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A QUESTÃO URBANA 1º E 3º ANOS

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Urbanização, pobreza e desigualdades sociais
“A cidade é o espaço socialmente construído, em que ocorrem as trocas materiais e culturais entre as pessoas e onde mais evidentemente se expressam as diferenças sociais. A urbanização brasileira produziu um espaço caótico e, sobretudo, a destruição da condição de cidadania de muitos de seus habitantes”.
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A CIDADE E A METRÓPOLE
O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO:
Urbanização( população urbana maior que a população rural);
Crescimento urbano(melhorias sociais e econômicas que ocorrem nas cidades);
A urbanização que ocorreu no Norte(mais antiga, lenta e organizada);
A urbanização que ocorreu no Sul(mais recente, rápida e desorganizada).
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AS CAUSAS DA URBANIZAÇÃO
NO NORTE: mecanização e capitalização do campo, além de um forte crescimento urbano;
NO SUL: concentração fundiária, elevado CV após 1940, industrialização incompleta e forte pressão da mídia.
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AS CONSEQÜÊNCIAS DA URBANIZAÇÃO
NO NORTE: ocupação mais racional do espaço citadino e um crescimento urbano mais organizado, contemplando muito melhor os anseios de sua população;
NO SUL: “inchaço urbano” e inúmeros problemas socioeconômicos(habitação, saúde, segurança, educação, etc).
*
AS GRANDES CIDADES E SUA “HIERARQUISAÇÃO”
A chamada “metropolização”;
A macroencefalia urbana;
O crescimento das megacidades no Sul;
A criação do conceito de Região Metropolitana;
O movimento de retorno;
A busca pelas médias cidades;
“As cidades dentro das cidades”.
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A macroencefalia urbana;
Caracterizou-se pelo crescimento ou “inchaço” dos maiores centros urbanos, que correspondiam, em geral às capitais estaduais e/ou aos centros industriais de maior expressão, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.
AS GRANDES CIDADES E SUA “HIERARQUISAÇÃO”
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REGIÃO METROPOLITANA DE SP
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A HIERARQUIA URBANA(Cont.)
A HIERARQUIA URBANA:
Megalópole;
Metrópole global;
Metrópole nacional;
Metrópole regional;
Centro regional;
Cidade local;
Vila.
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A hierarquia urbana
“[...]A rede urbana de qualquer país conduz ainda como a forma socioespacial de realização do ciclo de exploração da grande cidade sobre o campo e centros menores”.
Roberto Lobato Corrêa. A rede urbana.p.53.
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Rede Urbana
“As cidades ao se distribuírem espacialmente formam uma rede urbana, ou seja, um conjunto de centros funcionalmente articulados, expressando a dimensão socioespacial da sociedade”.
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Metropolização
O fenômeno de metropolização - denominação dada por especialistas ao processo de concentração populacional e de poder econômico e administrativo nas metrópoles – não está limitado aos países ricos e industrializados; também ocorre em várias nações subdesenvolvidos do mundo, nas quais a maioria metrópoles mais populosas está concentrada. 
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Nível de importância de cada cidade no interior de uma rede de cidades ou rede urbana, levando-se em consideração sua população absoluta, a diversificação de suas atividades econômicas e o grau de influência que exerce sobre uma região. 
A hierarquia urbana
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A hierarquia urbana
As cidades e suas categorias dimensionais;
As cidades que possuem funções urbanas definidas;
Cidades que se diferenciam das demais pelo desenvolvimento urbano de seu setor terciário.
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O desenvolvimento urbano de seu setor terciário.
Do desenvolvimento urbano do setor terciário, destacam-se quatro tipos de atividades urbanas que comandam o espaço geográfico mundial na atualidade:
Empresas de intermediação financeira;
Empresas de publicidade e marketing;
Empresas de consultoria, de seguros e de auditoria;
Núcleos de pesquisa em ciência e tecnologia.
São essas quatro atividades que mostram a sua força na determinação das cidades globais.
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HIERAQUIA URBANA TRADICIONAL
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Metrópole global – São Paulo e Rio de Janeiro;
Metrópole nacional – Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza;
Metrópole regional – Goiânia, Belém e Manaus;
A hierarquia urbana – a cidade e suas categorias
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A hierarquia urbana – a cidade e suas categorias
Centro regional – Florianópolis, Londrina (PR), Ribeirão Preto (SP), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Vitória (ES), Aracaju (SE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Natal, Teresina, São Luís, Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Macapá (AP) e Boa Vista (RR);
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HIERARQUIA URBANA ATUAL
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MEGALÓPOLE NOS EUA
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Estados Unidos: a megalópole (Boswash) e as principais metrópoles
Megalópole que se estende desde a cidade de Boston até a cidade de Washington, nos Estados Unidos, denominada Boswash.
