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Resumo 2° PP GEOGRAFIA

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Resumo de Geografia
2ª PP – 3º Ano Capítulos 22, 23 e 24
3041 Lucas Carvalho
O crescimento populacional brasileiro
Até 1872 não havia meios de eficazes para o levantamento populacional, sendo o primeiro recenseamento feito nesse ano, através de observações de viajantes e registos de batizados existentes nas paróquias. A partir de 1889 foi implantado o regime de registro civil obrigatório e a partir daí, nascimentos e óbitos passaram a ser registrados em cartórios.
Em 1550 a população brasileira era de 15 mil pessoas – excluindo os índios. Em 1872 a população era de 9.930.478, sendo assim, após de 322 a população brasileira atingiu um total de quase 10 milhões de habitantes, crescendo aproximadamente em 31 mil habitantes por ano. A partir deste primeiro recenseamento, os censos demográficos tornaram-se periódicos fornecendo informações necessárias para os estudos e planejamento de questões sociais e econômicas, como necessidade de vagas escolares, empregos, assistência médica, hospitais, transportes, etc.
A aceleração do crescimento demográfico de 1940 a 1960
A aceleração demográfica durante esse período não ocorreu exclusivamente no Brasil, mas em todos os chamados “países subdesenvolvidos”. A explosão demográfica, como ficou conhecida iniciou-se nas décadas de 1940 e 1950.
Foram necessários milênios, desde o aparecimento do homem na Terra até 1900, para que a população mundial atingisse 1,6 milhões de habitantes. Depois disso, em 50 anos, a população cresceu em 900 milhões de habitantes, ou seja, 56% de crescimento. Crescendo ainda nos 20 anos seguintes em 1,2 bilhões de habitantes (50%) e, entre 1950 e 2001, cresceu de 2,5 bilhões de habitantes para 6,2 bilhões, ou seja, 148%, o que nunca havia acontecido antes na história.
Tal crescimento foi explicado pela crescente taxa de natalidade, que se observava principalmente em países subdesenvolvidos, e na redução das taxas de mortalidade no mundo, sendo esta explicada pela revolução da tecnologia bioquímica, ou seja, pelo progresso da medicina no campo da terapêutica e pela melhoria das condições sanitárias no Brasil e no mundo.
Para entendermos o caso do Brasil precisamos observar as taxas de natalidade e mortalidade e o comportamento do crescimento natural ou vegetativo da população brasileira, sendo este a diferença entre a taxa de natalidade e a de mortalidade em determinado período. No período entre 1940 e 1960 as taxas de natalidade brasileiras continuaram bem elevadas enquanto as taxas de mortalidade declinavam. Tal fato explica o grande crescimento populacional desse período. Outros fatores que explicam a explosão demográfica são a elevada taxa de fecundidade (relação entre a quantidade de crianças com menos de 5 anos e a quantidade de mulheres em idade produtiva, entre 15 e 49 anos), que no Brasil estava em torno de 6, enquanto nos países desenvolvidos era de aproximadamente 2,5, e os casamentos precoces (muito comuns em países subdesenvolvidos) que contribuem para o crescimento populacional, pois com estes as mulheres mais novas também tinham filhos, ainda mais naquela época na qual o uso dos contraceptivos não eram disseminados.
A grande diferença entre as taxas de fecundidade e natalidade dos países desenvolvidos para os subdesenvolvidos se dá porque nos países desenvolvidos há um alto nível educacional e grande parte das mulheres encontra-se no mercado de trabalho, enquanto nos subdesenvolvidos ainda há uma mentalidade de grande parte da população de que o papel da mulher é de procriar, criar filhos e se dedicar aos afazeres domésticos.
A desaceleração demográfica e a transição demográfica a partir de 1960
O conceito de transição demográfica surgiu em 1934 com um francês chamado Adolphe Landry, que o chamava de revolução demográfica, recebendo o nome atual posteriormente nos EUA.
Política demográfica brasileira
Inicialmente o Brasil adotou uma política natalista ou populacionista, esta política era defendida, pois, segundo o governo, era necessário povoar o território tanto por motivos de segurança nacional quanto pela necessidade de aproveitar os recursos minerais. 
Apesar desta politica, desde 1965 atuava no Brasil a Sociedade Brasileira de Bem-Estar da Família (Bemfam) que, subsidiada pelo Banco Mundial e pelas fundações Ford e Rockefeller, objetivava o controle do crescimento populacional, visto que os dirigentes e a classe dominante dos países industrializados temiam que, com uma explosão demográfica, o aumento da pobreza no terceiro mundo viesse atingir os países desenvolvidos. Nessa época começaram a surgir as políticas demográficas antinatalistas, como o neomalthusianismo, que dizia que o crescimento populacional embarreirava o crescimento econômico e propunha o controle da natalidade.
