Buscar

Resumo de Literatura Pre modernismo 1TP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

wRESUMO DE LITERATURA
1ª PROVA PERIÓDICA 3º ANO
OFICIAL-ALUNO 3025 FABRÍCIO
Matéria:
→ Pré-modernismo no Brasil e os quatro autores de prosa (Lima Barreto, Euclides da
Cunha, Monteiro Lobato e Graça Aranha) e uma questão sobre Augusto dos Anjos;
→ Vanguardas europeias (surrealismo, futurismo, cubismo, expressionismo e dadaísmo).
PRÉ-MODERNISMO
(SÉCULO XX)
O que se convencionou chamar de Pré-modernismo, no Brasil, não constitui uma
escola literária, ou seja, não temos um grupo de autores afinados em torno de um
mesmo ideário, seguindo determinadas características. Pré-modernismo é um termo
genérico que designa a produção literária de alguns autores que, não sendo ainda
modernos, já promoveram rupturas com o passado.
É comum delimitar o Pré-modernismo entre 1902 com a publicação de Os sertões,
de Euclides da Cunha, e Canaã, de Graça Aranha, estendendo-se até 1922, com a
realização da Semana de Arte Moderna.
CARACTERÍSTICAS
Embora o Pré-modernismo não constitua uma “escola literária”, por apresentar
individualidades muito fortes, com estilos às vezes antagônicos, pode-se perceber alguns
pontos comuns às principais obras desse período:
→ Denúncia da realidade brasileira: nega-se o Brasil literário herdado do
Romantismo e do Parnasianismo, o Brasil não-oficial do sertão nordestino, dos caboclos
interioranos, dos subúrbios é o grande tema do Pré-modernismo.
→ Regionalismo: monta-se um vasto painel brasileiro: o Norte e o Nordeste com
Euclides da Cunha; o valo do Paraíba e o interior paulista com Monteiro Lobato; o Espírito
Santo com Graça Aranha; o subúrbio carioca com Lima Barreto.
→ Tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários
públicos, os mulatos.
→ Ligação com fatos políticos, econômicos e sociais contemporâneos: a distância
entre a realidade e a ficção fica menor.
Como dito em sala, as obras pré-modernistas abordam três aspectos principais:
histórico, geográfico e social.
Euclides da Cunha (1866-1909)
Euclides da Cunha nascido no Rio de Janeiro, de formação positivista e
republicano convicto, sempre mostrou grande interesse por ciências naturais e filosofia.
Foi enviado para cobrir como correspondente jornalístico a Guerra de Canudos e como
ex-militar pôde informar com precisão os últimos momentos da guerra. Morreu
assassinado em 1909.
Os Sertões
Obra que narra e analisa os acontecimentos de Canudos à luz das teorias
científicas da época, Euclides não apenas conta o que presenciara, mas pretende
também compreender e explicar o fenômeno cientificamente. 
A obra é dividida em três partes:
→ A terra – uma detalhada descrição da região: sua geologia, seu clima, seu
relevo, sempre aproveitando sua marcante formação científica em Ciências Naturais.
→ O homem – um elaborado trabalho sobre a etnologia brasileira: a ação do meio
na fase inicial da formação das raças, a gênese dos mestiços; uma brilhante análise de
tipos distintos, como o gaúcho e jagunço, nesse cenário introduz a figura mística de
Antônio Conselheiro.
→ A luta – nesta terceira parte da obra, Euclides relata o conflito, nas duas
primeiras descreve o cenário e os personagens. Dessa forma, justifica a luta. Seu relato
do dia-a-dia da guerra é a denúncia de um crime. 
Lima Barreto (1881-1922)
Afonso Henriques da Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro em 13 de maio de
1881. Mestiço de origem pobre, seguidor do socialismo, com o pai louco, internado na
Colônia dos Alienados, sofrendo com o preconceito racial e vivendo intensamente todas
as contradições do início do século, Lima Barreto passou por profundas crises
depressivas. Alcoólatra, esteve internado duas vezes. Passou o ano de 1922 cuidando do
pai moribundo. Morreu em 1º de novembro de 1922, 48 horas antes do falecimento de
seu pai.
Por sua visão de realidade, Lima Barreto deve ser estudado como pré-modernista:
é consciente de nossos verdadeiros problemas, ao mesmo tempo que critica o
nacionalismo ufanista, exagerado, utópico, herdado do Romantismo. Contudo é leve,
fluente propositalmente frouxo para os padrões do final do século XIX, aproximando-se da
linguagem jornalística.
Triste fim de Policarpo Quaresma
 O tema central do romance é o nacionalismo, o nacionalismo absurdo, porém
honesto, dessa figura quixotesca que é Policarpo Quaresma; mas também um
nacionalismo perigoso quando manipulado por mãos férreas, como as do marechal
Floriano. Lançado em 1911, o livro profecia os regimes autoritários nazifascistas que
ganhariam corpo a partir da década de 1930: para engrandecer a pátria, só um governo
forte, ou mesmo a tirania
Graça Aranha (1868-1931)
José Pereira Graça Aranha nasceu no Maranhão em 1868, formado em Direito teve
como profissões desde juiz até diplomata em países europeus. Graça Aranha é um autor
que nos interessa apenas por um livro: Canaã.
