, isso tem que ser adaptado, para que seja um documento oficial e dentro dos padrões legais. O Brasil não, mas os países africanos de Língua Portuguesa têm um português muito próximo ao de Portugal, muito mesmo, então não é errado dizer que Portugal, ali, é a autoridade no que diz respeito à língua. E o acordo de unificação não é o fato mais importante do mundo, mas também não é uma bobagem à toa. A unificação causou uma gritaria danada em Portugal, principalmente porque o acordo é acusado de abrasileirar demais a língua e isso seria uma espécie de colonização feita pela antiga colônia. Ou seja, Portugal perderia seu posto de metrópole. Eles afirmam lá que apenas 0,5% das palavras do Brasil seriam alteradas, enquanto 1,5% das de Portugal passariam por alterações. E isso é demais para os portugueses. 
E qual é? 
Se o acordo de unificação ortográfica entrar mesmo em vigor, teremos que reconhecer que a legitimidade da língua não está mais somente com Portugal, mas sim com os oito países da CPLP. Esses países foram colônias de Portugal e, por um acordo, passam a ter simbolicamente o mesmo direito e o mesmo poder sobre a língua. O Brasil não se coloca nessa posição de colônia há muito tempoe levar ao mundo essa forma brasileira de escrever o português é uma afronta a Portugal. É contra isso que eles se colocam. Se o português do Brasil também passar a ser oficial nos lugares onde essa língua é usada, imagine o valor simbólico – e porque não dizer econômico, já que estamos falando de circulação de bens – que isso tem. Deve ser uma ofensa a Portugal essa projeção brasileira na lusofonia. 
E aqui no Brasil? Como está a resistência ao acordo? 
Coloca-se contra quem não compreendeu que se trata apenas da unificação das grafias. E a culpa nem é das pessoas. O problema é que não se explicou direito o que é o acordo. Quem é contra o acordo porque afirma que ele não unifica nada acaba perdendo os argumentos. Mesmo frente à dupla grafia, como já explicamos, e quando se entende que o acordo coloca o Brasil num outro patamar em relação aos países lusófonos, mesmo que para isso a gente tenha que abrir mão do trema, as pessoas acabam aceitando, por conta desse valor simbólico que já dissemos. 
Como derruba alguns acentos, a reforma vai tornar o português um idioma de certa forma mais jovem, mais moderno, mais próximo da língua que os jovens usam nos chats, nos blogs e nos e-mails? 
De jeito nenhum. Nada disso. Até porque, quando se propôs o acordo, a internet nem era essa coisa tão difundida que é hoje. Então, não foi essa a inspiração. Não foi esse descompromisso com as regras gramaticais que norteou o acordo. 
Então a língua portuguesa não está correndo riscos? 
Não, não mesmo. Não corre e não vai correr enquanto as pessoas conversarem em Português, fofocarem em Português, se declararem amorosamente em Português, usarem o Português para expressar os momentos mais profundos de sua existência e também nos momentos mais íntimos e rezarem e xingarem em Português. A língua é viva, independentemente da forma como seja grafada. O que é preciso olhar é que, no Brasil, a gente tem sim um problema de compreensão na leitura e de redação dessa língua. Mas não por conta dos acentos ou do trema. É por um problema de ensino mesmo. É o Português ensinado e aprendido nas escolas o problema. E a razão para isso é que a Educação nunca é prioridade nos governos. Tanto é que a Comissão nem se preocupa com a assimilação da nova grafia pelos professores e com o seu ensino. Com o tempo, isso vai sendo assimilado sem grande sofrimento; basta ter contato com a língua escrita. O acordo de unificação não vai nem melhorar nem piorar o ensino do Português nas escolas, porque, nesse caso, o problema está no ensino e na aprendizagem, e não na Língua Portuguesa. (...) 
 
 
 
 
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1.1 Segundo Fiorin(s/d), “não dá para uniformizar a pronúncia, a representação gráfica, o estilo, a poesia da língua. O que dá para unificar é a grafia, a representação gráfica e é exatamente isso que o acordo propõe”. 
Transcreva — e isso significa retirar do texto duas passagens tal e qual elas estão formuladas no texto — duas passagens dessa entrevista que retomam o objetivo central a ser seguido pelo usuário da Língua Portuguesa, no que se refere à proposta do Acordo Ortográfico, aprovado e, agora, implantado nos países lusófonos (1,0) 
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1.2 - Assinale com V, se a resposta for VERDADEIRA, e com F, se for FALSA, quanto à proposta do Acordo Ortográfico no entendimento de Fiorin (s/d) (1.0): 
( ) Não interfere na produção oral da língua, tampouco nas escolhas lexicais de cada país participante da comunidade lusófona. 
( ) Não vai acarretar mudanças na língua por não afetar os diferentes usos dialetais, no que se refere ao formal X informal; ao popular X culto; ao regional X citadino. 
( ) A oralidade também receberá o “enquadramento” pertinente às exigências do Acordo Ortográfico. 
( ) Quando o autor nos diz que “A língua é viva...”, o ensino tem nos mostrado, com competência, esse aspecto nos resultados obtidos com os alunos, principalmente oriundos das camadas populares. 
( ) A melhor forma de assimilar os direcionamentos estabelecidos pelo Acordo Ortográfico é o exercício constante da leitura e da escrita do usuário da língua portuguesa. 
 