Nova York constitui a Metrópole central dessa imensa megalópole, que possui mais de 50 milhões de habitantes, o que representa mais de 20% da população total de habitantes do país, e se estende , em linha reta , por aproximadamente 700 quilômetros.
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MEGALÓPOLE NO JAPÃO
Além de Boswash, outras megalópoles podem ser encontradas: no Japão (Tóquio – Nagoya - OSAka
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MEGALÓPOLE NO BRASIL
No Brasil observamos a formação de uma megalópole no Vale do Paraíba, entre a Grande São Paulo e a Grande Rio. Ela se estende, também, através do eixo da Rodovia Anhanguera, de São Paulo a Limeira, abrangendo Campinas e Americana.
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MEGALÓPOLE NO BRASIL
Megalópole vem do grego mega (grande) e polis (cidade). Refere-se assim, à cidade. 
Megalópole é uma região urbana com cidades de vários tamanhos e organizadas ao redor de uma metrópole, ou seja, resultante da junção de cidades pelo fenômeno da conurbação.
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Metrópole
O termo metrópole vem do grego vem do grego metropolis, que quer dizer “cidade-mãe”. Refere-se, assim , à cidade grande, de população numerosa.
Características:
 crescimento urbano acentuado;
 áreas conurbadas;
Centro um histórico;
Existência de várias administrações político –administrativas autônomas (prefeituras)
Fluxo de circulação de veículos entre as cidades conurbadas 
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O que define uma metrópole?
O forte incremento populacional urbano fez nascer as principais metrópoles de nosso país, cidades com mais de 1 milhão de habitantes, caracterizadas pela concentração de capitais e da produção (na indústria ou nas atividades terciárias).
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Localização das Regiões Metropolitanas no Brasil
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Região metropolitana 
No Brasil, foram definidas 22 regiões metropolitanas , incluindo-se aí a Ride - Região Integrada de Desenvolvimento Brasília.
Do total de 22 regiões metropolitanas, 15 localizam-se na região geoconômica do Centro-Sul, cinco na Região Nordeste e uma na Amazônia.
Segundo o IBGE, a quantidade mínima de população para determinar as aglomerações com metropolização plena é de 800 mil habitantes em seu núcleo principal, ou seja, no município principal.
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ttp://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/sinopse/sinopse_tab_bras
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Os mapas apresentam o número de cidades médias (entre 100.000 e 500.000 habitantes) no território brasileiro em 1970 e nos dias atuais. 
A partir de 1970 aumentou o número de cidades médias, o que indica que a riqueza, antes concentrada nos grandes centros urbanos, vem sendo distribuída também nas médias aglomerações. 
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a região da Baixada Santista
A análise da imagem permite reconhecer a ocorrência do seguinte processo socioespacial comum em cidades de áreas metropolitanas: 
) conurbação  
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Região metropolitana 
É uma região estabelecida por legislação estadual, e que corresponde a um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade central , com serviços públicos e de infra-estrutura comuns, ou necessidade de seu estabelecimento, em função de um sistema de conexão existente entre as unidades que compõem.
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O processo de formação de cidades brasileiras esteve associado, entre outras situações, à existência de aldeamento indígena, estação de saúde, arraial de mineração, capela, forte,assentamento de imigrantes, rota de tropeiros ou, ainda, à construção de cidades planejadas.
II representa a formação de uma região metropolitana, a partir do fenômeno da XXXXX
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A industrialização do século XX e depois o setor de serviços explicam a urbanização do Sudeste.
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A cidade como expressão visível das desigualdades socioespaciais 
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A segregação socioespacial
“Assim, no embate entre o que é bom para o capital e o que é bom para a sociedade hoje, o urbano se produz, a cidade se estrutura e a paisagem ganha sua configuração”.
Ana Fani. Carlos, A cidade, p.71. 
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A cidade vista de dentro
 a segregação do espaço urbano;
 o avanço do “espaço de consumo” e o recuo do espaço de confraternização e de lazer”.
 o favelamento, os cortiços e a exclusão social;
 o uso do solos segundo as normas ou princípios ditados pelo capitalismo: a especulação da terra e sua formação em reserva de valor;
 
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a transformação do “verde” ou da ecologia em produto de consumo ou de uso (a ideologia do verde)
A internalização da vida urbana, ou seja, o habitante da cidade está se fechando cada vez mais em si mesma e em sua casa;
 a violência criminal;
 os problemas de circulação interna: deficiência de transportes urbanos de massa, congestionamentos de tráfego.