Após 1973 o governo teve uma mudança de postura que, devido ao fim do milagre econômico e ao esgotamento do modelo de desenvolvimento dependente, associado e excludente (dependente do capital estrangeiro e associado a este, excludente por não atender as necessidades da população como um todo e sim da alta burguesia), passou a ser antinatalista, porém disfarçado como política de “planejamento familiar”. A partir daí a Bemfam atuou com liberdade no Brasil, distribuindo anticoncepcionais, promovendo esterilização de mulheres e difundindo o uso do DIU. 
A Imigração para o Brasil
Nas Américas, o Brasil encontra-se em 4º lugar em números de imigrantes entre 1800 e 1955, ficando atrás dos EUA, Argentina e Canadá.
Os imigrantes começaram a chegar no Brasil com a abertura dos portos as nações amigas, feita por D. João, o que inaugurou o primeiro período de imigração para o Brasil (1808-1850). 
Com a abertura dos portos, D. João decretou também que estrangeiros também poderiam ser proprietários de terra, o que estimulou a imigração para o Brasil, que era muito pequena, devido a facilidade de obtenção de escravos, que trazia temor no imigrante de tornar-se escravo, a instabilidade política e a Guerra dos Farrapos, que durou 10 anos.
Os principais imigrantes nesse período foram açorianos, suíços, alemães e prussianos. 
Em 1950 com a promulgação da lei Eusébio de Queiroz, foi inaugurado uma nova fase de imigração entre 1850 e 1930.
Este período foi a de maior entrada de imigrantes no Brasil, dentre os fatores influenciaram nesta entrada de imigrantes estão: 
A necessidade de muita mão de obra devido a proibição do tráfico de escravos e ao desenvolvimento da cafeicultura;
Os fazendeiros de café se dispuseram a cobrir as despesas do imigrante durante o primeiro ano de trabalho e a permitir a este cultivar produtos para o sustento familiar, fornecendo um pedaço de terra em sua propriedade;
O governo custeou o transporte dos imigrantes até 1889;
A abolição da escravidão em 1888;
A unificação da Itália que desarticulou as industrias manufatureiras do sul do território devido a concorrência do norte e, com isso, gerou muito desemprego tanto na indústria quanto nos setores agrícolas. Tais fatores fizeram com que o imigrante italiano fosse o que mais entrou no país a partir de 1878.
Porém, além desses fatores, houve fatores desfavoráveis como:
A não abolição da escravidão antes de 1888;
A obrigação do imigrante de pagar sua viagem com trabalho nos cafezais, só ficando livre após saldar sua dívida, o que ocorreu até 1870;
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918);
A Crise de 29.
Os principais imigrantes deste período foram italianos, alemães, espanhóis, sírio-libaneses, poloneses, ucranianos e japoneses.
A partir de 1930 houve uma grande queda no fluxo migratório no Brasil, excetuando-se as décadas de 1950 e 1970. No início década de 1950, diversos europeus, buscando alternativas de vida, por conta das dificuldades da Europa no pós-guerra, vieram para o Brasil e em meados dessa década a industrialização juscelinista atraiu grande quantidade de estrangeiros.
Na década de 1970 o chamado “milagre econômico brasileiro” atraiu muitos imigrantes, fazendo com que esta década superasse a de 1950, além da grande quantidade de argentinos, chilenose uruguaios que, devido as dificuldades econômicas e políticas dos seus países, vieram para o Brasil.
Porém este período de 1930 até os dias atuais foi marcado por acontecimentos que frearam a vinda de imigrantes como:
As revoluções de 1930 e 1932, que deram fim a república velha e resultaram em grande instabilidade política e econômica no Brasil;
A Lei Cotas da Imigração que, promulgada na constituição de 1934, estabelecia que só poderiam entrar no Brasil em cada ano 2% dos imigrantes que entraram nos últimos 50 anos segundo suas nacionalidades, ou seja, se nos últimos 50 anos entraram 100 mil italianos, por exemplo, só poderiam entrar este ano 2 mil;
A obrigação de 80% dos imigrantes serem agricultores;
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945);
O desenvolvimento econômico europeu que, com a criação do Mercado Comum Europeu (MCE), reorientou os fluxos migratórios, ou seja os imigrantes que anteriormente vinham para o Brasil passaram a ir para outros países da própria Europa, devido as facilidades para entrar em países do MCE e as facilidades econômicas;
O golpe de 1964, que gerou tensões internas no Brasil;
O endividamento externo do Brasil que, com o fim do milagre econômico, começou a gerar desemprego, inflação e diminuição de ritmo das atividades econômicas.
