Buscar

RH2TP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

RESUMO DE HISTÓRIA – 2º TP 3002 Flavio Giro 
MATÉRIA: Independência do Brasil; Primeiro Reinado; e Período Regencial. 
 
INDEPENDÊNCIA... 
Em 1808, a família real portuguesa fugiu ,sob proteção inglesa, para o Brasil das tropas napoleônicas 
que invadiam seu território. Assim que aportou por aqui, D. João VI decretou a abertura dos portos às 
nações amigas ,liberando a importação de qualquer produto de países que mantinham boas relações 
com o Brasil ,na prática, Inglaterra. Isso acabava com o exclusivo colonial português e atendia os 
interesses da burguesia inglesa. No mesmo ano, o príncipe-regente revogou a proibição de se instalarem 
indústrias no Brasil, o que não gerou um surto manufatureiro graças à concorrência com a Inglaterra. 
Em 1810, o Brasil assinou o tratado de Comércio e Navegação e o tratado de Aliança e Amizade, que 
garantiam aos produtos ingleses 15% de impostos sobre importação ,enquanto Portugal tinha 16% e 
outros países 24%. Outros privilégios aos ingleses foram concedidos, como o de ingleses infratores 
seriam julgados por leis e juízes ingleses e liberdade de culto protestante. Enquanto isso ,D. João 
inaugurava órgãos públicos, Casa da Moeda, Banco do Brasil, Jardim Botânico ,escolas de medicina , 
Imprensa Real ,Academia Real Militar e patrocinava artistas para retratar o Brasil, buscando 
transformar o Rio de Janeiro na capital do Império. 
Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves, deixando de ser 
oficialmente colônia. Em 1817 ,em função da forte tributação sobre a população somado ao anseio por 
liberdade política, detonou a Insurreição Pernambucana, violentamente reprimida pelo governo. Após a 
expulsão dos franceses de Portugal , havia uma série de dificuldades econômicas e o governo era 
exercido pelo inglês Lord Beresford. Isso, somado aos ideais iluministas, resultou na Revolução Liberal 
do Porto de 1820, em que foi convocado as Cortes para redigir a constituição e foi exigido a retirada de 
Beresford e a volta de D. João. Este retornou ,deixando seu filho D. Pedro ,como príncipe-regente. Para 
solucionar a crise econômica, Portugal decidiu reimplantar os privilégios portugueses e o pacto colonial 
no Brasil ,para isso promoveu a transferência de órgãos governamentais para Portugal e exigiu o 
regresso de D. Pedro para “completar sua formação cultural”. 
Isso revoltou brasileiros, que não queriam retornar a situação anterior a 1808, e os levou a formar o 
Partido Brasileiro , união de indivíduos favoráveis à independência representando basicamente os 
interesses da aristocracia rural, burocratas, comerciantes e pessoas com vínculos econômicos aqui. Estes 
elaboraram um documento ao príncipe com 8 mil assinaturas pedindo a permanência deste , aceita no 
famoso Dia do Fico. Pouco depois ,tropas e ministros portugueses retornaram a Portugal mediante 
influência de Pedro. Em maio de 1822, um novo ministério composto por brasileiros decretou o 
“Cumpra-se” em que ordens vindas de Portugal só seriam obedecidas com consentimento de D. Pedro. 
Logo após esse episódio , o príncipe foi condecorado com o título de “Defensor Perpétuo do Brasil”. 
Em junho, convocou-se a Assembleia Constituinte para elaborar leis que regulamentariam a vida da 
população ,consolidando o clima pré-independência. Diante de uma nova ordem de regresso de D. 
Pedro sob ameaças de envio de tropas e do protesto de José Bonifácio e Dona Leopoldina, o príncipe 
resolveu declarar independência em meio a uma viagem ,oficializando a separação de Portugal. Tropas 
lusas foram derrotadas no Brasil e D. Pedro foi coroado imperador do Brasil. Como o processo foi 
 
 
conduzido pelas elites, nada na sociedade ou no modo de produção mudou ,garantindo os interesses 
dos latifundiários ( escravidão e produção para exportação) e da Inglaterra, país de quem o Brasil 
dependia em relação a manufaturas e empréstimos .Os EUA foram a primeira nação a reconhecer nossa 
independência, baseados na Doutrina Monroe de ter sob influência a América, seguidos por Portugal ( 
Sob pagamento de duas mil libras) e Inglaterra. 
 