1.3 Escolha uma das afirmações acima que você tenha considerada como FALSA e a comente. Se, por ventura, não tenha considerado nenhuma das opções como sendo FALSA, explique o que pode causar confusão para os falantes de português em geral, obedecendo às linhas a seguir (1.0). 
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1.4 Preste atenção aos elementos discursivos negritados a seguir. Marque a opção que NÃO corresponde, adequadamente, ao sentido sugerido pelo termo que está sublinhado (1,0): 
a- Então aquele argumento de que não é uma unificação verdadeira porque permite duas grafias é uma bobagem, porque as duas grafias passam a ser consideradas oficiais - Causalidade 
b- O Brasil não, mas os países africanos de Língua Portuguesa têm um português muito próximo ao de Portugal, muito mesmo, então não é errado dizer que Portugal, ali, é a autoridade no que diz respeito à língua - Contrariedade 
c- Até porque, quando se propôs o acordo, a internet nem era essa coisa tão difundida que é hoje - Temporalidade 
d- Mesmo frente à dupla grafia, como já explicamos- Comparação 
e- Além disso, seria criado um prazo para que as editoras e demaisempresas de materiais gráficos se adaptassem à nova realidade.- Finalidade 
 
QUESTÃO II 
O gênero caracterizado pelas “charges” traz diálogos marcados pelo humor. Utilize o texto de Fiorin( s/d) para você justificar o que causa o humor na charge a seguir2 (2.0): 
 
 
2 Fonte: http://www.bing.com/images/search?q=acordo+ortogr%c3%a1fico+charge&cbir=ms&rxc=12&sbirxc=0&mid=448F92CC87FA5376A95C2BD0A09B30125176C51D&simid=608009736087275853&vw=16132 c0740 c5ded 252f8 8eaaf 5b1d1 700c6 eff8f 489d3 ed947 a5574 14622 2df04 7d868 1ee48 5f46b 2b125 27842 a79e8 1aa3f ca7f2025d2d71925fe4b7ed34bd212e297f728e44822c0148def3771553b72680ad4f9773936f825656a1898858748fcc6ef&form=IDBBMS&first=1 Acesso em 25/01/2016 
 
 
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 QUESTÃO 3 Considere o texto a seguir e responda: 
O ACORDO ORTOGRÁFICO E AS MUDANÇAS NO PORTUGUÊS DO BRASIL Marcos Mairton3 Com licença, meus amigos, Quero falar com vocês Sobre o que estão fazendo Com o nosso português. Eu não sei se é bom ou mau Mas, Brasil e Portugal Assinaram um tratado Pra que em nossa ortografia, Que é diferente hoje em dia, Seja tudo unificado. Moçambique, Cabo Verde, Angola e Guiné-Bissau Assinaram o acordo Com Brasil e Portugal. O Timor Leste também 
3http://mundocordel.blogspot.com.br/2009/02/cordel-e-lingua-portuguesa.html Acesso em 25/01/2016 
 
 
 
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Embarcou no mesmo trem E andaram me dizendo Que entrou até São Tomé, Mas este, sendo quem é, Eu só acredito vendo. Eu sei é que para nós, Do português-brasileiro, O acordo entrou em vigor A primeiro de janeiro. E agora não tem jeito, Reclamando ou satisfeito, O que é preciso fazer É estudar a reforma Para conhecer a forma Que nós temos que escrever. Eu já soube, por exemplo, Que acabaram com o trema E, aliás, quanto a isso, Não vejo o menor problema. Pois pronunciar “frequência”, “tranquilidade”, “sequência” e até “ambiguidade”, A gente foi aprendendo Ouvindo e depois dizendo Através da oralidade. O “k”, o “y” e “w” Entraram no alfabeto. E quanto a isso eu achei Que o acordo foi correto Pois já tinha muita gente Com nome bem diferente No sertão do Ceará: O Yuri e o Sidney, Franklyn, Kelly e Helvesley, Já usam essas letras lá. Mais complicado é o hífen Que ora tem, ora não. Parece que há uma regra Pra cada situação. Em muitas ele caiu Mas em algumas surgiu. E, como a coisa complica, Já falam em reunir Mais gente pra discutir Quando sai e quando fica. Mas, parece que os problemas Que vão incomodar mais Vêm com a queda dos acentos Ditos diferenciais. Pólo, pêra, pêlo e pára Ficam com a mesma cara Pra sentidos diferentes. Mas, de acordo com reforma, “pôde”, “pôr”, “dêmos” e “forma” São exceções existentes. Tem muitas outras mudanças Que ainda temos que estudar. Permitam-me um conselho Que agora quero lhes dar: É bom ficar bem atentos Para essa queda de acentos 
 
 
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Na escrita brasileira. E quando for se sentar Cuide pra ninguém tirar O assento da cadeira. Já chega de falar tanto Sobre a língua portuguesa. Vou pegar um avião E voar pra Fortaleza. Mas, antes desse percurso Devo dizer que esse curso Valeu mais que ouro em pó. Tomara que o tratado Seja também adotado No país de Mossoró. 3.1 As mudanças do Acordo Ortográfico foram representadas na Literatura de Cordel de maneira lúdica e educativa, conforme “o acordo ortográfico e as mudanças no Português do Brasil”, de autoria de Marcos Mairton. Comente, a partir de fragmentos retirados do texto, por que o texto mencionado pode ser considerado como uma expressão da literatura popular. Comente um regionalismo ou acentuação. (2.0) 
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 3.2 Podemos afirmar que o texto de Mairton se dirige ao mesmo grupo de interlocutores que a entrevista com Fiorin? Escreva um parágrafo com períodos coerentes e coesos entre si para justificar sua resposta. (2.0) 
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