Emigração de brasileiros
Devido aos problemas econômicos gerados pela crise de 1980 como o desemprego, a inflação e o baixo crescimento do PIB brasileiro, diversos brasileiros deixaram o país. Dentre estes se destacam os descendentes de japoneses, que foram para o Japão em busca de melhores salários e muitos com objetivo de fazer uma poupança e retornar ao Brasil para abrir negócio próprio. O país mais procurado pelos brasileiros nas décadas de 1980 e 1990 foram os EUA que hoje abriga mais de 330 mil brasileiros, principalmente em Miami, Nova York e Boston.
Muitos brasileiros sem-terra e agricultores posseiros foram para o Paraguai devido a autorização do loteamento de glebas (lotes de terra próprios para cultura) próximas a fronteira com o Brasil, permitindo o fácil acesso de brasileiros a elas. Isto atraiu cerca de 500 mil brasileiros nos últimos anos, principalmente no Paraná e Santa Catarina, pois o preço da terra paraguaia é muito inferior a do Brasil. Porém muitos tiveram problemas ao chegar ao Paraguai, pois muitas vezes ocorria a venda de um mesmo terreno para mais de um proprietário tanto por parte do órgão público responsável pelos assentamentos quanto de empresas particulares de colonização, ambos buscando lucros ilegais, o que gerou conflitos e, assim, muitos brasiguaios (como eram chamados) tiveram de voltar para o Brasil. Apesar de não ter beneficiado muito os pequenos agricultores, a expansão da fronteira agrícola favoreceu muito os grandes produtores e empresas madeireiras.
Além dos brasiguaios, diversos pecuaristas e agricultores gaúchos foram para os pampas uruguaios, devido ao preço mais baixo das terras e a implantação do Mercosul, havendo hoje mais de 3 mil brasileiros no Uruguai que controlam mais de 500 mil cabeças de gado e são responsáveis por 60% do arroz produzido lá.
Existem também diversos de fazendeiros de soja que vão para Bolívia, principalmente para cidade de Santa Cruz de la Sierra, devido as terras férteis e a facilidade de aquisição de terras concedida pelo governo boliviano.
Outros locais que são destinos constantes da emigração de brasileiros são a Europa, com mais de 150 mil, Austrália, com mais de 6 mil, Canadá, 7 mil e, na Argentina, mais de 30 mil pessoas.
O grande fluxo emigratório que passou a ocorrer no Brasil se deve a precária condição de trabalho inclusive para cientistas, professores, e pesquisadores, que com falta de verba para pesquisa, compra de material e instrumentos, vão para outros países num fenômeno chamado fuga de cérebros.
Contribuição da imigração para o crescimento populacional Brasileiro
Antes de 1940 a participação de imigrantes no crescimento populacional foi expressiva, porém após 1940 essa importância diminuiu e o crescimento da população se deu pelo próprio crescimento vegetativo.
A População Brasileira: estrutura etária e por sexos
A importância de conhecer os dados populacionais, destacando-se o sexo e a idade, é grande, pois possibilita um planejamento socioeconômico de um país. 
Com o conhecimento da estrutura etária fica-se sabendo a necessidade de criação de empregos devido a entrada de mais jovens no mercado de trabalho, a quantidade de vagas escolares necessárias nos diversos níveis escolares, a quantidade de leitos hospitalares, habitações necessárias, redes de água, esgoto, lixo, transporte e diversos outros que se é possível saber ao conhecer a estrutura etária da população.
Por isso é necessário colher os dados populacionais para qualquer planejamento do espaço geográfico.
A Pirâmide etária brasileira tem sido transformada com o decorrer do tempo. Tais transformações são decorrentes de alterações nas dinâmicas geográficas brasileiras, dentre elas estão: a diminuição das taxas de mortalidade, natalidade e fecundidade, e o aumento da população idosa. 
Ver esquema da página 290 do livro. 
Segundo o IBGE o senso 2010 do IBGE a pirâmide etária do Brasil encontra-se em estágio avançado de transição demográfica, podendo nos próximos anos atingir a configuração de um país desenvolvido, entrando no estágio de transição demográfica concluído.
A estrutura da população segundo as atividades econômicas e setores de produção
Os setores econômicos ou setores de produção são divididos em setor primário, secundário e terciário.
O setor primário inclui a agricultura, pecuária, a caça, a pesca e as explorações florestais.
O secundário inclui as atividades industriais e a extração mineral.
O terciário inclui atividades relacionadas a prestação de serviços, como bancos, hospitais, saúde, educação, comércio, etc.
Através da distribuição da população por atividades econômicas, pode-se estudar a distribuição da população economicamente ativa, que é importante por fornecer informações para avaliação da economia do país e suas transformações no decorrer do tempo, sendo este estudo necessário para planejamento econômico social.
As pessoas que trabalham em atividades remuneradas, tanto as que têm um trabalho efetivamente quanto as que não tem um trabalho, mas tomam alguma providência e se ocupam no setor informal ou procuram empregos, são consideradas população economicamente ativa(PEA), enquanto as pessoas que não trabalham e não estão empenhadas na busca de um emprego (aposentados, estudantes que não trabalham, crianças, donas de casa, pessoas impossibilitadas, etc.) são denominadas população não-economicamente ativa.
