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RESUMO DE LITERATURA 2 ¦TP

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RESUMO DE LITERATURA 2º TP 3025 FABRÍCIO 
 
 Matéria: 
 → Vanguardas europeias (apenas alguns conceitos básicos do bimestre passado); 
 → Semana de Arte Moderna; e 
 → Primeira Fase do Modernismo no Brasil (1922-1930). 
 
VANGUARDAS EUROPEIAS 
 
 Segundo o mestre não cairá nada muito específico ou difícil perguntando sobre isso, contudo é preciso 
conhecer as características principais das vanguardas. 
 
– Futurismo: Literatura espontânea com frases fragmentadas para exprimir ideia de 
velocidade. Apresenta um tom exaltado e exclamativo, a negação do passado e a exaltação das 
máquinas. 
– Cubismo: Tem como características a fragmentação da realidade, a superposição e 
simultaneidade de planos (reunião de assuntos sem nexo), mistura de assuntos, espaços e tempos 
diferentes, ilogismo (absurdo ou ilógico), humor, anti-intelectualismo e linguagem 
predominantemente nominal. Os textos cubistas tem também como característica textos 
estruturados formando figuras. 
– Dadaísmo: Na literatura, o Dadaísmo se caracterizava pela agressividade, pela 
improvisação, pela desordem, pela rejeição a todo tipo de racionalização e equilíbrio, pela livre 
associação de palavras. Outro ponto importante para o Dadaísmo era criar palavras pela 
sonoridade, quebrando as barreiras do significado 
– Expressionismo: Apresenta na literatura uma linguagem fragmentada, constituída por 
frases nominais, às vezes, até sem sujeito, uma despreocupação quanto a organização do texto em 
estrofes, ao emprego de rimas ou à musicalidade e no aspecto temático um combate à fome, a 
inércia e aos valores do mundo burguês. 
– Surrealismo: Algumas das características surrealistas são o ilogismo (ilógico), o absurdo, as 
imagens surpreendentes, a atmosfera onírica(dos sonhos). 
 
SEMANA DE ARTE MODERNA 
 
 O Modernismo no Brasil se inicia com a Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro 
Municipal de São Paulo nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. Idealizada por um grupo de 
artistas, a Semana pretendia colocar a cultura brasileira a par das correntes de vanguarda do 
pensamento europeu, ao mesmo tempo que pregava a tomada de consciência da realidade 
brasileira. 
 A Semana de Arte Moderna não deve ser analisada somente como um movimento artístico, 
mas também como um movimento político e social. 
 
 Momento histórico 
 
 Após os governos militares do início da República, os senhores rurais retornaram ao poder, 
fortalecidos então pela vigorosa economia do café, que girava em torno do eixo São Paulo-Minas. 
Numa política intitulada “política dos governadores”, que governadores apoiavam o governo 
federal e este apoiava os governos estaduais. Essa situação beneficiou os grandes proprietários 
rurais de São Paulo e Minas Gerais, que se revezavam no poder, resultando na “política do café-
com-leite”. 
 As principais cidades brasileiras, em particular a cidade de São Paulo, conheceram uma 
rápida transformação em decorrência do processo industrial. Foi a Primeira Guerra Mundial 
(1914-1918) a responsável por esse surto de industrialização e consequente urbanização. Isso 
significou o surgimento de uma burguesia industrial cada dia mais forte, mas marginalizada pela 
política econômica do governo federal, voltada para a produção e a exportação do café. 
 Ao mesmo tempo, aumentava consideravelmente o número de imigrantes europeus que se 
dirigiam para as regiões economicamente prósperas, tanto na zona rural (onde havia o café) como 
na zona urbana (onde estavam as indústrias). 
 
 Nessa miscelânea São Paulo se torna um ambiente perfeito para se ter um movimento como 
a Semana de Arte Moderna. Com as influências europeias advindas dos imigrantes europeus e 
com capital decorrente da economia cafeeira era terreno fértil para o surgimento de novas artes. 
 
 PRIMEIRA FASE DO MODERNISMO 
 
 Características 
 
 O período de 1922 e 1930 é o mais radical do movimento modernista, justamente em 
consequência da necessidade de definições e do rompimento como todas as estruturas do 
passado. 
 Ao mesmo tempo que se procura o moderno,o original e o polêmico, o nacionalismo se 
manifesta em suas múltiplas facetas: uma volta às origens, a pesquisa de fontes quinhentistas, a 
procura de uma “língua brasileira” (a língua falada pelo povo nas ruas), as paródias (numa 
tentativa de repensar a história e a literatura brasileiras) e a valorização do índio 
verdadeiramente brasileiro. 
 
 Pode ser identificado por três característica fundamentais dessa primeira fase: 
 
– Rompimento com o passado(paródia, piada, sarcasmo); 
– Orientação revolucionária (liberdade de expressão, cotidiano, linguagem coloquial); e 
– Busca da expressão nacional (nacionalismo crítico, primitivismo, folclore). 
 
 Autores 
 
 Mário de Andrade: 
 
 Sem ser menos importante no movimento, porém menos agressivo e mais recatado que os 
outros autores da primeira fase do Modernismo, Mário de Andrade foi a cabeça pensante do 
movimento. Homem estudado, teve bases teóricas para as ideias modernistas implantadas pelos 
outros autores. Uma característica literária importante presente em sua obra é a luta do autor por 
uma língua brasileira que estivesse mais próxima do falar do povo, além de conter brasileirismos e 
folclorismos, temas importantes para o poeta. Ao lado disso, suas poesias, romances e contos 
revestem-se de uma nítida crítica social, tendo como alvo a alta burguesia e a aristocracia. 
 
 Oswald de Andrade: 
 
 A obra de Oswald de Andrade apresenta, de maneira geral, as características da primeira 
fase do Modernismo, ou seja, um nacionalismo que busca as origens sem perder a visão crítica da 
realidade brasileira; a paródia como forma de repensar a literatura; a valorização do falar 
cotidiano, numa busca do que seria a língua brasileira (“como falamos, como somos”); uma 
análise crítica da sociedade burguesa capitalista, notadamente nas obras produzidas após 1930. 
As suas primeiras obras apresentam um tom debochado, irônico e crítico características da 
primeira geração. 
 No aspecto formal, Oswald inovou a poesia com seus pequenos poemas, em que sempre 
havia um forte apelo visual, criando o chamado “poema-pílula”.

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