PRIMEIRO REINADO... 
Pelo fato do Brasil ter sido sede da metrópole , houve uma série de diferenças em relação à outros países 
latino-américanos e EUA ,como uma guerra de independência curta , constituição de uma monarquia 
,integridade do território, ausência de transformações econômicas profundas e falta de participação 
popular na independência .Na tentativa de fazer uma constituição em 1823, apelidada de Constituição 
da Mandioca, os deputados constituintes aristocratas tentaram implantar o voto censitário, baseado na 
quantidade de alqueires de mandioca e a submissão do poder executivo ao legislativo ,que subordinaria 
as forças armadas. D. Pedro I fechou a assembleia ,além de prender e exilar deputados diante da 
proposta e das críticas em relação à proximidade do imperador com militares e portugueses. 
Em 1824, o imperador outorgou a nova constituição redigida com a ajuda de seu Conselho de Estado 
que previa a monarquia hereditária, a divisão dos poderes em quatro ( executivo + legislativo + 
judiciário e moderador, este último exercido pelo imperador e de onde saía a palavra final ), o executivo 
sendo exercido pelo imperador e conselho de estado e o poder legislativo seria exercido por deputados 
e senadores ,eleitos via eleições censitárias e indiretas (eram eleitos por eleitores de paróquia os eleitores 
de província e estes elegiam os deputados e senadores) .A constituição ainda previa a oficialização da 
religião católica e subordinação dos cléricos ao estado, divisão do país em províncias e regidas por 
presidentes, oficialização do Conselho de Estado . 
 Confederação do Equador: As medidas autoritárias do imperador somado às dificuldades 
econômicas da região de Pernambuco advindas da concorrência estrangeira trouxeram muita 
insatisfação à população. Com a nomeação de um novo presidente para a província e as lembranças da 
insurreição de 1817, estourou a revolta de caráter republicano, separatista e urbano com adesão de 
outras províncias que adotaram a constituição da Colômbia provisoriamente. Sob forte repressão ,a 
revolta cedeu e 16 líderes foram condenados à morte. 
 Abdicação de D. Pedro I: O Brasil passava por um momento ruim economicamente devido a varios 
empréstimos contraídos com a Inglaterra e a sucessivos deficits motivados pela diminuição de interesse 
europeu nos produtos brasileiros e aumento da concorrência por açucar e algodão. O governo ainda 
gastou muito com a organização do Estado e emitiu diversas emissões de dinheiro ,causando a inflação. 
D. Pedro ,até 1826, governou sem o legislativo e ,diante do fechamento da constituinte e de outras 
medidas autoritárias, contraiu críticas severas de aristocratas e jornais. 
O imperador ainda financiou a Guerra da Cisplatina , que terminou com a independência uruguaia ( 
que era do Brasil ) e a Guerra de Sucessão portuguesa , aumentando as críticas e as despesas. Buscando 
acalmar o animo das mineiros que o repudiavam violentamente, o imperador visitou Ouro Preto , mas 
foi recebido com faixas pretas em protesto ao assassinato de um jornalista opositor do império por 
monarquistas chamado Líbero Badaró. Portugueses e partidários organizaram uma recepção para 
 
 
compensar a hostilidade mineira, o que atraiu protestos de opositores e vários conflitos de rua na 
chamada Noite das Garrafadas (13/MAR). 
Querendo reconciliar-se , D.Pedro I nomeou um ministério liberal só de brasileiros, que durou pouco 
por causa das agitações populares. Em 5/ABR demitiu os brasileiros e nomeou um ministério de 
absolutistas ,chamado de ministério dos marqueses, o que atraiu mais protestos e manifestações. Em 
7/ABR , o imperadorabdicou em favor de seu filho , Pedro de Alcântara , de cinco anos . 
 
PERIODO REGENCIAL... 
Como o filho de D. Pedro não tinha idade para governar ,foi instituído uma regência trina provisória , já 
que constucionalmente deveria ser convocada a Assembleia-Geral para escolher os governantes e está 
estava em período de recesso .Os senadores Nicolau Pereira, José Joaquim Carneiro de Campos e o 
brigadeiro Francisco de Lima e Silva decretaram o retorno do “ministério dos brasileiros”, anistiaram 
presos políticos e suspenderam o poder moderador. 
Quando acabou o recesso, novas eleições aconteceram, agora com toda a assembleia, e foram eleitos o 
brigadeiro Lima e Silva e os deputados José da Costa Carvalho e José Bráulio Muniz. Para Ministro da 
Justiça, foi escolhido o padre Diogo Feijó ,que criou a Guarda Nacional, uma milícia armada dirigida 
por brasileiros ricos (coronéis) que garantia a repressão de levantes populares garantindo a ordem e os 
poderes existentes ,além de defender interesses locais. 
Em 1832, foi criado o Código de Processo Criminal, que dava autoridade policial e judicial a juízes 
escolhidos por grandes proprietários (juízes de paz). Ainda nesse ano, Feijó teve de renunciar após uma 
tentativa frustrada de golpe. Em 1834, foi aprovado um Ato Adicional à constituição de 1824 que previa 
a instituição de uma regência una, suspenção do poder moderador enquanto houvesse regência, criação 
do município neutro do Rio de Janeiro e criação das assembleias legislativas provinciais ,que tinham 
poder de criar leis específicas para cada província e foi uma medida descentralizadora apesar dos 
presidentes provinciais ainda serem escolhidos pelo regente. 
Como regente uno foi escolhido o padre Feijó, de tendência liberal (Partido formado por classe média 
urbana, clérigos e proprietários paulistas defensor da descentralização ) sofria oposição dos 
Conservadores (favoráveis ao centralismo ,formados por burocratas e ricos proprietários). Diante de 
revoltas como a Cabanagem, Sabinada e Revolução Farroupilha, que questionavam a miséria ,impostos 
e falta de autonomia local, o regente Feijó renuncia. Substituindo Feijó, elegeu-se Araújo Lima, de 
tendência conservadora ,buscou anular as medidas liberais do período anterior. Neste período começou 
no Maranhão a revolta da Balaiada, questionando a situação política e econômica. 
O Ato Adicional de 1834 foi modificado por um lei interpretativa em devolvia-se os poderes policiais e 
judiciários ao governo central buscando acabar com as revoltas. O regente também nomeou regressistas 
para o ministério, em que se destacou Bernardo Pereira de Vasconcelos ,criador do Colégio Pedro II, do 
Arquivo Público Nacional e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. 
Em 1840, liberais fundaram o Clube da Maioridade, que defendia a antecipação da maioridade de Pedro 
II e sob a justificativa de que a presença do imperador acalmaria as revoltas, D. Pedro II foi coroado em 
julho, no Golpe da Maioridade. Encerrou-se assim a “experiência republicana brasileira” e um dos 
períodos mais conturbados de nossa história.

Outros materiais