Com as transformações econômicas há uma alteração da distribuição da PEA pelos setores primário, secundário e terciário. Dentre os fatores que causam alterações na distribuição da população pelos setores de produção destaca-se a industrialização, urbanização e modernização do setor primário, como a mecanização da agricultura e as mudanças nas relações de trabalho no campo.
Além disso, outro fator que estimula as migrações do campo para a cidade, provocando assim a saída de trabalhadores do setor primário e ingresso deste nos setores terciário e secundário, é a estrutura fundiária no Brasil que privilegia os grandes produtores, dificultando o acesso a terra e acentuando a concentração de terras. Este fator, em conjunto com a industrialização, desencadeou uma grande mudança na sociedade brasileira, trazendo diversos trabalhadores para os setores secundário e terciário, pois enquanto o trabalhador encontrava grandes dificuldades no setor primário, como o acesso a terra, a indústria abria muitas fontes de emprego estimulando assim o êxodo rural.
As sociedades desenvolvidas possuem pequena quantidade de trabalhadores no campo, devido ao emprego de tecnologias que diminuem a necessidade do serviço humano, enquanto os países subdesenvolvidos agrários possuem muitos trabalhadores no campo, devido a baixa produtividade por trabalhador que faz necessáriogrande quantidade de mão de obra no campo.
Nos países subdesenvolvidos industrializados, como o Brasil, vem ocorrendo um processo de terceirização da população que é o aumento de grande quantidade de pessoas no setor terciário. Isto ocorre devido a falta de empregos, gerando uma hipertrofia do setor terciário, com grande quantidade de trabalhadores informais como camelôs, flanelinhas, vendedor de bala no sinal, etc.
O comportamento da distribuição da PEA nos países subdesenvolvidos industrializados, como o Brasil, é diferenciado dos subdesenvolvidos agrários e dos desenvolvidos, pois, apesar de não concentrar a maior parte da população no setor primário, como os subdesenvolvidos agrários; também não apresenta as tecnologias agrícolas dos desenvolvidos, mantendo uma parcela da população maior do que os desenvolvidos no setor primário.
Além da saída da população do setor primário pelos motivos já vistos aqui (difícil aceso a terra, mecanização da agricultura, etc.), a partir de 1980 também houve uma queda no numero de pessoas empregadas na indústria, devido à automação do trabalho na indústria e a crise neste setor ocorrida na década de 1980 no Brasil. Por isto acredita-se que a agropecuária é uma saída para o problema de desemprego e subemprego, e para a crise social que vive o país.
A Geografia de Gênero e o feminismo
A mulher sempre sofreu preconceitos, restrições e discriminações e sempre foi vista como um ser inferior ao homem e, mesmo nas sociedades atuais, a discriminação feminina ainda é comum. Porém, foi iniciado um movimento que mobiliza mulheres para vencer esses preconceitos e discriminações, tais movimentos, denominados feministas, questionam o papel tradicional das mulheres na sociedade, a discriminação profissional destas, as violências que sofrem e estão sujeitas a sofrer, reivindicando maior participação feminina em sindicatos, processos políticos e entidades patronais. 
Com isto, a geografia de gênero vem ganhando espaço nas discussões geográficas. Esta leva em consideração o papel que a mulher exerce no processo de organização do espaço geográfico. As mulheres argumentam que os processos geográficos sempre foram conduzidos pelos homens, ignorando assim a presença da mulher como agente social, econômico, político, cultural e de transformação do espaço geográfico.
Os movimentos feministas podem ser de vários tipos: desde mais radicais, contrários a figura masculina; até alguns mais brandos, propondo uma aliança política entre homens e mulheres, afim de obter a igualdade entre os gêneros.
Com estes movimentos as mulheres tiveram algumas conquistas nos últimos anos. No Brasil, por exemplo, as mulheres conquistaram o direito de voto desde 1932, após uma luta de aproximadamente 22 por este direito. Além disso as mulheres participaram das lutas pela redemocratização do Brasil, durante o governo militar, e, na década de 1980. Organizaram várias ONGs feministas, que passaram a ter importante participação nos âmbitos social e político do país. Com isto em 1985 foi criado o Conselho Nacional de Condição Feminina, que representava os interesses femininos junto com o Ministério da justiça.
Com as conquistas das mulheres, estas passaram compor ainda mais a PEA, a partir de 1960, o que vem se acentuando cada vez mais, devido também à necessidade das mulheres trabalharem fora de casa para ajudar no orçamento doméstico. Além disso com o passar dos anos também tem crescido o numero de mulheres chefes de famílias, que vivem sozinhas com seus filhos e são responsáveis por sustentar seu lar.