Canaã:
Romance de tese1 que retrata a vida numa colônia de imigrantes europeus no
1 Romance em que as ideias filosóficas se integra a narrativa e muitas vezes a suplanta em importância.
Espírito Santo. Tudo gira em torno de dois personagens, imigrantes alemães, com
diferentes visões de mundo: enquanto Milkau acredita na humanidade e pensa encontrar
a “terra prometida” (Canaã)2 no Brasil, Lentz não se adapta à realidade brasileira, voltado
que era para a superioridade germânica e para a lei do mais forte.
Monteiro Lobato (1882-1948)
Nascido em Taubaté em 1882. Foi um dos escritores de maior prestígio nacional,
intelectual polêmico também se destacou como autor de histórias infantis. Sua atuação
também abrangia a luta política e social. Aspirava ao progresso material e mental do povo
brasileiro brasileiro. Envolveu-se com a luta pela defesa das reservas naturais brasileiras,
que vinham sendo exploradas por grandes empresas multinacionais.
Cidades Mortas
Em Cidades Mortas, Lobato ataca o marasmo político-econômico-literário de seu
tempo. Fazendo uma análise da situação das cidades do Vale do Paraíba “esquecidas”
após a Crise do Café.
VANGUARDAS EUROPEIAS
No início dos anos de 1900, a Europa passava por um período de grande
prosperidade técnico-científico e de progresso industrial enquanto antagonicamente as
consequências desse avanço no processo burguês-industrial criava uma disputa cada vez
mais acirrada pelo domínio dos mercados fornecedores e consumidores, que resultaria na
Primeira Guerra Mundial.
Essa contradição gerou um clima propício para a efervescência artística,
favorecendo o aparecimento de várias tendências preocupadas com uma nova
interpretação da realidade. A essa multiplicidade de tendências convencionou-se chamar
vanguarda europeia, responsável por uma inundação de manifestos. 
Futurismo
Surgido em 1909 com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo
Marinetti, a obra rejeitava o moralismo e o passado. Apresentando um novo tipo de
beleza, baseado na velocidade e na elevação da violência. Na literatura, a linguagem é
espontânea e as frases são fragmentadas para exprimir a ideia de velocidade.
Resumindo, as características marcantes do futurismo são o tom exaltado e
exclamativo, a negação do passado e a exaltação das máquinas.
Cubismo
A literatura cubista tem como principais características a fragmentação da
realidade, à superposição e simultaneidade de planos (reunião de assuntos sem
nexo), mistura de assuntos, espaços e tempos diferentes, ilogismo (absurdo ou
ilógico), humor, anti-intelectualismo e linguagem predominantemente nominal.
2 Segundo a Bíblia, Canaã era a terra prometida por Deus ao seu povo, desde o chamado de Abrão (ou
Abraão), que habitava a cidade caldéia de Ur, no sul da Mesopotâmia.De acordo com a tradição, Deus
chamou Abrão e lhe ordenou que fosse para a terra chamada Canaã, o que teria motivado o longo
êxodo dos hebreus, que teria durado muitas décadas, até que os descendentes de Abraão a
alcançaram. Canaã passou então a ser por eles denominada terra de Israel.
Expressionismo 
O expressionismo surgido no início do século XX na Alemanha tinha como objetivo
combater o Impressionismo. No expressionismo o movimento de criação parte da
subjetividade do artista, do seu mundo interior, em direção ao mundo exterior. Assim a
arte expressionista é reflexo direto de seu mundo interior e toda a atenção é dada à
expressão, isto é, ao como o conteúdo livremente se unem para dar vazão às sensações
do artista no momento da criação. Apresenta na literatura uma linguagem fragmentada,
constituída por frases nominais, às vezes, até sem sujeito, uma despreocupação
quanto a organização do texto em estrofes, ao emprego de rimas ou à musicalidade
e no aspecto temático um combate à fome, a inércia e aos valores do mundo burguês.
Dadaísmo
O Dadaísmo surge por volta de 1916, em plena Primeira Guerra Mundial, em
Zurique, na Suíça, local de refugiados recebendo artistas e intelectuais de várias partes
da Europa. Segundo eles, com uma Europa banhada a sangue, o cultivo da arte não
passava de hipocrisia e presunção. Negando o passado, o presente e o futuro, o
Dadaísmo é a total falta de perspectiva diante da guerra; daí ser contras as teorias, as
ordenações lógicas, pouco se importando com o leitor, sendo também contras os
manifestos.
Na literatura, o Dadaísmo se caracterizava pela agressividade, pela improvisação,
pela desordem, pela rejeição a todo tipo de racionalização e equilíbrio, pela livre
associação de palavras.