A cidade vista de dentro
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A cidade vista de dentro
 A cidade formal, dotada de toda a infra-estrutura, ou seja, com habitações confortáveis, redes de água e de esgoto, energia elétrica, serviço telefônico, transportes coletivos, ruas asfaltadas, coleta de lixo, postos de saúde, escolas etc.
A cidade informal, carente de todos os serviços de infra-estrutura, incapaz, portanto, de atender às necessidades mínimas de seus habitantes – constituída pela periferia, os bairros pobres, onde vive a maioria da população impossibilitada de comprar um terreno ou lote no chamado mercado imobiliário formal e que muitas vezes é vítima do mercado ilegal de terras, ou seja, dos loteamentos clandestinos.
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A cidade vista de dentro - A incorporação imobiliária e a construção civil.
A incorporação imobiliária e a construção civil.
A segregação espacial da moradia e dos serviços deriva da renda de seus moradores. 
 Frações da classe dominante controlam o mercado de terras urbanas e suburbanas. 
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A cidade vista de dentro – auto segregação e segregação imposta.
 A Auto-segregação refere-se à das classes sociais de maior renda de escolher lugares (bairros e condomínios fechados) para se estabelecerem ou morarem.
 A Segregação imposta deriva do próprio sistema de produção capitalista , que impôe valores de uso diferentes para os diversos “pedaços” território brasileiro. 
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A cidade vista de dentro – o solo urbano visto como mercadoria
 O próprio sistema capitalista transformou o lote urbano em mercadoria, em bem econômico de especulação ou em reserva de valor, como ocorre com o imóvel rural. E, como mercadoria que é o solo da cidade é disputado pelos diferentes agentes sociais econômicos urbanos. 
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As favelas e os cortiços no Brasil:
 formas de exclusão social e de sobrevivência
“ Ser pobre não é apenas não ter, mas sobretudo ser impedido de ter, o que aponta muito mais para uma questão de ser do que ter”.
Pedro Demo política, citado por Emínia Maricato, Metrópole na periferia do capitalismo: ilegalidade, desigualdade e violência, p.57.
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As favelas e os cortiços no Brasil:
 formas de exclusão social e de sobrevivência
 No Brasil, o processo de favelamento acentuou-se a partir da década de 1950, acompanhando as transformações econômicas do país, marcadas principalmente pela industrialização;
 O elevado crescimento vegetativo da população;
A crise no campo, expulsando os trabalhadores os trabalhadores e suas famílias, somada aos fatores já apontados, que contribuem para a “explosão urbana”.
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As favelas e os cortiços no Brasil:
 formas de exclusão social e de sobrevivência
Na medida em que a economia não apresenta fôlego suficiente para absorver toda a mão-de-obra disponível, ocorre um empobrecimento de grande parte da população e uma deterioração acentuada da vida urbana. 
Sem dúvida, tanto a favela como o cortiço representa a exclusão social, mas também significam a forma de sobrevivência social encontrada por milhões de brasileiros, em vista de seus baixos rendimentos.
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O Estatuto da cidade
A necessidade de uma reforma urbana, surge na década de 60 visando ao atendimento das necessidades, de seus moradores (habitação, transporte , saúde, educação, lazer etc.
O projeto só despertou mais atenção na Constituição de 1988, cuja constituição o contemplou. Portanto, sendo implementada a reforma urbana, em 1990. 
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O Estatuto da cidade
Em 2001, no Congresso Nacional, finalmente, esse projeto foi aprovado e transformado em lei, hoje conhecida como Estatuto da Cidade. 
Consta do Estatuto da Cidade a definição da função social da propriedade urbana. Aqueles lotes mantidos para fins de especulação imobiliária, ou seja, terrenos vazios ou sem edificação e que, portanto, não cumprem a sua função social, podem ser desapropriados para atender a coletividade.
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O SÍTIO URBANO
As Cidades podem ser classificadas sob diferentes aspectos como, por exemplo, quanto ao à situação, à função e à origem. Quanto ao sítio. Sítio urbano é o local (no sentido topográfico) onde a cidade nasceu, é o ‘‘assoalho’’ da cidade. Assim temos, por exemplo, cidades cujo sítio é uma acrópole ou colina (Atenas e São Paulo), uma planície (Manaus e Paris), um planalto (Brasília e Madri) ou uma montanha (Campos do Jordão e Serra Negra).
