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UNIDADE VI A ANÁLISE HORIZONTAL, ANÁLISE VERTICAL E O CÁLCULO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ

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Administração Financeira 
e Orçamentária
A Análise Horizontal, Análise Vertical e o Cálculo dos Índices de Liquidez
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Walter Franco Lopes Silva
Revisão Textual:
Profa. Ms. Rosemary Toffoli
5
•	Análises Horizontal e Vertical
•	A Análise Horizontal
•	A Análise Vertical
Nesta Unidade, inicialmente, vamos nos atentar à definição e análise horizontal, análise 
vertical e ao cálculo dos índices de liquidez, a partir dos números reportados e projetados 
para os exercícios futuros de uma empresa. 
Em seguida, faremos uma breve apresentação do tema da análise horizontal e vertical dos 
demonstrativos e a análise especificamente dos índices de liquidez. 
Discutiremos, também, a respeito da importância destas informações para o correto 
entendimento das modificações dos demonstrativos financeiros e a respeito do desempenho 
da empresa ao longo dos períodos analisados. Concluiremos estudando a análise dos 
de índices de endividamento, atividade e rentabilidade e sua importância para a gestão 
financeira da empresa. 
•	Importância	da	análise	Horizontal	e	Vertical	dos	Demonstrativos
•	A	Elaboração	da	Análise	Horizontal
•	A	Elaboração	Análise	Vertical
•	Conceituando	e	Calculando	os	Índices	de	Liquidez
•	Levantamento	das	Informações	para	Cálculo	dos	Índices
•	Atenção	e	Cuidados	nas	Análises	
•	O	Conceito	e	o	Cálculo	dos	Índices	de	Rentabilidade
•	O	Conceito	e	o	Cálculo	dos	Índices	de	Endividamento
•	O	Conceito	e	o	Cálculo	dos	Índices	de	Atividade	
A Análise Horizontal, Análise Vertical 
e o Cálculo dos Índices de Liquidez
•	A	Análise	dos	Índices	
6
Unidade: A Análise Horizontal, Análise Vertical e o Cálculo dos Índices de Liquidez
Contextualização
Efetuar uma análise econômica e financeira a respeito do desempenho de uma empresa 
constitui, atualmente, um dos maiores desafios para estudantes e profissionais de finanças. 
Essa análise, além de meta do administrador financeiro, objetiva também maximizar a riqueza 
do acionista e oferecer subsídios para as previsões orçamentárias a respeito do desempenho 
futuro dos negócios. É também com base nas informações obtidas a partir dessas análises do 
desempenho da empresa que a Alta Administração toma suas decisões estratégicas com o 
objetivo de maximizar a riqueza do acionista no curto, médio ou longo-prazos.
Portanto, quando nos referimos à análise horizontal, vertical e de índices de uma firma 
estamos, na verdade, buscando compreender o papel das finanças, da contabilidade e do 
trabalho de contabilização das informações e movimentos financeiros e a emissão dos diversos 
demonstrativos financeiros que compõem juntos um grupo de dados e informações cruciais 
a todos os interessados em entender as respeito dos negócios e atividades executadas pelos 
administradores. 
Assim, estas análises horizontais, verticais e dos índices financeiros, além de oferecerem uma 
melhor análise dos números reportados dos exercícios anteriores, paralelamente aos números 
orçados dos exercícios futuros, são valiosos instrumentos de controle de informações contábeis e 
financeiras a respeito do desempenho da empresa tanto para o seu público interno quanto para 
o público externo representado pelo mercado de capitais, clientes, consumidores, investidores, 
analistas financeiros ou mesmo, governos e seus órgãos de regulação e controle.
7
Análises Horizontal e Vertical
Iniciaremos	o	nosso	estudo	nesta	Unidade	VI	 tratando	do	método	de	análise	horizontal	e	
vertical, sua importância e aplicações no dia a dia do administrador financeiro. Em seguida, 
vamos apresentar e estudar - dentro dos grupos de índices - os índices de liquidez que nos 
fornecem excelente visão do desempenho e dos números da empresa. A análise dos balanços 
patrimoniais e dos demonstrativos de resultados depende enormemente da nossa capacidade 
em calcular estes índices, razão pela qual devemos estar atentos às fórmulas e cálculo, sua 
interpretação e limitações.
Esta técnica de análise através de índices é parte relevante do estudo da administração 
financeira e orçamentária, sendo ainda essencial quando queremos comparar balanços, 
demonstrativos de resultados e demais números publicados pelas empresas no decorrer de 
períodos de apurações. As análises horizontal e vertical das demonstrações Financeiras é um 
importante instrumento de verificação do desempenho da empresa, pois permite visualização 
da variação dos valores apresentados em cada conta, e em diferentes períodos de apuração. 
Torna-se importante lembrar que toda análise das Demonstrações Financeiras é limitada a 
apenas um exercício fiscal, ou seja, normalmente o período compreendido entre 1º de janeiro 
e 31 de dezembro de determinado ano. Neste sentido então, muitas vezes esta análise é muito 
pouco reveladora da real situação da empresa, o que exige do analista e do administrador 
muitas vezes - sempre que possível - fazer também análises comparativas com anos anteriores.
Outro	ponto	importante	ao	efetuarmos	uma	análise	de	um	demonstrativo	contábil	como	o	
Balanço Patrimonial, é nos atermos à classificação de cada conta dentro dos grupos “Circulante” 
e “Não-Circulante”, o que facilita enormemente a nossa análise. E, em seguida saber escolher 
adequadamente as contas que serão efetivamente foco de nossa análise e eventual comparação 
com períodos anteriores.
Quando pensamos nas informações fornecidas pelo Demonstrativo de Resultados, devemos 
lembrar que este precisará ser estudado com cuidado e deveremos sempre também eleger as 
contas que serão utilizadas na análise e nas comparações. Logo, o Demonstrativo de Resultados 
deve ser sempre apresentado em sua forma mais resumida - em grandes grupos de contas - 
de forma a fornecer uma análise de tendência e de desempenho mais eficiente, sem cair em 
demasiado detalhe conta a conta!
A Análise Horizontal
Segundo	Iudícibus	(2009),	a	finalidade	principal	da	análise	horizontal	é	apontar	o	crescimento	
de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultados através dos períodos, a fim de 
caracterizar tendências. E para efetuarmos as análises horizontais, normalmente utilizamos 
análise de índices, obtidos a partir dos números dos demonstrativos. Como exemplo deste 
ponto importante, veja a tabela abaixo que mostra o desempenho das vendas da Loja de 
Materiais Super-Bom Ltda. em R$:
8
Unidade: A Análise Horizontal, Análise Vertical e o Cálculo dos Índices de Liquidez
Agora, vamos ver tabela semelhante do desempenho das vendas desta mesma empresa, mas 
agora sob a forma de índices:
Vamos, agor,a pensar uma maneira de preparar uma tabela de índices 
com base nas Demonstrações Financeiras publicadas por uma empresa.
Primeiramente, é necessário explicar cada número reportado, linha a linha. Pense um pouco 
a respeito, e por onde você iniciaria seu trabalho...
Início: Linha “Receita Líquida de Vendas (RLV)”
No	Ano	X1	(o	primeiro	apresentado)	o	 índice	da	Receita Líquida de Vendas deve ser 
definido	como	sendo	100.	
Logo, nos anos seguintes este índice será ajustado pela variação da própria Receita Líquida 
de Vendas.
Logo, os índices serão ajustados pelas variações da Figura:
9
Ano	X2	 8,8% 	108
Ano X3 	48,2%	 168
Ano X4 		10,6%	 176
Sendo a variação total no período  76% 
Veja	na	Figura	a	Coluna	Var.	X4/X1	(%)	
2ª Etapa: Linha “Custo dos Produtos Vendidos (CPV)”: 
No Ano X1 o índice do Custo dos Produtos Vendidos (CPV) deve ser definido como 
sendo	20,08	(seu	valor	R$	25	dividido	por	R$	120).	
Nos anos seguintes este índice será ajustado pelas variações do próprio Custo dos Produtos 
Vendidos CPV nos períodos analisados. 
Logo, os índices serão ajustados pelas variações da Figura:
Ano	X2		10%		22,9
Ano X3 	9,1%		26,0
Ano X4  3,3% 	26,88
Sendo a variação total no período 	24%.
3ª Etapa: Linha“Lucro Operacional (LO)”: 
No	Ano	X1	o	índice	do	Lucro	Operacional	(LO)	deve	ser	definido	como	sendo	77,27	conforme	
as explicações abaixo:
 	Seu	valor	R$	85	dividido	pela RLV de	R$	110
 ou
  Diferença entre RLV	(R$	110)	–	CPV (R$	25)	
Nos anos seguintes, este índice será ajustado pelas variações do CPV nos períodos. 
Logo os índices serão ajustados pelas variações da Figura 8.1:
Ano	X2	 14,7% 	98
Ano X3 	53,8%		150
Ano X4	12,7%		169
Sendo a variação total no período 	99%.
10
Unidade: A Análise Horizontal, Análise Vertical e o Cálculo dos Índices de Liquidez
Vamos	agora	fazer	a	Análise	Horizontal	dos	números	com	base	nas	tabelas	das	Figuras	8.1	e	8.2:
•	 Veja	 e	 analise	 como	 variou	 a	Receita Líquida de Vendas (RLV) ano a ano. E 