A distribuição espacial da população
Em geral, as condições naturais do território (relevo, clima, etc.) influenciam na distribuição da população pelo estado, porém com o desenvolvimento de forças produtivas por essa população, a influencia dos fatores naturais tendem a diminuir, ou seja, a distribuição espacial é ditada pelo relevo, clima e recursos naturais das regiões do território, porém com o desenvolvimento de indústrias e outros setores de produção esta tendência é desarticulada.
Além desses fatores naturais, a ocupação territorial também é influenciada por fatores históricos, como por exemplo as imigrações para o brasil, os movimentos migratórios internos e a marcha de povoamento do território brasileiro, que influíram na ocupação do espaço geográfico brasileiro.
Distribuição espacial da população brasileira
O Brasil é um país populoso, porém pouco povoado em comparação a outros países. Em 2000, o Brasil possuía a média de 19,94 habitantes por km². Porém este número, como foi citado, é apenas uma média, havendo, portanto, áreas mais densamente povoadas e áreas menos povoadas, o que nos leva a perceber que a densidade demográfica, para ser mais bem estudada, deve ser verificada por regiões, sub-regiões, áreas, lugares, ou até mesmo por área de terra cultivada, levando em consideração as condições naturais.
O Brasil possui uma desigual distribuição espacial da população, decorrente de fatores histórico-econômicos, porém, além destes, também houve influencias da natureza na distribuição, devido ao peso que os fatores naturais tiveram na ocupação e produção do espaço geográfico brasileiro historicamente.
A maior concentração populacional brasileira encontra-se no litoral do território, este abrigando todas as metrópoles do Brasil, com exceção de Belo Horizonte, sendo esta população ainda mais concentrada nas regiões Sudeste e Nordeste. As maiores densidades demográficas do país ocorrem nas áreas metropolitanas, nas capitais dos estados e na zona cacaueira ao sul da Bahia (Ilhéus, Itabuna, Ipiau) com uma média de 100 hab/km², sendo estas seguidas pelos municípios nas imediações destes locais com uma média entre 25,01 e 100 hab/km².
O estado de São Paulo é o estado que possui maior extensão territorial contínua de densidades demográficas acima de 100 hab/km². Tal concentração demográfica segue os eixos rodoviários das vias Anhanguera, Washington Luís, Castelo Branco e Raposo Tavares. Isto ocorre, pois após o papel povoador das ferrovias, foram as rodovias que completaram a organização do espaço geográfico brasileiro.
Fora do litoral brasileiro as densidades demográficas vão declinando quanto mais ao interior do país, ocorrendo algumas exceções como algumas regiões do Mato Grosso do Sul e seus municípios vizinhos; a região ao redor da cidade de Cuiabá, capital do Mato Grosso; Brasília e suas cidades satélites, além da cidade de Goiânia e as cidades vizinhas, em Goiás; as cidades do vale médio do rio Paraíba, como Teresina, São Luís e trechos dos vales dos rios Gurupi, Mearim e Grajaú, no Piauí e Maranhão; algumas cidades do Pará como Belém, Abaetetuba, Bragança e Castanhal; e as cidades de Manaus e Macapá, além de áreas circunvizinhas, nos estados do Amazonas e do Amapá respectivamente.
Dentre os motivos da não ocupação territorial do interior podemos citar: 
A floresta Amazônica e os trechos de serrado de Tocantins Mato Grosso do Sul e Mato Grosso; 
O extrativismo vegetal Amazônico e a pecuária implantada às custas do sacrifício da floresta são atividades que precisam de pouca mão de obra;
A ausência de estímulos governamentais, antes de 1960, e a falta de infraestrutura de transportes e comunicações.
Com esses fatores, o interior brasileiro, principalmente a região amazônica, não acompanhou o desenvolvimento nacional, mesmo que articulada a outras regiões, como vendedora de matérias primas. Contudo, mais recentemente foi criada a Zona Franca de Manaus e com a intensa atividade mineradora foi iniciado um processo de povoamento um pouco maior dessa região.
O fato de o Brasil estar inserido no capitalismo mundial como um país “periférico” e dependente fez com que a ocupação do espaço geográfico brasileiro fosse guiada por interesses estrangeiros. Por isso a população seguiu ritmos de formação de áreas de atração e repulsão, segundo as necessidades do mercado externo quanto aos produtos aqui produzidos.
A população absoluta e as densidades demográficas segundo as grandes reuniões
A ocupaçãodiferente do Brasil é percebida ao se reparar as diferenças entre a Região Sudeste que, apesar de ter 10,8% da área do território brasileiro, abriga 42,6% da população do Brasil, enquanto as regiões Norte e Centro-Oeste que, apesar de terem 64,1% da área do território brasileiro, abrigam apenas 14,4% da população total do Brasil.