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O SÍTIO URBANO
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O SÍTIO URBANO
Quanto à situação. Situação urbana é a posição que a cidade ocupa em relação aos fatores naturais ou geográficos da sua região. A posição da cidade normalmente exerce grande influência no seu desenvolvimento. Considerando, então, esse aspecto, temos, por exemplo, cidades fluviais (Paris e Manaus), de entroncamento ferroviário (Chicago e Bauru), marítimas (Amsterdã e Rio de Janeiro) e entre o litoral e o interior de uma região (Campina Grande e Caruaru). O sítio e em especial a situação urbana (posição geográfica) têm grande importância no desenvolvimento das cidades.
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O PLANO DIRETOR
Cabe a cidade ou o município elaborar o seu plano diretor:
 Áreas comerciais, industriais e de serviços, restrições à construção de prédios altos, recursos das construções de prédios altos, recursos das construções, sistema viário, preservação ambiental, cobrança de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), segundo as áreas, tipo de utilização etc. 
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O PLANO DIRETOR
Villaça (1999), enfatiza a falta de uma conceituação amplamente aceita para o que seja plano diretor, argumentando que não existe um consenso entre os atores envolvidos na sua elaboração e utilização – engenheiros, urbanistas, empreendedores imobiliários, proprietários fundiários, etc. – quanto ao que seja exatamente esse instrumento.
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Plano diretor é o Instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a implantação da política de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos agentes públicos e privados. (ABNT, 1991)
O PLANO DIRETOR
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Seria um plano que, a partir de um diagnóstico científico da realidade física, social, econômica, política e administrativa da cidade, do município e de sua região, apresentaria um conjunto de propostas para o futuro desenvolvimento socioeconômico e futura organização espacial dos usos do solo urbano, das redes de infra-estrutura e de elementos fundamentais da estrutura urbana, para a cidade e para o município, propostas estas definidas para curto, médio e longo prazos, e aprovadas por lei municipal. (VILLAÇA, 1999, p. 238)
O que é um plano DIRETOR?
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É plano, porque estabelece os objetivos a serem atingidos, o prazo em que estes devem ser alcançados [...], asatividades a serem executadas e quem deve executá-las. É diretor, porque fixa as diretrizes do desenvolvimento urbano do Município. (SILVA, 1995, p. 124 – grifos no original)
O Plano Diretor pode ser definido como um conjunto de princípios e regras orientadoras da ação dos agentes que constroem e utilizam o espaço urbano. (BRASIL, 2002, p. 40).
O PLANO DIRETOR
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Plano diretor é um documento que sintetiza e torna explícitos os objetivos consensuados para o Município e estabelece princípios, diretrizes e normas a serem utilizadas como base para que as decisões dos atores envolvidos no processo de desenvolvimento urbano convirjam, tanto quanto possível, na direção desses objetivos. (SABOYA, 2007, p. 39)
O PLANO DIRETOR
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O PLANO DIRETOR
Dizer que o plano é um documento significa que ele deve ser explicitado, ou seja, não pode ficar implícito. Ele precisa ser formalizado e, no caso do Brasil, essa formalização inclui a aprovação de uma lei do plano diretor na Câmara.
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O PLANO DIRETOR
Através do estabelecimento de princípios, diretrizes e normas, o plano deve fornecer orientações para as ações que, de alguma maneira, influenciam no desenvolvimento urbano. Essas ações podem ser desde a abertura de uma nova avenida, até a construção de uma nova residência, ou a implantação de uma estação de tratamento de esgoto, ou a reurbanização de uma favela. 
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O zoneamento é um instrumento importante nesse sentido, já que impões limites às iniciativas privadas ou individuais, mas não deve ser o único. É importante também que estratégias de atuação sejam definidas para as ações do Poder Público, já que essas ações são fundamentais para qualquer cidade. A escolha do local de abertura de uma via, por exemplo, pode modificar toda a acessibilidade de uma área e, por consequência, seu valor imobiliário.
O PLANO DIRETOR
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O PLANO DIRETOR
Outros exemplos de diretrizes podem ser vistos no artigo Planos diretores como instrumento de orientação das ações de desenvolvimento urbano. O importante é que o plano defina o caminho, que seja capaz de direcionar as iniciativas isoladas para que, no conjunto, o todo seja maior que a soma das partes.
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Referências bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NB 1350 - Normas para elaboração de plano diretor. Rio de Janeiro, 1991.
BRASIL. Estatuto da Cidade: guia para implementação pelos municípios e cidadãos. 2 ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2002.
SABOYA, Renato. Concepção de um sistema de suporte à elaboração de planos diretores participativos. 2007. Tese de Doutorado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil – Universidade Federal de Santa Catarina.
SILVA, José Afonso. Direito urbanístico brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1995.
VILLAÇA, Flávio. Dilemas do Plano Diretor. In: CEPAM. O município no século XXI: cenários e perspectivas. São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam, 1999. p. 237 – 247.
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