perceba	que	do	Ano	X1	(R$	110	mil)	até	o	Ano	X4	(R$	200	mil)	houve	uma	variação	
de	82%	no	período.	Exatamente	o	que	os	índices	da	Figura	8.1	nos	mostram,	ou	seja,	
182	dividido	por	100.
•	 Com	relação	ao	CPV,	analise	na	tabela	a	variação	ano	a	ano,	partindo	de	R$	25	mil	(Ano	
X1)	para	R$	31	mil	no	final	do	Ano	X4,	ou	seja,	variação	de	24%	no	período.	Agora	veja	
que	a	tabela	com	os	índices	nos	mostra	as	mesmas	variações,	ou	seja,	31	dividido	por	25.
•	 Consequentemente,	podemos	concluir	que	o Lucro Operacional (LO) calculado pela 
diferença entre a Receita Líquida de Vendas (RLV) e o CPV, variará neste mesmo 
período	analisado,	saindo	de	R$	95	mil	para	R$	179	mil,	representando	uma	variação	de	
88,4% do ano X1 para o ano X4. 
Perceba que o CPV	apresentou	um	crescimento	pouco	significativo	–	de	apenas	24%	-	no	
período	(de	R$	25	mil	para	R$	31	mil).	Este	crescimento	foi	bem	inferior	ao	crescimento	de	76%	
apresentado pela Receita Líquida de Vendas (de	R$	120	mil	para	R$	210	mil),	razão	pela	
qual a o Lucro Operacional	cresceu	tanto	e	a	Margem	calculada	LO	/	RLV	subiu	de	79,17%	
no	Ano	X1	para	85,24%	no	Ano	X4.
Como você pode ver, esta análise horizontal permite muitas conclusões e variações, 
podendo	 ser	 aplicada	 a	 todas	 as	 linhas	 de	 uma	 DRE	 –	 Demonstração	 de	 Resultados	 do	
Exercício, e é excelente para compreendermos em detalhes cada número e sua variação em 
períodos determinados.
O	Balanço	Patrimonial	pode	também	ser	analisado	similarmente,	com	sua	análise	podendo	
ser	feita	também	linha	a	linha,	e	período	contra	período.	Importante	destacar,	entretanto,	que	
esta análise horizontal deve ser feita juntamente com a análise vertical que veremos a seguir, 
permitindo uma visualização mais detalhada dos números apresentados pela empresa analisada.
A Análise Vertical
Conforme mencionamos anteriormente, a análise vertical deve ser elaborada em conjunto 
com uma análise horizontal. Este tipo de análise é valioso para o entendimento da evolução 
de cada conta de um determinado demonstrativo de resultados ao longo de um período de 
tempo determinado.
Para facilitar o entendimento deste conceito e método de análise, vamos observar a Figura 
anterior	e	ver	como	cada	conta	destacada	do	Ativo	do	Balanço	Patrimonial	da	Cia.	Industrial	
Alfa varia ao longo dos dois anos analisados.
11
Figura - O Balanço Patrimonial da Cia. Industrial Beta 
CIA. INDUSTRIAL BETA
BALANÇO PATRIMONIAL - Ativo e Passivo Circulante
A B C D
R$ mil Ano 2007 % Ano 2008 % Ano 2009 % Ano 2010 %
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa 7.500 83% 6.250 72% 7.250 73% 9.500 76%
Estoques 500 6% 950 11% 1.000 10% 1.250 10%
Duplicatas a Receber 1.000 11% 1.500 17% 1.750 18% 1.750 14%
TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 9.000 100% 8.700 100% 10.000 100% 12.500 100%
REALIZÁVEL LONGO PRAZO 4.500 100% 5.000 100% 6.000 100% 6.500 100%
PASSIVO
CIRCULANTE
Contas a Pagar Curto Prazo 1.500 43% 3.000 62% 4.000 68% 4.500 64%
Obrigações Trabalhistas 2.000 57% 1.875 38% 1.875 32% 2.500 36%
TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 3.500 100% 4.875 100% 5.875 100% 7.000 100%
EXIGÍVEL LONGO PRAZO 4.000 100% 2.500 100% 3.250 100% 5.000 100%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 6.000 6.325 6.875 7.000
Observe	 nas	 contas	 do	 Balanço	 Patrimonial	 da	 empresa	 acima	 que	 todas	 as	 contas	
apresentadas	variam	ano	a	ano,	ou	seja,	de	2007	a	2010.	Além	desta	variação	–	que	às	vezes	
é	positiva,	e	às	vezes	negativa	–	há	variações	também	nas	colunas	A,	B,C	e	D	que	mostram	a	
composição de cada conta nos grupos Ativo Circulante e Passivo Circulante a porcentagem que 
cada conta representa dentro do grupo.
Exemplo: Vamos analisar a conta Caixa dentro do Ativo Circulante
•	 Veja	que	o	seu	saldo	varia	ano	a	ano.	Em	2007	era	de	R$	7.500	e	representava	83%	do	
total	do	Ativo	Circulante.	Se	você	verificar	esta	mesma	conta	no	ano	de	2010,	verá	que	o	
seu	saldo	subiu	para	R$	9.500	e	passou	a	representar	apenas	76%	do	total	do	Circulante.
Vejamos	agora	o	item	‘Contas	a	Pagar	no	Curto	Prazo’	da	Cia.	Industrial	Beta:
•	 No	 ano	 de	 2008,	 ela	 apresentava	 um	 saldo	 de	 R$	 3.000,	 ou	 seja,	 62%	 do	 Passivo	
Circulante.	Em	2010,	esta	mesma	conta	crescerá	em	valor	50%	(ou	seja,	apresentará	saldo	
de	R$	4.500),	entretanto	representará	64%	do	Circulante.	
Perceba que diversas análises poderão ser efetuadas, linha a linha, coluna a coluna, oferecendo 
a você inúmeras possibilidades de indagar a respeito de variações e participações de cada uma 
das contas publicadas pela empresa.
12
Unidade: A Análise Horizontal, Análise Vertical e o Cálculo dos Índices de Liquidez
Até este ponto de nossa aula, vimos que os Demonstrativos Financeiros podem ser estudados 
através de um método de análise horizontal ou vertical. Através destas análises, você poderá 
efetuar diversas perguntas aos administradores da empresa, e assim entender melhor seus 
resultados, linha a linha e coluna a coluna!
Para Pensar
Pense	em	alguma	pergunta	–	ou	perguntas	-	a	fazer	sobre	o	Balanço	da	Cia.	Industrial	Alfa.	Caso	
você venha a trabalhar com os números reportados pela Administração. Lembre-se, portanto, que 
quanto mais detalhada a informação fornecida pela empresa, maior as possibilidades de fazermos 
perguntas. Por exemplo: Será que uma empresa que publica suas informações com pouco detalhe, 
permite que você faça uma análise horizontal e vertical adequada? 
Quais seriam então os pré-requisitos para você poder fazer uma análise como esta?
Trocando Ideias
Caso você tenha acesso a um Balanço Patrimonial ou Demonstrativo de Resultados da empresa onde 
você trabalhe, ou empresa que divulgue informações nos jornais ou internet, procure calcular estas 
porcentagens na coluna vertical dos demonstrativos e efetue uma análise dos números publicados.
A Análise dos Índices 
Quando	 efetuamos	 análises	 de	 índices	 (também	 chamados	 de	 quocientes),	 normalmente	
fazemos uso dos balanços, demonstrativos de resultados, e demais demonstrações financeiras 
disponibilizadas	pela	empresa.	Isto,	além	de	outras	informações	adicionais	possíveis	de	serem	
fornecidas pelos administradores e pela Contabilidade.
As análises dos indicadores são possíveis de serem efetuadas pela simples divisão de dois 
números reportados nos demonstrativos. Em seguida, certamente, o analista precisará interpretar 
este índice, explicá-lo e manter a sua memória de calculo guardada. Em uma segunda etapa 
de análise, este analista precisará avaliar o índice de forma a classificá-lo como bom, ruim ou 
razoável para a empresa em questão; compará-lo com as suas parceiras no mercado, ou mesmo 
com suas concorrentes, por exemplo.
Segundo	Gitman	(2009,	p.	42),
...a análise de índices envolve métodos de cálculo e interpretação de índices 
financeiros visando analisar e acompanhar o desempenho da empresa; e 
os elementos básicos desta análise são o Demonstrativo de Resultados e o 
Balanço Patrimonial da empresa. 
13
Enquanto	que,	segundo	análise	de	Iudícibus	(2009),	os	índices	têm	como	finalidade	principal	
permitir ao analista extrair tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos, 
oferecendo algumasbases para inferir o que poderá acontecer no futuro. 
Por outro lado, temos sempre que ficar atentos às limitações de tais análises através de 
índices, pois sabemos que cada empresa utiliza um método diferente para contabilizar suas 
operações e movimentos, o que pode causar grandes discrepâncias quando comparamos uma 
empresa de um mesmo setor e atividade com outra. Assim, apesar deste detalhe que merece 
atenção e análise, devemos sempre saber que a análise de indicadores financeiros é de enorme 
valor ao analista e ao mercado, sendo fonte preciosa de informações. Razão pela qual é sempre 
necessário dar periodicidade a estas análises e, sempre que possível, o analista deve atualizar 
as informações e calcular novos índices sempre que novas informações e demonstrativos 
financeiros forem disponibilizados pela empresa estudada.
Índices de Liquidez
Segundo	Marion	 (2009),	 os	 índices	 de	 liquidez	 são	 utilizados	 para	 avaliar	 a	 capacidade	
de pagamento da empresa e constituem uma apreciação sobre a capacidade da empresa 
em conseguir saldar seus compromissos. Esta capacidade de pagamento pode ser avaliada 
considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo imediato. Vejamos cada um desses casos:
Capacidade de Pagamento a Curto prazo
Índice de Liquidez Corrente – ou Liquidez Comum (ILC): Este	 Índice	de	Liquidez	
Corrente é um valioso instrumento de análise da empresa e mostra a capacidade de pagamento 
da empresa no curto prazo e para esta análise utilizamos o seguinte índice: 
 