Apesar do Norte e Centro-Oeste serem pouco povoadas, houve um aumento da população destes locais que passaram de 11% para 14,4%. Isto ocorreu devido à expansão da fronteira agro pecuária, a garimpagem e a mineração nas décadas de 1970 e 1980, que acentuaram o fluxo migratório para estas regiões, além do declínio do crescimento vegetativo do Sudeste e da inversão do fluxo migratório, com o Sudeste fornecendo migrantes para outras regiões. 
Apesar disso o Nordeste ainda continua como fator de repulsão da população, devido as estruturas sociais ultrapassadas, representadas por oligarquias regionais, como o coronelismo, remetendo às estruturas da era da cana-de-açúcar.
Mobilidade Espacial da população Brasileira
Os tipos de migrações podem ser permanentes, temporárias, voluntárias, involuntárias, externas (emigração e imigração), internas, pendulares e de transumância.
 Migrações internas
Podem ser inter-regionais, ou seja, entre regiões; intra-regionais, ou seja, dentro de uma mesma região; pendulares, deslocamentos diários de pessoas para irem trabalhar em áreas industriais ou para estudar; e de transumância, deslocamento temporário de pessoas para sobreviver em outra região com posterior retorno a suas terras. 
Alguns casos de transumância que ocorrem no Brasil são: o caso dos trabalhadores que cortam cana-de-açúcar na Zona da Mata, retornando para suas casas após o período da colheita, podendo assim se dedicar a agricultura familiar quando não estão trabalhando; o caso dos trabalhadores que trabalham na colheita de algodão e, por isso, saem de São Paulo em direção ao estado do Paraná, na época da colheita do algodão (entre fevereiro e maio), retornando a São Paulo para a colheita de cana-de-açúcar (entre Maio e Junho); o caso de trabalhadores rurais da Bahia, de Minas Gerais, do Piauí, e do Maranhão, que vão para o estado de São Paulo para o corte da cana de açúcar e são, na maioria das vezes, submetidos a péssimas condições de higiene e moradia.
Tipos de migração temporária, segundo o sociólogo José Souza:
Migração do campo para a cidade para os setores da indústria, da construção civil ou setor terciário. Exemplos: migrações da Bahia, outros estados do Nordeste, e de Minas Gerais em direção ao Sudeste;
Indígenas aculturados, que vão para as cidades para trabalhar e ganhar dinheiro e ajudar na sobrevivência da tribo;
Filhos de pequenos proprietários que saem principalmente do Maranhão e de Goiás e de estados do Nordeste, servindo como peões na derrubada da mata para formar pastagens e fazendas na Amazônia. Isto dá origem, muitas vezes, à chamada peonagens, na qual o trabalhador fica preso ao dono da terra sob a forma de escravidão por dívida;
Trabalhadores que se deslocam para construção de usinas hidrelétricas e outras construções;
Trabalhadores que entre os períodos de safra se deslocam para lugares garimpeiros.
Além dos casos de transumância ocorre também no Brasil movimentos pendulares, que ocorre com trabalhadores urbanos que moram em zonas mais rurais, deslocando-se normalmente através de trens urbanos, que os deixam nos centros urbanos nas grandes metrópoles brasileiras.
Muitas vezes ocorre do migrante temporário não retornar ao local de origem devido a oportunidades que lhe surgem e que o fazem a se fixar nos locais de trabalho, passando essa migração a ser definitiva.
Êxodo Rural
 O êxodo rural é o mais importante movimento migratório do Brasil, desde a segunda metade do século XX.
A partir de 1940 a população rural começou a declinar e a urbana a aumentar, ultrapassando, esta, a rural em 1970. Desde 2001, a região sudeste se destaca por maior percentual da população vivendo em cidades urbanas, sendo Seguida pelo Centro-Oeste e Sul, enquanto o Norte e o Nordeste são as regiões que encontram, ainda, maior percentual da população vivendo nos campos.
Entre 1940 e 1970, o Brasil foi transformado em um país urbano, tendo o crescimento das cidades acentuado ainda mais após esta época, chegando, em 2001, à relação de, em 100, pessoas 83 na cidade e 17 no campo.
 Esta transformação acentua-se mais ainda na região sudeste, que, desde a década de 1950, passa por um processo de metropolização e urbanização. Isto se dá, em parte devido à industrialização que ocorreu no sudeste que estimulou o crescimento urbano da população, mas também por ouros fatores como o crescimento natural da população urbana; o Estatuto do Trabalhador Rural de 1964, que provocou grande êxodo rural; a absorção das pequenas e médias propriedades pelos grandes proprietários; a esperança de melhores condições de vida; a difusão da vida urbana com o início da era televisiva; os problemas da estrutura agrária (latifúndios improdutivos, enquanto minifúndios não eram suficientes para agricultura familiar); o avenço da modernização do país na cidade e no campo, substituindo a agricultura alimentar em larga proporção, pela agricultura comercial de exportação.