Outro ponto importante para o Dadaísmo era criar palavras pela sonoridade,
quebrando as barreiras do significado, importante era o grito, o urro contra o capitalismo
burguês e o mundo em guerra.
Surrealismo
O movimento surrealista se iniciou na França na primeira metade da década de
1920 por um antigo participante do movimento Dadaísta, intencionando unir arte e
psicanálise. O surrealismo possuía duas linhas de atuação: as experiências criadoras
automáticas e o imaginário extraído do sonho. O automatismo artístico consiste em
extravasar sem nenhum controle da razão ou do pensamento os impulsos criadores do
subconsciente, o artista expõe os seus desejos interiores profundos, sem se importar com
coerência, significados, adequação... 
Já a outra linha de atuação, a onírica (do sonho), busca a transposição do universo
dos sonhos para o plano artístico. 
Algumas das características surrealistas, como o ilogismo (ilógico), o absurdo, as
imagens surpreendentes, a atmosfera onírica.
OBSERVAÇÕES GERAIS PARA A PROVA (BOIS)
Tais tópicos foram abordados e comentados em sala pelo professor com grande
probabilidade de cair na prova.
1) Vai haver uma questão perguntando por que o pré-modernismo não é considerado uma
escola literária e por que as obras desse período não podem ser consideradas realistas.
Resolução:
Segundo Nicola, o Pré-modernismo brasileiro não constitui uma escola literária, pois não
temos um grupo de autores afinados em torno de um mesmo ideário, seguindo
determinadas características. O Pré-modernismo é um termo genérico que designa a
produção literária de alguns autores que, não sendo ainda modernos, já promovem
rupturas com o passado. 
Tais obras não podem ser consideradas realistas, pois embora tanto o pré-modernismo
quanto o realismo façam críticas sociais, as críticas destes são universalizantes e desse,
locais retratando os grupos marginalizados do nosso povo.
2) Uma questão abordará Augusto dos Anjos e perguntará por que ele é classificado como
pré-modernista.
Resolução:
Segundo o nosso livro, devido ao caráter da obra de Augusto dos Anjos apresentar uma
união do Simbolismo com o cientificismo naturalista, por esse sincretismo da sua poesia
convém situá-lo entre os pré-modernistas. 
3) A questão mais difícil da prova, segundo o professor, pedindo para provavelmente
comentar ou comparar os três aspectos do pré-modernismo (social, geográfico e histórico)
nos quatro autores da prosa pré-modernista (Monteiro Lobato, Euclides da Cunha, Lima
Barreto e Lima Barreto) e nas suas obras principais (Cidades Mortas, Os sertões, Triste
Fim de Policarpo Quaresma e Canaã, respectivamente).
Resolução:
Essa questão o Melo não explicou muito bem como ia cobrar. Ele chegou a falar algo
sobre os como os alunos fazem esse tipo de questão: por tópico. De preferência evitar
esse habito. Ano passado caiu uma questão similar a esta, a resolução era grande, porém
o espaço curto, por isso tente deixar concisa a resposta. Algo como:
As obras pré-modernistas se aproximam por três aspectos presentes na prosa: o
geográfico, o social e o histórico. Na obra de Euclides da Cunha, o aspecto geográfico é
percebido pela descrição minuciosa da fauna e da flora do sertão comparando com a
situação do sertanejo (social) e sua condição analisando a formação das raças e da
gênese, nessa mesma obra o aspecto histórico pode ser percebido pelo período da
Guerra de Canudos e dos movimentos messiânicos. Já em Cidades Mortas de Monteiro
Lobato as consequências da Crise do Café (histórico) na vida dos moradores do Vale do
Paraíba (geográfica) e seu contentamento em não melhorar de vida (social). Em Canaã,
temos um relato da vida de dois imigrantes alemães nas serras do Espírito Santo
(geográfico) e contexto da imigração no Brasil no início do século XX (histórico) e as
filosofias de eugenia antagônicas das personagens, onde um dos personagens não se
adapta à realidade brasileira, voltado que era para a superioridade germânica e para a lei
do mais forte (social). E por último, Lima Barreto em O triste fim de Policarpo Quaresma,
têm-se o período da República da Espada do Marechal Floriano (histórico) e analisando
os marginalizados (social) do Rio e o subúrbio carioca (geográfico).
4) Haverá uma questão com três textos de vanguardas europeias pedindo para classificar
a qual vanguarda pertence cada um.
Resolução:
Prestando atenção nas características gerais das vanguardas, se perceberá que algumas
são comuns a mais de uma vanguarda, ou que estas correntes são muito similares entre
si.
5) Uma outra questão será sobre Os Sertões sobre as três partes da obra – a terra, o
homem e a luta.
Resolução:
Provavelmente a questão pedirá para explicar as três partes. A referente a essa obra no
resumo explica as três partes detalhadamente. Essa parte também foi tirada do Nicola,
livro que o professor usa.

Outros materiais