Importante	lembrar	que	ele	não	permite	que	você	analise	a	qualidade das contas do ativo 
circulante ou do passivo circulante que utilizamos para seu cálculo. 
Por exemplo, se os estoques estão obsoletos ou não, se o conta a receber considera ou não 
os devedores duvidosos, entre outros detalhes. Portanto, fique atento ao calculá-lo!
Além disso, não é possível saber a respeito de prazos de pagamento e de recebimento, 
ou se os estoques encontram-se bem avaliados ou não, e por qual método a empresa 
efetuou a avaliação.
Exemplo: Nos	números	que	apresentamos	acima	sobre	a	empresa	Cia.	Industrial	Beta	temos	
do	ano	de	2007	para	o	ano	de	2010,	os	seguintes	saldos	para	análise:
14
Unidade: A Análise Horizontal, Análise Vertical e o Cálculo dos Índices de Liquidez
•	 Ativo	Circulante:	R$	9.000		R$	12.500
•	 Passivo	Circulante:	R$	3.500		R$	7.000
Logo,	para	o	ano	de	2007			ILC	=	9.000	/	3.500	=	2,57
Logo,	para	o	ano	de	2010			ILC	=	12.500	/	7.000	=	1,78
Uma pergunta: Estes índices são bons ou ruins? 
Normalmente ILC acima de 1,0	é	considerado	bom	(exatamente	por	representar	o	Ativo	
Circulante	maior	que	o	Passivo	Circulante!).
Entretanto, como citamos anteriormente, é sempre importante e necessário verificar em 
detalhes a composição de cada conta, entender o setor onde a empresa trabalha e, se possível, 
comparar	este	ILC	com	o	de	empresas	concorrentes	antes	de	tomar	decisões	e	efetuar	conclusões.
Índice de Liquidez Seca (ILS): Este	 Índice	de	Liquidez	Seca	avalia	 se,	caso	a	empresa	
parasse de operar imediatamente, conseguiria pagar suas dívidas com seu caixa e contas a receber? 
 