Migrações Inter e Intra-regionais atualmente no Brasil
Antes de 1940 a população do Brasil se concentrava basicamente no litoral e tinha economia basicamente voltada para o exterior, ficando submetido ao capital estrangeiro. Enquanto isso as densidades demográficas do Norte e do Centro Oeste eram de 0,41 e 0,67 respectivamente, representando apenas 6,5% da população. Em 2001 a densidade demográfica dessas regiões chegou a 14,4% com as densidades demográficas de 3,35 e 7,24 hab/km².
De 1940 a 1950
A partir de 1940 iniciou uma marcha para o centro-oeste, cujas principais regiões fornecedoras de migrantes foram o Sudeste (44% dos migrantes) e o Nordeste (48%), contribuindo assim com 92,6% dos migrantes totais, na década de 1940.
Dos migrantes do sudeste, a maior parte veio do Espirito Santo e Minas Gerais e pequena quantidade de São Paulo. Foram para o Centro-Oeste em busca de terras para a agricultura, pois nessa época o governo federal formou duas colônias agrícolas na região: a Colônia Agrícola Nacional de Goiás, no município de Ceres, e a de Dourados, no Mato Grosso do Sul, na época Mato Grosso. Já os imigrantes do Nordeste foram atraídos pelas descobertas de diamante e cristal de rocha na região do alto Araguaia, do rio das Garças e do Rio Formoso, pertencentes a bacia do Araguaia, além de terem sido atraído pelos babaçuais do vale do Rio Tocantins, ao norte do então Estado de Goiás, pois a coleta do coco de babaçu e a venda de suas sementes para usinas retirarem o óleo era uma boa opção de fonte de renda.
Além da marcha para o Centro-Oeste, nessa época também houve uma migração interna para o norte do Paraná, devido a uma grande área de terras férteis colocadas a venda por uma companhia inglesa. Tal migração foi fundamental para a criação de municípios importantes como Londrina, Maringá, Paranavaí, Arapongas, Apucarana, Rolândia, Colorado e outros.
De 1950 a 1960
Nessa época houve um grande fluxo de migração vindo do Nordeste para várias regiões do Brasil. Dentre estas regiões estão o estado do Maranhão, que atraiu pessoas pela possibilidade de coleta de coco de babaçu e pela cultura de arroz; para o Mato Grosso, que atraiu pessoas pela garimpagem; para Rondônia, no final da década de 1950 (se intensificando na década de 1960), com atração devido à extração de cassiterita; para o norte do Paraná, devido à expansão da cafeicultura que necessitava de mão de obra, além do deslocamento de gaúchos para o Paraná atrás de novas terras para agricultura. Porém os maiores fluxos migratórios foram para o Sudeste, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, e Goiás.
Para o Sudeste, a migração ocorreu devido à industrialização, que atraiu inclusive muitos estrangeiros, enquanto para Goiás, o grande motivo da migração foi a construçãode Brasília. Esta migração influiu consideravelmente no aumento da população do Centro Oeste.
Dentre os migrantes, destaca-se grande quantidade de nordestinos que migraram para o sudeste, nos chamados “paus-de-arara” (caminhões desprovidos de conforto com bancos improvisados e cobertos com uma lona), em busca de uma vida melhor, fugindo dos problemas de concentração fundiária e do coronelismo existentes no nordeste. 
Devido a chegada desses imigrantes, a quantidade de indústrias em São Paulo e no Rio de Janeiro começou a multiplicar, pois a grande quantidade de mão de obra a tornava barata. O grande fluxo migratório para estes locais causou um crescimento urbano acelerado, o que provocou a formação de periferias, ou seja, conglomerados urbanos um pouco distante dos centros urbanos. Com o crescimento dessas periferias começou a ocorrer o fenômeno da conurbação, ou seja, a integração física entre duas ou mais cidades, que formou áreas metropolitanas.
Em São Paulo, o crescimento populacional devido à migração nas décadas de 1950 e 1960 superou o crescimento vegetativo. Dentre os fatores que favoreceu tal quantitativo de migração está a política rodoviarista adotada no início da década de 1950.
De 1960 a 1970 
Com o governo militar iniciou-se uma política de integração da Amazônia ao território nacional. A partir de 1964, no governo de Castelo Branco, foi iniciada a Operação Amazônia, que reunia grupos empresariais nacionais e estrangeiros para discutir a Amazônia e seu aproveitamento econômico. A partir daí começou a serem implantados projetos agropecuários na região através de incentivos fiscais.
A ocupação da Amazônia acabou favorecendo as grandes propriedades e, assim como no nordeste, ignorou o homem sem terra e os pequenos proprietários, acabando que muitas vezes o próprio Estado gerenciou a apropriação e desapropriação de terras indígenas, de posseiros e de pequenos proprietários a fim de beneficiar os grandes produtores.
