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HISTÓRIA

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Resumo de História para o Primeiro testão
 3005 – Marinho (págs 67 a 81)
	BOM ESTUDO!
	 Independente da questão da intencionalidade(defendida a partir do século XIX, a partir de relatos, do Tratado de Tordesilhas e do diário de Vasco da Gama) ou da casualidade da descoberta do Brasil, entre 1500 e 1530, o governo português se deteve na tentativa de tentar reconhecer o território brasileiro(pindorama) e suas riquezas e combater as tentativas de invasões estrangeiras.
	 
	Em 1501, ocorreu a primeira expedição exploradora chefiada por Gaspar de Lemos, na qual ele confirmou a existência do pau-brasil. Em 1502, Gonçalo Coelho fundou feitorias, lugares para armazenar o pau-brasil e carregar os navios. Também em 1502, Fernando de Noronha foi o primeiro a receber o direito de exploração do pau-brasil. A exploração foi ficando proveitosa e assim, o governo português estabeleceu o estanco, que é o monopólio do governo sobre a exploração do pau-brasil. O governo concedia a exploração e comercialização particulares em troca da garantia de defesa do território e do pagamento de uma parte do lucro. A exploração propiciou o primeiro contato com os nativos e o escambo(troca de mercadorias x trabalho indígena)..
	
	Muitos estrangeiros, principalmente os franceses também exploravam o pau-brasil. Para impedir, foram organizadas expedições militares comandadas por Cristóvão Jacques o comando entre 1516 e 1526.
	
	Com a crise do comércio com o Oriente e com as invasões estrangeiras, o governo se fez obrigado, a partir de 1530, a colonizar o Brasil. Assim, em 1531 teve início a primeira expedição chefiada por Martim Afonso de Souza, visando a efetiva ocupação do território e soberania desse. Ele tinha poderes para explorar a terra, combater estrangeiros, administrar e povoar o Brasil.
	
	Martim fez a distribuição de sesmarias(lotes de terras) para serem cultivados e incentivou a plantação de cana-de-açúcar. Também fundou a vila de São Vicente.
	
	Como os portugueses ainda não tinham descoberto metais preciosos no Brasil, fez-se necessário a exploração de outro produto com valor e de fácil adequação ao clima do Brasil. A cana-de-açúcar. Para tal, o rei D. João III decidiu criar, no Brasil, o sistema de capitanias-hereditárias, que seriam faixas extensas de terra dadas aos capitães-donatários, que objetivava a redução de custos por parte de Portugal para a colonização efetiva. Portugal doou 14 capitanias a 12 donatários. A doação era regulamentada pelas cartas florais e de doação (direitos e deveres dos donatários). Eles deveriam fundar vilas, proteger contra ataques indígenas e estrangeiros e fazer o monopólio real do pau-brasil. Os donatários podiam doar sesmarias por um prazo de 5 anos. Em 1539, foram criadas mais duas capitanias.
	
	O sistema de capitanias não deu certo, pois apesar de dispersar boa parte das invasões estrangeiras, não conseguiu incentivar a prática econômica, devido a falta de recursos, além da enorme extensão das capitanias hereditárias.
	
	Duas capitanias somente obtiveram êxito: a de São Vicente (Martim Afonso de Souza) e a de Pernambuco (Duarte Coelho). A primeira teve sucesso devido a criação de novas povoações e ao cultivo da cana e à criação de gado. A segunda capitania teve êxito principalmente devido ao clima, favorável à exploração da cana. Foram criadas vilas e os índios tabajaras foram pacificados. Havia também abundância do pau-brasil.
	
	Com o fracasso advindo das capitanias, foi criado o sistema de governos-gerais, a fim de administrar as capitanias. O novo sistema foi criado pelo Regimento, documento que fortalecia os meios de colonização e reafirmava a autoridade da Coroa.
	
	O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza (1549-1553). Cabia a ele criar a capital(Salvador), fazer alianças com os índios, fundar vilas, defender o território, explorar o Brasil, conceder sesmarias. Com ele chegaram os primeiros jesuítas(difundiam a fé e “ocidentalizavam os índios”). Havia o provedor-mor: encarregado das finanças e tributação, capitão-mor: defesa do território, ouvidor-mor: aplicação da justiça.
	
	O segundo foi Duarte da Costa(1549-1553). Seu governo foi turbulento, marcado por uma invasão francesa no RJ. Os calvinistas franceses fundaram a França Antártica. Com uma aliança com os índios tamoios, Villegaignon conseguiu várias vitórias sobre os portugueses. Além disso houve conflitos eclesiásticos com a ordem pública.
	
	O terceiro governador foi Mem de Sá (1558-1572). Ele reduziu os conflitos entre jesuítas e colonos, favoreceu a integração do índio e manteve boa relação com a Igreja. Mem de Sá expulsou o franceses, com a ajuda de jesuítas ao convencer os tamoios em deixar a aliança com o franceses e com um exército, vindo de Portugal, comandado por Estácio de Sá. Ao fim do seu governo, o Brasil foi dividido em dois: um com sede em Salvador(capital do Norte) e o outro com sede no Rio de Janeiro(capital do governo do Sul).
	Existia também as câmaras municipais, órgãos menores que cuidavam da administração das vilas. Os vereadores eram chamados de “homens-bons” e cuidavam de problemas políticos, administrativos, judiciais e fiscais. Eles eram da elite e tinham que ser “puros de sangue”, ou seja não podiam ser descendentes de negros, judeus, ou mouros (árabes da península ibérica).

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