Importante	lembrar	que	nem	sempre	um	ILS	baixo	é	sinônimo	de	situação	financeira	ruim	
para a empresa. É sempre necessário avaliar bem os estoques, sua qualidade, seu método de 
avaliação e ver, também, a qualidade dos recebíveis. 
Além disso, sempre se faz necessário comparar o índice com o de empresas concorrentes no 
mesmo mercado de atuação da empresa analisada.
O	segundo	ponto	 importante	é	analisar	o	 ILS	de	uma	empresa	em	conjunto	com	os	seus	
demais	índices	disponíveis,	evitando	conclusões	equivocadas.	OK?
Exemplo: Nos números que apresentamos acima sobre a empresa Cia. Industrial Beta, 
temos	do	ano	de	2007	para	o	ano	de	2010,	os	seguintes	saldos	para	análise:
•	 Ativo	Circulante:	R$	9.000		R$	12.500
•	 Estoques:	R$	500		R$	1.250
•	 Passivo	Circulante:	R$	3.500		R$	7.000
Logo,	para	o	ano	de	2007			ILS	=	(9.000	–	500)	/	3.500	=	2,42
Logo,	para	o	ano	de	2010			ILS	=	(12.500	–	1.250)	/	7.000	=	1,61
15
Pergunta: Estes índices são bons ou ruins? 
Para	cada	R$	1,00	em	dívida,	a	empresa	tem	R$	2,42	em	ativo	em	2007.	Ou	seja,	estava	em	
excelente estado financeiro nesta primeira análise, mas é sempre bom lembrar a importância de 
comparar	e	agregar	novas	informações	antes	de	tomarmos	conclusões!	Em	2010	este	índice	deprecia	
um pouco, caindo para R$ 1,61 em ativo por dívida, mas ainda bem, confortável a situação.
Capacidade de Pagamento a Longo prazo
Índice de Liquidez Geral (ILG):	 Este	 Índice	 de	 Liquidez	 Geral	 mede	 a	 capacidade	 de	
pagamento da empresa no longo prazo com base em todos os ativos conversíveis em dinheiro, curto 
e	longo	prazos,	comparado	aos	seus	compromissos	assumidos	(dívidas)	no	curto	e	longo	prazos:
Por considerar dados de longo prazo, trata-se de um índice que exige cuidado na sua 
análise e percepção de que as características do negócio e suas dinâmicas mudam muito 
no	futuro.	Ou	seja,	sempre	estude	o	ILG	em	conjunto	com	os	demais	 índices	da	empresa,	e	
compare-o	também	com	os	índices	de	empresas	concorrentes.	OK?
Exemplo: Nos números que apresentamos acima sobre a empresa Cia. ABC Comercial, 
temos	do	ano	de	2007	para	o	ano	de	2010,	os	seguintes	saldos	para	análise:
•	 Ativo	Circulante:	R$	9.000		R$	12.500
•	 Realizável	Longo	Prazo:	R$	8.000		R$	6.500
•	 Passivo	Circulante:	R$	3.500		R$	7.000
•	 Exigível	Longo	Prazo:	R$	4.000		R$	5.000
Logo,	para	o	ano	de	2007			ILG	=	(9.000	+	4.500)	/	(3.500	+	4.000)	=	1,80
E	para	o	ano	de	2010			ILG=	(12.500	+	6.500)	/	(7.000	+	5.000)	=	1,58
Pergunta: Estes índices são bons ou ruins? 
Para	cada	R$	1,00	em	dívida	curto	e	longo	prazo,	a	empresa	tem	R$	1,8	em	ativo	no	ano	
2007,	caindo	para	R$	1,58	em	2010.	Ou	seja,	está	em	bom	estado	financeiro	nesta	primeira	
análise, mas piorando ano a ano. Por isso é sempre bom lembrar a importância de comparar e 
agregar novas informações antes de tomarmos conclusões!
16
Unidade: A Análise Horizontal, Análise Vertical e o Cálculo dos Índices de Liquidez
Capacidade de Pagamento em prazo imediato
Índice de Liquidez Imediata (ILI): Este	Índice	de	Liquidez	Imediata	mede	a	capacidade	
de pagamento do endividamento da empresa de curto prazo.
 