Dentre as características do período estão:
A continuação do Nordeste como a maior zona de repulsão, apesar de algumas poucas iniciativas do governo com alguns projetos de irrigação no semiárido e incentivo de implantação de indústrias;
A intensificação das migrações, principalmente do nordeste, em direção da Amazônia, chegando ao centro-sul do Pará e inclusive ao meio-norte do vale médio do rio Amazonas, onde hoje é Manaus;
Novas áreas de repulsão como São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
As migrações para Manaus ocorreram devido à criação da Zona Franca de Manaus, que transformou Manaus em um porto livre e atraiu grande contingente populacional. Com isso houve grande crescimento populacional na Região Norte neste período, este ficando atrás apenas da Região Centro Oeste. Nesta os processos de migração se intensificaram devido a grande concentração de terras nos estados do Sul e em São Paulo, por isso, muitos destes estados saíram deles em busca de terras para trabalhar. Por isso, foi nesta época que ocorreu o maior crescimento da região Centro Oeste e também o maior das grandes regiões do Brasil.
De 1970 a 1990
Com o projeto de ocupação amazônica dos governos militares, em 1970 foi aprovado o Projeto de Integração Nacional (PIN), este destacava a necessidade da construção das rodovias Transamazônica e a Cuiabá-Santarém, estabelecendo ainda um projeto de colonização ao longo dessas rodovias, onde seriam fixados os migrantes. 
A rodovia Transamazônica visava desviar o eixo de saída do nordeste para o Sudeste e direcionar esses migrantes para o Norte, a fim de ocupara a região Norte e “desafogar” a região Sudeste. Já a rodovia Cuiabá-Santarém, visava criar um eixo em direção ao Norte do Mato Grosso do Sul e ao Sul do Pará, facilitando os imigrantes do Sul, Sudeste e Nordeste. Tais obras foram feitas sem considerar os impactos ambientais e sociais, o que gerou grande destruição e trouxe impactos principalmente para os indígenas.
Durante este período o governo estimulou e orientou as migrações em direção a Amazônia, porém durante este mesmo período houve grande apropriação privada de terras na região e, por isso, os migrantes não tinham acesso a terra o que gerou um problema, pois o governo mobilizou a população em direção ao norte sem, porém, ter condições de mantê-los lá.
Migrações para Rondônia e Roraima
Causas
	Rondônia
	Roraima
	Programa Polonoroeste: projetos de colonização, possibilitando ao trabalhador rural tornar-se dono de terra, e asfaltamento da Rodovia Cuiabá-Porto Velho (tudo financiado pelo governo federal e Banco Mundial);
Programa Integrado de Colonização (PIC): organização de assentamentos, com assistência financeira e técnica aos assentados;
Projeto de Assentamento: realizar a demarcação e titulação dos lotes ocupados;
Construção da BR-384 e seu devido asfaltamento em 1984, esta, posteriormente.
	O principal fator que impulsionou as migrações para Roraima foi a garimpagem, principalmente com a descoberta de ouro e diamante nas terras dos Ianomâmis no início de 1980.
A grande busca por ouro fez com que os garimpeiros muitas vezes não respeitassem a fronteira com a Venezuela, fazendo com que esses buscassem ouro no território Ianomâmi no país vizinho, o que gerou conflito tanto com venezuelanos, quanto com Ianomâmis, havendo necessidade de intervenção do exército Brasileiro situado na região. 
Quanto a ocupação de Rondônia, esta tem causado diversos impactos ambientais. O desmatamento neste estado tem sido maior que o crescimento da população, devido ao devastamento desenfreado da cobertura florestal.
Migrações da década de 1990
Características:
Menor migração em direção ao Sudeste;
Menor crescimento populacional do município de São Paulo;
Permanência da migração em direção a Amazônia;
Crescimento populacional em municípios de médios e pequenos portes.
Como causas destes fatores temos:
Quanto aos dois primeiros tópicos podemos citar a crise econômica da década de 1980 e suas consequências na década de 1990; e a desconcentração econômica, devido a migração de indústrias para outras regiões, ou para o interior dos estados;
Quanto ao terceiro tópico, ocorre devido a busca de novas fronteiras agropecuárias e a esperança de enriquecer através dos garimpos;
Quanto ao quarto tópico voltamos a citar a migração das indústrias que atraiu a população para essas novas regiões onde estas tem se instalado.
Espera-se que nos próximos anos ocorrerá uma redistribuição demográfica e geográfica, com uma grande desconcentração populacional das grandes cidades e o crescimento de pequenas e médias cidades. Isto tende a ocorrer devido a diversos fatores como o estabelecimento de indústrias nessas cidades, além de possibilidades de negócios ainda não existentes nessas cidades (lazer, centros médicos e hospitalares, faculdades, etc.), além do custo de vida mais baixo nas mesmas e uma vida menos estressante.

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