Embora nos mostre os pagamentos de curto prazo, ou seja, os compromissos junto a empresas 
e	bancos,	o	ILI	deve	ser	analisado	com	cautela	pois,	nem	sempre,	a	queda	das	Disponibilidades	
significa	insolvência	(ou	seja,	incapacidade	de	pagamento).	Logo,	deve	ser	sempre	analisado	
em conjunto com contas a receber, por exemplo.
Exemplo: Nos números que apresentamos acima sobre a empresa Cia. ABC Comercial, 
temos	do	ano	de	2007	para	o	ano	de	2010,	os	seguintes	saldos	para	análise:
•	 Disponibilidade:	R$	7.500		R$	9.500
•	 Passivo	Circulante:	R$	3.500		R$	7.000
Logo,	para	o	ano	de	2007			ILI	=	(7.500)	/	(3.500)	=	2,14
E	para	o	ano	de	2010			ILI	=	(9.500)	/	(7.000)	=	1,36
Mas, estes índices são bons ou ruins? 
Para	cada	R$	1,00	em	passivo	circulante,	a	empresa	tem	R$	2,14	em	caixa	no	ano	2007,	
caindo	para	R$	1,36	em	2010.	Ou	seja,	está	em	bom	estado	financeiro	nesta	primeira	análise,	
mas piorando ano a ano. Por isso é sempre bom lembrar a importância de comparar e agregar 
novas informações antes de tomarmos conclusões!
 
 Explore
Sugiro	a	leitura	do	conceito	e	exemplos	de	cálculo	do	Índice	de	Liquidez	no	livro Princípios de 
Administração Financeira de L.J. Gitman, na página 46. 
Em, seguida, veja também uma tabela resumo com todos os índices da Bartlett Company, nas 
páginas	58	e	59.
17
Índices de Endividamento
Conforme destacamos, esta técnica de análise através de índices é parte relevante do 
estudo da contabilidade e finanças, e é essencial quando queremos comparar balanços, 
demonstrativos de resultados e demais números publicadospelas empresas no decorrer de 
diversos períodos de apurações.
Segundo	Gitman	(2007,	pp.49-50),
“O	índice	de	endividamento	de	uma	empresa	indica	o	volume	de	dinheiro	
de terceiros usado para gerar lucros... Em geral, quanto mais capital de 
terceiros é usado por uma empresa em relação aos seus ativos totais, maior 
sua alavancagem financeira...”.
Glossário
Alavancagem Financeira: refere-se à utilização de custos financeiros líquidos para amplificar 
os efeitos de variações dos lucros antes de juros e imposto de renda sobre o lucro por ação da 
empresa.	Ou	seja,	é	a	utilização	pela	empresa	de	dívidas	contraídas	em	bancos	ou	de	terceiros	para	
dar maior liquidez ao negócio e maximizar desempenho. Mas vale destacar que toda Dívida gera 
Despesa Financeira, ou seja, o administrador precisará sempre avaliar se estes recursos gerarão ou 
não resultados superiores ao custo do empréstimo!
Índice de Endividamento Geral (IEG): Este	 Índice	 de	Endividamento	Geral	mede	 a	
proporção dos ativos totais comparado ao total do financiamento dos credores da empresa.
 
Em	geral,	o	IEG	permite	uma	avaliação	rápida	e	precisa	por	parte	do	analista	a	respeito	do	
tamanho dos endividamentos de uma empresa comparativamente ao seu Ativo. 
Mas ATENÇÃO:	uma	empresa	pode,	eventualmente,	apresentar	um	IEG	alto,	ou	seja,	estar	
muito endividada comparativamente aos seus ativos. Mas, entretanto, esta dívida ser de longo 
prazo e a juros baixos, o que não deixa de seu interessante se os recursos forem bem utilizados 
pela administração na operação do negócio principal da firma!!
Para efetuarmos os exemplos de exercícios abaixo, utilizaremos o mesmo balanço da Cia.
Industrial	Beta.
Com	base	nos	números	que	apresentamos	acima	sobre	a	empresa	temos	do	ano	de	2007	
para	o	ano	de	2010,	os	seguintes	saldos	para	análise:
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Unidade: A Análise Horizontal, Análise Vertical e o Cálculo dos Índices de Liquidez
•	 Exigível	de	Longo	Prazo	(LP):	R$	4.000		R$	5.000
•	 Ativo:	R$	13.500		R$	19.000
Calculando...
Para	o	ano	de	2007			IEG	=	(4.000)	/	(13.500)	=	0,30	=	30%
Para	o	ano	de	2010			IEG	=	(5.000)	/	(19.000)	=	0,26	=	26%
Reflexão
Mas, estes índices são bons ou ruins? Na verdade este indicador mostra que a empresa está 
financiando	por	volta	de	30%	de	seus	ativos	com	dívidas,	o	que	não	seria	muito,	a	princípio.
Mas atenção: quanto maior este índice maior o grau de endividamento da empresa, e maior o 
grau de alavancagem financeira consequentemente, e cada tipo de empresa vai exigir de você uma 
análise	detalhada	deste	indicador.	Há	empresas	que	trabalham	normalmente	com	IEG	maior,	outras	
não conseguem ou não é recomendado dado o custo de se manter uma dívida!
 
 Explore
Sugiro ler no livro Princípios de Administração Financeira de L.J. Gitman, em sua página 49, 
o	conceito	e	os	exemplos	de	cálculo	do	Índice	de	Endividamento.	
Índices de Atividade 
Os	índices	de	atividade	nos	mostram	a	velocidade	com	que	as	várias	atividades	da	empresa	
se	transformam	em	vendas	e	caixa.	Ou	seja,	a	velocidade	com	que	as	diversas	contas	do	ativo	
ou do passivo da empresa como, por exemplo, o contas a pagar, o contas a receber ou os 
estoques transformam-se em recursos. 
Neste sentido, podemos analisar os índices de atividade segundo quatro grupos distintos:
O Giro de Estoques que	mede	a	rotatividade	(liquidez)	dos	estoques	da	firma,	e	é	excelente	
indicador comparativo entre empresas atuantes em um mesmo setor e mercado. Este índice é 
calculado pela fórmula a seguir:
 
19
O Prazo Médio de Recebimento que permite entendermos melhor as práticas de vendas 
da empresa analisada, como ela vende seus produtos e prazos médios destes faturamentos. Este 
índice é calculado pela seguinte fórmula:
 
O Prazo Médio de Pagamento, que segue a mesma sistemática do índice anterior, mas 
nos permite entender como os fornecedores - muitas vezes - acabam por “financiar” a operação 
da empresa. Veja um exemplo: uma firma pode comprar, produzir e faturar antes mesmo de 
pagar seus fornecedores de matérias primas. Este índice é calculado pela seguinte fórmula:
 
O Giro do Ativo Total, que mostra a eficiência da empresa na administração de seu ativo 
para a geração de receitas. Este índice é calculado pela seguinte fórmula:
 
 
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Sugiro uma leitura atenta das páginas 47 e 48 do livro Princípios de Administração Financeira 
de	L.J.	Gitman,	onde	o	autor	apresenta	os	conceitos	e	exemplos	de	cálculo	do	Índice	de	Atividade.
Índices de Rentabilidade
É importante destacar que até este estágio de nosso estudo estávamos concentrados nas 
análises de índices relacionados com os aspectos e dados financeiros das empresas analisadas. 
Por outro lado, os chamados índices de rentabilidade estarão mais voltados à análise da geração 
de	 resultado	 do	 negócio	 analisado.	 Ou	 seja,	 estudaremos	 os	 principais	 índices	 econômicos	
disponíveis para efetuarmos uma análise mais aprofundada do negócio: rentabilidade, potencial 
de crescimento, e a capacidade de geração de resultados, entre outras.
20
Unidade: A Análise Horizontal, Análise Vertical e o Cálculo dos Índices de Liquidez
Figura 9.2. DRE da Cia. Vendedora de Alimentos Processados
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
(MODELO COMPLETO)
CIA VENDEDORA DE ALIMENTOS PROCESSADOS
Ano 2009 Ano 2010
R$ R$
Receita Bruta de Vendas e Serviços 2.450.000 3.800.000
Venda de Produtos 700.000 860.000
Venda de Serviços 500.000 600.000
(-) Deduções da Receita Bruta (255.000) (311.714)
Devoluções & Abatimentos (50.000) (60.000)
Impostos sobre Vendas (200.000) (245.714)
Impostos sobre Serviços (5.000) (6.000)
Receita Líquida 2.195.000 3.488.286
(-) Custo dos Produtos Vendidos (720.000) (850.000)
CPV (720.000) (850.000)
Custo Serviços Prestados (100.000) (120.000)
Lucro Bruto 1.730.000 2.950.000
(-) Despesas Operacionais (300.000) (355.500)
 Vendas (100.000) (120.000)
 Administrativas (100.000) (100.000)
 Depreciação (20.000) (35.000)
 Financeiras (80.000) (100.500)
Resultado Operacional 1.430.000 2.594.500
Resultados Não Operacionais 60.000 80.000
Lucro antes IR e Contribuição Social 1.490.000 2.674.500
(-) Provisão IR e Contribuição Social (521.500) (936.075)
Lucro Após IR e CS 908.500 1.658.425
Lucro Líquido / Prejuízo do Exercício 908.500 1.658.425
Número de Ações 100.000 100.000
Lucro por Ação 9,09 16,58
Com base nestes números apresentados na DRE da empresa, vamos conceituar e calcular 
alguns dos índices de rentabilidade segundo quatro de seus mais importantes grupos distintos: 
A Margem de Lucro Operacional (MLO) que	mede	o	resultado	(lucro	puro)	da	operação	
do negócio da empresa no total das vendas efetuadas. 
21
Este índice é calculado pela fórmula a seguir:
 
Com	base	na	fórmula	acima,	vamos	calcular	a	MLO	(Ano	2009)	para	a	Cia.	Vendedora	de	
Alimentos Processados: 
MLO = 1.430.000 / 2.450.000 = 58,37%
A Margem de Lucro Líquido (MLL) que mede o resultado líquido após custos, despesas 
e impostos da operação do negócio da empresa no total das vendas efetuadas. Este índice é 
calculado pela fórmula a seguir:
 
Com	base	na	fórmula	acima,	vamos	calcular	a	MLL	(Ano	2009)	para	a	Cia.	Geradora	de	Lucros:	
MLL = 908.500 / 2.450.000 = 37,08%
O Lucro por Ação (LPA) que mede o resultado líquido efetivamente obtido por cada ação 
emitida	pela	empresa.	Importante	lembrar	que	não	se	trata	do	Dividendo	por	ação.	Este	índice	
é calculado pela fórmula a seguir:
	Com	base	na	fórmula	acima,	vamos	calcular	a	LPA	(Ano	2009)	para	a	Cia.	Vendedora	de	Carne:	
LPA = 908.500 / 100.000 = R$ 9,09
22
Unidade: A Análise Horizontal, Análise Vertical e o Cálculo dos Índices de Liquidez
Glossário
Dividendo por ação é o valor monetário do resultado que foi efetivamente distribuído ao 
final	de	um	exercício	fiscal	a	cada	açãoordinária	ou	preferencial.	Ou	seja,	os	dividendos	nada	
mais	são	que	as	distribuições	periódicas	do	lucro	da	empresa	aos	seus	acionistas.	Importante	
lembrar também que, muitas vezes, uma empresa recebe dividendos de outra empresa. Neste 
caso os dividendos recebidos por uma empresa será proporcional à quantidade de ações que 
esta deter da outra empresa.
O Retorno do Ativo Total (ROA) –	Return on Total Assets - que também é conhecido 
como retorno do investimento. Que mede a rentabilidade da empresa com base nos ativos 
disponíveis. Este índice é calculado pela fórmula a seguir:
 
Para	o	cálculo	do	ROA	para	o	ano	de	2009	da	Cia.	Vendedora	de	Alimentos	Processados	
é	necessária	a	informação	adicional	a	respeito	de	seu	Ativo	Total,	no	valor	de	R$	15.000.000.
Logo,	o	ROA	no	período	será	de:
ROA = 908.500 / 15.000.000 = 6,05%
Trocando Ideias
Concluímos nossas análises com índices e comparativos. Neste momento você tem em mãos uma 
gama de ferramentas que permitirão efetuar diversas análises. Utilize estes conceitos e fórmulas e 
deixe seu trabalho diário de administração financeira e orçamentária mais rico e completo. 
 
 Explore
De	 forma	 a	 concluirmos	 o	 nosso	 estudo	 a	 respeito	 dos	 Índices	 sugiro	 que	 você	 reveja	 todos	 os	
índices calculados para os números publicados da Bartlett Company, nas páginas 58 e 59 do livro 
Princípios de Administração Financeira de L.J. Gitman. 
23
Material Complementar
Sugestão de Site
•	 Na	página	do	site	da	Petrobras	destacada	abaixo,	existe	um	campo	chamado	“Kit	
do Acionista”, nele você verá toda uma completa análise dos números publicados 
pela empresa, seu desempenho, resultados, expectativas, entre outras informações 
relevantes para a administração, investidores e mercados. Verifique!
http://www.investidorpetrobras.com.br/
Sugestão de Leitura
•		No	livro	Administração	Financeira	e	Orçamentária	de	M.	Hoji,	você	encontrará	os	
itens 11.3 e 11.4 dedicados aos temas ‘Análise Vertical e Horizontal’ e ‘Análises 
por	meio	de	 Índices’.	Assim,	 sugiro	que	você	pesquise	 e	 leia	no	Capítulo	11	 -	
‘Análises	Financeiras’,	as	páginas	281	a	299	para	um	maior	aprofundamento	de	
seus estudos.
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Unidade: A Análise Horizontal, Análise Vertical e o Cálculo dos Índices de Liquidez
Referências
Básica
GITMAN,	L.J.	Princípios de Administração Financeira,	10ª	Ed.	São	Paulo:	Pearson,	2007.
GROPPELLI,	A.A.	e	NIKBAKHT,	E.	Administração Financeira, 3a Ed. São Paulo: Saraiva, 
2010.
HOJI,	M.	Administração Financeira e Orçamentária,	São	Paulo:	Editora	Atlas	S.A.,	2008.
MARION,	 J.C.	Análise das Demonstrações Contábeis. Contabilidade Empresarial, São 
Paulo:	Editora	Atlas	S.A.,	2009.
SANTOS,	J.O.	Valuation.	Um	Guia	Prático,	São	Paulo:	Editora	Saraiva,	2012.
Complementar
IUDÍCIBUS,	S.	Análise da Balanços,	São	Paulo:	Editora	Atlas	S.A.,	2009.
MÁLAGA,	F.K.	Análise de Demonstrativos Financeiros e da Performance Empresarial 
Para Empresas Não Financeiras,	São	Paulo:	Saint	Paul	Editora,	2009.
25
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP	01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel:	(55	11)	3385-3000

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